• Nenhum resultado encontrado

Logo após a morte do Buda Histórico ocorreu uma divisão na Sangha em decorrência de diferentes interpretações do Dharma ensinado nas suas pregações. Os textos históricos relatam que uma pequena assembleia mais ortodoxa se formou, com o passar dos anos migrou para o sul da Índia e posteriormente para o sudoeste asiático – estes foram chamados pejorativamente de Hinayana, ou tradição Theravada. A tradição Mahayana, ou grande assembleia, migrou para o norte da Índia e posteriormente para o nordeste asiático, passando pela China, Coréia e finalmente chegando ao Japão. Sua ida para a China se deu através de mercadores budistas que trilhavam a rota da seda e que formaram pequenas comunidades ao longo da rota. A expansão do Budismo na China ocorreu quando a religião foi adotada pelos governos locais.

O desenvolvimento das escolas budistas na China se deu a partir da tradução dos sutras para o chinês através de vários monges e tradutores, entre eles, Kumarajiva. O intercâmbio de monges migrantes também difundiu as ideias mahayanistas e auxiliou na formação da escola da Terra Pura ao redor do século II E.C. Os monges Tan Luan, Tao Cho e Shan Tao foram importantes, pois seu legado subsidiou o pensamento de Honen e Shinran no Japão.

O Budismo tomou contornos japoneses devido a introdução do conceito de Ekayana, ou veículo único. Através deste conceito, a iluminação poderia ser alcançada por todos os seres, pois há em todos uma natureza búdica. Desta forma, o caminho do Bodhisatva se torna um meio de aprimoramento social e abre a possibilidade de um budismo das massas, opondo-se as práticas mahayanistas mistas e as severas austeridades demandadas pela tradição Theravada.

Shinran fundamentou seu pensamento na doutrina de Honen da recitação exclusiva do nenbutsu como forma de salvação através do Voto Original do Buda Amida. Neste sentido, Shinran opunha-se a qualquer prática de próprio poder como forma de salvação.

A doutrina de Shinran foi levada adiante através de seus sucessores que difundiram seus ensinamentos e fizeram alianças com os governantes que ascendiam ao poder para garantir proteção nos tempos de guerra e recursos financeiros para a expansão dos seus templos.

Durante o xogunato de Tokugawa as escolas budistas passaram a ser usadas pelo governo no controle da população e como forma de prevenção da entrada do Cristianismo no Japão. Esta proximidade com o povo simples fez com que os templos fossem obrigados a realizar um controle da população e ritos fúnebres e cultos aos ancestrais passaram a integrar as agendas do Higashi Honganji.

Dados levantados por pesquisas anteriores indicavam o declínio do Budismo Étnico no Brasil. Em paralelo, outros pesquisadores buscaram tecer considerações sobre o ciclo de vida de igrejas étnicas e como o legado cultural vai se perdendo a cada nova geração.

No presente trabalho, o levantamento de dados que foi realizado junto aos registros históricos do Templo Matriz do Higashi Honganji no Brasil corroborou com os achados dessas pesquisas e com os resultados sobre o ciclo de vida de igrejas étnicas, de forma que é possível afirmar que as práticas de ritos funerários e cultos aos ancestrais apresentam um declínio consistente ao longo das últimas duas décadas.

Se o Higashi Honganji será capaz de se tornar uma igreja multiétnica e propor práticas atrativas para o público brasileiro e se suas práticas poderão ser reinventadas e adaptadas a um contexto de demanda diferente daquele que o trouxe ao Brasil é uma questão que deverá ser acompanhada ao longo dos próximos anos, contudo, a continuidade dos ritos fúnebres dentro do contexto religioso brasileiro parece estar fadada a alcançar seu fim em um futuro próximo.

Referências Bibliográficas

BLOOM, Alfred. O Caminho de Shinran. In: YOSHINORI, Takeuchi (org.). A

espiritualidade budista: China mais recente, Coréia, Japão e mundo moderno.

São Paulo: Perspectiva, 2007, Cap. 21.3, p. 229 – 246.

BREGMAN, Lucy. Religion, Death and Dying. Vol 1: perspectives on dying and death. Santa Barbara; Denver; Oxford: Praeger Perspectives ABC Clio, 2010.

BUENO, Clodoaldo. O Tratado de 1895 e o início das relações Brasil-Japão. In: HASHIMOTO, Francisco; TANNO, Janetwe Leiko; OKAMOTO, Monica Setuyo (org.). Cem anos da imigração japonesa: história, memória e arte. SP: Unesp, 2008, Cap. 7, p.139 - 150.

BUSWELLB, Robert E. Encyclopedia of Budhism. Vol. I. 1ª ed. New York; Detroit;

San Diego; San Francisco; Cleveland; New Haven, Conn; Waterville, Maine; London; Minuch: MacMilliam, 2004.

BUSWELL, Robert E. Encyclopedia of Budhism. Vol. II. 1ª ed. New York; Detroit; San Diego; San Francisco; Cleveland; New Haven, Conn; Waterville, Maine; London; Minuch: MacMilliam, 2004.

CONZE, Edward. Buddhism: A Short History. London: Oneworld, 2008.

DEAL, William E. Handbook to life in Medieval and Early modern Japan. New York: Facts On File, 2006.

DEZEM, Rogério. Um exemplo singular de política emigratória: subsídios para compreender o processo de formação dos núcleos Ijuchi de colonização japonesa no estado de São Paulo (1910-1930). In: HASHIMOTO, Francisco; TANNO, Janetwe Leiko; OKAMOTO, Monica Setuyo (org.). Cem anos da imigração

japonesa: história, memória e arte. SP: Unesp, 2008, Cap. 8, p.151 - 166.

ELIADE, Mircea. Buda e seus contemporêneos. In: idem (org). História das

Crenças e das Ideias Religiosas II: De Gautama Buda ao Triunfo do Cristianismo.

RJ: Zahar, Cap. 18, 2011, p. 73 - 88.

ELLWOOD, Robert S.; ALLES, Gregory D. The Encyclopedia of world religions. New York: Facts On File, 2007.

FACCIO, Matheus; OHNO, Massao. Centenário da imigração japonesa no

Brasil. SP: Larousse, 2008.

GERHART, Karen M. The material culture of death in Medieval Japan. Honolulu: University of Hawaii, 2009.

GETHIN, Rupert. The Foundations of Buddhism. Oxford; New York: Oxford University, 1998.

GONÇALVES, Ricardo Mario. A missão sul-americana da Ordem Otani e sua

contribuição para o Budismo no Brasil. Religare, v.13, n.2; dezembro de 2016,

p.402- 419.

HANDA, Tomoo. O imigrante japonês: História de sua vida no Brasil. Coleção Coroa Vermelha. SP: Centro de Estudos Nipo-brasileiros, 1987.

HANAYAMA, Shinsho; HANAYAMA, Shoyu. O nascimento do Budismo japonês. In: YOSHINORI, Takeuchi (org.). A espiritualidade budista: China mais recente, Coréia, Japão e mundo moderno. São Paulo: Perspectiva, Cap. 19.1, 2007, p. 141 – 147.

HEIRMAN, Ann., BUMBACHER, Stephan Peter. Asia. In: idem (org) The Spread of

Buddhism. Leiden; Boston: Koninklijke Brill NV, Section 8, 2007.

HIRAKAWA, AKIRA. A history of Indian Buddhism: from Sakyamuni to Early Mahayana. Asian Studies at Hawaii, No. 36. Delhi: Motilal Banarsidass, 1990.

INAGAKI, Zuio Hisao. Thus I have Heard from Rennyo Shonin (Rennyo Shonin's Goichidaiki - kikigaki), Calopăr: Dharma Lions, 2008. Disponível em: < https://bit.ly/39EYUT3>. Acessado em 22 de fev. de 2020.

IRONS, Edward A. Encyclopedia of World Religions: Encyclopedia of Buddhism. New York: Facts on File, Inc, 2008.

KASULIS, Thomas P. O impacto do Budismo no Período Nara. In: YOSHINORI, Takeuchi (org.). A espiritualidade budista: China mais recente, Coréia, Japão e mundo moderno. São Paulo: Perspectiva, 2007, Cap. 19.2, p. 148-160.

KIKUCHI, Kensho. 60 anos de caminhada da Missão Sul-Americana da Ordem

Otani do Budismo Shin através das imagens. Superintendência da missão sul-

americana da ordem Otani do Budismo Shin. São Paulo: Comissão Executiva da Comemoração pelos 60 anos, 2014.

KIKUMURA, Norihiko. Shinran – Sua vida e pensamento. SP: Nalanda; 2014. LEEMING, David A., MADDEN, Kathryn, MARLAN, Stanton. Encyclopedia of

Psychology and Religion. New York; Pittsburgh: Springer, 2010.

LESSER, Jeffrey. De Nikkei brasileiro e vice-versa: o papel da etnicidade na luta armada de São Paulo. In: HASHIMOTO, Francisco, TANNO, Janetwe Leiko; OKAMOTO, Monica Setuyo (org.). Cem anos da imigração japonesa: história, memória e arte. SP: Unesp, Cap. 1., 2008, p.23 - 40.

LOPEZ Jr, Donald S. The story of Buddhism: a concise guide to its history & teachings. New York: HarperCollins, 2001.

MAEYAMA, Takashi. O Antepassado, o Imperador e o Imigrante: Religião e Identificação de Grupo dos Japoneses no Brasil Rural (1908-1950). In: SAITO,

HIROSHI, MAEYAMA, Takashi (org.). Assimilação e Integração dos Japoneses

no Brasil. São Paulo: Vozes; EDUSP, 1973, p. 414-447.

MATSUO, Kenji. A history of Japanese Buddhism. Kent: Global Oriental, 2007.

MINAMOTO, Ryoen. Respostas Budistas ao Confucianismo. In: YOSHINORI, Takeuchi (org.). A espiritualidade budista: China mais recente, Coréia, Japão e mundo moderno. São Paulo: Perspectiva, Cap. 24.1, 2007, p. 339 – 345.

MISSÃO BUDISTA SUL-AMERICANA HIGASHI HONGANJI: Ordem Otani do

Budismo Shinshu. 2016. Disponível em: <http://amida.org.br/templos/matriz/>.

Acessado em 20 de abr. de 2020.

MIWA, Marcela Jussara. Narciso no Império dos Crisântemos: interpretando o movimento Shindo Renmei. 2006. 107 f. Dissertação de Mestrado em Ciência Política - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006.

MOL, Hans. The Identity Model of Religion: How It Compares with Nine Other Theories of Religion and How It Might Apply to Japan. Japanese Journal of Religious Studies: 6/1-2, p. 11-38, 1979. Disponível em: <https://bit.ly/3d0MaY3 >. Acessado em 13 de mar. de 2020.

MORALES, Leiko Matsubara. O ensino da língua japonesa nas escolas

comunitárias no período pós-guerra. São Paulo: Estudos japoneses, n. 31, p. 81-

98, 2011.

MULLINS, Mark. The Life-Cycle of Ethnic Churches in Sociological

Perspective. Japanese Journal of Religious Studies, 14, nº. 4, p. 321-334, 1987.

NISBET, Robert A. Community & power. New York: Oxford University, 1965.

NORIYOSHI, Tamaru. Primeiros Líderes da Terra Pura. In: YOSHINORI, Takeuchi (org.). A espiritualidade budista: China mais recente, Coréia, Japão e mundo moderno. São Paulo: Perspectiva, Cap. 21.1, 2007, p. 209 – 220.

PALMER, Martin. World Religions. London: HarperCollins, 2004.

PAPA PAULO VI. Constituição dogmática Dei Verbum sobre a revelação divina. Roma, 18 de nov. 1965. Disponível em: <https://bit.ly/357Tiiv>. Acessado em 13 de abr. de 2020.

PICCININI, Betânia. Brasil no século XX: entre autoritarismo e democracia. Contando Histórias. 2013. Disponível em: <https://bit.ly/2TOs6S6>. Acessado em 14 de março de 2020.

POCESKY, Mario. Propagação e florescimento do budismo na China. In idem (org).

Introdução às religiões chinesas. São Paulo: Unesp, 1ª ed., 2013, Cap. 5., p. 141

PURELANDERS. A parábola dos dois rios e o caminho branco. 2009. Disponível em: <https://bit.ly/3bGsYP8>. Acessado em 07 de mar. de 2020.

PYE, Michael. Macmilian Dictionary of Religion. New York; Detroit; San Diego; San Francisco; Cleveland; New Haven, Conn; Waterville, Maine; London; Minuch: Macmilian, 1994.

ROBINSON, Richard H., JOHNSON, Willard L. The Buddhist Religion: a historical introduction. 4a. edição. Belmont; Albany; Bonn; Boston; Cincinnati; Detroit;

Johannesburg; London; Madrid; Melbourne; Mexico City; New York; Paris; San Francisco; Singapore; Tokyo; Toronto; Washington: Wadsworth, 1997.

ROSEN, Steven J. Ultimate Journey: Death and Dying in the World’s Major Religions. Westport; Connecticut; London: Praeger, 2008.

SAFRA, Jacob E.; AGUILAR-CAUZ, Jorge. Encyclopedia of world religions. Chicago; London; New Delhi; Paris; Seoul; Sydney; Taipei; Tokyo: Britannica, 2006.

SAKURAI, Célia. Tensões dentro de um mesmo grupo: os japoneses do pós-

guerra e os antigos imigrantes. XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais,

ABEP, realizado em Caxambu- MG – Brasil, p. 1 – 23, de 20 – 24 de Set. de 2004, SAKURAI, Célia. A Imigração dos japoneses para o Brasil no pós-guerra (1950 – 1980). In: HASHIMOTO, Francisco; TANNO, Janetwe Leiko; OKAMOTO, Monica Setuyo (org.). Cem anos da imigração japonesa: história, memória e arte. São Paulo: Unesp, 2008, Cap. 10, p.189 – 244.

SHINSHU CENTER OF AMERICA. An Introduction to Shinran’s Pure Land

Buddhism. 1ª ed. Los Angeles: 2016.

SHOJI, Rafael. Budismo Funerário Nikkei no Brasil. Interculturalidade versus Etnicidade. Horizontes Decoloniales, vol. 3, 2017, p. 161-204. Disponível em: < https://bit.ly/3aX6J6x>. Acessado em 13 de abr. de 2020.

SILVA, Rafael da Silva. A colônia japonesa de Santos (1908 – 1945): formação e desenvolvimento em uma cidade em transformação. Cadernos Ceru, v. 23, n. 2, p. 153 – 174, 2012.

SILVA, Zélia Lopes. Imigração e Cidadania: os impasses e disputas nos caminhos da Brasilidade. In: HASHIMOTO, Francisco; TANNO, Janetwe Leiko; OKAMOTO, Monica Setuyo (org.). Cem anos da imigração japonesa: história, memória e arte. SP: Unesp, 2008, Cap. 2, p.41-62.

SOARES, Ivete Alves de Oliveira. O Brasil no século XX: entre o autoritarismo e democracia. Portal Educação. 2013. Disponível em: <https://bit.ly/3d5ehX9>. Acessado em 14 de março de 2020.

STARK, Rodney. Cults and New Religious Movements: A Reader. In: DAWSON, Lorne L. (org). Why religious movements succeed or fail: A revised general model. Malden; Oxford; Melbourne; Berlin: Blackwell. Cap. 16, 2003, p. 259 - 270.

STEFÁNSSON, Halldór. On structural duality in Japanese conceptions of

death: Colletive forms of death rituals in Morimachi. In: BREMEN, Jan van;

MARTINEZ, D. Ceremony and ritual in Japan. Religious practices in a industrialized society. London; New York: Routledge, Cap. 4, 1995, p. 83 – 107. SUZUKI, Teliti. A imigração japonesa no Brasil. Rev. Inst. Est. Bras., SP, nº 39, p. 57-65, 1995.

TAIGEN, Monge Budista Zen Getúlio. Budismo – o surgimento: A Índia nos tempos do nascimento do Buda. 2013. Disponível em: < https://bit.ly/336oBrw>. Acessado em 19 de novembro de 2019.

TAKESHI, Umehara. Saicho. In: YOSHINORI, Takeuchi (org.). A espiritualidade

budista: China mais recente, Coréia, Japão e mundo moderno. São Paulo:

Perspectiva, 2007, Cap. 20.1, p. 169 - 178.

TEMPLO NAMBEI HONGANJI BRASIL BETSUIN. Livro de Ritualística Gongyo-

Shu. São Paulo, 2015.

THOMPSON, John M. Awakening to Mortality: Buddhist Views of Death and Dying. In: ROSEN, Steven J (org.). Ultimate Journey Death and Dying in the World’s

Major Religions. Westport; Connecticut; London: Praegers, 2008, p. 83 – 114.

TYLER, Royall. A Transformação Japonesa do Budismo. In: YOSHINORI, Takeuchi (org.). A espiritualidade budista: China mais recente, Coréia, Japão e mundo moderno. São Paulo: Perspectiva, Cap. 19.3, 2007, p. 161 - 168.

USARSKI, Frank. Declínio do budismo "amarelo" no Brasil. Tempo soc., SP, 2008, v. 20, n. 2, p. 133-153. Disponível em: < https://bit.ly/3d0PDWN>. Acessado em 27 de abr. de 2020.

USARSKI, Frank. O dharma verde-amarelo mal-sucedido – um esboço da acanhada situação do Budismo. Estudos avançados 18 (52); 2004; p. 303 – 320. Disponível em: <https://bit.ly/35j8fi9>. Acessado em 11 de mar. de 2020.

USARSKI, Frank. O Budismo e as outras. Encontros e desencontros entre as grandes religiões mundiais. SP: Idéias & Letras, 2009.

USARSKI, Frank. O Budismo no Brasil – Um resumo sistemático. in: idem. [org]. O

Budismo no Brasil. SP: Lorosae, 2002, Cap. 1, p. 9-33.

USARSKI, Frank; SHOJI, Rafael. Buddhism, Shinto and Japanese New Religions in Brazil. In: SCHMIDT, Betina; ENGLER, Steven. Handbook of contemporary

religions in Brazil. Leiden: Koninklijke Brill, 2016, Cap. 16, p. 279-294.

WALTER, Mariko Namba. The Structure of Japanese Buddhist Funerals. in: idem, STONE, Jacqueline. [org]. Death and the afterlife in Japanese Budhism. Honolulu: University of Hawai’i, 2009, p. 247 – 292.

WILLIAMS, Paul. Mahayana Buddhism: The Doctrinal Foundations. London; New York: Routledge, 2nd edition, 2009.

WRIGHT, Arthur F. Buddhism in Chinese History. Stanford: Stanford University, 1959.

Documentos relacionados