• Nenhum resultado encontrado

O presente trabalho tem por objetivo verificar e comparar ações de política externa referentes ao comércio internacional de armas do Brasil nos períodos de governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Para isso recorreu- se ao método exploratório, com o método histórico comparativo de procedimento e a pesquisa bibliográfica como técnica de pesquisa.

A descrição das particularidades do comércio de armamentos mostrou que o mercado bélico é estratégico para os Estados. Estes possuem, portanto, autonomia para decidir como controlar e abrir seus mercados bélicos nacionais ao comércio exterior. Esse caráter estratégico determina que a demanda seja garantida, quase exclusivamente, por parte dos Estados. A demanda não é previsível e regular, uma vez que deriva de decisões de políticas públicas que estabelecem, por exemplo, a alocação de recursos, uma mudança nas premissas de política exterior e de política de defesa, a entrada em corridas armamentistas e a previsão de início ou término de conflitos armados. Assim, opta-se pela abertura do setor ao mercado externo, como forma de tornar viável economicamente as empresas e de permitir a captação de produtos com tecnologia que não se encontra na produção nacional.

Para países com indústrias de defesa menos dependentes das operações de comércio exterior os principais critérios para a transferência de armas podem ser variáveis políticas, enquanto para países mais dependentes a relação é inversa, as variáveis econômicas tornam-se determinantes. O Brasil se insere nessa última situação, como dependente do comércio exterior, uma vez que as empresas nacionais dependem das vendas para se manter economicamente e o Estado depende da compra de produtos com alta tecnologia.

Essa posição deriva de decisões de políticas públicas que não estabeleceram uma mudança na demanda por armamentos. A baixa articulação entre diplomacia e defesa no Brasil, derivada de um processo cíclico, esclarece os fatores de dispensa a um incremento nas capacidades militares do país, o que por sua vez, explica um distanciamento da política externa brasileira em ações voltadas ao comércio internacional de armas. Distanciamento apoiado pelo sigilo sobre essas operações, estabelecido em legislação. Nos períodos de governo de Cardoso e de Lula da Silva essa baixa articulação persistiu, mesmo com iniciativas de aproximação entre a política externa e a política de defesa.

O comportamento do comércio exterior de armamentos, no período de governo de Fernando Henrique Cardoso, não foi alterado diretamente por ações de política externa. O tema apenas entrou na agenda no contexto da adesão a regimes internacionais proibitivos da produção e comercialização de armas de destruição em massa, o que fazia parte da estratégia da autonomia pela participação. Essa estratégia foi o principal expoente de desacordo entre as burocracias responsáveis pela política externa e pela política de defesa. Cooperações evidenciaram-se na elaboração da PDN de 1996, na criação do Ministério da Defesa, e na participação em missões de paz.

As compras de armas convencionais foram influenciadas pela execução do projeto de Proteção da Amazônia e pela tentativa de manter as Forças operacionais, que com baixo orçamento precisaram recorrer a compras de segunda mão. A compra e venda de armas leves e a venda de armas convencionais seguiram oportunidades de mercado. As exportações podem ter sido influenciadas pela estratégia da autonomia pela participação, que logrou maior aproximação com países africanos e lusófonos. Visto que o mercado mundial estava em trajetória de queda, as operações apresentaram baixo desempenho se comparadas a outros períodos. Isso causou a falência de diversas empresas brasileiras.

Nos discursos de política externa valorizou-se a adesão aos regimes de segurança; em emprego das capacidades militares, houve participação em missões de paz sem significativas contribuições de tropas militares; e a promoção comercial do Itamaraty ocorreu de forma voluntarista e assistemática, segundo Magalhães (2016).

A estratégia da autonomia pela diversificação empregada pelo governo Lula da Silva pode ter auxiliado uma maior diversificação de parceiros nas operações de transferências de armamentos pelo Brasil: venda de armas convencionais para vários países latino americanos, compra de armas convencionais da África do Sul e da Rússia e de armas leves de países sul americanos e asiáticos. Além disso, o comando da MINUSTAH, as iniciativas às empresas nacionais, a melhor articulação entre política externa e de defesa e a vinculação da defesa ao desenvolvimento podem ter influído no comportamento das operações.

É importante pontuar que o mercado mundial bélico, em oposição à época de governo anterior, estava ascendendo, o que contribuiu também para um aumento das operações de exportação, esse que é refletido no crescimento de 37% e de 395% nas balanças comerciais de armas convencionais e leves, respectivamente. Em matéria de defesa, as iniciativas de revitalização da BID, um maior orçamento destinado à área e a retomada de projetos igualmente contribuíram para a compra e venda de diversas armas convencionais.

Nos discursos de política externa foi verificada novamente a valorização da adesão a regimes de segurança. Nessa área destaca-se, ainda, a não adesão à Convenção de Oslo, propiciada pela melhor articulação entre as políticas públicas e pelos incentivos às empresas nacionais. A promoção comercial continuou ocorrendo de forma voluntarista e assistemática pelo Itamaraty, sendo que a criação da CGDEF pode ter colaborado para uma maior participação do órgão nas ações de promoção comercial durante os governos que sucederam o de Lula da Silva. Logo, o tema entrou na agenda de política externa de Lula da Silva no contexto de busca do desenvolvimento econômico – em que o setor de defesa foi vinculado a este; no comando da MINUSTAH; nos incentivos às empresas nacionais – da qual fez parte a não adesão à Convenção de Oslo -; e na diversificação de relações internacionais por meio da estratégia da autonomia pela diversificação.

Em nenhum dos governos as ações de política externa tiveram diretamente como fim o incremento do comércio de armas, verificou-se até mesmo o contrário, com a abdicação da produção de armas de destruição em massa. Tendo em vista que o Brasil depende das operações de comércio exterior, o Itamaraty procurou equilibrar os interesses – os benefícios econômicos e os riscos políticos - mantendo distanciamento do tema, abstendo-se e se contentando com apenas emitir parecer sobre as operações sob escopo da PNEMEM e com funções burocráticas nas operações sob escopo do R-105.

O comércio bélico não é utilizado com fins políticos pelo Brasil, o que é corroborado pela preferência no uso da diplomacia, do poder brando, para se inserir no sistema internacional, em oposição à utilização do poder duro ou ainda do poder inteligente. É interessante pontuar que nos períodos analisados o país firmou seus compromissos internacionais em manter o controle e responsabilidade nas transferências de armamentos, cumprindo com os embargos estabelecidos pelo CSNU.

Com esse primeiro passo na caracterização do comércio internacional de armas do Brasil na agenda de política externa nos governos selecionados, espera-se contribuir para o debate sobre a interação da política externa e de defesa no contexto desse comércio. Espera-se que o Brasil apresente maiores compromissos com a transparência nessas transações, divulgue informações importantes, para conhecimento da sociedade civil e para garantir legitimidade nas políticas públicas.

A exploração inicial do tema permite a elaboração, no futuro, de problemas de pesquisa mais profundos e de difícil abordagem, como são exemplos: verificar se há um

contraste entre a política externa brasileira e a política de transferência internacional de armas; analisar a influência das empresas nacionais de defesa nas ações de política externa; e comparar a política externa brasileira relativa a comércio de armas com a política externa de outros países.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, José Auguso Guilhon; SEITENFUS, Ricardo; CASTRO, Sergio Henrique Nabuco de. Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990) Volume 1: crescimento, modernização e política externa. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006. ALMEIDA, Carlos Wellington de. Política de defesa no Brasil: considerações do ponto de vista das políticas públicas. Opinião Pública, Campinas, v. 16, n. 1, p. 220-250, jun. 2010.

ALMEIDA, Paulo Roberto de. A Ordem Política e Econômica Mundial no Início do Século XXI: Questões da Agenda Internacional e suas Implicações para o Brasil. III Anuário

Brasileiro de Direito Internacional, [S. l.], Centro de Direito Internacional - Cedin, v. 2, p.

151-189, 2008.

ALMEIDA, Paulo Roberto de. Uma política externa engajada: a diplomacia do governo Lula.

Revista Brasileira de Política Internacional, Brasília, v. 47, n. 1, p. 162-184, maio 2004.

ALSINA JÚNIOR, João Paulo S. A síntese imperfeita: articulação entre política externa e política de defesa na era Cardoso. Revista Brasileira de Política Internacional, Brasília, v. 46, n. 2, p. 53-86, dez. 2003.

ALSINA JÚNIOR, João Paulo S. O poder militar como instrumento da política externa brasileira contemporânea. Revista Brasileira de Política Internacional, Brasília, v. 52, n. 2, p. 173-191, jul. 2009.

ALVES, Vágner Camilo. Ilusão desfeita: a “aliança especial” Brasil- Estados Unidos e o poder naval brasileiro durante e após a Segunda Guerra Mundial. Revista Brasileira de Política

Internacional, Brasília, v. 48, n. 1, p. 151-177, 2005.

AMORIM, Celso. Lecture given by Foreign Minister Celso Amorim at a Seminar organized by the Valor Econômico and Wall Street Journal newspapers, New York, 16th March 2009. In:

Brazilian Foreign Policy Handbook 2008-2009. Brasília: FUNAG, 2010.

ANDRADE, Israel de Oliveira et al. O FORTALECIMENTO DA INDÚSTRIA DE

DEFESA DO BRASIL. Rio de Janeiro: IPEA, 2016.

ANDRADE, Israel de Oliveira; HAMANN, Eduarda Passarelli; SOARES, Matheus Augusto.

A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NAS OPERAÇÕES DE PAZ DAS NAÇÕES UNIDAS: EVOLUÇÃO, DESAFIOS E OPORTUNIDADES. Brasília: IPEA, 2019. Disponível em:

http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/8939/1/td_2442.pdf. Acesso em: 20 ago. 2020. ANDRADE PINTO, Paulo Cordeiro de. Diplomacia e política de defesa: o Brasil no debate sobre a segurança hemisférica na década pós-Guerra Fria (1990-2000). Brasília: Funag, 2015. 262 p. (Coleção CAE).

ARON, Raymond. Paz e Guerra entre as Nações. Brasília: Editora Universidade de Brasília, Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2002.

ARRAES, Virgílio C. O Brasil e o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas: dos anos 90 a 2002. Revista Brasileira de Política Internacional, Brasília, v. 48, n. 2, p. 152- 168, dez. 2005.

ASSIS, Lucas Rocha Soares de; SQUEFF, Flávia de Holanda Schmidt. THE DEFENSE

INDUSTRY IN BRAZIL: CHARACTERISTICS AND INVOLVEMENT OF SUPPLIER FIRMS. Brasília: IPEA, 2015.

AVILA, Carlos Federico Domínguez; GUEDES, Marcos Aurélio; SOUZA, Deywisson Ronaldo de. Arms Transfer Policies and International Security: the case of brazilian-swedish co-operation. Contexto Internacional, [S.l.], v. 39, n. 1, p. 135-156, abr. 2017. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0102-8529.2017390100007.

BIN, Daniel; CASTOR, Belmiro Valverde Jobim. Racionalidade e política no processo decisório: estudo sobre orçamento em uma organização estatal. Revista de Administração

Contemporânea, [S.l.], v. 11, n. 3, p. 35-56, set. 2007. FapUNIFESP (SciELO).

http://dx.doi.org/10.1590/s1415-65552007000300003.

BONIS, Gabriel. O mundo compra mais armas, o Brasil perde espaço como exportador. Carta capital. Berlim, mar. 2019. Disponível em: https://politike.cartacapital.com.br/o-mundo- compra-mais-armas-o-brasil-perde-espaco-como-exportador/. Acesso em: 20 ago. 2020. BRACEY, Djuan. O Brasil e as operações de manutenção da paz da ONU: os casos do Timor Leste e Haiti. Contexto Internacional, [S.l.], v. 33, n. 2, p. 315-331, dez. 2011. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0102-85292011000200003.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm. Acesso em: 29 fev. 2020. BRASIL. Decreto nº 1.895, de 6 de maio de 1996. Cria a Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional, do Conselho de Governo. Brasília, DF, 1996a.

BRASIL. Decreto nº 2.739, de 20 de agosto de 1998. Promulga a Convenção sobre Proibições ou Restrições ao Emprego de Certas Armas Convencionais, que Podem Ser Consideradas como Excessivamente Lesivas ou Geradoras de Efeitos Indiscriminados, conhecida como Convenção sobre Certas Armas Convencionais, adotada em Genebra, em 10 de outubro de 1980. Brasília, 20 ago. 1998. Disponível em: https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/111607/decreto - 2739-98. Acesso em: 20 ago. 2020.

BRASIL. Decreto nº 2.998, de 23 de março de 1999. Dá nova redação ao Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R-105). Brasília, 24 mar. 1999a. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2998.htm. Acesso em: 20 ago. 2020.

BRASIL. Decreto nº 3.080, de 10 de junho de 1999. Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS do Ministério da Defesa, e dá outras providências. Brasília, DF, 1999b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3080impressao.htm. Acesso em: 29 fev. 2020.

BRASIL. Decreto nº 3.128, de 05 de agosto de 1999. Promulga a Convenção sobre a Proibição do Uso, Armazenamento, Produção e Transferência de Minas Antipessoal e sobre sua Destruição, aberta a assinaturas em Ottawa, em 3 de dezembro de 1997. Brasília, 06 ago. 1999c. Disponível em: https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/111339/decreto-3128-99. Acesso em: 20 ago. 2020.

BRASIL. Decreto nº 3.229, de 29 de outubro de 1999. Promulga a Convenção Interamericana contra a Fabricação e o Tráfico Ilícitos de Armas de Fogo, Munições, Explosivos e outros Materiais Correlatos, concluída em Washington, em 14 de novembro de 1997. Brasília, 03 nov.

1999d. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3229.htm#:~:text=DECRETO%20No%203.22 9%2C%20DE,que%20lhe%20confere%20o%20art.. Acesso em: 20 ago. 2020.

BRASIL. Decreto nº 3.437, de 25 de abril de 2000. Promulga o Protocolo IV sobre Armas Cegantes a Laser, adicional à Convenção sobre Proibições ou Restrições ao Emprego de Certas Armas Convencionais que podem ser Consideradas Excessivamente Lesivas ou Geradoras de Efeitos Indiscriminados. Brasília, 26 abr. 2000a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3437.htm#:~:text=DECRETO%20No%203.43 7%2C%20DE,ou%20Geradoras%20de%20Efeitos%20Indiscriminados.. Acesso em: 20 ago. 2020.

BRASIL. Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de 2000. Dá nova redação ao Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R-105). Brasília, 21 nov. 2000b. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3665impressao.htm. Acesso em: 20 ago. 2020.

BRASIL. Decreto nº 4.584, de 05 de fevereiro de 2003. Institui o Serviço Social Autônomo Agência de Promoção de Exportações do Brasil - APEX-Brasil e dá outras providências.

Brasília, 05 fev. 2003. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/D4584.htm#:~:text=Institui%20o%20Serv i%C3%A7o%20Social%20Aut%C3%B4nomo,Brasil%20e%20d%C3%A1%20outras%20pro vid%C3%AAncias. Acesso em: 20 ago. 2020.

BRASIL. Decreto nº 5.484, de 30 de junho de 2005. Aprova a Política de Defesa Nacional, e dá outras providências. Brasília, DF, 2005.

BRASIL. Decreto nº 5.941, de 26 de outubro de 2006. Promulga o Protocolo contra a Fabricação e o Tráfico Ilícito de Armas de Fogo, suas Peças, Componentes e Munições, complementando a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, adotado em Nova York, em 31 de maio de 2001. Brasília, 27 out. 2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-

2006/2006/Decreto/D5941.htm#:~:text=Promulga%20o%20Protocolo%20contra%20a,31%2 0de%20maio%20de%202001.. Acesso em: 20 ago. 2020.

BRASIL. Decreto nº 6.060, de 12 de março de 2007. Promulga a Convenção Interamericana sobre Transparência nas Aquisições de Armas Convencionais, celebrada na Cidade da Guatemala, em 7 de junho de 1999. Brasília, 13 mar. 2007. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-

2010/2007/Decreto/D6060.htm#:~:text=DECRETO%20N%C2%BA%206.060%2C%20DE% 2012,7%20de%20junho%20de%201999.. Acesso em: 20 ago. 2020.

BRASIL. Decreto nº 6.703, de 18 de dezembro de 2008. Aprova a Estratégia Nacional de Defesa, e dá outras providências. Brasília, DF, 2008.

BRASIL. Decreto nº 55.649, de 28 de janeiro de 1965. Dá nova redação ao Regulamento aprovado pelo Decreto nº 1.246, de 11 de dezembro de 1936. Brasília, 5 fev. 1965. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D55649.htm. Acesso em: 20 ago. 2020.

BRASIL. Lei Complementar n. 97, de 9 de junho de 1999. Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas. 1999e. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp97.htm. Acesso em: 29 fev. 2020.

BRASIL. Presidência da República. Política de Defesa Nacional. Brasília: Secretaria de Comunicação Social, 1996b. 11 p.

BRITES, Pedro Vinícius P.; MUNHOZ, Athos; OLIVEIRA, Guilherme Z. de. O papel do Ministério da Defesa na política externa brasileira para a América do Sul. Fronteira, Belo Horizonte, v. 9, n. 18, p. 49-66, 2º sem. 2010.

CANABARRO, Diego Rafael. O BRASIL DAS PEQUENAS ARMAS: LUCRO VERSUS

SEGURANÇA? 2009. 272 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Relações Internacionais,

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009.

CASTELAN, Daniel R. Segurança e defesa na década de 90: interpretações do Itamaraty e das Forças Armadas. Revista Múltipla, Brasília, v. 20, n. 26, p. 45-75, jun. 2009.

CASTRO, Flávia Rodrigues de. Diplomacia e Defesa: Revertendo Trajetórias Paralelas?

Estudos Estratégicos, Ministério da Defesa, [20-?]. Disponível em: https://www.esg.br/estudos-estrategicos/labsdef/diplomacia.pdf. Acesso em: 20 ago. 2020. CEPALUNI, Gabriel; VIGEVANI, Tullo. A Política Externa de Lula da Silva: A Estratégia da Autonomia pela Diversificação. Contexto Internacional, Rio de Janeiro, v. 29, n. 2, p. 273- 335, jul./dez. 2007.

CERVO, Amado. Política exterior e relações internacionais do Brasil: enfoque paradigmático.

Revista Brasileira de Política Internacional, Brasília, v. 46, n. 2, 2003, p. 5-25. Disponível

CERVO, Amado Luiz. Relações internacionais do Brasil: um balanço da era Cardoso. Revista

Brasileira de Política Internacional, Brasília, v. 45, n. 1, p. 5-35, jan. 2002.

CNN. Conheça os detalhes do Gripen, novo jato supersônico da Força Aérea Brasileira. 2020. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2020/09/25/conheca-os- detalhes-do-gripen-novo-jato-supersonico-da-forca-aerea-brasileira. Acesso em: 20 ago. 2020. COMEXSTAT. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços – MDIC. Exportação e

Importação Geral. 2020. Disponível em: http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral. Acesso em:

29 jul. 2020.

DAHL, Robert A. The Concept of Power. Behavioral Science, [S.l.], v. 2, n. 3, p. 201–215, dez. 1957.

D’ARAUJO, Maria C. Forças Armadas e a questão do desenvolvimento na América do Sul. Revista Múltipla, Brasília, v. 20, n. 26, p. 9-22, jun. 2009.

DELLAGNEZZE, René. 200 ANOS DA INDÚSTRIA DE DEFESA NO BRASIL. Revista

Âmbito Jurídico, São Paulo, abr. 2008. Disponível em:

https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-52/200-anos-da-industria-de-defesa-no-brasil/. Acesso em: 20 ago. 2020.

Exército Brasileiro (EB). MISSÕES DE PAZ: INTERFET. [200-]a. Disponível em: http://www.eb.mil.br/interfet. Acesso em: 20 ago. 2020.

Exército Brasileiro (EB). MISSÕES DE PAZ: UNAVEM. [200-]b. Disponível em: http://www.eb.mil.br/unavem. Acesso em: 20 ago. 2020.

Exército Brasileiro (EB). MISSÕES DE PAZ: UNPROFOR. [200-]c. Disponível em: http://www.eb.mil.br/unprofor. Acesso em: 20 ago. 2020.

FERREIRA, Marcos José Barbieri; SARTI, Fernando. Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI. Diagnóstico: Base Industrial de Defesa Brasileira. Campinas: ABDI, NEIT-IE-Unicamp, 2011. 54 p.

FIGUEIRA, Ariane R. Introdução à análise de Política Externa. São Paulo: Editora Saraiva, 2011.

FILHO, Edison B.; MORAES, Rodrigo F. Dos “dividendos da paz” à guerra contra o terror:

gastos militares mundiais nas duas décadas após o fim da Guerra Fria – 1991-2009. Rio

de Janeiro: IPEA, 2012.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo: Atlas S.A., 2008.

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA). A participação do Brasil

nas Operações de Paz das Nações Unidas: evolução, desafios e oportunidades. Brasília:

KENNAN, G. F. Around the Cragged Hill: a personal and political philosophy. Nova Iorque: Norton, 1993.

LAFER, Celso. Política externa brasileira: três momentos. São Paulo: Konrad Adenauer- Stiftung, 1993.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 2003.

LAMPREIA, Luiz Felipe. A política externa do governo FHC: continuidade e renovação.

Revista Brasileira de Política Internacional, Brasília, v. 42, n. 2, p. 5-17, nov. 1998.

LANGKAWI INTERNATIONAL MARITIME AND AEROSPACE EXHIBITION (LIMA).

ABOUT US. [201-]. Disponível em: https://www.limaexhibition.com/aboutus-overview.php.

Acesso em: 20 ago. 2020.

LIMA, Maria Regina Soares de. “Diplomacia, defesa e a definição política dos objetivos internacionais: o caso brasileiro” in: JOBIM, Nelson A., ETCHEGOYEN, Sergio W. e ALSINA, João Paulo (Org.) Segurança Internacional: perspectivas brasileiras. RJ, Ed. FGV, 2010.

LUCE, Mathias S. O subimperialismo, etapa superior do capitalismo dependente. Tensões

Mundiais, Fortaleza, v. 10, n. 18, p. 43-65, jun. 2014.

MAGALHÃES, David A. M. de. A política brasileira de exportação de armas no contexto

da revitalização da base industrial de defesa. 2016. 307 f. Tese (Doutorado) - Curso de Relações Internacionais, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), São Paulo, 2016.

MINGST, Karen. Princípio das Relações Internacionais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. Ministério da Economia (ME). Manual de utilização dos dados estatísticos do comércio

exterior brasileiro. Vrs. 1.1 Brasília: ME, 2020. Disponível em: