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Como já citado a resistência bacteriana é um problema para a saúde pública mundial, e acometem tanto os países desenvolvidos quanto os subdesenvolvidos (OMS, 2018). Diversos são os fatores responsáveis pelo surgimento dos mecanismos de resistência, tais como o uso incorreto e indiscriminado dos antibióticos, erros de prescrição e até mesmo o uso em animais.

Tendo em vista que cada vez mais o número de cepas multirresistentes vem crescendo, além do aumento dos mecanismos desenvolvidos pelas bactérias para gerar essa resistência, as autoridades devem adotar ou até mesmo aumentar a fiscalização de algumas medidas já existentes. Hoje em dia, no Brasil, os antibióticos não podem ser vendidos ao paciente sem a retenção de uma receita médica, porém na prática não é o que ocorre. A fiscalização das farmácias e drogarias quanto à dispensação destes medicamentos deve ser mais severa e frequente, a fim de garantir que estes estabelecimentos só realizem a dispensação desses medicamentos quando houver uma prescrição médica.

A criação de campanhas para conscientização da população quanto à existência desta resistência bacteriana, além de campanhas com o intuito de informar a população sobre como evitar a proliferação destes microorganismos e do uso correto dos antibióticos, é uma forma de evitar a proliferação dessas cepas multirresistentes e do desenvolvimento de novos mecanismos de resistência.

A melhora da potência e da capacidade de um antimicrobiano de resistir aos mecanismos de resistência, é uma outra maneira de combater essas cepas multirresistentes. No entanto, sabe-se que o processo de desenvolvimento de novos fármacos é um procedimento caro e que leva muito tempo, e por esse motivo as indústrias farmacêuticas muitas vezes optam pelo desenvolvimento de outras classes de fármacos, como por exemplo, os de uso contínuo que possuem um maior tempo de tratamento e que trarão um retorno maior para empresa. Portanto, a pesquisa por novos fármacos pode ser um grande desafio.

Ainda há muito que fazer para que essas bactérias resistentes não consigam desenvolver novos mecanismos e as que já possuem resistência sejam tratadas e extinguidas. Este processo é lento e necessita de uma ação conjunta dos

governantes, da população e dos próprios médicos. A profissão farmacêutica possui um papel fundamental nesta batalha entre os antibióticos e as bactérias multirresistentes. Com a promoção do uso correto dos antimicrobianos, estes profissionais podem fazer a diferença neste processo. Além de auxiliarem na orientação do uso, os farmacêuticos também fazem parte das profissões que estão preocupadas com o surgimento da resistência, participando assim das pesquisas referentes ao desenvolvimento de novos antimicrobianos ou o aperfeiçoamento de moléculas já existentes.

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