O conceito da qualidade já percorreu um longo caminho até chegar aos nossos dias. A qualidade em saúde é uma responsabilidade crescente, deixou de ser uma opção, passando a ser uma obrigação. Estes aspectos reflectem a centralidade da nossa investigação, nomeadamente encontrar um percurso da sua aplicabilidade ao bloco operatório.
A qualidade exige reflexão sobre a prática, sendo indiscutível a pertinência desta abordagem para a melhoria dos cuidados e é importante por ser condição prévia necessária para se trabalhar em função da mudança. O bloco operatório é uma unidade de prestação de cuidados complexa, rodeada de algum misticismo, onde tal como noutros contextos de saúde, a Qualidade surge como uma exigência de todos os envolvidos nos cuidados de saúde sendo vista como um atributo essencial.
Chegado a esta fase final do estudo, realçamos o facto de este ser um produto inacabado e não constituir apenas a conclusão de um trabalho académico, mas sim o começo de um novo caminho a percorrer. Nesta fase é chegado o momento de fazer uma reflexão final sobre o estudo realizado, lembrando todas as etapas percorridas, face aos resultados obtidos.
Recorda-se que se pretendia com este estudo identificar os aspectos que seriam necessários integrar para avaliar a qualidade num bloco operatório através de um estudo de campo. A presente pesquisa procurou obter dividendos para o desenvolvimento de uma política de qualidade no bloco operatório e com isso contribuir para a melhoria de cuidados. A pesquisa de campo permitiu-nos aproximarmo-nos das pessoas estudadas de modo a entender a problemática em estudo no seu contexto natural.
A opção metodológica adoptada permitiu identificar os factores que contribuem para garantir a qualidade dos cuidados de saúde no BO; descrever instrumentos utilizados para controlar a qualidade dos serviços no BO, e por último, conceber um caminho para a criação de um instrumento de avaliação da qualidade.
Este percurso teve por base as descrições dos indivíduos que integraram o estudo, ou seja, da posição privilegiada assumida pelos 18 indivíduos que contribuíram para a exploração da problemática em análise.
Os resultados que emergem das narrativas dos participantes traduzem-se por um conjunto de atributos, denominados de componentes da qualidade no BO conjugando uma tríade de elementos, inicialmente proposta por Dobadebian (2003), a Estrutura, o Processo e o Resultado.
Apesar de alguns autores referirem que as variações das características da estrutura não apresentam significado para a qualidade, há no entanto, um conjunto de atributos da qualidade que lhes estão associados e que foram os mais visíveis nas narrativas dos entrevistados. Estes factores conduziram ao afloramento das seguintes categorias: instalações, equipamentos, recursos financeiros, recursos humanos e recursos organizacionais, que por sua vez, desdobraram-se em subcategorias como a segurança, a infra-estrutura física ideal, o ambiente de trabalho, o tipo de equipamento, a fiabilidade do equipamento, a manutenção e especificidade, os recursos financeiros e seu impacto na qualidade, a necessidade de acautelar os desperdícios, o investimento no BO, a aquisição de competências especificas pelos recursos humanos, os rácios adequados, as especificidades profissionais, a actividade pré e pós operatória, as politicas de gestão, a investigação, o ensino e a formação.
Embora Donabedian (2003) tenha afirmado que a “qualidade dos cuidados” poderia ser tomada no sentido “qualidade dos processos de cuidados”, das narrativas dos participantes não foi visível esta particularidade, uma vez que, os atributos associados ao processo que sobressaíram das entrevistas e agrupados em cinco categorias foram: o trabalho em equipa, a comunicação, o potencial humano, as estratégias de qualidade e o papel do utente e família. Que por sua vez se desdobraram em subcategorias: relações interpessoais, multidisciplinaridade e articulação de funções, liderança, comunicação interna e externa, o “Know how” e a inteligência emocional dos profissionais, estratégias de qualidade, as variáveis associadas ao utente e o contributo da família.
Por último, as referências aos resultados, surgem divididas pelas seguintes categorias: instrumentos de avaliação da qualidade dos cuidados, estratégias de avaliação dos processos, ferramentas de avaliação de recurso humanos e estratégias para avaliar resultados. As componentes do resultado foram as menos relevadas pelos entrevistados sendo o item mais abordado a este nível a pertinência da avaliação da satisfação dos utentes.
No decorrer das entrevistas foram referidas estratégias para um caminho para a qualidade no BO, nomeadamente a utilização do manual da qualidade, dos protocolos, a “checklist” como estratégia de qualidade, a utilização da ficha de não conformidades, a pertinência da contagem das compressas e o recurso aos círculos da qualidade. No entanto, foi sentido ao longo das entrevistas, a exacerbação da componente individual em detrimento da componente organizacional no alcance do objectivo da qualidade, o que reforça a necessidade de trabalhar a constituição de parcerias profissionais, formação e envolvimento dos
Conforme refere Donabedian (1993), para avaliar a qualidade, temos primeiro de desvendar um mistério: o próprio significado da qualidade, resta saber se pode ser feito pacientemente pela separação de cada um dos seus fios ou se temos em desespero, de usar uma lâmina para cortar o nó górdio.
A investigação que findou foi uma tentativa esforçada de, através de um processo sistemático, analítico e reflexivo, procurar compreender melhor quais as componentes a integrar para a avaliação da qualidade dos cuidados no BO, sendo notória a imprescindibilidade da melhoria organizada da estrutura, dos processos e dos resultados.
Não queremos finalizar sem manifestarmos a nossa satisfação pela realização pessoal e profissional que conseguimos com este estudo, agradecendo, mais uma vez, a todos os que tornaram possível a realização deste trabalho.
O presente trabalho forneceu informações importantes e precisas para a prossecução de um caminho para a Qualidade, isto porque a “A única maneira de saber se uma mudança vai dar origem a uma melhoria é começar por definir de forma sólida o problema” (Mayo citado in Prefácio de Silva et al, 2004, p. 8).
Assim como, da análise do conteúdo das narrativas dos participantes, foi possível atender ao objectivo de “Conceber um caminho para a criação de um instrumento de avaliação da qualidade no BO”, uma vez que, emergiu conteúdo importante, passível de categorizar e servir de suporte para desenhar e propor um instrumento de avaliação da qualidade para o BO. Instrumento este que não foi testado, mas deixando em aberto a possibilidade de em estudos futuros ser aprimorado, avaliado e testado, dando o seu contributo para a melhoria da qualidade no bloco operatório.
Também sugerimos que sejam desenvolvidos novos estudos através da implementação das estratégias sugeridas pelos entrevistados e construídos outros instrumentos de avaliação da qualidade no sentido da melhoria dos cuidados de saúde prestados no bloco operatório. Encetar uma investigação é sempre algo de complexo, especialmente para quem dá os primeiros passos nesta área. Confessamos dificuldades e constrangimentos, mas permitiu-nos ganhos consideráveis no sentido pessoal e profissional que acreditamos, num futuro próximo, poderão ser utilizados para a melhoria dos cuidados.
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GUIÃO DA ENTREVISTA
1º Momento: Apresentação, legitimação e esclarecimentos ao participante na entrevista
Eu, José Augusto Pereira Gomes, enfermeiro do Centro Hospitalar Povoa de Varzim / Vila do Conde, EPE, estou a frequentar o 1º Mestrado em Gestão de Unidades de Saúde na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, e estou a desenvolver um estudo sobre o “percurso para a
avaliação da qualidade no bloco operatório (BO)”
Os objectivos do meu trabalho são:
(v) Identificar factores que contribuam para garantir a qualidade dos cuidados de saúde no BO
(vi) Descrever instrumentos utilizados para controlar a qualidade dos serviços no BO (vii) Analisar a constituição de parcerias profissionais para prestação de cuidados no BO (viii) Conceber um caminho para a criação de um instrumento de avaliação da qualidade no
BO
2º Momento: Obtenção do Consentimento para a realização e gravação da entrevista
A realização do estudo requer a colheita de dados através da entrevista a profissionais que prestam cuidados de saúde no BO. Nesse sentido solicito a sua colaboração na realização desta entrevista, sendo desde já garantida a confidencialidade das informações. Para a realização da entrevista prevê- se uma duração aproximada de 1 hora, que poderá interromper sempre que o desejar
Se pretender conhecer os resultados do estudo, estes serão facultados a pedido após a sua conclusão.
Desde já agradeço a sua colaboração e o seu contributo para a realização do estudo.
3º Momento: Caracterização do entrevistado
Elemento: _________________________________ Profissão: ________________________________ Especialidade: ____________________________ Grau: ___________________________________ Função: _________________________________ Idade: _________ 4º Momento: Entrevista