Ao se discutir sobre a atuação da saúde no ambiente escolar, na perspectiva da enfermagem, observa-se que esta se constitui em uma estratégia de ações e práticas educativas, estruturando, por exemplo, a atuação do enfermeiro na atenção básica, com ênfase na integralidade da assistência de Enfermagem e no vínculo dos profissionais e serviços com a comunidade, na perspectiva de uma ação intersetorial, entre as áreas da saúde e da educação.
Nesta concepção, a prevenção dos agravos à saúde no ambiente escolar não é tratada isoladamente, mas sim como uma meta a ser atingida no contexto do desenvolvimento sustentável, da melhoria da qualidade de vida e da justiça social.
É possível, então, compreender que a atuação da saúde na escola implica considerar este ambiente como espaço de possibilidade de desenvolvimento uma concepção crítica, uma vez que os processos educativos e os de saúde doença incluem tanto conscientização e autonomia quanto a necessidade de ações coletivas e de estímulo à participação.
Por conseguinte voltar a atuação dos profissionais de saúde, em especial dos enfermeiros, para o ambiente escolar, com a participação coadjuvante da área da educação, com o objetivo de desenvolver ações de promoção de saúde representa, em parte, contribuir para uma cultura de hábitos saudáveis, desde a infância, o que implica em melhores condições de saúde.
A promoção da saúde no ambiente escolar tem como eixo a construção de vidas mais saudáveis e a criação de ambientes favoráveis à saúde, entendendo a educação como um processo de construção do conhecimento e não como algo a ser transmitido.
Por tanto, ao se discutir sobre a atuação da saúde no ambiente escolar, enfatiza-se a integralidade da assistência de Enfermagem ao vínculo dos profissionais e serviços com a comunidade, na perspectiva de uma ação intersetorial, entre as áreas da saúde e da educação. O verdadeiro processo de educação só pode ser estabelecido por meio de uma analise das necessidades reais
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da população envolvida. É uma responsabilidade do educador a atualização constante dos seus conhecimentos na área saúde e educação, tendo este que ser estimulado e valorizado com tal responsabiliza com o educador dentro da instituição. Visando a melhoria na assistência da educação e satisfação ao educando interno e o esterno.
Foi importante estar analisando criticamente a pratica de educação, pois assim ficou mais claro porque a população acha ruim quando é convidada para participar de palestras educativas.Importante demais foi também refletir sobre a dificuldade dos profissionais de saúde tem com o desenvolvimento de ações educativas, pois muitos procuram as desculpas mais frágeis denotando que as fazem por obrigações.
No mínimo é preciso realmente mudar. Discutir muito processos educativos pratica de ensino renovador onde educando e educador são agentes ativos no processo de ensinar e aprender poderá levar a transformação da realidade, pois se não há transformação é porque não houve aprendizagem. E discutimos que a aprendizagem não é só por parte do educando. Todos têm a que a que ensinar e todos têm o que aprender.
A educação em saúde, que precisa acontecer de forma democrática, mudando a lógica de que ação educativa se faz para a população mais sim, com a população, pois é ela que precisa resolver os seus problemas e buscar alternativas, sugerir propostas e soluções. Foi importante estar analisando criticamente a pratica de educação em saúde, pois assim ficou mais claro porque a população acha ruim quando e convidada para participar de palestras educativas. Assim sendo dentre as ações da atenção básica esta a Educação em Saúde, que precisa acontecer de forma democrática, mudando lógica de que ação educativa se faz para a população mais sim, com a população, pois e ela que precisa resolver os seus problemas, buscar alternativas, sugerir propostas de solução.
Educar para a saúde não e apenas lotar as cabeças daqueles que supomos ignorantes, de conhecimentos de higiene, nutrição ou prevenção de doenças. E acima de tudo, ajudar a descobrir a melhor forma de proteger se e defender se das coisas que não contribuem com uma boa qualidade de vida.
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