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comportamento ilícito pode constituir infração de preceito jurídico penal ou civil, e, algumas vezes,

Artigo 19 Las disposicior^s de esta lei regiran en toda la Repu blica y son de orden público e interes social Son irrénunciables por

comportamento ilícito pode constituir infração de preceito jurídico penal ou civil, e, algumas vezes,

de forma que interessa diferentemente, embora, as duas esferas. SÓ nestes dois últimos casos há ato ílicito. A infração penal é crime. 0 delito civil, ato ílicito. A ofensa é, neste caso, punida com sanção adstrita à esfe ra patrimonial.(11)

Disso, conclui-se que, a responsabilidade penal pressu­ põe turbação social, determinada pela violação da norma penal.

Obediente ao princípio da "nulla poena sine lege”, o le gislador compendia nos códigos penais os atos que considera preju diciais a paz social e que como tal, acarretam a responsabilidade penal do agente. Importa em homenegem àquele princípio, que o in­ divíduo, ao agir, conserve a sua liberdade, isto é, que pratican­ do certos atos, saiba que não será molestado, sabendo por outro lado que aqueles outros infrigentes das regras penais, provocarão a ação repressora.

A responsabilidade civil, por sua vez, mostra-se dife­ rente, vez que pressupõe turbação individual, de repercussão pa­ trimonial.

Não que o prejuízo sofrido, por um indivíduo isolado, consideravelmente não afete o equilíbrio social. Ao contrário, per tencendo ele necessariamente a sociedade, importa admitir que o dano infrigido a ele repercute na coletividade, a maior interessa da no bem-estar dos seus membros.

Assim, para se perceber claramente a abrangência de uma e outra forma de responsabilidade, deve-se levar em conta que a sociedade toma à sua conta aquilo que a atinge diretamente, dei­ xando ao particular a ação para restabelecer-se, a custa do ofen- sor, ao estado anterior que se encontrava. Deixa, não porque não se impressiona com ele, mas porque tem como princípio que restabe

lecida a vitima ao status quo, desfeito esta o desiquilibrio ex­ perimentado.

É o que esclarece José Aguiar Dias:

Nao encontramos razão suficiente para concordar, em que à sociedade o ato só atinge no seu aspecto de vio lação da norma penal, enquanto que a repercussão no pa­ trimônio do indivíduo só a este diz respeito. Não pode ser exata a distinção, se atentarmos em que o indivíduo é parte da sociedade; que ele é cada vez mais considera do em função da coletividade; que todas as leis estabe­ lecem a igualdade perante a lei, fórmula de mostrar que o equilíbrio é interesse capital da sociedade.(12)

Arrebatando, expõe que Solon já dizia que a "cidade rer- almente civilizada é aquela em que todos os cidadãos sentem á in­ júria feita a um só e em que todos exigem sua reparação tão viva­ mente quanto àquelas que a recebeu".(13)

Assim, para precisarmos a abrangência da responsabilida de, podemos buscar apoio na lição dosMazeaud, que, expõem^

A paz jurídica é tanto pertubada pelo delito co­ mo pela ofensa ao patrimonio. Acontece, porém, que este se recompê, quanto possível, pela indenização, ao passo que a paz social somente se restaura com a pena.(14)

Há, também, de se levar em cònta . : a . pec.uliaridade de que o conceito jurídico de responsabilidade não é perene, so­ frendo os elementos que formam o seu conteúdo alteração com o pa£ sar do tempo. Isto se dá porque o direito, sendo uma matéria emi­ nentemente social, está em constante evolução, a fim de moldar-se aos anseios e necessidades da sociedade a que se destina reger.

Sem dúvida, não há assunto mais atual, mais complexo, mais vivo do que o estudo da responsabilidade jurídica, centro ne

vralgico de todps os ramos do direito. A sua evolução e hoje re­ volucionária.

Como percebe Alvino Lima:

Inúmeras são as causas que os doutrinadores tam para justificar àquela asserção; umas de natureza material, como as que decorrem dos novos inventos meca nicos,como o automóvel, o avião, as estradas de ferrò, os maquinismos em geral, provocando situações jurídi cas novas. Vivemos mais intensamente (Roosevelt) e ma­ is perigosamente (Nietzsche) e, assim, num aumento ver tiginoso, crescente e invencível de m&mentos e maté­ rias para colisão de direitos. A intensidade da vida e a densidade das populações aproximam, mais e mais, os homens, intensificando as relações de vizinhança, fon­ te perene de responsabilidade extracontratual. Os pe­ rigos advindos dos maus momentos, fontes inexauríveis de uma multiplicidade alarmante de acidentes, agravate pela crescente impossibilidade, tantas vezes, de se pro var a causa do sinistro e a culpa do autor do ato ili- cito, forçaram os pontos, até então, sagrados e inex­ pugnáveis da teoria da culpa, no sentido de se materi­ alizar a responsabilidade, numa demonstração eloquente e real de que o direito é, antes de tudo, uma ciência nascida da vida e feita para disciplinar a própria vi­ da.

Ao lado das causas materiais apontadas, fatores econômicos, sociais, políticos e influências de ordem moral, vieram precipitar a evolução da responsabilida­ de civil extracontratual, ao ponto de se afirmar que, em nenhuma outra matéria jurídica o movimento de ideias foi tão acentuado nestes últimos dez anos. (15)

qual a responsabilidade se manifesta, interessa ao estudioso bus car elementos que o ajudem entender os fundamentos e a finalida­ de deste instituto, sob pena de seu trabalho se tornar incanpleto.

Nesse sentindo, quando falamois em responsabilidade, ne cessário é partir da premissa de que o homem é um ser social, is to é, vive em sociedade e, em consequência, está preso por uma série de relações.

No inicio, agrupava-se em pequenos grupos. Com o pas­ sar dos tempos, as suas necessidades, bem como os perigos natu­ rais que os cercavam, foram crescendo, de tal modo que estes pe­ quenos grupos não mais ofereciam condições à sua sobrevivência e proteção, razão pela qual, uma outra alternativa teve de ser bus cada, sob pena de perecimento da espécie humaiha.

Da necessidade, pois, de superar as adversidades que o meio lhe impunha, nasceu o Estado, com a funçÃo exata de propic^ ar o desenvolvimento e evolução seguras ao homem.

E o que explicam Hobbes, Rosseau e Lpcke^ que com res­ salva apenas acerca do fundamento da origem estatal, expõem:

Suponho 03 homens terem chegado a um ponto em