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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.5. Comportamento Elétrico

A caracterização dos compósitos foi realizada por espectroscopia de impedância, em atmosfera de ar entre 300 e 650 ºC. As análises foram realizadas nas amostras sinterizadas a 1500 ºC (densidade relativa > 92 %), diminuindo o efeito da porosidade. Os espectros de impedância Z(ω, T) de óxidos semicristalinos geralmente descrevem uma sequência de semicírculos que da região de altas frequências (lado esquerdo) para a de baixas frequências (lado direito) correspondem a efeitos capacitivos e resistivos associados ao grão, ao contorno de grão - que atua como bloqueador de transporte de carga, e processos químicos ocorrendo na interface eletrólito/eletrodo. Este comportamento típico pode ser parcialmente observado na Fig. 20. Não pode ser observado o arco do grão em altas frequências, devido a limitação do aparelho, no entanto a sua resistência pode ser determinada. O arco em frequências intermediárias corresponde ao do contorno de grão, e o arco nas menores frequências corresponde ao eletrodo, ficando mais evidente em altas temperaturas.

54 Fig. 20 Espectro de impedância para a amostra 100C a 300 ºC, alguns valores de frequência são

indicados. O insert indica o circuito equivalente usado para ajustar o espectro.

No insert da Fig. 20 é apresentado o circuito equivalente para melhor ajuste da curva no software Zview. No circuito, o elemento em paralelo com o resistor é denominado elemento de fase constante (CPE, do inglês Constant Phase Element). O CPE, usado como uma generalização da capacitância, leva em consideração a “não linearidade” de semicírculos observados experimentalmente (semicírculos abatidos), contribuindo para melhorar o ajuste.

A Fig. 21 mostra os espectros de impedância para o CGO e para os compósitos NiO-CGO contendo 10 a 50 % em massa de NiO, também obtidos a 300 ºC. A exemplo do que se observa para a amostra 10N-90C, estes espectros de impedância preservam a forma típica de eletrólitos sólidos cristalinos com arcos em alta e baixa frequência. No entanto, este estudo aborda apenas a resistência elétrica total dos compósitos, não fazendo distinção entre resistência de grão e resistência de contorno de grão, como reportado por Esposito et al [114]. Todos os dados de impedância foram ajustados com o algoritmo dos mínimos quadrados não-lineares do software Zview.

0 20 40 60 80 100 120 140 0 10 20 30 40 50 60 70

(a)

1 MHz 1,2 KHz 20 Hz - Z " (k  cm ) Z' (k cm) CGO

55 Fig. 21Espectros de impedância para o CGO e para compósitos 10N-90C, 20N-80C, 30N-70C,

40N-60C, 50N-50C, obtidos em ar a 300 °C.

O insert da Fig. 21 possibilita acompanhar a evolução da resistividade com o teor de NiO. Os espectros dos compósitos de 30 a 50 % em massa de NiO têm resistividades muito baixas tornando-se difícil a visualização dos semicírculos. A amostra 10N-90C tem a maior resistividade em relação aos outros compósitos apresentados na figura, o que pode ser atribuído ao decrescimento da densidade relativa observada na Fig.17. A maior porosidade dessa amostra limita o seu desempenho elétrico. Por sua vez, o compósito 20N-80C tem resistividade próxima a do CGO, que embora sua densidade relativa seja próxima a do compósito 10N-90C, é possível observa pequenas ilhas de junção de grãos da fase NiO, conforme apresenta sua micrografia na Fig. 18 c). A resistividade diminui com sucessivas adições de NiO, a partir do compósito 20N-80C.

A Fig. 22 mostra o espectro de impedância dos compósitos com teores em massa de NiO de 50 a 80%. Na Fig. 22 a) é observado que a resistividade total diminui com o aumento do teor de NiO, seguindo a tendência da Fig. 21. A menor resistividade apresentada é do compósito 80N-20C ( Fig. 22 b) ). O semicírculo que representa a resposta da interface compósito/Pt some a partir da composição 60N-40C, esse fenômeno ocorre devido a diminuição do contato entre a fase condutora iônica (CGO) e o eletrodo de platina, e um consequente aumento dos contatos NiO/Pt [99]. A impedância dos contatos NiO/Pt é desprezível.

56 Fig. 22 Espectros de impedância para a) 50N-50C, 60N-40C, 70N-30C, 80N-20C e b) 80N-

20C, obtidos a 300 °C.

A Fig. 23 apresenta a dependência da condutividade total com o teor de NiO e com a temperatura de medida em ar. A condutividade aumenta com o aumento da temperatura, o que é esperado para uma propriedade termicamente ativada. A figura revela que o teor do NiO tem um grande efeito nas propriedades de transporte do compósito principalmente até 450ºC refletindo a alta condutividade elétrica do NiO abaixo dessa temperatura. Em complemento a isso, entre 550 e 650 ºC, temperaturas próximas a uma eventual temperatura de funcionamento de CCOS, a influência do teor de NiO é muito pequena devido a alta energia de ativação da fase condutora iônica, sendo a diferença de valores na casa dos mS/cm. Os compósitos tem sua condutividade entre 8 e 40 mS/cm, sendo a condutividade do compósito 50N-50C igual a 19 mS/cm, bem próximos aos 13 mS/cm encontrados para o CGO. Isso implica que a mobilidade das vacâncias de oxigênio do CGO em temperaturas mais elevadas é maior que a dos buracos eletrônicos do NiO.

Em temperaturas entre 350 e 450 ºC o comportamento de condução diferencia para o CGO, 10N-90C e 20N-80C. A condutividade dos compósitos com 10 e 20% de NiO é pouco inferior ou próxima à do CGO, respectivamente, isso provavelmente

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 (a) - Z " (k  cm ) Z' (k cm) 50N-50C 60N-40C 70N-30C 80N-20C 0.18 0.20 0.22 0.24 0.26 0.28 0.00 0.01 0.02 0.03 0.04 (b) - Z " (k  c m ) Z' (k cm)

80N-20C

a)

b)

57 ocorre devido a menor densidade relativa destes compósitos em relação ao CGO, como apresentado na Fig. 17. Adicionalmente, a condutividade total nessa faixa de composição é predominantemente iônica[73]. A partir de 30 % do NiO a condutividade de baixa temperatura (até 450 °C) dos compósitos atinge valores superiores àqueles do CGO e dos compósitos 10N-90C e 20N-80C. Esse aumento se dá principalmente pelo estabelecimento dos contatos (percolação) entre os grãos da fase condutora eletrônica (NiO), ainda em menor número nos compósitos com menos de 30 % de NiO, como mostrado na Fig.18 c).

Fig. 23 Variação da condutividade elétrica total com o teor de NiO e a temperatura de medida. Os compósitos 30N-70C e 40N-60C apresentam praticamente a mesma condutividade, provavelmente por terem o mesmo aspecto microestrutural que apresenta um bom contato entre os grãos da fase NiO ( Fig. 18 d) ). A essa faixa de composição também é atribuída a propriedade de condução predominantemente mista (iônica e eletrônica) [73]. Os compósitos com 50 – 60 % de NiO apresentam condutividades consideravelmente superiores àquelas das composições com menores teores de NiO. Nessas composições os grãos da fase NiO aumentam consideravelmente (Fig. 19). As composições 70N-30C e 80N-20C também apresentam condutividade superior todas elas bem próximas mesmo em temperaturas de análises diferentes. Sabe-se que os compósitos 60N-40C, 70N-30C e 80N-20C apresentam condutividade

58 predominantemente eletrônica, como já reportado por Chavan et al [73] e Wandekar et al [100].

A Fig. 23 mostra os gráficos de Arrhenius das condutividades totais do CGO e dos compósitos contendo 10 a 80% de NiO. A Fig. 23 a) apresenta linhas retas para o CGO e os compósitos com até 50% de NiO, sugerindo que até essa composição há um único mecanismo de ativação (um valor de energia de ativação, Ea) no intervalo de temperatura entre 300 e 650ºC. Para o CGO um processo termicamente ativado é observado com Ea = 0,9 eV, em bom acordo com valores reportados na literatura [122]. A energia de ativação dos compósitos 10N-90C e 20N-80C é um pouco maior que a do CGO, este fato provavelmente está relacionado à maior porosidade dos compósitos (ver Fig. 17). Ea diminui com sucessivas adições de NiO entre 30 e 50%. Essa diminuição da energia de ativação está relacionada com o aumento do número de contatos NiO-NiO (percolação do NiO) anteriormente observado na Fig. 18 d), e) e f). O aumento desses contatos ativa o mecanismo de condução eletrônica que governa o processo de condução abaixo de 500 °C.

A Fig. 23 b) apresenta os gráficos de Arrhenius para os compósitos com 50 a 80% de teor de NiO. Observa-se que a partir do compósito 60N-40C há descontinuidade no valor de Energia de ativação, sugerindo que amostras com elevados teores de NiO têm comportamento variável com a temperatura de medida, o que será discutido a seguir.

59 Fig. 24 Gráficos de Arrhenius: a) CGO, 10N-90C, 20N-80C, 30N-70C, 40N-60C, 50N-50C. b)

50N-50C, 60N-40C, 70N-30C, 80N-20C.

A Fig. 24 apresenta a Energia de Ativação em função do teor de NiO e da temperatura de operação. Nas composições da Região 1 é observada uma pequena variação das energias de ativação dos compósitos 10N-90C (Ea = 1,1 eV) e 20N-80C (Ea = 0,9 eV) em torno da Ea do CGO (Ea = 0,9 eV). Embora o compósito 20N-80C tenha densidade relativa (DR) pouco inferior à do CGO, sua Ea é virtualmente idêntica à do CGO, indicando o início do processo de condução eletrônica por parte da fase do semicondutor eletrônico (NiO). Como se observa, sucessivas adições de NiO

1.0 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 (a) ln ( T ) (Scm -1 .K) 1000/T (K-1) CGO 10N-90C 20N-80C 30N-70C 40N-60C 50N-50C 1.0 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 -1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 (b) ln ( T ) (Scm -1 .K) 1000/T (K-1) 50N-50C 60N-40C 70N-30C 80N-20C

60 aprimoram o transporte eletrônico nestes compósitos, diminuindo a energia de ativação do processo de condução.

Com o aumento de NiO (na Região 2), a Ea atinge 0,61 eV (30N-70) e 0,49 eV (50N-50C), valores próximos aos reportados na literatura [73]. A DR para esses compósitos são muito parecidas e a microestrutura dos mesmos (Fig. 18) evidencia o aumento dos contatos NiO-NiO. Com o aumento do teor em massa de NiO na Região 3, para cada composição foi encontrado dois valores de Ea. É observada uma leve inclinação crescente da reta, que possivelmente foi causada pela dispersão dos portadores de carga do CGO [114]. Valores de Ea para os compósitos são 0,35, 0,37 e 0,41eV para o 60N-40C, 70N-30C e 80N-20C respectivamente para as temperaturas de 300 a 450ºC, de 0,20, 0,19 e 0,23 eV para as temperaturas de 550ºC a 650ºC. Esses valores são consistentes com a Ea para o NiO (~0,3 eV) em temperaturas de 250 a 900ºC [73,99,123]. Dessa forma, a dependência da Ea com o teor de NiO apresenta evidências claras que o mecanismo de transporte nas Regiões 1, 2 e 3 está predominantemente associado aos portadores de cargas iônico, misto e eletrônico, respectivamente.

61 CONCLUSÕES

Nanopós de NiO-CGO com uma larga faixa de variação do teor de NiO (% em massa) foram satisfatoriamente obtidos por uma rota química de síntese em uma etapa. Embora o tamanho de cristalito aumente em função da temperatura, constatou-se que ele se mantém nanométrico até 700ºC.

A 700ºC tamanhos de cristalito CGO diminui com o aumento do teor de NiO e o inverso ocorre principalmente para composições de até 50% em CGO. Não foi constatada a formação de solução sólida do NiO no CGO10 nas condições de calcinação realizadas neste trabalho. O refinamento Rietveld também mostrou que os pós obtidos são nanométricos, o que se torna ideal para aplicações em materiais para anodo devido ao aumento do contorno de tripla fase, principalmente após a redução do NiO-CGO para Ni-CGO.

A densidade relativa das amostras sinterizadas apresentou estágios diferentes de sinterização em função do teor de NiO, indicando uma relação constante de densidade relativa a partir de 50% de compósito na matriz de CGO. Para sinterizações acima de 1450ºC se obtém compósitos com densidades superiores a 95%.

As micrografias de MEV apresentaram compósitos com microestruturas homogêneas, com o crescimento de cada fase influência no crescimento da fase adjacente. Para compósitos com até 50% de NiO, o tamanho do grão médio do CGO decresce de 1,6 para 0,7 µm, em contrapartida o tamanho de grão médio do NiO diminui de 5,0 (para o NiO) até aproximadamente 0,7 µm, evidenciando uma simetria dos tamanhos de grão no compósito 50N-50C, onde é entendido que seja o limite de percolação dos compósitos após redução do NiO a Ni.

Análises de espectroscopia de impedância permitiram avaliar o efeito do NiO na resistividade (e condutividade) dos compósitos. A resistividade total diminuiu com o teor de NiO, em contrapartida a condutividade total apresentou um dependência clara do NiO em temperaturas até 450ºC, indicando o aumento da mobilidade das vacâncias de oxigênio a temperaturas mais altas. A energia de ativação também apresentou influência com o teor de NiO, de modo que três regiões de principais portadores de carga podem ser descritas de acordo com a composição: CGO, 10N-90C, 20N-80C região com portadores de carga predominantemente iônicos, 30N-70C, 40N-60C, 50N-50C região

62 com condução predominantemente mista e os compósitos 60N-40C, 70N-30C e 80N- 20C com condução predominantemente eletrônica.

A eficácia do método de preparação de compósitos NiO-CGO é claramente evidenciada ao longo do processo de caracterização de pós e amostras sinterizadas. Pós nanométricos, distribuição homogênea de fase e comportamento elétrico compatíveis com a literatura confirmam que o método de síntese em uma etapa é uma rota química promissora para a obtenção de cermets Ni-CGO para aplicação como anodos de células a combustível.

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