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§ 1. Natureza e "conformidadeàlei" (legitimidade) das associações políticas

Compreendemos por comunidade política aquela em que a ação social se propõe a manter reservados, para a dominação ordenada pelos seus participan- tes, um "território" (não necessariamente um território constante e fixamente de- limitado, mas pelo menos de alguma forma delimitável em cada caso) e a ação das pessoas que, de modo permanente ou temporário, nele se encontram, medi- ante a disposição do emprego da força física, normalmente também armada (e, eventualmente, a incorporar outros territórios). A existência de uma comunidade "política", nesse sentido, não é um fenômeno dado desde sempre e por toda parte. Como comunidade especial, está ausente em todas as condições nas quais a defesa armada contra os inimigos é uma tarefa de que se encarrega ou a comu- nidade doméstica, ou a comunidade de vizinhos ou outra comunidade, dedicada essencialmente a interesses econômicos. Nem sequer se efetiva sempre e por toda parte o seu mínimo conceituaI, de que a "manutenção coativa da dominação ordenada sobre um território e as pessoas que nele se encontram" seja necessaria- mente função de uma comunidade única. Muitas vezes, essa função reparte-se entre várias comunidades com ações sociais que, em parte, se completam, em parte, se entrelaçam. Freqüentemente, a violência e a proteção "para fora" encon- tram-se, em parte, nas mãos da associação consangüínea (o clã), em parte, de comunidades de vizinhos e, em parte, de comunidades de guerreiros formadas ad boc. A dominação ordenada do "território" e a regulação das relações entre as pessoas "para dentro" estão também muitas vezes repartidas entre diversos pode- res, entre eles também religiosos, e, quando para esse fim se emprega força, esta não se encontra necessariamente nas mãos de uma comunidade única. Em certas circunstâncias - como, temporariamente, nas comunidades dos quáqueres da Pensilvânia - , a violência "para fora" pode até ser repudiada por princípio, podendo em todo o caso faltar quaisquer dispositivos ordenados para sua aplicação. Mas, em regra, a disposição ao uso da força está concatenada com a dominação territorial. Como formação especial, em todo o caso, a comunidade "política" existe somente quando e na medida em que a comunidade

não

é uma simples "comunidade econômica", isto é, quando possui ordens que regulamentam ou- tras coisas além da disposição diretamente econômica sobre bens materiais e serviços. A natureza dos conteúdos, aos quais se refere a ação social além da

dominação de territórios e pessoas - conteúdos que variam infinitamente, nos casos do "Estado saqueador", do "Estado provedor", do "Estado de direito" e do "Estado cultural" - , não nos interessa no que se refere ao conceito. Em virtude de seus meios de atuação drásticos, a associação política tem capacidade especí- fica de confiscar para si todos os conteúdos possíveis de uma ação de associação, e de fato não há nada no mundo que não tenha sido, em algum tempo ou lugar, objeto da ação social de associações políticas. Por outro lado, porém, a comuni- dade política pode limitar-se a uma ação social cujo conteúdo em nada mais consiste do que na proteção contínua da dominação territorial efetiva, como muitas vezes foi o caso. Mesmo nessa função, em condições de necessidades que podem não ser pouco desenvolvidas, quanto ao resto, ela se manifesta, muitas vezes, de forma intermitente, como ação que sedesencadeia em caso de ameaça ou em virtude de uma repentina inclinação própria à violência, quaisquer que sejam as causas, enquanto nos tempos "normais", pacíficos, reina praticamente uma espécie de "anar- quia" - isto é, a coexistência e a ação social das pessoas que ocupam determinado território realizam-se na forma de um respeito recíproco, de fato, às esferas econõmi- cas habituais, sem quaisquer dispositivos coativos para "fora" ou para "dentro".

Para nós, bastam a existência de um "território", a disposição de empregar força física para defendê-lo e uma ação social que não se esgote exclusivamente

numa atividade econômica comum para satisfazer as necessidades coletivas, mas que regule as relações das pessoas que se encontram no território em questão, para constituir uma comunidade "política" especial. Os adversários contra os quais se dirige a ação social, eventualmente violenta, podem encontrar-se fora ou den- tro do território em questão, e já que atualmente a coação física é parte integrante da ação social política "institucional", aqueles que estão expostos à violência da ação social encontram-se também e até em primeiro lugar entre os participantes forçados da própria ação social política, pois a comunidade política, mais do que outras comunidades com caráter de instituição, apresenta uma natureza que exi- ge dos participantes individuais atos que grande parte deles somente realiza por saber da probabilidade de coação física. Além disso, a comunidade política faz parte daquelas comunidades cuja ação social, pelo menos em regra, encerra certa coação, mediante a ameaça e a destruição da vida e da liberdade de ação, tanto de estranhos quanto dos próprios participantes. Trata-se aqui da seriedade da morte que o indivíduo, eventualmente, deve enfrentar, no interesse da comunidade. É disso que a comunidade política retira seupatbosespecífico. E é isso também que cria seus fundamentos sentimentais permanentes. Um destino político comum - isto é, em primeiro lugar, lutas políticas comuns de vida e morte - cria vínculos de memória muitas vezes mais fortes do que os vínculos da comunidade cultural, lingüística ou de sangue. São estes que dão o matiz decisivo à "consciência nacional".

Mas a comunidade política não era, nem é hoje, a única em que a entrega da vida constitui uma parte essencial dos deveres comunitários. Também o dever de vingança sangrenta do clã, o dever de mártir das comunidades religiosas, comunidades estamentais com um "código de honra", muitas comunidades es- portivas, comunidades como a Camorra e sobretudo toda comunidade criada para o fim de apropriar-se à força de bens econômicos alheios encerram as mesmas conseqüências extremas. Para a consideração sociológica, a comunidade política

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distingue-se daquelas comunidades somente pelo fato de sua existência particu- larmente constante e patente, na forma de poder de disposição, consolidado sobre um vasto território, de terra firme e eventualmente marítimo. Por isso, não tem esta posição especial no passado, e isto tanto menos quanto mais remotos são os tempos. Quanto mais a ação de comunidade política se desenvolve de uma simples ação ocasional, em caso de ameaçadíreta, para uma relação associativa contínua, com caráter de instituição, coincidindo, então, a natureza drástica e a eficácia de seus meios de coação com a possibilidade de uma ordenação racional casuística de sua aplicação, tanto mais se transforma na imaginação dos partici- pantes a posição especial puramente quantitativa da ordem política numa posi- ção especial qualitativa. A posição moderna das associações políticas baseia-se no prestígio que lhes concede a crença específica, difundida entre os participan- tes, numa especial sagração, dada pela "conformidade à lei" da ação social por elas ordenada. E isso também e precisamente quando esta ação compreende co- ação física, incluindo o poder sobre vida e morte: trata-se, no tocante a essa situação, do reconhecimento específico da sua legitimidade. Esta crença na "con- formidade à lei" específica da ação de associação política pode intensificar-se - o que de fato é o caso nas condições modernas - até o ponto em que, exclusi- vamente, certas comunidades políticas (sob o nome de "Estados") são considera- das capacitadas a ordenar ou admitir a aplicação de coação física "conforme a lei" por parte de outras comunidades quaisquer. Em consonância com isso, para o exercício e a ameaça desta coação, existe, na comunidade política plenamente desenvolvida, um sistema de ordens casuísticas, às quais se costuma atribuir aquela "legitimidade" específica: a "ordem jurídica", da qual a única criadora normal é considerada hoje a comunidade política, porque de fato tem usurpado, em regra, o monopólio de impor, mediante coação física, a observação daquela ordem. Esta preeminência da "ordem jurídica" garantida pelo poderpolítico é o resultado de um processo de desenvolvimento muito lento, durante o qual as outras comuni- dades, portadoras de poderes coativos próprios, sob a pressão de mudanças eco- nômicas e organizatórias, perderam seu poder sobre o indivíduo e se dissolveram ou, então, subjugadas pela ação de comunidade política, viram seu poder coativo por ela limitado ou atribuído. Paralelamente, desenvolveram-se, continuamente, novos interesses necessitados de proteção, que não encontraram lugar naquelas comunidades, surgindo, assim, um círculo cada vez mais amplo de interesses, parti- cularmente econômicos, que somente podiam ser suficientemente assegurados pelas garantias racionalmente ordenadas a serem criadas pela comunidade política.

A forma em que se realizou e ainda se realiza esse processo da "estatização" de todas as "normas jurídicas" está exposta em outras passagens (especialmente no capítulo anterior).

§ 2. Fases de desenvolvimento da relação associativa política

A ação social violenta é, evidentemente, algo primitivo sem mais: desde a comunidade doméstica até o partido político, toda comunidade recorre, desde sempre, à coação física quando pode ou tem que fazê-lo para defender os inte-

resses dos participantes. São produtos de um desenvolvimento somente a mono- polização do emprego legítimo de violência pela associação territorial política e o estabelecimento de uma relação associativa racional que faz dela um regime com caráter de instituição. Por isso, nas condições de uma economia não-diferencia- da, a posição especial de uma comunidade, como comunidade política, encontra, muitas vezes, dificuldades para constituir-se. Aquilo que atualmente considera- mos as funções fundamentais do Estado - o estabelecimento do direito legítimo (legislação), a proteção da segurança pessoal e da ordem pública (polícia), a proteção dos direitos adquiridos (justiça), o cultivo de interesses higiênicos, pe- dagógicos, político-sociais e outros interesses culturais (os diversos ramos da administração) e, por fim e sobretudo, a proteção organizada, por meios violen- tos, contra inimigos externos (administração militar) - simplesmente não existe nos tempos primitivos, ou então não na forma de regimes racionais, mas sim na de comunidades ocasionais amorfas, ou está repartido entre comunidades diver- sas: comunidade doméstica, clã, comunidade de vizinhos, comunidade com ter- ras comunitárias, além de associações funcionais de resto livres. E as relações associativas privadas ocupam também áreas da ação social (como, por exemplo, na África Ocidental, os clubes secretos exercem a função de polícia) que nós somente podemos imaginar como funções da gestão comum de associações polí- ticas. Por isso, não podemos incluir num conceito geral da ação social política, como atributo, sequer a garantia da paz interna.

A idéia de uma legitimidade específica de ações violentas, porém, se for ligada a alguma ação consensual, vincula-se à ação do clã no caso do cumpri- mento do dever de vingança sangrenta. Muito pouco, ao contrário, vincula-se, em geral, à ação corporativa puramente militar, dirigida contra inimigos externos, ou policial interna. Isso ocorre, em maior grau, quando .uma associação territorial se vê atacada do exterior em seu âmbito de dominação tradicional, e a totalidade dos participantes vai às armas, à maneira de uma milícia, para a sua defesa. Da prevenção crescentemente racional de tais casos pode nascer uma associação política considerada especificamente legítima, desde que existam certos costu- mes fixos e um aparato comunitário que cuide dos preparativos para uma defesa contra ataques externos. Mas isso já constitui uma fase bastante avançada do desenvolvimento. Mais claramente ainda revela-se a importância, originalmente pequena, da legitimidade da violência, no sentido de correspondência a certas normas, nos casos em que a seleção dos homens mais dispostos a usar armas constitui, por sua própria conta, uma relação associativa voltada para o saque, mediante confraternização pessoal, como ocorre tipicamente, na forma normal da guerra ofensiva por parte de povos sedentários, em todas as fases do desenvolvi- mento econômico, até a realização do Estado racional. Nesse caso, o líder livre- mente eleito está legitimado, em regra, por qualidades pessoais (carisma), e a natureza da estrutura de dominação que daí resulta é exposta noutro lugar. Dessa situação desenvolve-se uma violência legítima, em primeiro lugar, somente con- tra os companheiros que, por traição, desobediência ou covardia, atuam contra a confraternidade. Para além disso, só ocorre, gradativamente, quando essa rela- ção associativa ocasional vem a constituir um grupo permanente que cultiva, pro- fissionalmente, o treino e a ação militares, convertendo-se, assim, num aparato,

coativo, capaz de impor exigências abrangentes de obediência. Estas exigências dirigem-se, então, tanto aos habitantes de territórios conquistados e dominados quanto aos companheiros territoriais incapazes de usar armas, de cujo meio se recrutam os guerreiros confraternizados. O homem armado somente reconhece como conterrâneo político o homem capaz de usar armas. Todos os demais, os incapazes de usar armas e os não-treinados no uso delas, são considerados mu- lheres, e, na maioria das vezes, as línguas dos povos primitivos os designam expressamente como tais. Dentro dessas relações comunitárias armadas, a liber- dade é idêntica ao direito de usar armas. A

casa dos homens,

estudada com tanta dedicação por Schurtz, que nas formas mais diversas encontramos no mundo inteiro, é uma das estruturas em que podia resultar tal relação associativa dos guerreiros, uma liga de homens, na terminologia de Schurtz. Há uma correspon- dência quase perfeita entre essa liga quando nela a profissão de guerreiro se encontra fortemente desenvolvida, na área da ação política, e a relação associativa monacal do mosteiro, na área religiosa. Somente quem provou a qualificação de usar armas e, depois de um noviciado, é aceito pela confraternidade faz parte dela; quem não passa na prova permanece fora dela, como mulher, entre mulhe- res e crianças, às quais também volta aquele que perdeu sua capacidade de usar armas. Somente ao alcançar determinada idade, o homem vem a fazer parte de uma comunidade familiar, correspondendo isto, mais ou menos, à mudança do serviço obrigatório no exército permanente para o serviço de reserva. Até esse momento, ele faz parte, com toda a sua existência, da liga dos guerreiros. Os membros desta, separados da mulher e da comunidade doméstica, vivem como associação comunista do espólio de guerra e das contribuições que impõem aos não-membros, particularmente às mulheres, que cultivam os campos. A eles mes- mos cabem, como trabalho, além da ação militar, somente a manutenção e a produ- ção de instrumentos bélicos, que muitas vezes é seu direito exclusivo. Se os guerreiros, em comum, roubam ou compram moças ou exigem, como seu direito, a prostituição de todas as moças do território dominado - os numerosos indícios da chamada promiscuidade pré-nupcial, que reiteradamente são citados como restos de primitivas relações sexuais endógainas indiferenciadas, estão provavel- mente ligados a essa instituição política da casa dos homens - ou se cada um deles, como os espartanos, tem a mulher e os filhos fora, como grupo maternal, esta questão pode estar regulada de forma diversa, ocorrendo, provavelmente, na maioria das vezes, uma combinação das duas situações. Para garantir sua posição econômica baseada na espoliação crônica dos não-membros, particularmente das mulheres, os guerreiros que se encontram numa relação associativa desse tipo servem-se, às vezes, de meios de intimidação com matiz religioso. Sobretudo as aparições de espíritos por eles encenadas, com desfiles de máscaras, são, muitas, vezes, como o bem conhecido desfile do Dukduk na Indonésia, simplesmente expedições espoliadoras, de cuja realização imperturbada faz parte que as mulheres e todos os não-membros, em geral, ao ouvirem o zunidor, têm que fugir das cabanas para a mata, evitando a morte imediata, para que o espírito, com maior comodidade e sem ser desmascarado, possa apropriar-se, nas cabanas, daquilo que lhe agrada. Nesse caso, os guerreiros estão muito longe de uma crença sub- jetiva na legitimidade de suas ações. Sabem muito bem que se trata de uma intrujice

grosseira e ingênua que é cultivada pela proibição mágica aos não-moradores de entrarem na casa dos homens e pelo dever draconiano de silêncio dos seus ocu- pantes. Quando, por indiscrição ou, em certas ocasiões, pela revelação delibera- da de missionários, o segredo é descoberto, acaba-se o prestígio da liga de ho- mens diante das mulheres.

Naturalmente, tais representações, como todo emprego da religião como polícia negra, estavam vinculadas a cultos populares. Mas, apesar de toda tendência própria superstição mágica, a sociedade guerreira, especificamente orientada para o mundo secular e disposta a saques e espólio, é, ao mesmo tempo, por toda parte, portadora do ceticismo diante da religiosidade popular. Em todas as fases de desenvolvimento, trata os deuses e espíritos com uma falta de respeito seme- lhante à da sociedade guerreira homérica diante dos habitantes do Olimpo.

Só quando a relação associativa livre dos guerreiros, existente ao lado ou acima das ordens cotidianas, volta a incorporar-se à associação permanente e ordenada de uma comunidade territorial, criando-se, assim, uma associação polí- tica, esta última - e também, com isso, a posição privilegiada dos guerreiros - tende a requerer uma legitimidade específica do exercício de poder. Este proces- so, quando acontece, realiza-se paulatinamente. A comunidade àqual pertencem os homens associados para uma expedição espoliadora ou na forma de uma liga guerreira crõnica, em virtude da decadência da relação associativa dos guerrei- ros, em conseqüência de uma pacificação duradoura ou mediante o estabeleci- mento de uma relação associativa política abrangente, autónoma ou heteronomamente imposta, pode adquirir o poder de submeter a seu controle as expedições espoliadoras dos guerreiros livremente associados (cujas conseqüên- cias possíveis, entre as quais as represálias por parte dos espoliados, afinal one- ram também os não-participantes) do mesmo modo que, por exemplo, os suíços o conseguiram com o alistamento dos jovens em exércitos estrangeiros. Esse controle já era exercido, nos tempos germânicos, pela comunidade territorial política sobre as expedições espoliadoras privadas. Quando o aparato coativo da associação política é suficientemente poderoso, tende a reprimir toda violência privada, e isso tanto mais quanto mais se torna uma estrutura permanente e quanto mais forte é o interesse na solidariedade contra o exterior. Primeiro, somente a reprime na medida em que diretamente prejudica os interesses militares próprios. Assim, no século XIII, a monarquia francesa reprimiu, durante o período de uma guerra exterior dirigida pelo rei, a contenda entre os vassalos reais. Mais tarde, esta repressão vem a manifestar-se na forma de uma paz pública perma- nente e na submissão coativa de todas as controvérsias à arbitragem obrigatória do juiz, que transforma a vingança sangrenta num castigo racionalmente ordena- do e a contenda e o ato expiatório num jurídico racionalmente regula- mentado. Enquanto nos tempos primitivos a ação da associação reage somente sob a pressão de interesses religiosos ou militares, mesmo tratando-se de um ato de caráter reconhecidamente criminoso, a perseguição de cada vez mais ofensas contra pessoas e propriedade é agora colocada sob a garantia do aparato coativo político. Desse modo, a comunidade política monopoliza a aplicação legítima de força para seu aparato coatívo, transformando-se, paulatinamente, numa institui- ção protetora de direitos. Nesse processo, encontra um apoio poderoso e decísí-

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vo em todos os grupos que têm interesses econômicos, diretos ou indiretos, na ampliação da comunidade de mercado e, além disso, nos poderes religiosos. Estes últimos podem mais facilmente empregar seus meios de poder específicos para dominar as massas numa situação de pacificação crescente. Do ponto de vista econômico, porém, os interessados na pacificação são, em primeiro lugar,

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