• Nenhum resultado encontrado

Equação 16 Teste T

5. CONCLUSÃO

O presente estudo buscou ampliar o conhecimento acadêmico sobre o tema corrupção organizacional, bem como sobre a mensuração dos impactos das denúncias de corrupção veiculadas na imprensa sobre o valor para os acionistas.

Os resultados mostraram que o mercado acionário brasileiro não reage eficientemente quando se trata de questões ligadas à corrupção organizacional, uma vez que os resultados apresentados não foram estatisticamente significativos.

De acordo com Davidson III e Worrell (1988) se o mercado operasse eficientemente, as forças de mercado poderiam constranger o “comportamento errante da administração” das corporações, a partir das denúncias veiculadas. Entretanto, se o mercado não opera de maneira eficiente, cabe ao Estado prover a regulamentação necessária para prevenir o comportamento corrupto das organizações.

Vale salientar que este estudo não aborda os tipos de crimes cometidos. Sabe-se que alguns crimes corporativos são intrinsecamente ruins, mas outros afetam a população em geral como, por exemplo, a poluição ambiental. (DAVIDISON III; WORRELL, 1988). Portanto, estudos futuros podem abordar os efeitos para os acionistas por tipos de crimes, visando mensurar se o tipo de crime cometido por determinada organização pode ser positivo ou negativo para efeito do valor das ações das companhias.

Como limitações deste estudo pode-se destacar metodologia empregada (estudo de evento), o tipo dos eventos examinados (denúncias de crimes comentidos por um grupo empresarial específico), a pequena amostra das empresas escolhidas (4 empresas administradas pelo Grupo Opportunity), e o prazo de medição dos resultados (41 dias). No entanto, este estudo representa mais um passo nas pesquisas sobre a responsabilidade social das organizações, que normalmente são examinadas por meio de índices subjetivos de responsabilidade social e medidas contábeis inadequadas de desempenho financeiro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ADVERSE, Helton. Maquiavel. In. Corrupção: Ensaios e críticas. Leonardo Avritzer et al., (orgs). Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

ANAND, Vikas; ASHFORTH, Blake E.; JOSHI Mahendra. Business as usual: the

acceptance and perpetuation of corruption in organization. Academy of Manangement

Executive, v. 19, n. 4, p. 9-23, 2005. Reprinted from 2004, v. 18, n.3.

ANAPAR. Memorial sobre a atuação do banqueiro Daniel Dantas e do Grupo

Opportunity. Disponível em: http://www.anapar.com.br/memorial/memorial.html. Acesso

em: 23 nov. 2009.

AVRITZER, Leonardo et al. (Org.). Corrupção: ensaios e críticas. 1. ed. Belo Horizonte: ed. UFMG, 2008. 598 p.

BBC – Brasil - Bird: em dez anos, Brasil não avançou em combate à corrupção. Estadão.com. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,bird-em-dez- anos-brasil-nao-avancou-em-combate-a-corrupcao,394827,0.htm>. Acesso em: 05 out. 2009. BERABA, Marcelo. Imprensa e corrupção. Folha de S. Paulo, São Paulo, 12 dez. 2004. Disponível em: <http:www1.folha.uol.com.br/fsp/ombudsman/om1212200402.htm >. Acesso em: 29 nov. 2010.

BM&FBOVESPA. Cotações históricas das Ações. São Paulo. Disponível em: <http://www.bmfbovespa.com.br/shared/iframe.aspx?idioma=pt-

br&url=http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/cotacoes-historicas/FormSeriesHistoricas.asp>. Acesso em: 05 jun. 2009.

BONOMI, Claudio A.; MALVESSI, Oscar. Project finance no Brasil: fundamentos e estudos de casos. São Paulo: Atlas, 2002. 363 p.

BORINI, Felipe M.; GRISI, Fernando C. Estratégia e corrupção. In: XXXI ENANPAD, 2007, Rio de Janeiro. Anais do XXXI ENANPAD. Rio de Janeiro: ANPAD, 2007.

BRASIL, Haroldo V.; BRASIL, Haroldo G. Gestão financeira das empresas: um modelo dinâmico. 4. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. 163 p.

CAMARGOS, Marco A.; BARBOSA, Francisco. V. Teoria e evidência da eficiência informacional do Mercado de Capitais brasileiro. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 10, n. 1, p. 41-55, jan./mar. 2003.

_____________________________________________. Estudo de evento: teoria e operacionalização. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 10, n. 3, p. 1-20, jul./set. 2003.

_____________________________________________. Eficiência informacional do

aquisições. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 41, n. 1, p. 43-58, jan./fev./mar. 2006.

CARVALHO, José Murilo de. Passado, presente e futuro da corrupção brasileira. In. Corrupção: Ensaios e críticas. Leonardo Avritzer et al. (orgs). Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

COMPARATO, Fábio K. Ética: direito, moral e religião no mundo moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. 716 p.

CRUZ, Elaine Patrícia. MPF denuncia Dantas e aponta ligação do Opportunity com

valerioduto. Agência Brasil – EBC Empresa Brasil de Comunicação, Brasília, jul. 2009.

Disponível em: <http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/07/06/materia.2009-07-

06.9348050543/view>. Acesso em: 29 ago. 2009.

DAMODARAN, Aswath. Corporate finance: theory and practice. New York: Wiley, 1997. 876 p.

DIAS, Anne. Estreia de ação na Bolsa já não garante ganhos polpudos, mostra estudo. UOL

Economia, 17 fev. 2011. Disponível em:<

http://economia.uol.com.br/financas/investimentos/ultimas-noticias/2011/02/17/estreia-de- acao-na-bolsa-ja-nao-garante-ganhos-polpudos-mostra -estudo.jhtm>. Acesso em: 17 fev. 2011.

DJI – Índice Fundamental do Direito. Código Penal. Decreto Lei Nº 2.848 de 1.940.

Disponível em:<http://www.dji.com.br/codigos/1940_dl_002848_cp/cp312a327.htm>.

Acesso em: 13 dez. 2009.

DAVIDSON III, Wallace N.; WORRELL, Dan L. The impact of announcements of

corporate illegalities on shareholder retorns. Academy of Manangement Journal, New

York, v. 31, n. 1, p. 195-200, mar. 1988.

ERMANN, M. David; LUNDMAN, Richard J. Corporate and governmental deviance: problems in organizational behaviori in contemporany society. 6. ed. New York: Okford Univesity Press, 2002. 335 p.

FERREIRA, Aurélio B. H. Miniaurélio: o dicionário da língua portuguesa. 6. ed. rev. atualiz. Curitiba: Positivo, 2004. 896 p.

FIESP. Corrupção: custos econômicos e propostas de combate. São Paulo: DECOMTEC – Área de competitividade, 2010. 35 p. Relatório.

FOLARIN, George O. Lk 12:13-21 in the context of human corruption. Asia Journal of

Theology, Serampore, v. 24, n. 2, p. 312-324, oct. 2010.

FORTUNA, Eduardo. Mercado financeiro: produtos e serviços. 10 ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997. 366 p.

FRANÇA, Júnia L.; VASCONCELLOS, Ana C. de. Manual de normalização de

GARCIA, Fábio G.; SATO, Lívia G.; CASELANI, César N. O impacto da política de

transparência sobre o valor das empresas brasileiras. In: XXVIII ENANPAD, 2004,

Curitiba. Anais do XXVIII ENANPAD. Curitiba: ANPAD, 2004.

GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. Tradução de Arthur Ridolfo Neto et al. 7. ed. São Paulo: Harbra, 1997. 841 p. Título original: Principles of managerial Finance.

___________________. Princípios de administração financeira. Tradução de Allan Vidigal Hasting. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2010. 775 p. Título original: Principles of managerial finance, twelfth edition.

HARVEY, Jerry B. The Abilene Paradox: the management of agreement. Organizational

Dynamics New York, summer 1988. Disponível em

<http://www.xecu.net/schaller/management/abilene.pdf>. Acesso em: 26 out. 2009.

HEIDENHEIMER, Arnold J. Perspectives on the perception of corruption. In: _______. Political Corruption: Concepts & Contexts. 3. ed. New Brunswick, 2002. cap. 9, p.141-154. HOLANDA, Sérgio B. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. 220 p.

JENSEN, Michael C.; MECKLING, Willian H. Theory of the firm: managerial behavior, agency costs and ownership structure. Journal of Financial Economics. v. 3, n. 4, p. 305- 360, oct. 1976.

LIMA, Djalba. Sensemaking. Communitate, Brasília, jan. 2008. Disponível em: <http://www.communitate.com.br/ploneglossary.2007-10-

05.3543613457/ploneglossarydefinition.2008-01-10.1502670393>. Acesso em: 26 out. 2009. LIMA, Venício A. de. Mídia. In. Corrupção: Ensaios e críticas. Leonardo Avritzer et al. (orgs). Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

MANZ, Charles C.; JOSHI, Mahendra; ANAND, Vikas. The Role of Values and Emotions in

Newcomers' Socialization into Organizational Corruption. In: ACADEMY OF

MANAGEMENT ANNUAL MEETING, 2005, Honolulu. Best Paper Proceedings…

Honolulu: [s.n.], 2005, p. 1-6.

MAQUIAVELLI, Niccolò. The Prince. Tradução de N. H. Thomson. New York: Dover Publications, 1992. 71 p. Original italiano.

MARTINS, José A. Corrupção. 1. ed. São Paulo: Globo, 2008. 129 p.

MAURO, Paolo. Corruption and growth. The Quarterly Journal of Economics, [S. I.], p. 681-712, aug. 1995.

MACKINLAY, A. C. Event studies in economics and finance. Journal of Economic

MIRANDA, Daniela; SIMIONI, Rafael L. Direito, silêncio e corrupção: um diálogo com Niklas Luhmann e Jürgen Habermas. Jus Navigandi, São Paulo, jun. 2005. Disponível em: < http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=9797&p=1>. Acesso em: 23 jun. 2009.

MISANGYI, Vilmos F.; WEAVER, Gary R.; ELMS, Heather. Ending corruption: the interplay among institucional logics, resources, and institucional entrepreneurs. Academy of Manangement Review, v. 33, n. 3, p. 750-770, jul. 2008.

MOTA, Haroldo M. V.; OLIVEIRA, Virgínia I. de. Economic Value Added (EVA) e Cash

Value Added (CVA): uma análise comparativa. In: XXVIII ENANPAD, 2004, Curitiba.

Anais do XXVIII ENANPAD. Curitiba: ANPAD, 2004.

OLIVEIRA, Luiz Claudio V.; CORRÊA, Osvaldo M. Normas para redação de trabalhos

acadêmicos, dissertações e teses. 2. ed. rev. Belo Horizonte: Universidade FUMEC, 2008.

134 p.

PEREIRA, Sônia B.; EID JUNIOR, William. Medidas de criação de valor e o retorno das

ações. In: XXVI ENANPAD, 2002, Salvador. Anais do XXVI ENANPAD. Rio de Janeiro:

ANPAD, 2002.

PINTO, Jonathan; LEANA, Carrie; PIL, Fritz K. Corrupt organizations or organizational

of corrupt individuals? Two types of organization-level corruption. Academy of

Manangement Review, v. 33, n. 3, p. 685-709, jul. 2008.

RAPPAPORT, Alfred. Gerando valor para o acionista: um guia para administradores e investidores. Tradução de Alexandre L. G. Alcântara. São Paulo: Atlas, 2001. 219 p. Título original: Creating Shareholders Value: a guide for managers and investors.

RIAÑO, Juanita; HODESS, Robin; EVANS, Alastais. The 2009 Global Corruption

Barometer Report. Tranparency International, 2009, Berlin. 40 p.

RIOS, Fábio W. Corrupção, cultura e ideologia. In. Corrupção: Ensaios e críticas. Leonardo Avritzer et al. (orgs). Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

ROCCA, Carlos A. (Org.). Revolução no mercado de capitais do Brasil: o crescimento rescente é sustentável? Rio de Janeiro: Elsevier : IBMEC, Mercado de Capitais, 2008. 184 p. ROSA, Márcio F. E. Corrupção como entrave ao desenvolvimento. Jus Navigandi, São Paulo, jan. 2004. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=4870>. Acesso em: 23 jun. 2009.

SACRAMENTO, Ana R. S.; PINHO, José A. G. de. A Produção acadêmica brasileira

sobre corrupção em administração pública: um estudo no período compreendido entre 1997 - 2008. In: XXXIII ENANPAD, 2009, São Paulo. Anais do XXXIII ENANPAD. Rio de

Janeiro: ANPAD, 2009.

SANTANA, Maria Helena dos F. O novo mercado e a governança corporativa. Revista da

SCHNEIDER, Aaron. Banco Mundial. In. Corrupção: Ensaios e críticas. Leonardo Avritzer

et al. (orgs). Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

SCHNEIDER, Carsten Q. Prospects for the consolidation of Latin American democracies: Rethinking the role of corruption and institutional trust. Sociologia, Problemas e Práticas, n. 42, p. 65-90, mai. 2003.

SCHWARTZMAN, Simon. Coesão social, democracia e corrupção. São Paulo: iFHC/CIEPLAN, 2008. 37 p.

SILVA, Edna L. de; MENEZES, Estera M. Metodologia da pesquisa e elaboração de

dissertação. 3. ed. rev. amp. Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC,

2001. 121 p.

SOUSA, Luís de. As agências anticorrupção como peças centrais de um sistema de integridade. Revista da CGU, Brasília, Controladoria-Geral da União, ano 3, n. 4, p. 20-45, jun. 2008.

STAUB, Irineu D.; MARTINS, Henrique C.; RODRIGUES, Suzana B. Governança Corporativa e criação de valor para o acionista: da teoria à prática, os impactos organizacionais e financeiros. Economia & Gestão, Belo Horizonte, v. 2, n. 3, p. 36-55, jan./jul. 2002.

VASCONCELOS, Frederico. Anatomia da reportagem: como investigar empresas, governos e tribunais. São Paulo: Publifolha, 2008. 151 p.

WITZEL, Morgen. 50 grandes estrategistas de administração. Tradução de Paulo Cezar Castanheira. São Paulo: Contexto, 2005. 331 p. Título original: Fifty key figures in management. Original inglês.

Documentos relacionados