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O concreto reforçado com fibras poliméricas vem sendo bastante utilizado ao longo dos anos, contudo não possui uma norma regente para controle da sua qualidade e aplicação. Desse modo faz-se necessário verificar o comportamento do concreto reforçado com fibras de polietileno. Nas caracterizações dos agregados utilizados neste trabalho constatou-se que o agregado miúdo é classificado como areia média, seu DMD é 2,4 mm e seu módulo de finura é 2,20. Já o agregado graúdo foi classificado como brita 0 com DMD de 12,5 mm.

Nesse trabalho constatou-se também que a presença de fibras na mistura fresca de concreto acaba por afetar sua trabalhabilidade. Logo, conforme ocorre o aumento dos teores de fibras adicionados à mistura de concreto, sua trabalhabilidade diminui, podendo ser ajustada com a utilização de aditivos superplastificantes ou alterando a quantidade de água.

Quanto ao ensaio de tração na flexão, os corpos de prova com adição de fibras obtiveram resultados de resistência inferiores quando comparados ao concreto referência. Sendo que as resistências médias de tração na flexão entre as formulações de 0,25% de fibras e 0,50% de fibras acabaram por ficarem muito próximas, alcançando 4,61 MPa e 4,65 MPa respectivamente. Uma justificativa para esse acontecimento é a má compactação dos corpos de prova em sua elaboração, onde este está diretamente ligado com os resultados do ensaio de porosidade aberta.

Apesar disso, os corpos de prova com presença de fibra na sua mistura apresentaram comportamento positivo ao seu colapso, ocorrendo somente o aparecimento de fissuras e não o colapso total, difente da formulação do concreto referência. Também conclui-se que conforme maior o teor de fibras, menor será a abertura da fissura, condizendo com as literaturas sobre o tema.

Por fim, nos ensaios físicos constate-se que conforme o aumento do teor de fibras adicionadas na mistura, menor sua densidade. Consequentemente também ocorre um aumento da sua absorção de água e porosidade aberta.

5.1. SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS

 Analisar o comportamento do CRF com maiores teores de fibras;  Verificar o comportamento do CRF em ensaios de tenacidade;  Comparar o comportamento de diferentes tipos de fibras sintéticas;

 Verificar o comportamento do CRF por resultados de tensão-deformação para diferentes teores de fibras poliméricas;

 Analisar a resistência à tração na flexão do concreto reforçado com fibras de polietileno.

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