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Diagrama 1- Diagrama das variáveis importantes na determinação

7 CONCLUSÃO

Este estudo monográfico permitiu esclarecer a importância da utilização dos derivativos de petróleo para empresas aéreas em um cenário de instabilidade.

Os fundamentos do mercado foram testados através a análise de como a cotação do petróleo se moveu em 2008. A presença de variáveis que se retroalimentaram desde o ano de 2007 e culminaram no pico do preço WTI em 2008, ofereceu outro ponto de vista sobre a precificação do ativo, que não o das leis tradicionais de oferta e demanda. As teorias da Racionalidade Limitada e da Reflexividade sistematizaram essas situações e questionaram a previsibilidade que advém da “tendência ao equilíbrio” da Teoria Neoclássica.

A consciência da imprevisibilidade, a partir da análise de algumas variáveis que influenciaram o preço do petróleo no ano de 2008, simbolizada pela expectativa de operadores de opções de que seu preço variasse até 100% em um ano (teoricamente, cair a zero ou dobrar), pode exemplificar uma oportuna utilização de derivativos nesse contexto. A possibilidade de “travar” preços de compra ou de venda em situações de instabilidade, como a de 2008, mostrou como o instrumento pode ser uma “benesse” ou uma “maldição”. A fixação de um preço a se pagar ou receber é uma boa estabilidade, mas ainda há a necessidade de uma boa previsão de médio prazo para esse preço, pois caso se preveja um cenário pessimista e ele não ocorra, a companhia perde competitividade frente às outras do mercado.

Como o diretor da Southwest Airlines afirmou, a estratégia de hedge é vista como um seguro para eles. No entanto, as posições agressivas de proteção devem ser correlatas com as da concorrência, pois a demasiada segurança pode se tornar em uma perda de competitividade em queda acentuada de preços. A respeito dessa situação, recomenda-se um estudo sobre a perda da competitividade de empresas com posições de hedge agressivas em situações de movimentos muito favoráveis como a que aconteceu no segundo semestre de 2008.

Outro problema dessas estratégias de hedge é a dificuldade de explicar para diretores de uma empresa o grande fluxo de caixa negativo para pagamento dessas operações em situações favoráveis. Mas o questionamento que deve ser feito é: quando se paga por uma apólice de

seguro para ter a segurança de que, no futuro, não se irá arcar com inconvenientes e, nesse período não ocorre inconvenientes, esse preço da apólice é considerado perdido? Ou deve ser considerado o preço da segurança?

A tendência do mundo moderno é de se interconectar ainda mais, tornando preços, taxas, cotações ainda mais sensíveis a eventos remotos. Juntamente com essa tendência, se reduz a capacidade de prever a trajetória ou até mesmo o sentido desses indicadores. Não se elimina totalmente o risco relativo às concorrentes, mas é possível a realização de investimentos com maior margem de segurança, financiamentos mais baratos e a concentração da diretoria em suas atividades operacionais, aumentando sua eficiência.

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MINI-CURRICULUM

Ian Nunes Costa e Costa, graduado, com este trabalho, em Ciências Econômicas na

Universidade Federal da Bahia no ano de 2009, teve experiências profissionais com Relações Internacionais, com área bancária e com meio ambiente. Participou de um programa de intercâmbio estudantil na Université Paris X – Nanterre, no primeiro semestre de 2008 e tem certificação de proficiência da língua francesa e inglesa. Tem interesses de se desenvolver na área de Análise de Investimentos. Tem ativa participação no mercado acionário, assim como nos mercados de títulos públicos e privados.

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