• Nenhum resultado encontrado

55

CONCLUSÃO

A quantificação de taninos através da metodologia de Difusão Radial se mostrou bastante rápida, segura, econômica e muito útil em estudos onde uma grande quantidade de amostras precisa ser analisada. Fato este devido a sua simplicidade quando comparada as outras metodologias que na maioria das vezes são métodos laboriosos e empregam reagentes específicos. Entretanto o método deve ser usado com cautela, não sendo recomendada para determinação do valor do teor total de taninos e sim como uma medida do potencial biológico destas moléculas.

Foi demonstrado neste trabalho que algumas alterações no processo de extração da metodologia original, ocasionam a otimização deste método, uma vez que aumentam sua sensibilidade, reduzindo o tempo e a quantidade de material vegetal empregado na análise.

A substituição do metanol 50%, utilizado na metodologia original, pela acetona 50% acarretou em aumento do diâmetro dos discos em todas as condições testadas, propondo um maior poder extrativo deste solvente nas condições testadas. A combinação do emprego da acetona 50% com a utilização do ultrassom reduziu a metade o tempo necessário para extração e quantidade de massa vegetal, eliminando as divergências de resultados devido a não saturação dos solventes observadas com a maceração.

Através do estudo de validação, o método foi considerado linear, preciso, robusto e exato, uma vez que os valores encontrados para estes parâmetros estão dentro do intervalo aceitável. O estabelecimento dos limites de detecção e quantificação revelou um método bastante sensível.

Com os resultados obtidos no estudo de validação pode-se confirmar que o método é ideal para o doseamento de taninos, podendo ser utilizado com segurança para as aplicações analíticas. A validação do método, por sua vez, aumenta a credibilidade nos resultados dos ensaios de quantificação por ele já realizados.

56

57

PERSPECTIVAS

O doseamento de taninos através da difusão radial tem se mostrado um método promissor, pois é simples rápido e eficiente. Contudo há a necessidade de aprimoramento da técnica para obtenção de resultados padronizados e consequente aumento da credibilidade destes.

A otimização do processo de extração e a validação do método foram um passo importante para o alcance desse objetivo, uma vez que a utilização do ultrassom aliado à pesquisa por um solvente com maior capacidade extratora para taninos minimiza as disparidades nos resultados decorrentes de um processo extrativo ineficiente.

Por sua vez a validação do método é a prova documentada de que este satisfaz os requisitos para as aplicações analíticas praticadas, essencial a qualquer metodologia.

Muito ainda pode ser feito, existem ainda várias etapas do método que podem ser estudadas e melhoradas a fim de tornar a difusão radial uma ferramenta eficiente e confiável para os laboratórios de análises.

58

59

REFERÊNCIAS

ADAMS, D. O., E HARBERTSON, J. F. Use of alkaline phosphatase for the analysis of tannins in grapes and red wines. American Journal of Enology and Viticulture, v.50, p.247–252, 1999.

AGOSTINI-COSTA, T.S.; LIMA A.; LIMA M. V. Determinação de tanino em pedúnculo de caju: método da vanilina versus método do butanol ácido. Química Nova, v.26, n.5, p. 763-765, 2003.

AGUILAR, C.N. GUITIÉRREZ-SÁNCHEZ, G. Review: sources, properties, applications and potential uses of tannin acly hydrolase. Food Science and Technology International, v.5, p.373-382, 2001.

APPEL, H.M.; GOVERNOR, H.L.; D’ASCENZO, M. SISKA, E.; SCHULTZ, J.C. Limitations of folin assays of foliar phenolics in ecological studies. Journal of Chemical Ecology, v.27, p.761-778, 2001.

ARDISSON, L.; GODOY, J. S., FERREIRA, L. A. M., STEHMANN, J. R., BRANDÃO, M. G. L. Preparação e caracterização de extratos glicólicos enriquecidos em taninos a partir das cascas de Stryphnodendron adstringens (mart.) Coville (Barbatimão). Revista Brasileira de Farmacognosia, v.12, n.1, p. 27-34, 2002.

AYRES, M. P.; CLAUSEN, T. P.; MACLEAN, S. F.; REDMAN, A. M.; REICHARDT, P.B. Diversity of structure and antiherbivore activity in condensed tannins. Ecology, v.78, p.1696-1712, 1997.

BARROS C. B. Validação de métodos analíticos. Biológico, São Paulo, v.64, n.2, p.175-177, jul./dez., 2002.

60

BARROS, F. M. C. Variabilidade sazonal, atividade amtimicrobiana, fracionamento bio-guiado, isolamento e elucidação estrutural dos principais constituintes do óleo essencial de Lippia Alba (MILL.) N. E. Brown. Santa Maria: UFSM, 2008. 162p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2008.

BARROS NETO, B.; PIMENTEL, M. F.; ARAÚJO, M. C. U. Recomendações para calibração em química analítica- Parte I. Fundamentos e calibração com um componente (calibração univariada). Quim. Nova, v.25, n.5, p.856- 865, 2002.

BATE-SMITH, E.C. Astringent tannins of Acer species. Phytochemistry, v.16, p. 1421- 1426, 1977.

BERLAN, J.; TIMOTHY, J. M. Sonochemistry: form research laboratories to industrial plants. Ultrasonic. v.30, n.4, p.203-212. 1992.

BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). R. E, nº 899 de 29 de maio de 2003 – Guia para validação de métodos qualitativos e bioanalíticos.

BRUNETON, J. Elementos de Fitoquímica y de Farmacognosia. Ed. Acribia, SA: Espanha, 1991.

BUTLER, L.G.; RIEDL, D.J.; LEBRYK, D.G.; BLYTT, H.J. Interaction of proteins with sorghum tannin: mechanism, specificity and significance. Journal of American Oil Chemistry Society, v.61, n.5, p.916-920, 1984.

CABRAL, D.L.V.; PEIXOTO SOBRINHO, T.J.S.; AMORIM, E.L.C.; ALBUQUERQUE, U.P. Relationship of biometric parameters on the concentration of tannins in two medicinal plants – a case study. Boletín Latinoamericano y del Caribe de Plantas Medicinales y Aromáticas, v.9, n.5, p.368-376, 2010.

61

CANNAS, A. Tannins: fascinating but sometimes dangerous molecules. Itaka, 1999. Disponivel em: PESSINI, G. L. et al. Neolignanas e análise do oleo essencial das folhas de Piper regnellii (Miq.) C. DC. var pallescens (C. DC.) Yunck. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 15, n. 3, p. 199-204, jul/set 2005.

CASTRO, H. G.; CASALI, V. W. D.; BARBOSA, L. C. A.; CECON, P. R. Rendimento de tanino em dois acessos de carqueja (Baccharis myriocephala ), em diferentes épocas de colheita em viçosa-MG. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.1, n.29, p. 1-6 1999.

CHUNG, K.; WEI, C.; JOHNSON, M.G. Are tannins a double-edged sword in biology and healt. Trends in Food Science and Technology, v.9, n.4, p.168-175, 1998.

CLAESON, P.; BOHLIN, L. Some aspects of bioassay methods in natural-product research aimed at drug lead discovery. Trends in Biotechnology. v. 15, n. 7, p. 245- 248, 1997.

CONDEPE/FIDEM - Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco,

2008. Disponível em:

<http://www.condepefidem.pe.gov.br/perfil_municipal/municipios.asp?cod=2>. Acesso em: 26 de janeiro de 2012.

COSTA, A. F. Farmacognosia. 5. Ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1994, v. I.

CRAGG, G. M.; BOYD, M. R.; KHANNA, R.; KNELLER, R.; MAYS, T. D.; MAZAN, K. D.; NEWMAN D. J.; SAUSVILLE E. A. International collaboration in drug discovery and development: the NCL experience. Pure and Applied Chemistry, v. 71, p. 1619-1633, 1999.

62

CUNHA, A. P. Farmacognosia e Fitoquímica. Ed. Fundação Calouste Gulbenkian: Lisboa, 2009.

DESPHANDE, S.S. CHERYAN, M.SALUNKHE, D.K. Tannin analysis of foods products. CRC Critical Reviews in Food Science & Nutrition, v.24, p. 401-449, 1986.

DESHPANDE, S.S., SALUNKHE, D.K. Interactions of tannic acid and catechin with legume starches. Journal of Food Science, v.47, n.6, p.2080-2083, 1982.

EMANUELLI T, SCANDIUZZI M. Validação de processos na indústria farmacêutica. In: Congresso de Produtos Farmacêuticos e Cosméticos. 2000; Rio Grande do Sul: Universidade do Rio Grande do Sul. Anais. 2000. p.57.

ESPIRES RC. Aspectos da metodologia analítica do metronidazol. São Paulo: USP, 1998. 136 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998.

FICKEL, J.; PITRA, C.; JOEST, B. A.; HOFMANN, R. R. A novel method to evaluate the relative tannin-binding capacities of salivary proteins. Comparative Biochemistry and Physiology, v.122,p.225-229, 1999.

FOLIN, O.; DENIS, W. On phosphotungstic-phosphomolybdic compounds as color reagents. The Journal of Biological Chemistry, v XII, p.239-243, 1912.

FREITAS, V. de. MATEUS, N. Structural features of procyanidin interactions with salivary proteins. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v.49, p.738-743, 1981.

FULEKI, T. & FRANCIS, F.J. Quantitative methods for anthocyanins 1. Extraction and determination of total anthocyanin in cranberries. Journal of Food Science, v.33, p. 72- 77, 1968.

63

FULEKI, T. & FRANCIS, F.J. Quantitative methods for anthocyanins 2. Determination of total anthocyanin and degradation index for cranberry juice, Journal of Food Science, v.33, p. 78-83, 1968.

GEORGÉ, S.; BRAT, P.; ALTER, P.; AMIOT, M.J. Rapid determination of polyphenols and vitamin C in plant-derived products. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v.53, p.1370-1373, 2005.

GIUSTI, M. M. & WROLSTAD, R. E. Characterization and mesasurement of anthocyanins by UV-visible spectroscopy. In WROLSTAD, R.E. (Ed.). Current Protocols in Food Analytical Chemistry. New York: Wiley, 2001.

GLORIES, Y. La couleur des vins rouges, 2eme partie. Mesure, origine et interpretation. Connaissance de la Vigne et du Vin , v.18, p.253–271, 1984.

GOBBO-NETO, L., LOPES, N. P. Plantas medicinais: fatores de influência no conteúdo de metabólitos secundários. Química Nova, v. 30, p. 374-381, 2007.

GRAHAM, H. D. Stabilization of the Prussian Blue color in the determination of polyphenols. Journal of Agricuture Food Chemistry, v. 40, n. 5, p. 801-805, 1992.

GRUNDHÖFER, P.; NIEMETZ, R.; SCHILLING, G.; GROSS, G. G. Biosynthesis and subcellular distribution of hydrolyzable tannins. Phytochemistry, v.57, p.915- 927, 2001.

HAGERMAN, A.E.; BUTLER, L.G. Choosing appropriate methods and standards for assaying tannin. Journal of Chemical Ecology, v.15, p.1795-1810, 1989.

HAGERMAN, A., E BUTLER, L. Protein precipitation method for the quantitative determination of tannins. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v.26, p.809– 812, 1978.

HAGERMAN, A. E.; BUTLER, L. G. The specificity of proanthocyanidin-protein interaction. Journal of Biological Chemistry, v.256, p.4494-4497, 1981.

64

HAGERMAN, A.E. Radial difusion method for determining tannin in plant extrats. Journal of Chemical Ecology, v.13, n.3, p.437-448, 1987

HAGERMAN, A.E.; ZHAO, Y.; JOHNSON, S. Methods for determination of condensed and hydrolysable tannins. Antinutrients and phytochemicals in foods. Washington, DC: F. Shahadi: American Chemical Society, v.12, p.12, 209, 1997.

HARVEY, I. M. Analysis of hydrolysable tannins. Animal Feed Science and Technology, v.91, p.3-20, 2001.

HASLAM, E. Plant polyphenois-vegetable tannins revisited. Cambridge: Cambridge University Press, 1989.

HEIL, M.; BAUMANN, B.; ANDARY, C.; LINSENMAIR, K.E.; MCKEY, D. Extraction and quantification of “condensed tannins” as a measure of plant anti- herbivore defence? Revisiting an old problem. Naturwissenschaften, v.89, p.519-524, 2002.

HERDERICH, M. J., E SMITH, P. A. Analysis of grape and wine tannins: Methods, applications and challenges. Australian Journal of Grape and Wine Research , v.11, p.205–214, 2005.

INOUE, K.H., HAGERMAN, A.E. Determination of gallotannin with rhodanine. Analytical Biochemistry, v. 169, p. 363-369; 1988.

ITTAH, Y. Titration of tannin via alkaline-phosphatase activity. Analytical Biochemistry, v.192, p.277–280, 1991.

65

JEREZ, M., TOURINO, S., SINEIRO, J., TORRES, J. L., E NUNEZ, M. J. Procyanidins from pine bark: Relationships between structure, composition and antiradical activity. Food Chemistry, v.104, p. 518 –527, 2007.

KAWAMOTO, H.; NAKATSUBO, F.; MURAKAMI, K. Stoichiometric studies of tannin co-precipitation. Phytochemistry, v.41, p.1427-1431, 1996.

KILKUSKIE, R. E.; KASHIWADA, Y.; NONAKA, G.; NISHIOKA, I.; BODNER, A.; CHENG, Y.; LEE, K. HIV and reverse transcriptase inhibition by tannins. Bioorganic & Medicinal Chemistry Letters, v.2, n.12, p.1529-1534, 1992.

LEWIS, N.G.; YAMAMOTO, E. Tannins: their place in plant metabolism. In: HEMINGWAY, R.W.; KARCHESY, J.J (Ed) Chemistry and significance of condensed tannins. New York: Plenum Press, 1989. P.23-46

LIST, P. H.; SCHMIDT, P. C. Phytopharmaceutical Technology. Boca Raton: CRC, 1989. 374 p.

LÓPEZ, J.; TEJADA, I.; VÁSQUEZ, C.; DE DIOS GARZA, J.; SHIMADA, A. Condensed tannins in tropical fodder crops and their in vitro biological activity: Part 2. Journal of the Science and Food Agriculture, v.84, p.295–299, 2004.

LUCK, G.; LIAO, H.; MURAY, N. J.; GRIMMER, H. R.; WARMINSKI, E. E.; WILLIAMSON, M. P.; LILLEY, T. H.; HASLAM, E. Polyphenols, astringency and proline-rich proteins. Phytochemistry, v.37, p.357-371, 1994.

66

MANGAN, J.L. Nutritional effects of tannins in animal feeds. Nutrition Research Reviews, v.1, p.209-231, 1998.

MELECCHI, M.I.S. Caracterização química de extratos de Hibiscus tiliaceus L: estudo comparativo de métodos de extração. Porto Alegre: UFRGS, 2005.197 p. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Química, Instituto de Química, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005.

MELLO, J.P.C.; SANTOS, S.C. Taninos. In: Farmacognosia: da planta ao medicamento ;Simões, C.M.O.; Schenckel, E.P. (Orgs.). Ed. UFSC: Porto Alegre; 3ª ed., p. 527-554, 2001

MELO, J.G.; ARAÚJO, T.A.S.; ALMEIDA E CASTRO, V.T.N.; CABRAL, D.L.V.; RODRIGUES, M.D.; NASCIMENTO, S.C.; AMORIM, E.L.C.; ALBUQUERQUE, U.P. Antiproliferative Activity, Antioxidant Capacity and Tannin Content in Plants of Semi-Arid Northeastern Brazil. Molecules, v.15, p.8534-8542, 2010.

MOLE, S.; ROGLER, J.C.; BUTLER, L. G. Growth reduction by dietary tannins: different effects due to different tannins. Biochemical Systematics and Ecology, v.21, p.667-677, 1993.

MONDAL, K.C.; BANERJEE, D.; JANA, M.; PATI, B.R. Colorimetric assay method for determination of the tannin acyl hidrolase activity. Analytical Biochemistry, v.295, p.168-171, 2001.

MONTEDORO, G., E FANTOZZI, P. Dosage des tannins dans les moûts et les vins à l’aide de la methyl cellulose et evolution d’autres fractions phenoliques. Lebensmittel- Wissenschaft und -Technologie , v.7, p.155–161, 1974.

67

MONTEIRO, J. M.; ALBUQUERQUE, U. P.; ARAÚJO, E. DE L.; AMORIM, E. L. C. Taninos: uma abordagem da química à ecologia. Química Nova, v. 2, p. 892-896, 2005.

MUELLER-HARVEY, I. Analysis of hydrolysable tannins. Animal Feed Science and Technology, v. 91, p. 3 - 20, 2001.

NBR ISO/IEC 17025. Requisitos Gerais para a Competência de Laboratórios de Calibração e de Ensaios. 2001 ABNT. RJ. Brasil.

PASTEELNICK LA. Analytical methods validation. In: Berry IR, Nash RA. Pharmaceutical process validation. New York: Marcel Dekker; 1993. p.411-28.

PECORA M. Validação de métodos analíticos. São Paulo: UNIFAR, 2000. 45p. Apostila (Curso de Validação) – União Farmacêutica de São Paulo; 2000.

PINTO, T. J. A.; FERRARINI, M.; GATTI, R. M.; Proposta de roteiro prático para a validação de métodos analíticos. Farmácia & Química, v.36, p. 26-36, 2003.

PORTER, L. J., HRSTICH, L. N., E CHAN, B. G. The conversion of proanthocyanidins and prodelphenidins to cyanidins and delphenidins. Phytochemistry, v.25, p.223-230, 1986.

QUEIROZ, C.R.A.A.; MORAIS, S.A.L.; NASCIMENTO, E.A. Caracterizaçao dos taninos da aroeira-preta (myracrodruon urundeuva). Revista Árvore, v.26, n.4, 2002.

RIBÉREAU-GAYON, P., 1972. Plant Phenolics, Cap. 7, Oliver & Boyd, Edinburgh, p. 169-197.

RIGAUD, J.; ESCRIBANO-BAILON, M. T.; PRIEUR, C.; SOUQUET, J. M.; CHEYNIER, V. (1993). Normal-phase high-performance liquid chromatographic

68

separation of procyanidins from cacao beans and grape seeds. Journal of Chromatographic, v.654, p. 255-260, 1993.

SADECK, P. C. Troubleshooting HPLC Systems. New York: Willey, 2000.

SANTOS, M.A.T. Caracterização química das folhas de brócolis e couve- flor (Brassica oleracea L.) para utilização na alimentação humana. 2000. Dissertação (Mestrado), UFLA, Lavras, 2000.

SARGENTI, S. R.; VICHNEWSI, W. Sonication and Liquid Chromatography as a rapid technique. For extraction and fraction of plant material. Phytochemical Analysis. v.11, n.2, p.69-73. 2000.

SARNECKIS, C. J., DAMBERGS, R. G., JONES, P., MERCURIO, M., HERDERICH, M. J., E SMITH, P. A. Quantification of condensed tannins by precipitation with methyl cellulose: development and validation of an optimised tool for grape and wine analysis. Australian Journal of Grape and Wine Research, v.12, p.39–49, 2006.

SCALBERT, A. Quantitative methods for the estimation of tannins in plant tissues. In R. W. HEMINGWAY, e P. S. LAKS, Plant Polyphenols: Synthesis, Properties, Significance. New York: Plenum Press, p.259-280, 1992.

SCHOFIELD, P.; PELL, A.N.; MBUGUA, D.M. Analysis of condensed tannins: a review. Animal Feed Science and Technology, v. 91, p.21-40, 2001.

69

SGARBIERI, V.C. Proteínas em alimentos proteicos: propriedades – degradações – modificações. São Paulo: Varela, 1996. Cap.5: Deterioração e modificações químicas, físicas e enzimáticas de proteínas.

SHAHIDI, F. e NAZCK, M. Extration and analysis of phenolics in food Review. Journal of Chromatography A, v. 1054, p. 95-111, 2004

SIMÕES, C.M.O.; SCHENKEL, E.P.; GOSMANN, G.; MELLO, J.C.P.; MENTZ, L.A.; PETROVICK, P.R. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 3ªed. rev. – Porto Alegre/Florianópolis: Ed. Universidade/UFRGS/Ed. da UFSC, 2001.

SINGLETON, V.; ORTHOFER, R.; E LAMUELA-RAVENTOS, R. M. Analysis of total phenols and other oxidation substrates and antioxidants by means of Folin- Ciocalteau reagent. Methods Enzymol , v. 299, p.152-178, 1999.

SIQUEIRA, C.F.Q.; CABRAL, D.L.V.; PEIXOTO SOBRINHO, T.J.S.; AMORIM, E.L.C.; MELO, J.G.; ARAÚJO, T.A.S.; ALBUQUERQUE, U.P. Level of Tannins and Flavonoids in Medicinal Plants: Evaluating Bioprospecting Strategies. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, v.2012, n.2012, p.1-7, 2011.

STEVANATO, R.; FABRIS, S.; MOMO, F. Enzymatic method for the determination of total phenolic content in tea and wine. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v.52, p. 6287−6293, 2004.

SUFFREDINI, I.B.; SADER, H.S.; GONÇALVES, A.G.; REIS, A.O.; GALES, A.C.; VARELLA, A.D.; YONES, R.N. Screening of antibacterial extracts from plants native to the Brazilian Amazon Rain Forest and Atlantic Forest. Brazilian Journal of Medical and Biological, v. 37, p.379-84, 2004.

70

SUN, B.; RICARDO-DA-SILVA, J. M.; SPRANGER, I. Critical Factors of Vanillin Assay for Catechins and Proanthocyanidins. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v.46, p. 4267-4274, 1998.

THIES, M.; FISCHER, R. Photometric bestimmug von gallassäuredurch farbreaktion mitrhodanine. Mikrochimica Acta, v. 5, p.809-814, 1973.

UNITED STATES PHARMACOPEIA. 33.ed. Rockville U.S.:Pharmacopeial Convention; 2010.

VERPOORTE, R. Exploration of nature’s chemodiversity: the role of secondary metabolites as leads in drug development. Drug Development Trends, v.3, p.232-238, 1998.

VERPOORTE, R. Pharmacognosy in the new millennium: leadfinding and biotechnology. Journal of Pharmacy and Pharmacology, v. 52, p. 253-262, 2000.

WILLIS, R. B.; ALLEN, P. R., Improved method for measuring hydrolysable tannins using potassium iodate. Analyst, v. 123, p. 435-439, 1998.

WILLS, R. B. H.; BONE, K.; MORGAN, M. Herbal products: active constituents modes of action and quality control. Nutrition Research Reviews, v. 13, p. 47-77, 2000.

WILSON, T.C., HAGERMAN, A.E. Quantitative determination of ellagic acid Journal of Agricultural and Food Chemistry, v.38, p. 1678-1683, 1990.

APÊNDICE – Artigo enviado para Revista Brasileira de Plantas Medicinais

Validação de metodologia analítica para determinação de taninos pelo método de difusão radial

Validation of analytical methodology for determination of tannins by radial diffusion method

LGSantos1*; TJSPeixoto Sobrinho1; DLVCabral1; ELCAmorim1

1

Laboratório de Produtos Naturais, Departamento de Ciências Farmacêuticas - Centro de Ciências da Saúde Universidade Federal de Pernambuco - Av. Prof Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária 54740-521 - Recife - PE, Brasil

* Corresponding author: lumagomes_68@hotmail.com

RESUMO

A metodologia para doseamento de taninos através de difusão radial desenvolvido por Hagerman (1987) vem sendo utilizada em laboratórios de fitoterápicos devido principalmente a sua simplicidade de execução, rapidez e baixo custo, contudo não há relatos na literatura da submissão desta metodologia a um estudo de validação. Baseando-se neste fato, o presente estudo visou validar a metodologia de Difusão Radial para o doseamento de taninos. Todos os parâmetros obrigatórios exigidos pela RE 899 de 2003 foram avaliados. O método foi considerado linear e com alta sensibilidade de quantificação (27,72 µg/poço). Mostrou-se também robusto e com recuperação aceitável (85,96%). Os resultados obtidos para repetitividade (intra-corrida) e precisão intermediária (inter-corridas), certificaram a precisão do método, obtendo-se valores entre 1,89 e 7,03%. Para a exatidão valores entre 100,47 e 105,26% foram obtidos, que se encontra dentro dos limites preconizados pela ANVISA. Sendo assim o

método foi considerado preciso, exato e reprodutível, além de ser de fácil execução e baixo custo.

Palavras-chave: difusão radial, doseamento de taninos, validação de método, quantificação.

ABSTRACT

The methodology for determination of tannins by radial diffusion developed by Hagerman (1987) has been explicitly used in herbal laboratories due mainly to its simplicity of implementation, speed and low cost, yet there are no reports in the literature of the submission of this methodology to a study validation. Based on this fact, this study sought to validate the methodology of Radial Diffusion in the tannins determination. All mandatory parameters required by ANVISA were evaluated. The method was considered linear and with high sensitivity quantitation (27.72 g / well). It was also shown robust and acceptable recovery (85.96%). The results obtained for repeatability (within-run) and intermediate precision (inter-run), certified the accuracy of the method, obtaining values between 1.89 and 7.03%. For the accuracy values between 100.47 and 105.26% were obtained, which is within the limits recommended by ANVISA. Thus the method was considered precise, accurate and reproducible, and is easy to perform and inexpensive.

Key words: radial diffusion, tannins content, method validation, quantification.

INTRODUÇÃO

Milhões de medições analíticas são efetuadas a cada dia em laboratórios ao redor do mundo e, verifica-se a necessidade progressiva de dados analíticos comparáveis e consistentes, para a eliminação de barreiras técnicas entre os vários países. Para atingir este processo de reconhecimento mútuo a nível internacional, em que uma vez efetuada a medição, esta é aceita em qualquer país, requisitos legais, de certificação e de credenciamento devem ser observados. As normas internacionais, nacionais e sistemas da qualidade destacam a importância da validação de métodos analíticos e a documentação do trabalho de validação, para a obtenção de resultados confiáveis e adequados ao uso pretendido (Barros, 2002).

De acordo com a United States Pharmacopeia XXXIII (2010), “A validação de métodos assegura a credibilidade destes durante o uso rotineiro, sendo algumas vezes mencionado como o processo que fornece uma evidência documentada de que o método realiza aquilo para o qual é indicado para fazer”, ou seja, é a confirmação por exame e fornecimento de evidência objetiva de que os requisitos específicos para um determinado uso pretendido são atendidos (NBR ISO/IEC 17025, 2001). As características analíticas típicas usadas na validação de métodos são: exatidão, precisão, especificidade, limite de detecção, limite de quantificação, linearidade, intervalo de aceitação, robustez ou resistência e conformidade do sistema (Brasil, 2003; Espires, 1998; Pecora, 2000; Pinto et al., 2003). Portanto, a validação de metodologias analíticas necessita ser especifica, robusta, sensível, precisa e exata, constituindo fundamental importância para o controle de qualidade dos produtos e sendo parte das normas de Boas Práticas de Fabricação e Controle (Barros Neto et al., 2002).

A realização da validação deve ser executada: i) sempre que de forma direta ou indireta quando o processo de fabricação tenha sido alterado; ii) quando a qualidade final do produto for duvidosa; iii) em equipamentos novos e iv) em caso de implantação de um processo ou método analítico novo (Emanuelli, 2000; Pasteelnick, 1993).

O método de difusão radial desenvolvido por Hagerman (1987) para o doseamento de taninos se fundamenta na propriedade que estes metabólitos secundários possuem de se complexar com as proteínas. No ensaio, o tanino difunde por um gel contendo proteína e o precipitado desenvolve uma forma de disco visível à medida que o tanino interage com a proteína. O método é simples, sensível e específico, e deve ser especialmente aplicado para estudos nos quais um grande número de amostras será analisado. Apesar de já bastante utilizado e difundido na comunidade acadêmica, não há relatos de que a metodologia tenha passado por um processo de validação, estudo este de extrema importância para se garantir a confiabilidade do método. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi realizar a validação da metodologia analítica de quantificação de taninos por difusão radial.

Reagentes e equipamentos

O solvente usado foi metanol (Vetec Química Fina, 99,8%). Os reagentes foram ácido acético glacial (Merck, 99,8%), hidróxido de sódio (Vetec Química Fina, 99%), ácido ascórbico 99,5% (Vetec Química Fina), agarose tipo I (Sigma-Aldrich) e albumina sérica bovina fração V livre de ácidos graxos (Sigma-Aldrich). Como padrão para taninos foi utilizado ácido tânico 99,5% (Vetec Química Fina).

As pesagens foram realizadas em balança analítica Shimadzu AX200 e as diluições com micropipetas monocanal de volume variável HTL Lab Solutions. A bancada de vidro foi nivelada com inclinômetro Insize C7. As análises de pH foram realizadas em pHmetro de bancada Tecnopon mPA210.

Preparação do gel

Foi preparada uma solução 50 mM de ácido acético e 60 μM de ácido ascórbico, sendo o pH ajustado para 5,0 pela adição de hidróxido de sódio em pérolas pois este é o pH ideal para a interação tanino-proteína (López et al., 2004). O gel foi preparado utilizando agarose (1%, p/v) na solução descrita previamente. A mistura foi homogeneizada sob aquecimento e, após o resfriamento a 45°C, foi adicionada albumina sérica bovina (0,1%, p/v). Alíquotas de 10 mL do gel foram distribuídas em

Documentos relacionados