• Nenhum resultado encontrado

s = valor da superelevação calculada em metros

O comprimento dos ramos de transição será sempre arredondado para valores múltiplos de 10 m.

O comprimento mínimo do ramo de transição deve ser de 40 m.

Já o comprimento máximo dos ramos de transição deve permitir na curva de concordância horizontal a inserção de segmento circular com desenvolvimento mínimo de 40 m.

No caso de utilização da linha férrea, projetada prioritariamente para transporte de carga, por composições de transporte de passageiros a velocidade dessa operação deverá ser adequada às características geométricas da ferrovia, principalmente aos valores de superelevação considerados.

Cabe aqui a ressalva que a superelevação não é aplicável em linhas situadas em pátios ferroviários devido à baixa velocidade de locomoção das composições nesses locais. Os pátios ferroviários serão preferencialmente projetados em nível. A declividade máxima admissível para a linha nesses locais é de 0,25%. A aplicação desse limite de inclinação traz a possibilidade de introdução de melhoras ao sistema de drenagem superficial a projetar-se, além da redução dos volumes de terraplenagem.

Nos projetos geométricos dos pátios devem ser consideradas as exigências técnicas e dimensões a utilizar para a operação dos equipamentos de carga e descarga dos produtos transportados (silos, virador de vagões), das instalações fixas (balanças, lavadores, postos de abastecimento, oficinas de manutenção, pontos de apoio) que neles serão edificadas, e das linhas para formação das composições.

Naqueles intervalos situados em túneis a rampa mínima a se adotar é também de 0,25%, de forma a possibilitar-se o escoamento das águas superficial e profunda provenientes da interceptação do lençol freático.

A extensão e largura dos pátios de cruzamento e a distância entre os mesmos será função do tamanho das composições, da entrevia a se utilizar, do modelo de aparelho de mudança de via a ser empregado, das instalações que serão implantadas e do ciclo operacional considerado para as composições que trafegam pela linha, tendo em vista a velocidade operacional e o tempo previsto nas operações de carga e descarga dos produtos/insumos transportados.

A entrevia a ser considerada para os projetos ferroviários independentemente da bitola empregada é de 5,0 m.

Os aparelhos de mudança de via não deverão ser assentados em trechos verticais curvos e somente em tangentes na horizontal. Caso em alguma situação excepcional seja constatada essa necessidade, antes de encaminhamento à Vale para consideração, análise e aprovação, deverão ser esgotadas todas as possibilidades através da realização de estudos de alternativas.

Para desvios saídos da linha principal o AMV a ser empregado é o 1: 20. Os limites extremos do AMV (ponta da agulha e coice do jacaré) deverão guardar dos pontos iniciais e finais das curvas a tangente mínima de 40,0 m.

Para as situações em pátios, pode-se usar até o AMV 1: 10, sendo o emprego do 1: 8 feito somente em casos especiais quando for imprescindível e a velocidade de

locomoção das composições o permitir, devendo ser justificado. No caso de pátios, devido ao não emprego de superelevação e consequente ausência de esforços de torção na composição, não é necessário guardar-se distância mínima entre o posicionamento limite do AMV e o início ou término das curvas.

Para definição da seção tipo da plataforma ferroviária a ser empregada na linha férrea em projeto deve-se considerar:

- a bitola;

- número de linhas e distância da entrevia; - tipo, altura e comprimento do dormente;

- altura mínima do lastro sob o dormente na direção do trilho e naquela posição mais desfavorável;

- ombro mínimo que não deve ser inferior a 30 cm, nem superior a 40 cm;

- a rampa da saia do lastro e o atendimento ao achatamento ocorrido nesse talude, que é provocado pelo tráfego na fase de operação;

- declividade do subleito e do sublastro (sentido e valor); - altura de dimensionamento do sublastro;

- rampa de talude do sublastro;

- atendimento da largura do sublastro ao achatamento da rampa do lastro na fase operacional, acrescida de largura adicional de 20 cm;

- superelevação máxima possível de adoção;

- largura necessária para circulação da equipe de conservação (rua); - e dispositivos de drenagem empregados.

Em virtude da faixa destinada à construção dos dispositivos de drenagem, que podem apresentar variação para os segmentos de corte e aterro, deverão ser definidas seções tipo para cada uma dessas situações. Pode ainda ocorrer que, no caso de cortes plenos e longos, a seção tipo específica para essa condição ainda seja diferenciada daquela para os demais intervalos de corte ao longo do trecho. Essa situação pode ocorrer devido à necessidade de dispositivos de drenagem com maiores dimensões, além de espaço adicional para a implantação da estrada de conservação.

A declividade transversal do subleito, e em consequência do reforço/sublastro, a ser empregada nos projetos ferroviários será de 3% ou 5%, independente de a inclinação da plataforma ser nos dois sentidos ou em sentido único.

A localização da estrada para conservação deve ser definida em função do sistema rodoviário existente e da necessidade de alargamento dos cortes, face às necessidades de empréstimos estabelecidos na distribuição de massas do projeto de terraplenagem, devendo-se considerar as características geotécnicas dos materiais constituintes dos mesmos.

3.7. PROJETO DE TERRAPLANAGEM

O projeto de terraplenagem objetiva quantificar e qualificar o movimento de terra que irá ocorrer no trecho em estudo para implantação de linha férrea.

No seu desenvolvimento devem-se considerar os estudos (topográficos, geológicos, geotécnicos) e demais projetos elaborados (geométrico, drenagem, estabilidade de taludes, fundação de aterros, interferências) que causem impacto nos quantitativos dos trabalhos a realizar. Serão consideradas as seções tipo das plataformas em corte e aterro, os volumes decorrentes do lançamento das seções tipo no terreno natural em conformidade com o eixo aprovado e os offset obtidos.

Os materiais escavados para a execução das obras serão classificados em 1ª, 2ª e 3ª categorias, e terão os horizontes e respectivos quantitativos definidos com apoio no resultado das sondagens realizadas pelos estudos geotécnicos.

Na execução das camadas finais de terraplenagem serão preferencialmente empregados os materiais de 1ª categoria, utilizando-se as demais categorias somente no corpo dos aterros.

Quanto à seleção qualitativa dos materiais a se utilizar nas diversas camadas, estabelece-se que para as camadas finais de terraplenagem (último metro) a expansão deverá ser igual ou inferior a 2%, e o CBR, de preferência, igual ou superior a 6. Para o corpo de aterro o material deve apresentar expansão igual ou inferior a 4%, e CBR igual ou superior a 2. Aqueles materiais que apresentem expansão superior a 4% e CBR inferior a 2 não devem ser empregados nas obras de terraplenagem e terão seus quantitativos destinados às áreas de deposição de materiais inservíveis.

aterro deverão constar do projeto recomendações executivas que impossibilitem a ocorrência de vazios decorrentes do engaiolamento das pedras de diâmetro variável.

Ainda no caso de cortes em rocha, devem ser previstos rebaixos com altura variável de forma a permitir a execução de conjunto composto por camada drenante e drenos para coleta e condução das águas provenientes do lençol freático ou aquelas decorrentes de infiltração na plataforma ferroviária para fora do corpo do terrapleno. Essa sistemática tem por finalidade evitar danos à terraplenagem executada proveniente de deficiência no sistema de drenagem profunda, e a geração de problemas ao sublastro e superestrutura construída sobre a mesma.

Para a finalidade de estabelecimento da relação entre o volume de material originado nos cortes e o volume de ocupação nos aterros deverá ser determinado o fator de conversão.

Esse fator será obtido por meio da realização de ensaios que determine a densidade aparente seca do material “in situ” (geralmente pelo método do frasco de areia) e aquela definida pelo ensaio de compactação na energia prevista de emprego do mesmo material no corpo de aterro, normalmente proctor normal. A relação a ser usada indica que:

Vc = Va x da / dc; (Equação 3.7 – Fator de Conversão de Volume)

Documentos relacionados