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O presente trabalho teve como objetivo analisar os meios de prova utilizados em crimes contra a dignidade sexual. Tema de suma importância diante da dificuldade de obtenção da prova material, o que acarretou em vários casos de erros judiciais e de condenações injustas presentes nos últimos anos no judiciário brasileiro.

No primeiro capítulo viu-se como se deu a evolução dos crimes de natureza sexual no Brasil, com relação as diversas mudanças na legislação, que de pouco a pouco desconstruiu uma ideia machista onde diferenciava as mulheres de acordo com suas condutas e, ainda, incluiu novos delitos, onde tanto mulheres como homens podem figurar como vítimas.

Ainda no primeiro capítulo, observou-se os bens jurídicos tutelados nos crimes sexuais, quais sejam, a liberdade e a dignidade sexual e, ainda, viu-se os principais princípios jurídicos constitucionais aplicados aos crimes contra a dignidade sexual.

No segundo capítulo, abordou-se o conceito de prova, sua finalidade com vista nos princípios da verdade real e do livre convencimento do juiz, além de observar os principais meios de prova utilizados no ordenamento jurídico brasileiro.

No terceiro capítulo, intensificou-se a pesquisa sobre a fragilidade das provas nos crimes sexuais, observando as dificuldades relacionadas a obtenção da prova material. Tendo em vista os crimes que não deixam vestígios e a facilidade do desaparecimento dos vestígios com o decurso do tempo. Bem como a importância da valoração da palavra da vítima e os riscos que pode trazer ao processo em caso de denunciação caluniosa, o que, como visto, pode acarretar em condenações injustas.

Ao final, como resultado observou-se a importância da fase de obtenção de provas, devendo se tomar os devidos cuidados e analisar minunciosamente as provas extraídas da parte ofendida e da parte acusada. É importante que haja muita cautela neste processo, tanto da vítima ao fazer uma acusação, quanto do magistrado ao acatar suas palavras, a fim de evitar privar injustamente uma pessoa de sua liberdade.

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