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FINAL: ENDEREÇO ELETRÔNICOS OU NOME DOS LOCAIS DE QUE RETIRARAM AS INFORMAÇÕES (LIVROS, CDs, DVDs, REVISTAS, ETC.) AS FOTOS E MÚSICAS UTILIZADAS TAMBÉM DEVEM SER

4.2 CONCLUSÃO DA OFICINA

No momento, a oficina proposta como produto para a conclusão da dissertação continua em constante processo de adequação. Vale salientar que a oficina foi planejada a partir de uma experiência didático-pedagógica proposta durante as aulas do ProfHistória no segundo semestre do ano de 2017. A introdução da história local nos conteúdos da disciplina de História, no Ensino Fundamental, conseguiu despertar o interesse dos alunos pela matéria.

Embora a atividade proposta tivesse como prioridade as transformações sociais, os alunos abordaram, também, as mudanças físicas e estruturam que ocorreram na cidade ao longo do tempo, tais mudanças estão intrinsecamente relacionadas. Vale ressaltar que a partir das atividades solicitadas, sobre o período da Segunda Guerra Mundial, os alunos da turma do 9º ano “A” (em 2017) passaram a questionar as transformações ocorridas na cidade ao longo do tempo.

Isso foi um indicador positivo, visto que foi averiguado que, quanto mais o interesse dos alunos é despertado pela disciplina de História, mais eles aprendem e buscam pelo conhecimento. Outra forma de potencializar e facilitar a apreensão do estudo dos secundaristas, pois levaria aos alunos a oportunidade de conhecer os locais que ainda guardam resquícios do período da Segunda Guerra Mundial e que muitos alunos só conhecem por meio das pesquisas estudantes é a utilização de um instrumento pedagógico prático e prazeroso: a aula de campo.

Para esta atividade, em especial, esse recurso auxiliaria bastante, pois levaria aos alunos a oportunidade de conhecer os locais que ainda guardam resquícios do período da Segunda Guerra e que muitos alunos só conhecem por meio das pesquisas realizadas. Contudo, a oficina foi pensada e planejada para que pudesse ser posta em prática, por isso houve a preocupação em respeitar os limites organizacionais da Escola e de recursos didáticos com os quais os professores podem trabalhar. Ao longo da aplicação da oficina foram observadas que alguns

dos planejamentos propostos não puderam se viabilizar e outros tiveram que se adequar as situações de cada turma.

Um dos pedidos mais enfatizados pelos alunos foi a utilização da aula de campo, na qual eles pudessem conhecer os lugares retratados nas pesquisas realizadas. Com esta atividade, a curiosidade dos alunos acerca do destino de determinados locais foi estimulada, tal como a indagação sobre o que havia ocorrido em locais como o Grande Hotel, como estava a Base Aérea de Parnamirim atualmente, as casas noturnas da Ribeira, a casa que foi de Maria Boa, bem como onde se localiza e como se encontra o estado atual da Rampa e, principalmente, saber mais sobre o acervo coletado por esta Fundação.

Foi pensado, inclusive, na elaboração de um roteiro que contemplasse todos esses locais históricos, contudo, a constante falta de recursos de ordem estrutural com a qual a educação pública sofre impossibilita a elaboração dessa atividade prática. Mesmo assim, o pedido por aulas práticas foi um dos pontos mais requisitados pelos alunos, daí a necessidade de encontrar mecanismos, junto à gestão escolar que viabilize tal recurso didático.

Como resultado das atividades exigidas ao final da oficina sobre a história local, no período da Segunda Guerra Mundial, os alunos apresentaram os seguintes trabalhos:

a) Cinco vídeos produzidos; b) Dois Desenhos sobre o período; c) Uma HQ.

Em relação aos vídeos apresentados, a maior parte dos grupos privilegiou a história da Base Aérea, localizada em Parnamirim. Os trabalhos tiveram como principal fonte os artigos publicados pela Fundação Rampa.107 Um dos trabalhos teve como temática os aspectos econômicos proporcionado pelos eventos da Segunda Guerra na cidade. Foi observado que a maioria dos grupos conseguiu em seus trabalhos, estabelecer reações entre a história geral e a local, bem como o presente e o passado.

Quanto aos desenhos e a HQ os alunos fazendo uso de seus talentos e técnicas para o desenho, tentaram demonstrar as mudanças ocorridas no modo de vestir do período e da

107 Fundação criada por amantes desta época da história do Rio Grande do Norte e vem ao longo dos anos realizando uma série de pesquisas, catalogação de informações e coleta de materiais do período com o intuito de abrir na cidade um espaço para a exposição dos materiais coletados sobre o evento.

atualidade. A referida HQ versava sobre como seria a chegada de um estrangeiro na cidade de Natal, no período da Segunda Guerra Mundial.

Como resultado das duas aplicações da prática pedagógica proposta pela dissertação contatou-se que a utilização de oficinas permitiu a introdução do trabalho de pesquisa na sala de aula. Além disso, este trabalho possibilitou que os alunos compreendessem como a história é construída, na qual “o passado deixa de ser algo pronto e transforma-se em um desafio para os pesquisadores, um memorial ao qual se fundamenta a identidade individual e coletiva dos sujeitos da aprendizagem”108

Conclui-se, desta forma, que a utilização da metodologia de ensino em forma de oficina nas aulas de História possibilita que os mais variados temas possam ser trabalhados pelos professores em sala de aula, ao mesmo tempo em que permite que os alunos percebam que a história não se resume apenas àquelas que eles encontram nos livros, que a história é construída a partir das pesquisas das mais variadas fontes existentes e da construção de narrativas acerca do passado.

Outra constatação observada diz respeito às apresentações em formato de vídeo, consideradas como “as melhores” na visão dos alunos, isto nos fez inferir que os meios digitais podem sim ser um grande aliado no processo ensino-aprendizagem. Pois, muitos dos vídeos produzidos foram realizados por meio de programas que podem ser usados tanto no celular quanto no computador.

Além disso, observou-se utilização do aplicativo “whatsapp” que foi amplamente empregado como forma facilitadora da comunicação entre os membros dos grupos. Esse recurso foi aplicado na comunicação não só entre os alunos, mas entre estes e a professora, inclusive usado como ferramenta para efetuar a entrega do trabalho final. Estas constatações nos levam a refletir que os professores do Ensino Básico precisam incorporar as novas tecnologias da Informação e Comunicação, já largamente utilizadas pelos alunos.

Como resultado dessa experiência ressalto que a utilização dos materiais e da execução da oficina pode variar de turma para turma, bem como de educador para educador. O seu andamento vai depender de como ela vai sendo trabalhada pelo professor e como está sendo a

108 NASCIMENTO, Evandro Cardoso. O método como conteúdo: o ensino de história com fontes patrimoniais.

In: Educação. Santa Maria, v. 40, n.11, jan/abr 2015. Disponível em:

receptividade e o interesse dos alunos. Uma das etapas que se mostrou bastante diversificada foi a da execução do trabalho final da apresentação.

Enquanto uns tinham a habilidade de fazer uso dos meios digitais e os utilizar para a realização de vídeos, outros preferiram empregá-los para desenhar ou, ainda, na apresentação oral dos resultados de suas pesquisas. O modo como os resultados foram socializados dependeram invariavelmente da própria turma. Nas classes onde a oficina foi desenvolvida muitos preferiram a forma de apresentação dos resultados em formato de debate, no qual os alunos puderam trocar informações sobre o processo de realização do trabalho desde a escolha dos temas, passando pela pesquisa e seleção do material, até a elaboração do trabalho.

Uma das sugestões dadas pelos alunos, durante os debates, para a finalização desta oficina em particular está o uso desta metodologia em trabalhos futuros (ao longo dos bimestres), assim como a possibilidade de realizar uma exposição na sala de aula, na qual cada grupo poderia apresentar seus trabalhos, tanto para os colegas, quanto para as demais turmas (neste momento os alunos não entraram em consenso, pois uns se mostraram contra a ideia, uma vez que não se sentiriam a vontade com as possíveis críticas a seus trabalhos ou, ainda, o tumulto que essa apresentação poderia acarretar, visto o aumento do número de alunos na sala de aula).

Houve, também, a sugestão da realização de uma aula de campo nos locais pesquisados, bem como a montagem de um diário virtual, na qual os grupos poderiam fazer a realização de visitas aos lugares pesquisados. Este álbum seria ilustrado com as fotos do presente e do passado, já existentes e expostas nas diversas mídias.

Por fim, os alunos responderam a um questionário virtual109 elaborado especificamente

para registro das informações dos alunos sobre a participação na Oficina Pedagógica proposta na turma para o estudo da História Local e sugestões para possíveis adequações nas futuras aplicações. Segue o modelo e o relatório das respostas em anexo e um breve resumo das respostas dadas pelos alunos.

Após a conclusão das atividades da Proposta Pedagógica foi pedido para que os alunos do nono ano A, do turno vespertino da E. E. Dr. Manuel Villaça respondessem um questionário

109 O questionário foi elaborado utilizando a ferramenta doc.google que permite a criação de formulários que podem ser respondidos a partir de qualquer dispositivo. Este esteve aberto, no endereço eletrônico https://docs.google.com/forms/d/1jiJDLqHgyGvN6GSSZ-Deb-nm-fC_pmpaUXTGjUcL-

EU/viewform?edit_requested=true a turma até a data de 08 de agosto de 2018. Para as próximas aplicações pode ser criados novos formulários que são armazenados e consultados a partir de uma conta de e-mail na google.

virtual no qual foram registrados os resultados obtidos com a experiência realizada. Esse questionário também servirá de base para as próximas aplicações da Proposta Pedagógica.110

No formulário foi proposto que os alunos avaliassem a experiência da Oficina, para tanto os estudantes não precisariam se identificar. O questionário continha as seguintes perguntas:

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