• Nenhum resultado encontrado

A busca pela manutenção de níveis aceitáveis de segurança operacional de voo, exige atenção voltada para fatores organizacionais, que permitam a identificação e o controle de riscos, de maneira proativa, tanto pelas autoridades de aviação civil, quanto por seus regulados. Neste trabalho, o tema estudado abordou a gestão de segurança operacional de voo, focado na atuação de Estado, tendo em vista as novas funções requeridas e aplicáveis à atividade de certificação de produto aeronáutico.

Os resultados levaram a respostas para o problema inicial, que visou identificar se haveria funções requeridas por este modelo de gestão, no que compete a atuação dos Estados, que ainda precisariam ser adotadas pela ANAC, no que tange a atividade de certificação de produto aeronáutico.

Observou-se que o Programa de Segurança Operacional Específico da ANAC contempla as disposições sobre o tema, sendo assim ponto de partida para a implementação e operacionalização do mesmo.

E à primeira vista, os resultados obtidos mostraram que a definição ou revisão de competências e atribuições tem o potencial de estimular, de maneira mais efetiva, a garantia de um esforço de implementação e manutenção de novas funções ligadas a gestão, de maneira padronizada e integrada às já existentes obrigações de supervisão de segurança operacional de voo.

Todavia, foi verificado que o rol de competências, comuns a todas as superintendências da ANAC, já reflete este novo paradigma de gestão. E que desta maneira, a Agencia tem aval para cumprir a tarefa de aprimorar ainda mais seus esforções voltados para a manutenção de um nível aceitável de segurança operacional de voo.

Porém, foi entendido que há oportunidade para uma revisão crítica da estrutura atual de trabalho da área estudada, a GGCP, e da SAR como um todo, assim como, da maneira como estão explicitadas as atribuições envolvidas, visando uma maior disseminação das práticas inerentes à gestão de segurança operacional de voo, em seus processos internos.

Tal constatação parte de percepção de que há iniciativas já em andamento, de maneira explícita, tanto dentro da própria Agencia, como em autoridade estrangeira pertencentes ao mesmo setor, o que ainda não seria uma realidade na SAR, no que tange tal explicitação a nível de Regimento interno e de portaria de delegação interna de competências.

Contudo, uma revisão crítica da estrutura organizacional atual, assim como da definição de competências, da área estudada, além de deixar mais claro um conjunto de funções relacionadas com o Anexo 19, poderá propiciar ajustes decorrentes de inovações em gestão, como por exemplo, a unificação de processos de supervisão, incluindo a integração de abordagens prescritiva com abordagens focadas em desempenho, e consequentemente, a possiblidade de centralização de maneira eficiente, de atividades de inteligência que permita um suporte mais eficiente à atividade de supervisão com base em gestão de risco à segurança operacional de voo.

Finalmente, considerando o entendimento de que há oportunidade para uma revisão crítica da atual estrutura organizacional de trabalho, e consequentemente do modelo de supervisão em uso, é possível sugerir que seja realizado um novo estudo, visando o levantamento de subsídios para um processo de tomada de decisão, com base em análise multicritério. a respeito de alternativas viáveis para a evolução do status quo organizacional da área estudada.

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL (ANAC). Resolução n. 352, de 10 de fev. de 2015(a).

Aprova o Programa de Segurança Operacional Especifico da Agencia Nacional de Aviação Civil (PSOE-ANAC), Brasília, DF.

______. Resolução nº 364, de 20 de outubro de 2015(b). Regulamento Brasileiro de Aviação Civil–

RBAC 21. Emd. 02. Certificação de Produto Aeronáutico, Brasília, DF.

______. Resolução n. 110, de 15 de set de 2009, alterada pela Resolução nº 381, DE 14 de junho de 2016. Regimento Interno, Brasília, DF, 2016(a).

______.Versão adaptada da Nota Técnica – NT 13/2015/GTPN/SAR, de 05 de mar de 2016. Estudo

sobre os requisitos de gerenciamento da segurança operacional – SGSO previstos pela OACI para fabricantes proprietários de projetos de aeronaves. Tema 01 - Agenda Regulatória 2015-2016(b).

Disponível em: <http://www.anac.gov.br/participacao-social/agenda-regulatoria/temas-2015- 2016/nt13-2015-gtpn-sar-1.pdf/view>. Acesso em: 08 fev. 2018.

______. Portaria nº 212, de 19 de janeiro de 2017(a), Manual de Cargos e Funções da SPO, Brasília, DF.

______. Portaria n. 1.655, de 11 de maio de 2017(b), Delega competência e atribui às Gerências

Gerais, Gerências e Gerências Técnicas suas principais atividades realizadas, Brasília, DF.

______. Estrutura Organizacional da ANAC, In ANAC, 2017(c). Disponível em:

<http://www.anac.gov.br/A_Anac/institucional/organogramas/anac.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2018. ______. Drones, In ANAC, 2017?(d). Disponível em: <http://www.anac.gov.br/assuntos/paginas-

tematicas/drones>. Acesso em: 19 jun. 2018.

______. Perguntas frequentes (FAQ) da ANAC/ SAR, In ANAC, 201-. Disponível em:

<https://sistemas.anac.gov.br/certificacao/Diversos/FAQ.asp#%20%201>. Acesso em: 19 jun. 2018. ANAC e COMANDO DA AERONAUTICA. Portaria Conjunta n. 2, de 20 de dez de 2017. Aprova o

Programa Brasileiro para a Segurança Operacional da Aviação Civil (PSO-BR), Brasília, DF.

BRASIL. Decreto n. 21.713, de 27 de ago de 1946. Promulga a Convenção sobre Aviação Civil

Internacional, concluída em Chicago a 7 de dezembro de 1944 e firmado pelo Brasil, em Washington, a 29 de maio de 1945, Brasília, DF.

_____. Lei n. 7.565, de 19 de dez de 1986. Dispõe sobre o Código Brasileiro de Aeronáutica, Brasília,

DF.

_____. Lei n. 11.182, de 27 de set de 2005. Cria a Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC, e dá outras providências, Brasília, DF.

COMANDO DA AERONÁUTICA. Portaria n. 1.332/GC3, de 26 de dez de 2012. Aprova a reedição

da ICA 3-2, que dispõe sobre o Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Aviação Civil Brasileira, Brasília, DF.

DIAS, Emerson de Paulo. Conceitos de Gestão e Administração: Uma Revisão Crítica. Revista Eletrônica de Administração face vol. 1 ed. 1 jul-dez de 2002, Franca, SP. Disponível em: <http://periodicos.unifacef.com.br/index.php/rea/article/view/160/16>. Acesso em: 05 fev. 2018.

EUROCONTROL. ICAO Annexes and Doc Series. In: Skybrary, aviation safety. 06 de set de 2017. Disponível em: <https://www.skybrary.aero/index.php/ICAO_Annexes_and_Doc_Series>. Acesso em: 08 fev. 2018.

FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION (FAA). Part 21 Safety Management System Aviation

Rulemaking Committee Report. 14 de jan de 2015. Recommendations on Certification Procedures

for Products and Parts. Disponível em:

<https://www.faa.gov/regulations_policies/rulemaking/committees/documents/media/Part21ARC- 10052012.pdf>. Acesso em: 29 out. 2017

______. Fact Sheet – Aircraft Certification Service. In: FAA. 20.jul.2017. Disponível em: <https://www.faa.gov/news/fact_sheets/news_story.cfm?newsId=21315>. Acesso em: 10.abr.2018. ORGANIZAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL INTERNACIONAL (OACI). Doc. 7300. Convention on

International Civil Aviation. 9th edition. Montreal 2006.

______. Annex19 to the Convention on International Civil Aviation. Safety Management, 1st

edition, 25 de fev de 2013(a).

______. Doc. 9859. Safety Management Manual (SMM). 3rd edition. Montreal 2013(b).

______. Annex19 to the Convention on International Civil Aviation. Safety Management, 2nd edition,

11 de jul de 2016(a).

______. Doc. 10004. 2017-2019 Global Aviation Safety Plan. 2rd edition. Montreal 2016(b).

______. Safety Report. Edição 2017. Disponível em:

<https://www.icao.int/safety/Documents/ICAO_SR_2017_18072017.pdf>. Acesso em: 30 jan. 2018. ______. DOC Series, 2017? Disponível em: < https://www.icao.int/publications/Pages/doc- series.aspx>. Acesso em: 08 fev. 2018.

SECRETARIA DO PLANEJAMENTO DO DISTRITO FEDERAL. Portaria nº 25 de 24 de Fevereiro de 2012. Guia para Elaboração de Regimento Interno. Brasília, DF.

Documentos relacionados