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Este estudo busca estender a literatura brasileira sobre a estrutura de capital das empresas e seus fatores determinantes, ao analisar o impacto simultâneo das variáveis tamanho, rentabilidade e padrão do empreendimento, além das variáveis

dummies, que denotam as características do empreendimento (tipo, controle

acionário nacional, controle acionário de capital aberto e pós-crise) no grau de alavancagem de um projeto imobiliário. Assim como nos demais estudos sobre o tema, os resultados mostram evidências tanto para a teoria do trade-off¸ quanto para

a teoria do pecking-order.

Verificou-se que a hipótese de que estas variáveis independentes não afetam o endividamento pode ser rejeitada, tanto para os modelos de alavancagem a mercado quanto contábil, sendo que os resultados positivos esperados para o tamanho do projeto se constataram e, os resultados divergentes encontrados para a variável rentabilidade, traz à tona a hipótese de que fatores não operacionais possam estar sendo considerados na determinação do grau de alavancagem.

A pesquisa também mostrou que a relação negativa esperada entre o fator padrão do empreendimento e endividamento se confirmou para os dois modelos de alavancagem, indicando, que, quanto maior o padrão de renda que será destinado o projeto menor será o seu grau de alavancagem, ceteris paribus, demonstrando ser

um importante determinante da estrutura de capital de um projeto. As variáveis binárias que descrevem as características do projeto também se mostraram significantes, sendo fatores que determinam a estrutura de capital de um projeto, dado sua correlação com o grau de alavancagem.

Portanto, os resultados obtidos sugerem que as variáveis estudadas pelo modelo representado acima, são determinantes na estrutura de capital de um projeto imobiliário. Para pesquisas futuras, recomenda-se a incorporação de novos fatores que possam determinar a sua estrutura de capital e uma análise mais aprofundada separadamente por regiões do Brasil, com uma base de dados mais extensa.

 

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APÊNDICE – RESULTADO REGRESSÕES

Tabela 9 – Resultado das Regressões por Regiões Metropolitanas: Modelo de Endividamento a Mercado

p-valor; ***, ** e *: significativo a1%, 5% e 10%, respectivamente.

Fonte: o autor, dados analisados no Stata 12.

RM SP RM RJ Outras RM coeficiente (p-valor) coeficiente (p-valor) coeficiente (p-valor) 0,0370 0,0222 0,0143 (0,00***) (0,01**) (0,00***) ‐0,4786  ‐0,3314  ‐0,3464  (0,00***) (0,00***) (0,00***) ‐0,0281  ‐0,0414  ‐0,0160  (0,00***) (0,00***) (0,00***) 0,0443 ‐0,0205  0,0282 (0,00***) (0,36) (0,05*) 0,0132 ‐0,0191  ‐0,0293  (0,29) (0,20) (0,01**) 0,0515 0,0368 0,0743 (0,00***) (0,02**) (0,00***) 0,0254 0,0478 0,0343 (0,01**) (0,01**) (0,00***) Estatística F 33,3900 20,7100 63,4600 Probabilidade > F (0,00***) (0,00***) (0,00***) R²  0,5114 0,5129 0,4161 R² Ajustado  ‐ ‐ Padrão do Empreendimento Tipo do Empreendimento Controle Acionário Nacional Controle Acionário Empresas  Listadas Pós Crise Variáveis Endividamento a Mercado Tamanho Rentabilidade

 

Tabela 10 – Resultado das Regressões por Regiões Metropolitanas: Modelo de Endividamento Contábil

p-valor; ***, ** e *: significativo a1%, 5% e 10%, respectivamente.

Fonte: o autor, dados analisados no Stata 12.

RM SP RM RJ Outras RM coeficiente (p-valor) coeficiente (p-valor) coeficiente (p-valor) 0,0566 0,0393 0,0238 (0,00***) (0,00***) (0,00***) 0,0492 0,1275 0,1498 (0,01**) (0,00***) (0,00***) ‐0,0381  ‐0,0676  ‐0,0235  (0,00***) (0,00***) (0,00***) 0,0721 ‐0,0209  0,0407 (0,00***) (0,55) (0,02**) 0,0116 ‐0,0323  ‐0,0536  (0,57) (0,37) (0,00***) 0,0833 0,0598 0,1103 (0,00***) (0,02**) (0,00***) 0,0445 0,0914 0,0610 (0,00***) (0,00***) (0,00***) Estatística F 24,0100 10,7500 74,9500 Probabilidade > F (0,00***) (0,00***) (0,00***) R²  0,2878 0,4553 0,3652 R² Ajustado  0,2758  0,4129  0,3603  Controle Acionário Empresas  Listadas Pós Crise Variáveis Tamanho Controle Acionário Nacional Padrão do Empreendimento Tipo do Empreendimento Endividamento Contábil Rentabilidade

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