Após a divulgação dos resultados obtidos na realização de todas as condições operacionais aplicadas nesta desta pesquisa, é conclusão do trabalho que é foi possível sim detectar a produção de hidrogênio e metano a partir de efluentes da suinocultura suplementado com manipueira utilizando consórcio de reatores anaeróbios. Outras conclusões também foram tiradas e estão listadas abaixo:
Na produção de hidrogênio, quando se diminui o volume de manipueira na suplementação, a produção não foi satisfatória, fator que é explicado devido à diminuição da concentração do carboidrato das soluções.
O experimento no RALF teve que ser interrompido na penúltima fase (S85A0M15), nem chegando à última fase desejada (S100), devido a diminuição significativa da concentração de carboidratos na solução, o que comprometeria outros fatores (alcalinidade, pH) e colocariam em risco a manutenção do reator.
A produção máxima de hidrogênio ocorreu na fase 1 (S25A50M25) indicada pelo melhor rendimento de produção de hidrogênio e pela pouca presença da rota do ácido propiônico, fator que atrapalharia o processo.
Os rendimentos encontrados nas Fases 1 (S25A50M25), 2 (S50A25M25), 3 (S75A10M15) e 4 (S85A0M15) foram respectivamente 1,13 (28,14%), 0,57 (14,34%), 0,63 (15,70%) e 0,14 (3,61%). Quanto maior o percentual de suíno e menor o percentual de manipueira, ocorre a diminuição da concentração de carboidratos, o que ocasiona a produção de menos hidrogênio. Provavelmente, outras rotas fermentativas, desfavoráveis à geração de hidrogênio e favoráveis a produção de metano, são produzidas principalmente na fase 4 (S85M15) onde houve maior diferença entre a DQO teórica total e a DQO do efluente medida.
Os metabólitos solúveis detectados e quantificados durante a operação do RALF foram: ácido acético, ácido butírico, ácido propiônico e etanol. Em
todas as fases apareceram ácido acético e butírico, o ácido propiônico teve destaque na última fase, fato que diminuiu a produção de hidrogênio uma vez que eram consumidos.
A produção volumétrica de hidrogênio apresentou um comportamento crescente no RALF no momento em que a concentração da manipueira foi diminuída. Fato que pode ser atribuído às bactérias se manifestarem após a fase acidogênica explicado pela diminuição da produção de hidrogênio.
Os parâmetros químicos analisados no Reator Anaeróbio de Leito Fixo apresentaram condições dentro da literatura disponível para que a fase metanogênica da digestão anaeróbia fosse aproximada. O pH permaneceu próximo da neutralidade tornando o meio próximo de se tornar alcalino. A remoção da DQO atingiu eficiências em torno de 80% devido à presença de matéria orgânica resistente ao primeiro tratamento e a estabilidade operacional. O TDH de 24 horas foi o que obteve as maiores produções de metano com valores na ordem de 12,11 ± 3,49 ml CH4 / l.h. Quando o TDH foi reduzido para
12 horas foi obtida uma menor produção de metano, 5,37 ± 3,48 ml CH4 / l.h, e
uma otimização no rendimento.
Casca de sururu estabiliza o pH, mantendo próximo da neutralidade no RFixo . Com isso, é mostrada a eficiência no efeito tampão, o que evita manifestação das bactérias acidogênicas.
Diante do que foi exposto, sugestões para futuros trabalhos são propostas, tais como:
Estudar a digestão anaeróbia em novos consórcios de resíduos agroindústrias (que possuam um valor agregado) para produção de biocombustíveis;
Avaliar a configuração de outros reatores, individuais ou em consórcio, para a produção de hidrogênio e metano a partir de efluente da suinocultura;
Avaliar a busca do TDH ótimo em busca de maximizar a produção de hidrogênio;
Realizar o acompanhamento microbiológico do processo em cada fase verificando os microrganismos específicos na produção biológica de hidrogênio e metano.
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