• Nenhum resultado encontrado

Este estudo teve como objetivo alargar a compreensão do conceito de resiliência e da sua interação com indicadores de adaptação individuais e relacionais, explorando, ainda, o papel da vinculação nestas dinâmicas.

Efetivamente, esperava-se que os resultados confirmassem um padrão que tem vindo a ser descrito na literatura, no qual a resiliência estaria relacionada com estes indicadores de adaptação e que esta influência se manteria constante entre grupos. Foi demonstrado que os casais dos grupos clínico e de controlo obtêm resultados médios significativamente diferentes nas dimensões estudadas, permitindo-nos distinguir estes dois grupos em termos destas dimensões. No entanto, tínhamos ainda como objetivo a compreensão dos padrões de interação existentes entre estes indicadores.

Assim, os resultados obtidos mostraram-nos que este padrão efetivamente ocorre, no entanto, no presente estudo, só se verificou no grupo de casais da população geral. No grupo clínico, os resultados obtidos diferem significativamente, em termos da dinâmica estabelecida entre as várias dimensões estudadas, mostrando-nos que devemos esperar dinâmicas de adaptação diferentes nestas duas populações.

O mesmo se passa em relação à vinculação: enquanto no grupo de controlo os resultados obtidos enquadram-se nos pressupostos teóricos, no grupo clínico, a escassez de correlações significativas entre as dimensões estudadas, indicia a existência de um padrão de interação específico, sobretudo quando estamos a falar de problemas graves de saúde mental. Estes resultados tornam-se muito interessantes e necessitam de aprofundamento e mais investigação para que possamos compreender a implicação que estas dimensões adquirem na vida dos casais com cônjuges com problemas de saúde mental, questão fundamental para uma prática clínica ajustada às necessidades dos pacientes. Ainda assim, podem ser feitas algumas considerações:

1. os resultados de resiliência dos casais do grupo clínico são efetivamente diferentes dos do grupo controlo, chamando a atenção para que, em termos de intervenção

53 psicológica, se dê uma importância acrescida à promoção das competências inerentes ao construto resiliência;

2. a relação dos resultados entre o casal é muito mais escassa no grupo clínico, em todas as dimensões, levando-nos a pensar que a sua sintonia, partilha e capacidade de suporte estejam comprometidas. A promoção da proximidade da díade de forma a ultrapassar a adversidade poderá constituir um importante recurso de adaptação e, até mesmo, contribuir para a eliminação de um fator de desadaptação, com importância quer a nível individual, quer a nível relacional. Por exemplo, Lebow, Chambers, Christensen e Johnson (2011) afirmam que os problemas conjugais conduzem a uma pior evolução terapêutica e a um aumento de recaídas, defendendo ainda a importância da avaliação da existência de problemas conjugais (e, inclusivamente, a avaliação dos dois elementos do casal no contexto de terapia) quando um dos cônjuges revela sintomatologia psicopatológica;

3. o efeito de género, obtido neste estudo em relação à sintomatologia psicopatológica e qualidade de vida, deve ser tido em conta quando intervimos no casal. A atribuição da sintomatologia e sua relação com o ajustamento diádico do casal é estabelecida de formas distintas entre cônjuges homens e cônjuges mulheres. Por exemplo, Heene et al. (2005) concluíram que fatores como evitamento e vinculação segura mediariam a relação entre sintomatologia psicopatológica e ajustamento diádico, nas mulheres, enquanto, nos homens, esta relação seria mediada pela atribuição causal. Também Bradbury, Beach, Fincham e Nelson (1996) sugerem, a propósito das diferenças de género, que as mulheres são mais sensíveis à relação que os seus maridos.

Foram de várias ordens as limitações que se colocaram a este estudo. Em primeiro lugar, tanto os casais do grupo clínico, como os do grupo de controlo, manifestaram ter tido alguma dificuldade na compreensão e preenchimento da ERA, o que poderá, até, explicar o baixo valor de consistência interna obtido pelo instrumento. Depois, e porque estamos a estudar aspetos muito íntimos da vida dos casais, a resposta às escalas poderá ter sido dirigida, em parte, por questões de desejabilidade social e preservação da intimidade. Por fim, a metodologia escolhida, nomeadamente a utilização apenas de escalas, não se revelou suficiente para se tirarem conclusões em relação a todos os resultados obtidos. A complementação dos resultados obtidos com resultados de entrevistas teria tido um grande

54 valor acrescentado. Idealmente, a observação de casais poderia, ainda, ser uma fonte importante de informação para compreensão das questões diádicas (Bradbury et al., 2000).

A natureza transversal deste estudo, ao impedir o estabelecimento de relações de causalidade, constitui uma importante limitação. Podemos apontar, também, a utilização de um método de amostragem não probabilístico – amostragem por conveniência – que acarreta, em si mesmo, a impossibilidade de extrapolar, com confiança, as conclusões obtidas para a população.

O estudo de casais ainda não é uma metodologia amplamente utilizada, mesmo quando as dimensões em causa têm um carácter relacional. O estudo comparativo e correlacional de dimensões individuais e relacionais, no contexto da díade, constitui uma fonte importante de informação, a ser integrada na intervenção clínica, aumentando a compreensão das interações e especificidades do casal e consiste num dos contributos dados por este estudo. Por outro lado, o estudo de dois grupos distintos, o clínico e o de controlo, pela possibilidade de permitir a comparação de padrões de associação, tem a mais-valia de nos permitir verificar implicações da condição clínica de um cônjuge, não só nos seus indicadores de adaptação, mas também o impacto que têm nos indicadores de adaptação do cônjuge.

Em futuras investigações, seria importante replicar o estudo com uma amostra de maior dimensão, com maior representatividade de homens doentes, dada a importância do efeito de género, de modo a facilitar a generalização das interpretações e conclusões. A utilização de metodologias qualitativas, que permitissem a recolha de informação mais compreensiva, ou a testagem de relações causais entre as variáveis utilizadas, poderiam constituir formas de poder estudar em maior profundidade os padrões de relação das variáveis e maximizar a informação obtida por parte dos casais. Também seria extremamente interessante poder comparar a adaptação dos casais em face a situações adversas de vária índole, de maneira a determinar constrangimentos específicos do impacto dessa adversidade. A avaliação de casais em diferentes momentos do processo de adaptação também constituiria um polo de estudo importante, de forma a perceber como o processo de resiliência se sedimenta, ou não, na vida desses casais, conduzindo à evolução, à manutenção do funcionamento ou a um funcionamento deficitário. Em estudos futuros de díades com cônjuges com problemas de saúde mental, a questão da sobrecarga do parceiro deverá ser considerada, assim como a questão da identidade diádica, ou seja, a forma como os cônjuges se identificam com a relação e a valorizam.

55 A cronicidade inerente a uma parte considerável dos problemas de saúde mental justifica a mobilização de todos os recursos possíveis da pessoa doente. Nesta ordem de ideias, tanto a resiliência como o trabalho conjugal adquirem uma importância fulcral, revestindo-se de especificidades que deverão ser investigadas e consideradas na prática clínica.

Bibliografia

Alves, A., & Rodrigues, N. (2010). Determinantes sociais e económicos da Saúde Mental. Revista Portuguesa de Saúde Pública, 28(2), 127-131.

Banse, R. (2004). Adult attachment and marital satisfaction: Evidence for dyadic configuration effects. Journal of Social and Personal Relationships, 21(2), 273-282. doi: 10.1177/0265407504041388

Bartholomew, K., & Shaver, P. (1998). Methods of Assessing Adult Attachment. In J. Simpson & W. Rholes (Eds.), Attachment theory and close relationships (pp. 25-45). New York: Guilford Press.

Bateson, G., Jackson, D., Haley, J., Weakland, J. (1956). Toward a theory of schizophrenia. Retirado de http://www.gdn.edu/Faculty/bkicklighter/Mercer/theoryofschizophrenia.htm Badr, H., Acitelli, L. K., Taylor, C. L. (2007). Does couple identity mediate the stress experienced

by caregiving spouses? Psychology & Health, 22(2), 211-229. doi: 10.1080/14768320600843077

Berry, K., Barrowclough, C., & Wearden, A. (2008). Attachment theory: A framework for understanding symptoms and interpersonal relationships in psychosis. Behaviour Research and Therapy, 46(12), 1275-82. doi:10.1016/j.brat.2008.08.009

Berry, K., Wearden, A., & Barrowclough, C. (2007). Adult attachment styles and psychosis: an investigation of associations between general attachment styles and attachment relationships with specific others. Social Psychiatry and Psychiatric Epidemiology, 42(12), 972-6. doi:10.1007/s00127-007-0261-5

Bifulco, A., Moran, P., Ball, C., & Bernazzani, O. (2002). Adult attachment style. I: Its relationship to clinical depression. Social Psychiatry and Psychiatric Epidemiology, 37, 50-59.

Bodenmann, G. (1999). Dyadic coping and its significance for marital functioning. In T. Revenson, K. Kayser, & G. Bodenmann (Eds.), Couples coping with stress: Emerging perspectives on dyadic coping. Decade of behavior. (pp. 33-49). Washington, DC, US: American Psychological Association.

Bonanno, G. (2004). Loss, trauma, and human resilience: Have we underestimated the human capacity to thrive after extremely aversive events? The American Psychologist, 59(1), 20-8. doi:10.1037/0003-066X.59.1.20

Boo, J. (2010). The relationship between adult attachment and depression as mediated by social support, self esteem, and optimism. Dissertação de doutoramento não publicada. Ball State University.

Bowlby, J., (1988). A secure base; Parent-child attachment and healthy human development. New York : Basic Books.

Bradbury, T.N., Beach, S.R.H., Fincham, F.D., & Nelson, G. (1996). Attributions and behavior in functional and dysfunctional marriages. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 64, 569-576.

56 Bradbury, T., Fincham, F., & Beach, S. (2000). Research on the nature and determinants of marital

satisfaction : A decade in review. Journal of Marriage and the Family, 62, 964-980.

Brennan, K. A., Clark, C. L., & Shaver, P. R. (1998). Self-report measurement of adult attachment. In J. A. Simpson & W. S. Rholes (Eds.), Attachment theory and close relationships (pp. 46– 76). New York: Guilford Press.

Bretherton, I., Ridgeway, D., & Cassidy, J. (1990). Assessing internal working models of the attachment relationship: An attachment story completion task for 3-year-olds. In M. T. Greenberg, D. Cicchetti, & E. M. Cummings (Eds.), Attachment in the preschool years: Theory, research, and intervention (pp. 273-308). Chicago: University of Chicago Press. Brofenbrenner, U. (1983). Toward an experimental ecology of human development. American

Psychology, 32, 513-531.

Busby, D. M., Christensen, C., Crane, D. R., & Larson, J. H. (1995). A revision of the Dyadic Adjustment Scale fou use with distressed and nondistressed couples: Construct hierarchy and multidimensional scales. Journal of Marital and Family Therapy, 21(3), 289-308. doi: 10.1111/j.1752-0606.1995.tb00163.x

Butterworth, P., & Rodgers, B. (2008). Mental health problems and marital disruption: is it the combination of husbands and wives’ mental health problems that predicts later divorce? Social Psychiatry and Psychiatric Epidemiology, 43(9), 758-63. doi:10.1007/s00127-008- 0366-5

Canavarro, M. C. (2007). Inventário de sintomas psicopatológicos (BSI): Uma revisão crítica dos estudos realizados em Portugal. In M. R. Simões, C. Machado, M. M. Gonçalves, & L. S. Almeida (Eds.), Avaliação Psicológica: Instrumentos validados para a população portuguesa (pp. 305-329). Quarteto.

Canavarro, M. C., Pereira, M., Moreira, H., & Paredes, T. (2010). Qualidade de Vida e Saúde: Aplicações do WHOQOL. Alicerces, 3, 243-268.

Cardoso, M. (2010). Contributo para a validação da Escala de Resiliência para Adultos: Resiliência após perda perinatal e morte de um filho. Dissertação de Mestrado não publicada. Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação. Universidade de Coimbra. Collins, N., & Feeney, B. (2000). A Safe Haven: An attachment theory perspective on support

seeking and caregiving in intimate relationships. Journal of Personality and Social Psychology, 78(6), 1053-1073.

Collins, N. L., & Feeney, B. C. (2004). Working models of attachment shape perceptions of social support: evidence from experimental and observational studies. Journal of personality and social psychology, 87(3), 363-83. doi:10.1037/0022-3514.87.3.363

Collishaw, S., Pickles, A., Messer, J., Rutter, M., Shearer, C., & Maughan, B. (2007). Resilience to adult psychopathology following childhood maltreatment: evidence from a community sample. Child Abuse & Neglect, 31(3), 211-29. doi:10.1016/j.chiabu.2007.02.004

Conger, R. D., Rueter, M. a, & Elder, G. H. (1999). Couple resilience to economic pressure. Journal of personality and social psychology, 76(1), 54-71.

Connor, K., & Davidson, J. (2003). Development of a new resilience scale: The Connor-Davidson Resilience Scale (CD-RISC). Depression and anxiety, 18(2), 76-82. doi:10.1002/da.10113 Cooper, M., Shaver, P., & Collins, N. (1998). Attachment styles, emotion regulation, and

adjustment in adolescence. Journal of personality and social psychology, 74(5), 1380-97. Cunningham, J. E. (2007). The association between psychopathological symptoms and relationship

satisfaction: direct effect and mediation through partner cognitions. Dissertação de Mestrado não publicada. University of Maryland, College Park.

Davydov, D., Stewart, R., Ritchie, K., & Chaudieu, I. (2010). Resilience and mental health. Clinical Psychology Review, 30(5), 479-495. doi:10.1016/j.cpr.2010.03.003

57 Derogatis, L.R. (1993). Brief Symptoms Inventory (BSI): Administration, scoring and procedures

manual (3rd ed.). Minneapolis: NCS Pearson, Inc.

European Pact for Mental Well-Being. (2008). Brussels: Author.

Evans, S., Banerjee, S., Leese, M., Huxley, P. (2007). The impact of mental illness on quality of life: A comparison of severe mental illness, common mental disorder and healthy population samples. Quality of Life Research, 16(1), 17-29.

Evans, L., & Wertheim, E. H. (2005). Attachment styles in adult intimate relationships: comparing women with bulimia nervosa symptoms, women with depression and women with no clinical symptoms. European Eating Disorders Review, 13(4), 285-293. doi:10.1002/erv.621

Feeney, J. A., & Noller, P. (1990). Attachment style as a predictor of adult romantic relationships. Journal of Personality and Social Psychology, 58(2), 281-291. doi:10.1037//0022- 3514.58.2.281

Feeney, J. A. (1999). Adult romantic attachment and couple relationships. In J. Cassidy & P. Shaver (Eds.), Handbook of Attachment theory and research. (pp. 355-377). New York: Guilford Press.

Fergus, S., & Zimmerman, M. (2005). Adolescent resilience: A framework for understanding healthy development in the face of risk. Annual Review of Public Health, 26, 399-419. doi:10.1146/annurev.publhealth.26.021304.144357

Fincham, F., Beach, S., & Kemp-Fincham, S. (1997). Marital quality: A new theoretical perspective. In R. Sternberg & M. Hojjat (Eds.), Satisfaction in close relationships (pp. 1- 22). New York: Guilford.

Friborg, O., Hjemdal, O., Rosenvinge, J. H., & Martinussen, M. (2003). A new rating scale for adult resilience: What are the central protective resources behind healthy adjustment? International Journal of Methods in Psychiatric Research, 12(2), 65-76.

Friborg, O., Barlaug, D., Martinussen, M., Rosenvinge, J. H., & Hjemdal, O. (2005). Resilience in relation to personality and intelligence. International Journal of Methods in Psychiatric Research, 14(1), 29-42.

Friborg, O., Hjemdal, O., Martinussen, M., & Rosenvinge, J. H. (2009). empirical support for resilience as more than the counterpart and absence of vulnerability and symptoms of mental disorder. Journal of Individual Differences, 30(3), 138-151. doi:10.1027/1614-0001.30.3.138 Gamma, A., Angst, J. (2001). Concurrent psychiatric comorbility and multimorbidity in a community study: Gender differences and quality of life. European Archives of Psychiatry and Clinical Neuroscience, 251(2), 43-46.

Gerstein, E. D., Crnic, K. a, Blacher, J., & Baker, B. L. (2009). Resilience and the course of daily parenting stress in families of young children with intellectual disabilities. Journal of Intellectual Disability Research, 53(12), 981-97. doi:10.1111/j.1365-2788.2009.01220.x Hansson, L. (2006). Determinants of quality of life in people with severe mental illness. Acta

Psychiatrica Scandinavica. Supplementum, 113(429), 46-50. doi:10.1111/j.1600- 0447.2005.00717.x

Harrison, G., Hopper, K., Craig, T., Laska, E., Siegel, C., Wanderling, J., Dube, K. C., et al. (2001). Recovery from psychotic illness: A 15- and 25-year international follow-up study. The British Journal of Psychiatry : the journal of mental science, 178, 506-17.

Hastrup, L., Van Den Berg, B., & Gyrd-Hansen, D. (2011). Do informal caregivers in mental illness feel more burdened? A comparative study of mental versus somatic illnesses. Scandinavian Journal of Public Health, 39(6), 598-607.

Hayes, A. F. (2009). Beyond Baron and Kenny: Statistical mediation analysis in the new millennium. Communication Monographs, 76, 408-420. doi: 10.1080/03637750903310360

58 Hayes, A. F. (2012). PROCESS: A versatile computational tool for observed variable mediation, moderation, and conditional process modeling [White paper]. Retrieved from http://www.afhayes.com/public/process2012.pdf

Hazan, C, & Shaver, P. (1987). Romantic love conceptualized as an attachment process. Journal of Personality and Social Psychology, 52(3), 511-24.

Hazan, C., & Shaver, P. (1990). Love and work: An attachment-theoretical perspective. Journal of Personality and Social Psychology, 59(2), 270-280. doi:10.1037//0022-3514.59.2.270 Heene, E., Buysse, A., & Van Oost, P. (2005). Indirect pathways between depressive symptoms

and marital distress: The role of conflict communication, attributions, and attachment style. Family Process, 44(4), 413-40.

Hughes, D., Galinsky, E. (1993). Gender, job and family conditions, and psychological symptoms. Psychology of Women Quarterly, 18 (2), 251-270.doi: 10.1111/j.1471-6402.1994.tb00454.x Jonker, L., & Greeff, A. (2009). Resilience factors in families living with people with mental

illness. Journal of Community Psychology, 37(7), 859-873. doi:10.1002/jcop

Kardatzke, K. (2009). Perceived stress, adult attachment, dyadic coping and marital satisfaction of counseling graduate students. University of North Carolina.

Karney, B., & Bradbury, T. (2010). Contextual influences on marriage: Implications for policy and intervention. In T. Fisher & J. McNulty (Eds.), Current Directions in Human Sexuality and Intimate Relationships (pp. 22-30). Allyn & Bacon.

Lawford, J., & Eiser, C. (2001). Exploring links between the concepts of quality of life and resilience. Pediatric Rehabilitation, 4(4), 209-16. doi:10.1080/13638490210124024

Lebow, J. L., Chambers, A. L., Christensen, A., & Johnson, S. M. (2012). Research on the treatment of couple distress. Journal of marital and family therapy, 38(1), 145-68. doi: 10.1111/j.1752-0606.2011.00249.x

Linzer, M., Spitzer, R., Kroenke, K., Williams, J. B., Hahn, S., Brody, D., de Gruy, F. (1996). Gender, quality of life, and mental disorders in primary care: Results from the PRIME-MD 1000 study. The American Journal of Medicine, 101(5), 526-533.

Luthar, S., Cicchetti, D., & Becker, B. (2007). The construct of resilience: A critical evaluation and Guidelines for future work. Child Development, 71(3), 543-562.

Luthar, S., Cicchetti, D., & Becker, B. (2000). Research on resilience: Response to commentaries. Child Development, 71(3), 573-575. doi:10.1111/1467-8624.00168

Luthar, S., Sawyer, J., & Brown, P. (2006). Conceptual issues in studies of resilience: Past, present, and future research. Annals of the New York Academy Of Sciences, 1094(1), 105-15. doi: 10.1196/annals.1376.009

Masten, A. S., & Obradović, J. (2008). Disaster preparation and recovery: Lessons from research on resilience in human development. Ecology and Society, 13(1): 9. Retirado de http://www.ecologyandsociety.org/vol13/iss1/art9/

Maulik, P. K., Eaton, W. W., Bradshaw, C. P. (2010). The effect of social networks and social support on common mental disorders following specific life events. Acta Psychiatrica Scandinavica,122 (2), 118–128.

Meyers, S. A., & Landsberger, S. A. (2002). Direct and indirect pathways between adult attachment style and marital satisfaction, 9, 159-172.

Mickelson, K., Kessler, R., & Shaver, P. (1997). Adult attachment in a nationally representative sample. Journal of Personality and Social Psychology, 73(5), 1092-106.

Mikulincer, M., Gillath, O., & Shaver, P. R. (2002). Activation of the attachment system in adulthood: Threat-related primes increase the accessibility of mental representations of attachment figures. Journal of Personality and Social Psychology, 83(4), 881-895. doi:10.1037//0022-3514.83.4.881

59 Morris, R., Van der Gucht, E., Lancaster, G., & Bentall, R. (2009). Adult attachment in bipolar 1 disorder. Psychology and Psychotherapy: Theory, Research and Practice, 82, 267-77. doi: 10.1348/147608309X415309

Neff, L., & Broady, E. (2011). Stress resilience in early marriage: Can practice make perfect? Journal of Personality and Social Psychology, 101(5), 1050-67. doi:10.1037/a0023809 Neff, L., & Karney, B. R. (2004). How does context affect intimate relationships? Linking external

stress and cognitive processes within marriage. Personality & Social Psychology Bulletin, 30(2), 134-48. doi:10.1177/0146167203255984

Nolen- Hoeksema, S. (2012). Emotion regulation and psychopathology: The role of gender. Annual Review of Clinical Psychology, 8, 61-87.

Organização Mundial da Saúde (2001). Relatório sobre a Saúde no Mundo - Saúde Mental: Nova Concepção, Nova Esperança. Genebra: Autor.

Ong, A., Bergeman, C., Bisconti, T., & Wallace, K. (2006). Psychological resilience, positive emotions, and successful adaptation to stress in later life. Journal of personality and social psychology, 91(4), 730-49. doi:10.1037/0022-3514.91.4.730

Pereira, M., Melo, C., Gameiro, S., & Canavarro, M. C. (2011). Estudos psicométricos da versão em Português Europeu do índice de qualidade de vida EUROHIS-QOL-8. Laboratório de Psicologia, 9(2), 109-123.

Pestana, H., & Gageiro, N. (2008). Análise de dados para ciências sociais. A complementaridade do SPSS. 5ª Edição. Edições Sílabo, Lda., Lisboa.

Power, M.J. (2003). Development of a common instrument for quality of life. In A. Nosikov, & C. Gudex (Eds.). Developing Common Instruments for Health Surveys. Amsterdam: IOS Press, 2003:145–63.

Preacher, K. J., & Hayes, A. F. (2008). Asymptotic and resampling strategies for assessing and comparing indirect effects in multiple mediator models. Behavior Research Methods, 40, 879-891.

Røsand, B., Slinning, K., Eberhard-Gran, M., Røysamb, E., & Tambs, K. (2012). The buffering effect of relationship satisfaction on emotional distress in couples. BMC Public Health, 12(1),1-66.

Rutter, M. (2006). Implications of resilience concepts for scientific understanding. Annals of the New York Academy of Sciences, 1094, 1-12. doi:10.1196/annals.1376.002

Seeman, M. (1997).Psychopathology in women and men: Focus on female hormones. American Journal of Psychiatry, 154, 1641-1647.

Shaver, P., Hazan, C., & Bradshaw, D. (1988). Love as attachment: The integration of three behavioural systems. In R. J. Sternberg, & M. Barnes (Eds.), Anatomy of love (pp. 68-99). New Haven, CT: Yale University Press.

Schaap, I. A., Galen, F. M., Ruijter, A. M., & Smeets, E. C. (2009). Resilience, the article: The balance between awareness and fear. Retirado de www.impact- kenniscentrum.nl/download/file1163776605.pdf

Shorey, H., & Snyder, C. (2006). The role of adult attachment styles in psychopathology and psychotherapy outcomes. Review of General Psychology, 10(1), 1-20. doi:10.1037/1089- 2680.10.1.1

Schmidt, S., Mühlan, H., & Power, M. (2006). The EUROHIS-QOL 8-item index: Psychometric results of a cross-cultural field study. European journal of public health, 16(4), 420-8. doi: 10.1093/eurpub/cki155

Simeon, D., Yehuda, R., Cunill, R., Knutelska, M., Putnam, F. W., & Smith, L. M. (2007). Factors associated with resilience in healthy adults. Psychoneuroendocrinology, 32(8-10), 1149-52. doi:10.1016/j.psyneuen.2007.08.005

60 Simpson, J., Rholes, W., & Nelligan, J. (1992). Support seeking and support giving within couples in an anxiety-provoking situation: The role of attachment styles. Journal of Personality and Social Psychology, 62(3), 434-446. doi:10.1037//0022-3514.62.3.434

Skevington, S., Lotfy, M., & O`Connell, K. (2004). The World Health Organization ’ s WHOQOL- BREF quality of life assessment : Psychometric properties and results of the international field trial A Report from the WHOQOL Group. Quality of Life Research, 13, 299-310. Sousa, M., & Cerveny, C. (2006). Resiliência: Introdução à compreensão do conceito e suas

implicações no campo da psicologia. Revista Ciências Humanas, 12(2), 21-30.

Svanberg, O. (1998). Attachment, resilience and prevention. Journal of Mental Health, 7(6), 543- 578.

Torgalsbøen, A. K. (2012). Sustaining full recovery in schizophrenia after 15 years: Does resilience matter? Clinical Schizophrenia & Related Psychoses, 5(4), 193-200. doi: 10.3371/CSRP.5.4.3

Updegraff, J., & Taylor, S. (2000). From Vulnerability to Growth: Positive and Negative Effects of Stressful Life Events. In J. Harvey & E. Miller (Eds.), Loss and Trauma: General and Close Relationship Perspectives (pp. 3-28). Philadelphia, PA: Brunner-Routledge.

Venter, N. (2009). Resilience in intimate relationships. University of South Africa.

Walsh, F. (2002). A family resilience framework: Innovative practice applications. Family Relations, 51(2), 130-137.

Waters, E., Merrick, S., Treboux, D., Crowell, J., & Albersheim, L. (2000). Attachment security in infancy and early adulthood: A twenty-year longitudinal study. Child Development, 71(3),