7CONCLUSÃO
A falta de respostas públicas cabais face à situação habitacional das classes trabalhadoras levou ao empenho dos operários a procurar soluções próprias para obter uma habitação condigna que satisfizesse as necessidades familiares e os seus desejos. Grande parte desta população viu na habitação clandestina a solução para o problema, devido ao menor investimento requerido e a um maior leque de opções que tinha em comparação com a habitação legal existente no centro da cidade mas economicamente inacessível. Uma vez que esta problemática é, ainda hoje, uma realidade que afecta o dia-a-dia de milhares de pessoas, há que procurar formas de resolver as necessidades mais básicas de segmentos importantes da população, principalmente os mais desprotegidos e com menor poder económico. É fundamental recorrer a estratégias para revitalizar e requalificar as áreas mais antigas e esquecidas pelos poderes públicos conferindo-lhes coesão, dignidade e integração na cidade e, concomitantemente, importa pensar numa nova estratégia de planeamento que evite repetir os erros cometidos no passado.
No decurso de intervenções a este nível é também necessário respeitar as características e memória sociais das comunidades, preservando a sua história, a sua identidade e a sua dignidade. Devem ainda ser criados apoios que incentivem a luta por um lugar na sociedade, de modo a criar novas oportunidades que contribuam para uma inclusão social plena. Também é fundamental não esquecer as necessidades materiais das pessoas, quer sejam elas as mais básicas ou sejam puramente lúdicas, pois são elementos essenciais para uma vivencia sã por parte do indivíduo para que este contribua para uma sociedade melhor. É neste contexto que o projecto apresentado de requalificação da Arroja é pertinente, não só para suprir as carências individuais e colectivas deste moradores, mas também para dinamizar social e economicamente uma área desaproveitada com grande potencial. Pretende-se assim não só revitalizar física e socialmente o bairro da Arroja, mas também envolver activamente a população residente no desenvolvimento do plano. O projecto proposto, ao criar estas novas zonas recreativas, de desporto e de lazer, visa beneficiar não só a população da Arrroja, mas também toda a cidade envolvente, apresentando-se como uma mais-valia para todas as comunidades.
O acesso à cidade, a infra-estruturas, a espaços públicos, a serviços e equipamentos de apoio à população são um direito de todos. Deste modo, é função do urbanista e do arquitecto planear a cidade de forma a proporcionar espaços de qualidade, oferecendo oportunidades de dinamização actividades do dia-a-dia e actividades recreativas, fomentando assim, interacções e relações entre diferentes indivíduos e comunidades.
É este um dos factores cruciais para o bem-estar na cidade: uma boa qualidade de vida dos seus habitantes, onde as suas necessidades possam ser satisfeitas diariamente, aliada a um sentimento de pertença, com a possibilidade de um desenvolvimento mais intenso das sociabilidades entre os indivíduos, fomentando-se assim a coesão e o sentido de união.
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Lei n.º 22/2012, de 30 de Maio, que obriga à reorganização administrativa territorial autárquica.
Lei n.º 11-A/2013 de 28 de Janeiro, que dá cumprimento à obrigação de reorganização administrativa do território das freguesias constante da Lei n.º 22/2012, de 30 de Maio.
Centro Comunitário projectado por Maxwell Fry
Fonte: CROFT, Vasco, Arquitectura e Humanismo: O Papel do Arquitecto, Hoje, em Portugal, 2001.
CENTRO COMUNITÁRIO PROJECTADO POR MAXWELL FRY
Pormenor do pavimento exterior em pedra – Modelo-base de 20cmx20cm que se desdobra em diferentes formas. Pormenor dos corredores – Iluminação inserida no tecto falso cuja luz é
reflectida nas paredes, dissipando a luz pelo espaço.
Pormenor dos rodapés do edifício.
PORMENORES PROJECTUAIS DAS COMPONENTES DO CENTRO COMUNITÁRIO
Escadas de vidro assentes em estrutura metálica.
Escadas de vidro da Apple Store, Nova Iorque. Fonte: http://archpaper.com/news/articles.asp?id=4165
Escadas de vidro da Apple Store, Nova Iorque.
Escadarias exteriores que ligam a Arroja aos novos espaços públicos criados.
Sala polivalente – jardim interior e plataforma elevatórias hidráulicas.
Vista exterior do edifício para a entrada do piso 3 e para o jardim exterior.
Tema:“Construir no Construído no Concelho de Odivelas”
Sub-Tema: O Papel da Arquitectura na Revitalização de Zonas Social e Urbanisticamente Degradadas – Bairro da Arroja Velha
Licenciada Inês Isabel Rabaço Morgado
Orientador Professor Doutor Pedro Dias Pimenta Rodrigues Co-Orientadora Professora Doutora Maria Manuela Ferreira Mendes
Lisboa , FAUTL, Novembro de 2013
Número Total de palavras: 23082 Este documento foi escrito segundo o antigo acordo ortográfico