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Chegando até aqui, diríamos que não existe uma conclusão que possa ser dita sobre a obra memorialística de Câmara Cascudo, mas sim (in)conclusões. Inconcluso no sentido de que esta dissertação traça apenas o início de um percurso que pode ser seguido entre os vários caminhos que o autor nos revela à medida que adentramos o mundo denso e profundo de suas memórias.

O Tempo e Eu, Pequeno Manual do Doente Aprendiz, Na Ronda do Tempo e Ontem são, sim, obras diferentes, cada qual com suas peculiaridades e especificidades, mas a proposta de analisá-las como uma só obra não destitui de nenhuma delas as características que lhes asseguram um lugar único no conjunto da produção intelectual de Câmara Cascudo, pois acreditamos que, embora tenham partido de um desejo de registrar suas memórias para a posteridade, o autor tinha, para cada uma delas, um lugar especialmente reservado no universo que ele construiu.

Apesar de se tratarem de obras que se distanciam em alguns momentos, visto que uma delas (Na Ronda do Tempo) pertence a um gênero que difere das demais pelas razões que já foram pontuadas no primeiro capítulo desta dissertação, todas elas trazem consigo a memória como fio condutor que as conectam umas às outras. Isso nos permitiu analisá-las sob um ângulo que não excluía tais diferenças, mas que apontava para uma direção na qual seria possível contemplá-las de forma integrada e homogênea. Contudo, não descartamos a possibilidade de ter deixado pelo caminho alguns aspectos que se julgam pertinentes e dignos de uma análise mais aprofundada. No entanto, cumpre apenas reforçar, mais uma vez, que o nosso objetivo foi, sobretudo, apresentar uma leitura das memórias de Cascudo observando, principalmente, os movimentos de tessitura da memória, ou seja, o modo como ele constrói a sua narrativa memorialística. Dada a densidade do corpus que decidimos adotar para esta pesquisa, uma análise de outros aspectos, que, com certeza, mereciam ter sido aqui elencados, seria quase inconcebível para o curto espaço de tempo de quem se propõe a escrever uma dissertação. Sem falar que, considerando a diversidade presente nas obras em questão, acreditamos que uma abordagem nesse sentido se daria de forma superficial e pouco consistente. Por isso, não está descartada a possibilidade de continuarmos com esta pesquisa em um futuro doutorado.

Voltando às (in)conclusões deste trabalho, ficou visto que as memórias de Cascudo ultrapassam os limites de sua história individual, pois resgatam não apenas episódios que

dizem respeito somente à sua vida pessoal, mas à vida das inúmeras pessoas com as quais se relacionou e conviveu durante um período de mais de 70 anos. Mais que pessoas, o autor também evoca espaços que já se encontram desaparecidos da paisagem urbana de sua cidade, devido às transformações pelas quais Natal passou durante o processo de modernização vivenciado no século XX. Por esse motivo, percebe-se um acentuado tom nostálgico quando Cascudo rememora os seus amigos e familiares e os espaços de sua cidade natal, antes romântica e provinciana. Ver desaparecer as pessoas com quem conviveu e os espaços de suas vivências acaba imprimindo em seu interior um sentimento de perda e ausência. Uma ausência que ela tenta suprir por meio de uma escrita povoada de vidas, vozes e paisagens que sobrevivem apenas em sua memória.

Considerando que Cascudo já estava em uma idade avançada no momento em que escreveu suas memórias, quem sabe o sentimento de proximidade com a morte tenha direcionado um pouco a sua escrita memorialística, tendo em vista que ele era um dos poucos entre os seus colegas de geração que ainda estava vivo, pois a maioria dos amigos que ele registra em suas memórias já está morta. Sendo a velhice uma fase na qual o indivíduo se volta para o seu passado de forma nostálgica e contemplativa, talvez o autor tenha sido guiado pelas lembranças que insistiam em irromper no cotidiano, como muitas vezes ele chegou a registrar em seu diário Na Ronda do Tempo, referindo-se a sensação de estar a viver entre os seus amigos mortos. “Estou numa dessas jounées grises em que os mortos reaparecem na memória, pela sugestão indecisa e provocante da recordação” (CASCUDO, 2010b, p. 120).

O fato é que, apesar dessa hipótese ser considerada, Cascudo não se volta ao passado apenas porque é velho. Sabemos que o passado foi a fonte na qual ele buscou a inspiração e a motivação para muitos dos seus trabalhos. Como estudioso da cultura popular, Cascudo sempre esteve preocupado em resgatar tradições que se encontravam ameaçadas pelo esquecimento e, para tanto, o passado sempre foi o caminho por ele percorrido para concretizar o seu ideal de cultura. Nesse sentido, sua obra memorialística não é diferente. Nela também estão depositadas as mesmas intenções de um memorialista preocupado em preservar uma história que ele percebe se perder na vulnerabilidade do tempo: a história de sua geração, dos seus antepassados e da sua cidade.

É a partir da escrita memorialística que Cascudo encontra uma forma de não apenas deixar registradas suas memórias, mas de legá-las às futuras gerações. Como ele mesmo escreveu, o seu patrimônio transmissível constará não do que ele fez, mas do que ele compreendeu e sentiu vivendo (CASCUDO, 2008, p. 32). Por isso, o autor não se detém apenas a escrever sobre si mesmo, mas sobre tudo o que viu e viveu, as pessoas que conheceu,

as histórias que leu e ouviu; toda uma memória afetiva que constitui a bagagem de suas lembranças, num emaranhado de imagens que ajudam a compor um quadro dos tempos de outrora. De um tempo em que não havia luz elétrica, dos bondes de burro, dos casebres de pescadores na praia de Areia Preta, da agitação literária. Um tempo em que o progresso ainda não tinha “esmagado com cimento, motor e burocracia” as compensações da serenidade (CASCUDO, 2010a, p. 47).

ICONOGRAFIA

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Câmara Cascudo na infância

Disponível em: http://www.memoriaviva.com.br/cascudo/index2.htm

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A proposta de apresentar uma iconografia do autor na parte final deste trabalho parte no sentido de agregar à leitura de sua obra memorialística algumas imagens que, senão apresentam uma ligação direta com os objetivos aqui apresentados, relacionam-se com as narrativas contadas por Cascudo e, sobretudo, à temática da memória, já que constituem uma forma de registro que também serve à rememoração e, assim como a escrita, fixam no tempo episódios marcantes da vida do autor. Por isso, como estamos tratando de memórias, achamos oportuno

Câmara Cascudo na infância

Disponível em: http://www.memoriaviva.com.br/cascudo/index2.htm

Cascudo aos 17 anos.

Colação de grau na Faculdade de Direito de Recife, em 1928. Disponível em: http://www.memoriaviva.com.br/cascudo/index2.htm

Cascudo posando em 1929.

Cascudo usando monóculo.

Disponível em: http://www.elfikurten.com.br/2012/04/camara-cascudo-uma-conversa-sobre.html

Câmara Cascudo.

Casamento com Dhalia em 21/04/1929

Disponível em: http://www.historiaecultura.pro.br/modernosdescobrimentos/desc/cascudo/frame.htm

Cascudo com os filhos Ana Maria e Fernando, em 1950. Disponível em: http://www.memoriaviva.com.br/cascudo/index2.htm

Cascudo com a filha Anna Maria, a esposa Dahlia e o filho Fernando Disponível em: http://www.memoriaviva.com.br/cascudo/index2.htm

No aniversário de 21 anos do filho Fernando (1952) Disponível em: http://www.memoriaviva.com.br/cascudo/index2.htm

Com Gilberto Freyre. Em pé, a filha Anna Maria Cascudo e, logo atrás, a neta Daliana. Disponível em: http://www.memoriaviva.com.br/cascudo/index2.htm

Com, Dona Dahlia, esposa e companheira de toda a vida Disponível em: http://www.memoriaviva.com.br/cascudo/index2.htm

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