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A Invenção de Orfeu segue um curso tortuoso e complexo de reconstrução do poeta e da sua poesia, partindo dos elementos da memória individual e da memória coletiva, do resgate de temas e mitos pessoais, até os temas da poesia universal e do mito ancestral. O poeta enfrenta os mais diversos dilemas e paradoxos da existência em busca de soluções, não excluindo os dilemas e paradoxos, mas aceitando-os e confrontando-os com a falsa estabilidade do homem moderno. Para Jorge de Lima, Orfeu deve permanecer renovando-se num movimento contínuo da poesia e todo o “despojamento do espaço, tempo e corpo tende para a concepção do puro espírito capaz de sentir a tragédia da Queda e compreender a tragédia do mundo. O poeta é o seu herói (LIMA, 1997, p. 63)”.

Se a obra, em certo aspecto, remete a um mundo caótico, é porque toda criação supõe um caos originário. A partir daí, reordena o mundo numa verdadeira estética da montagem. O barroco de Jorge de Lima se alia a uma lógica da imagem, não a uma sequência narrativa. Por isso, para revelar as mensagens do poema é possível articular os mais diversos discursos. O que aqui articulamos salientou a natureza barroca do poema, desde sua estética até a visão do mundo do poeta, fazendo da conciliação dos contrários seu paradigma utópico de realização total da vida e da poesia.

Invenção de Orfeu retrata as ameaças e as inquietações que tomam o homem em sua

experiência: a morte, a solidão, o medo, o desejo de transcender. Reflete o ser diante de si mesmo, das coisas e seres. Para conhecer os homens, os seres e as coisas é preciso, sobretudo, conhecer-se. Sendo assim, conforme o poeta, a poesia “é antevisão, profecia e sabedoria (ibid., p. 61)”.

O caminho do poeta para retomar o paraíso perdido após a Queda, parece ser o de reinventar toda a história, assim também o próprio paraíso, através da palavra mágica do poeta. Além disso, a obra de Jorge de Lima é uma verdadeira exploração pelo mar da linguagem e uma celebração absoluta da palavra. É através dela que o poeta busca elevar-se e salvar-se, representando o drama humano e tentando transcendê-lo: o poema abrange o “real” e o “supra- real (ibid., p 63)”.

Para que pudesse tratar de temas tão antológicos, Jorge de Lima uniu os eventos cotidianos aos eventos ocorridos no passado fabuloso e mítico; “pois ao aprendê-los, o homem toma consciência de sua verdadeira natureza – e desperta (ELIADE, 1972, p. 119)”. Desse

modo, a importância que o poeta atribui ao mito reside sobretudo no ato de reinterpretar a relação do homem com o drama primordial que o trouxe à existência.

Se para a modernidade o herói morreu enquanto ser individual, como homem eterno — depois de sua jornada universal —, o herói sempre renasce. O percurso padrão da aventura mitológica do herói é uma exaltação da fórmula representada nos rituais de passagem:

separação-iniciação-retorno. É essa a mensagem de Jorge de Lima que está tanto no mito de

Orfeu quanto no da Queda. Ambos permitem ao poema o contato com o sagrado para superar a angústia existencial.

Em seu poema, Jorge de Lima faz dialogarem os poetas antigos com os modernos, a Bíblia com a mitologia grega, os sonhos com a história humana. Os versos mais depurados unem-se a outros prosaicos. Épica e lírica estão entrelaçadas. É também biografia e testamento. Drama fragmentado e bricolagem. O livro é plástico e sonoro. Barroco-Hermético, não obscuro.

A poesia barroca caracteriza-se pela ruptura com a busca de uma expressão imediata, simples, de fácil acesso. Revolve as estruturas comuns. Lança mão de inesperadas criações vocabulares, provocando assim uma multiplicidade semântica que se realiza em estruturas complexas. Desse modo, em Invenção de Orfeu, a expressão encerra uma plurissignificação às vezes desconcertante a quem busque um sentido único do poema.

Dizer, portanto, que Invenção de Orfeu é obra barroca ou que utiliza o barroquismo, é sugerir que comporta uma ampla e complexa estética, e que seu poeta reflete a alma no estado angustiado, conflitivo e agônico, mas, além disso, transcendente, expressando uma laboriosa e utópica tentativa “de conciliação de dois polos considerados então inconciliáveis e opostos (COUTINHO, 1986, p. 21)”.

Assim sendo, entendemos que a poesia de Invenção de Orfeu apresenta-se como necessidade permanente de expressão transformadora e autorreveladora do poeta Jorge de Lima. De sua relação com os outros e com o mundo em uma expressão autenticamente barroca.

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