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Neste capítulo será feita uma avaliação do trabalho apresentado e serão apresentadas as contribuições dadas pela elaboração deste trabalho e perspectivas para trabalhos futuros.

6.1 AVALIAÇÃO DO TRABALHO

Nesta dissertação foi apresentado um estudo comparativo entre 23 protocolos ALM para a escolha de protocolos ALM adequados a AVCs de grande escala e a implementação do protocolo CAN Multicast em um ambiente de simulação. O CAN Multicast foi avaliado no suporte a AVCs de grande escala construídas sob a arquitetura SPLINE (BARRUS, 1996). Diversos cenários de simulação foram formados e o suporte do protocolo CAN Multicast avaliado segundo diversas configurações de participantes no mundo virtual assim como na variação do tamanho da dimensão CAN nessas configurações. A quantidade de participantes no mundo virtual variou entre 20 e 250 membros e o tamanho da dimensão CAN entre 2D e 3D.

Esta dissertação envolveu o estudo das diversas arquiteturas AVCs. Esse estudo permitiu o conhecimento das principais entidades que compõem um mundo virtual, além do principal tipo de comunicação utilizado nas arquiteturas.

Características e necessidades dos AVCs de grande escala foram estudadas e um estudo comparativo entre protocolos ALM foi elaborado. Esse estudo contou com a pesquisa da literatura. Além de artigos documentando o funcionamento dos algoritmos ALM, foram pesquisados também artigos de estudos comparativos entre protocolos ALM. Por fim, nosso estudo resultou em uma tabela contendo algumas das características dos protocolos ALM relevantes aos AVCs. Assim, a escolha de alguns protocolos ALM adequados a AVCs de grande escala pode ser efetuada.

O protocolo CAN Multicast foi selecionado e implementado em um ambiente de simulação. Resultados da simulação mostraram que o suporte do protocolo CAN Multicast a AVCs de grande escala podem nos levar a custos altos (overhead) na entrada ou movimentação de um membro no mundo virtual. Os custos altos se devem principalmente ao fato de que o espaço virtual de coordenadas CAN é particionado entre membros sem qualquer relacionamento com a topologia física da rede. Assim, para resolver esse problema Ratnasamy (2002) provê um mecanismo da construção da árvore ALM CAN onde segundo uma métrica (o atraso) membros próximos na topologia física fiquem também próximos na topologia lógica. Esse mecanismo é abordado no item 5.1.8.6.3 deste trabalho. No entanto, não consideramos esse mecanismo na implementação do protocolo CAN em nossa simulação.

Outra medida importante considerada em nossa simulação foi o tempo levado em divulgações de mensagens de estado entre membros no mundo virtual. Resultados mostraram que o tamanho da dimensão CAN é um parâmetro importante a ser considerado no suporte a AVCs de grande Escala. O custo (overhead) medido para divulgação de mensagens de estado dado um membro origem e sua recepção pelo último membro interessado em receber a mensagem em uma CAN 2D mostrou que acima de 80 participantes no mundo virtual o realismo do AVC poderia estar sendo comprometido, enquanto em uma CAN 3D a colaboração entre 250 participantes no mundo virtual resulta em um custo de divulgação de estados dentro da faixa de tempo (40ms a 300ms) sugerida por DIOT (1999) para manutenção do realismo em aplicações de tempo real. Pode-se sugerir que com o aumento da dimensão da CAN para 4D, 5D, 6D, etc. esses resultados melhorem ainda mais.

Os resultados avaliados nas simulações determinam que CAN Multicast é uma boa alternativa no suporte a diversos Ambientes Virtuais Colaborativos de grande escala, desde que propriamente utilizado, desde que o AVC seja customizado de acordo com as nossas conclusões.

6.2 CONTRIBUIÇÕES

Este trabalho apresenta duas contribuições principais. A primeira contribuição consiste na classificação e seleção de protocolos ALM segundo suas características específicas para adoção em AVCs. A segunda contribuição se refere aos testes realizados com um protocolo ALM com o objetivo de demonstrar sua aplicação positiva a AVCs de grande escala, bem como identificar diretivas que permitem um melhor aproveitamento de CAN Multicast nos AVCs.

6.3 TRABALHOS FUTUROS

O estudo comparativo de protocolos ALM na escolha dos protocolos ALM mais adequados a AVCs de grande escala, estabeleceu a escolha de três protocolos ALM: TBCP (MATHY, 2001), CAN Multicast (RATNASAMY, 2001b) e Scribe (CASTRO, 2002).

TBCP é um protocolo limitado à construção de uma “boa” árvore ALM. Esse protocolo limita-se a posicionar novos membros em uma localização ótima em tempo de entrada no grupo. Para entrar em um grupo multicast TBCP um novo membro avalia antigos membros do grupo e por alguma função de custo o novo membro seleciona o ponto de entrada no grupo. TBCP não documenta como se constrói e como funciona a topologia de controle e de dados no grupo ALM. Assim, o protocolo ALM TBCP não possui um subconjunto de funções necessárias à sua implementação em um ambiente de simulação.

Diferentemente do protocolo TBCP, o Scribe possui um subconjunto de funções documentadas que permitem a sua implementação em um ambiente de simulação. A implementação do protocolo Scribe em um ambiente de simulação no suporte a AVCs de grande escala permitiria sua comparação com o protocolo ALM CAN Multicast. Tal comparação indicaria qual protocolo é o mais adequado a AVCs de grande escala e em que situações isso ocorre.

Nesta dissertação abordamos a construção do protocolo CAN Multicast com duas e três dimensões. Resultados mostraram que o aumento da dimensão CAN diminuiu de forma significativa o custo da divulgação de estados entre participantes no mundo virtual. A implementação do protocolo CAN Multicast 4D, 5D, 6D, etc. no suporte a AVCs de grande escala permitiria encontrar uma dimensão ideal dada uma quantidade de participantes em um mundo virtual ou até mesmo uma relação entre a quantidade de participantes no mundo virtual e a dimensão CAN.

Outro trabalho futuro diz respeito a avaliação do protocolo CAN Multicast quando há mais ou menos dinamismo no mundo virtual, ou seja, quando o mundo virtual está sujeito a variação de parâmetros que afetam o dinamismo de membros no mundo virtual. Parâmetros para entrada, saída e mudança de locales podem ser estabelecidos e condicionados a variações. Essas variações podem afetar o funcionamento do protocolo CAN Multicast. Avaliar o comportamento do protocolo CAN Multicast em um mundo virtual mais ou menos dinâmico nos permitiria dizer em que situações CAN Multicast se comporta melhor em relação as suas funções de entrada, saída, movimentação e divulgação de mensagens multicast dentro grupo.

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