• Nenhum resultado encontrado

Este estudo demonstrou que este programa de treino de transcrição resultou em melhorias nas medidas do desempenho geral da escrita, nomeadamente, ao nível da transcrição e produção de texto. Estas descobertas revelaram que o treino de transcrição produziu um efeito incremental nas competências de escrita dos estudantes comparativamente com a intervenção de desenho.

De notar que, o trabalho de casa não produziu os efeitos desejados, sendo que, novas pesquisas poderão criar momentos de composição em ambiente de sala de aula. Isso pode incluir adaptações, como proporcionar aos alunos uma prática guiada adicional na aplicação das estratégias e atenção individual. Quanto à motivação, embora o declínio da motivação intrínseca não ponha em causa os benefícios do treino da transcrição, este declínio torna-se um alerta importante para que investigadores e professores, não ignorarem os aspetos motivacionais no ensino de escrita de modo a projetar intervenções que promovam esta competência assim como a autonomia dada que as crenças motivacionais influenciam a dedicação à escrita.

Concluindo, apesar das limitações apontadas, o presente estudo tem implicações teóricas e práticas relevantes. Por um lado, os resultados foram consistentes com a literatura que se apresenta cada vez mais ampla sobre o tema, dando a perceber a importância das competências de transcrição para a produção de bons textos. Por outro lado, forneceu evidências de que precisamos de ter em consideração como estes programas influenciam a motivação dos alunos para escrever para incrementar trajetórias de sucesso a este nível. Dada sua eficácia, consideramos esta intervenção uma ferramenta promissora para apoiar o desenvolvimento da escrita para todos os alunos.

30

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Alves, R. (2008). A mente enquanto escreve: a automatização da execução motora na composição escrita. Dissertação de Doutoramento apresentada na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Porto.

Alves, R. A., & Limpo, T. (2015). Progress in written language bursts, pauses, transcription, and written composition across schooling. Scientific Studies of Reading, 19, 374-391. doi:10.1080/10888438.2015.1059838

Bandura, A. (1995). Guide for constructing self-efficacy scales. Available from Frank Pajares, Division of Educational Studies, Emory University, Atlanta, GA, 30322 Boscolo, P. & Hidi, S. (2007). Os múltiplos significados da motivação para escrever. Em S.

Hidi e P. Boscolo (Eds.), Escrita e motivação (pp. 1-14). Amsterdã: Elsevier.

Bourdin, B., & Fayol, M. (1994). A produção da linguagem escrita é mais difícil do que a linguagem oral tradução? Uma abordagem de memória de trabalho. International Journal of Psychology, 29, 591–620. https: // doi.org/10.1080/00207 59940 82481 75 Carvalho, J.A.B, & Barbeiro, L.F. (2013). Reproduzir ou construir conhecimento? Funções

da escrita no contexto português. Revista Brasileira de Educação, 18(54), pp. 609-792 Christensen, C. A. (2004). Relationship between orthographic-motor integration and computer use for the production of creative and well-structured written text. British

Journal of Educational Psychology, 74(4), pp. 551–564.

doi:10.1348/0007099042376373

Coimbra, S. (2008). Estudo diferencial de autoeficácia e resiliência na antecipação da vida adulta. Dissertação de doutoramento. Porto: FPCEUP (policopiado)

Fayol, M. (1999). From on-line management problems to strategies in written composition. In M. Torrance & G. Jeffery (Eds.), The cognitive demands of writing: processing capacity and working memory in text production. (pp. 1323) Amsterdam: Amsterdam University Press

Ferreiro, E. (1988). L'écriture avant Ia lettre. in La production de notations chez le jeune enfant (H. Sinclair, Ed.), Paris: PUF

31 Flower, L. (1979). Writer-Based Prose: A Cognitive Basis for Problems in Writing. College

English, 41(1), pp. 19-37

Graham, S., & Harris, K. R. (2000). The role of self-regulation and transcription skills in writing and writing development. Educational Psychologist, 35, pp. 3-12.

Graham, S., & Perin, D. (2007). A meta-analysis of writing instruction for adolescent students. Journal of Educational Psychology, 99, pp. 445-476

Hayes, J. R., & Flower, L. (1980). Identifying the organization of wdting processes. In L. W. Gregg & E. R. Steinberg (Eds.), Cognitive processes in writing (pp. 3-29). Hillsdale, NJ: Erlbaum

Limpo, T., & Alves, R. A. (2013). Modeling writing development: Contribution of transcription and self-regulation to Portuguese students’ text generation quality. Journal of Educational Psychology, 105, pp. 401-413

Limpo, T., & Alves, R. A. (2017). Relating beliefs in writing skill malleability to writing performance: The mediating role of achievement goals and self-efcacy. Journal of

Writing Research, 9, 97–125. https://doi.org/10.17239/jowr-2017.09.02.01.

Limpo, T., Filipe, M., Magalhães, S., Cordeiro, C., Veloso, A., Castro, S.L., & Graham, S. (2020). Development and validation of instruments to measure Portuguese third graders’ reasons to write and self‑efficacy. Reading and Writing. Doi:

https://doi.org/10.1007/s11145-020-10039-z

McCutchen, D. (2006). Cognitive Factors in the Development of Children's Writing. In C. A. MacArthur, S. Graham, & J. Fitzgerald (Eds.), Handbook of writing research (pp. 115–130). The Guilford Press.

Olive, T., & Kellogg, R.T. (2002). Concurrent activation of high- and low-level production processes in written composition. Memory & Cognition, 30(4), pp. 594-600

Pajares, F. (2003). Self-Efficacy Beliefs, Motivation, and Achievement in Writing: A Review of the Literature. Reading and Writing Quarterly, 19, pp. 139-158.

Pajares, F., Valiante, G. e Cheong, YF (2007). Autoeficácia na escrita e sua relação com gênero, escrita motivação e competência para escrever: uma perspetiva de desenvolvimento. Em S. Hidi e P. Boscolo (Eds.), Escrita e motivação (pp. 141–159). Amsterdão: Elsevier.


32 Pereira, L. A. (2005). O Ensino da escrita na escola: Um objecto Plural. In J. A. Carvalho, L. Barbeiro, A. Silva & J. Pimenta (Eds.), A escrita na escola, hoje: Problemas e desafios. Actas do II encontro de reflexão sobre o ensino da escrita (pp. 55-67). Braga: Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho

Schunk, D. H., & Ertmer, P. A. (2000). Self-regulation and academic learning: Self-efficacy enhancing interventions. In M. Boekaerts, P. R. Pintrich, & M. Zeidner (Eds.), Handbook of self-regulation (pp. 631–649). Academic Press.

Zimmerman, B. J., & Risemberg, R. (1997). Becoming a self-regulated writer: A social cognitive perspective. Contemporary Educational Psychology, 22(1), pp. 73–101 Alves, R. (2008). A mente enquanto escreve: a automatização da execução motora na

composição escrita. Dissertação de Doutoramento apresentada na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Porto.

Alves, R. A., & Limpo, T. (2015). Progress in written language bursts, pauses, transcription, and written composition across schooling. Scientific Studies of Reading, 19, 374-391. doi:10.1080/10888438.2015.1059838

Bandura, A. (1995). Guide for constructing self-efficacy scales. Available from Frank Pajares, Division of Educational Studies, Emory University, Atlanta, GA, 30322 Berninger, V. W., & Winn, W. D. (2006). Implications of advancements in brain research

and technology for writing development, writing instruction, and educational evolution. In C. A. MacArthur, S. Graham & J. Fitzgerald (Eds.), Handbook of writing research. (pp. 96-114). New York: Guilford Press.

Berninger, V. W., Vaughan, K. B., Abbott, R. D., Abbott, S. P., Rogan, L. W., Brooks, A., Reed, E., & Graham, S. (1997). Treatment of handwriting problems in beginning writers: Transfer from handwriting to composition. Journal of Educational

Psychology, 89(4), 652–666. https://doi.org/10.1037/0022-0663.89.4.652

Boscolo, P. & Hidi, S. (2007). Os múltiplos significados da motivação para escrever. Em S. Hidi e P. Boscolo (Eds.), Escrita e motivação (pp. 1-14). Amsterdã: Elsevier.

Bourdin, B., & Fayol, M. (1994). A produção da linguagem escrita é mais difícil do que a linguagem oral tradução? Uma abordagem de memória de trabalho. International Journal of Psychology, 29, 591–620. https: // doi.org/10.1080/00207 59940 82481 75

33 Carvalho, J.A.B, & Barbeiro, L.F. (2013). Reproduzir ou construir conhecimento? Funções da escrita no contexto português. Revista Brasileira de Educação, 18(54), pp. 609-792 Christensen, C. A. (2004). Relationship between orthographic-motor integration and computer use for the production of creative and well-structured written text. British

Journal of Educational Psychology, 74(4), pp. 551–564.

doi:10.1348/0007099042376373

Christensen, C. A. (2004). Relationship between orthographic-motor integration and computer use for the production of creative and well-structured written text. British Journal of Educational Psychology, 74, 551-564.

Coimbra, S. (2008). Estudo diferencial de autoeficácia e resiliência na antecipação da vida adulta. Dissertação de doutoramento. Porto: FPCEUP (policopiado)

Connelly, V., Campbell, S., MacLean, M., & Barnes, J. (2006). Contribution of lower order skills to the written composition of college students with and without dyslexia. Developmental Neuropsychology, 29, 175-196.

Connelly, V., Dockrell, J. E., & Barnett, J. (2005). The slow handwriting of undergraduate students constrains overall performance in exam essays. Educational Psychology, 25, 99-107.

Deci, E. L., & Ryan, R. M. (1985). Intrinsic motivation and self-determination in human behavior. New York: Plenum.

Deci, E., & Ryan, R. (2000). The “what” and “why” of goal pusuits: Human needs and the self-determination of behavior. Psychological Inquiry, 11, 227-268.

Fayol, M. (1999). From on-line management problems to strategies in written composition. In M. Torrance & G. Jeffery (Eds.), The cognitive demands of writing: processing capacity and working memory in text production. (pp. 1323) Amsterdam: Amsterdam University Press

Ferreiro, E. (1988). L'écriture avant Ia lettre. in La production de notations chez le jeune enfant (H. Sinclair, Ed.), Paris: PUF

Flower, L. (1979). Writer-Based Prose: A Cognitive Basis for Problems in Writing. College English, 41(1), pp. 19-37

34 Graham, S. (1990). The role of production factors in learning disabled students'

compositions. Journal of Educational Psychology, 82, 781-791.

Graham, S., & Harris, K. R. (2000). The role of self-regulation and transcription skills in writing and writing development. Educational Psychologist, 35, pp. 3-12.

Graham, S., & Perin, D. (2007). A meta-analysis of writing instruction for adolescent students. Journal of Educational Psychology, 99, pp. 445-476

Graham, S., Aitken, A., Harbaugh, G., Wilson, J., Wdowin, J., Ng, V., & Harris, K. R. (2019). Validation of the motivation for writing scale intermediate grade students. Manuscript in preparation.

Graham, Steve & Mckeown, Debra & Kiuhara, Sharlene & Harris, Karen. (2012). A Meta- Analysis of Writing Instruction for Students in the Elementary Grades. Journal of Educational Psychology. 104. 10.1037/a0029185.

Graham, Steve & Santangelo, Tanya. (2014). Does spelling instruction make students better spellers, readers, and writers? A meta-analytic review. Reading and Writing. 27. 10.1007/s11145-014-9517-0.

Hayes, J. R., & Flower, L. (1980). Identifying the organization of wdting processes. In L. W. Gregg & E. R. Steinberg (Eds.), Cognitive processes in writing (pp. 3-29). Hillsdale, NJ: Erlbaum

Jones, D., & Christensen, C. A. (1999). Relationship between automaticity in handwriting and students' ability to generate written text. Journal of Educational Psychology, 91, 44-49.

Krench, D. & Crutchfield, R. S. (1959). Elements of psychology. New York: Alfred A. Knopf Limpo, T., & Alves, R. A. (2013). Modeling writing development: Contribution of transcription and self-regulation to Portuguese students’ text generation quality. Journal of Educational Psychology, 105, pp. 401-413

Limpo, T., & Alves, R. A. (2017). Relating beliefs in writing skill malleability to writing performance: The mediating role of achievement goals and self-efcacy. Journal of

35 Limpo, T., Filipe, M., Magalhães, S., Cordeiro, C., Veloso, A., Castro, S.L., & Graham, S. (2020). Development and validation of instruments to measure Portuguese third graders’ reasons to write and self‑efficacy. Reading and Writing. Doi:

https://doi.org/10.1007/s11145-020-10039-z

McCutchen, D. (2006). Cognitive Factors in the Development of Children's Writing. In C. A. MacArthur, S. Graham, & J. Fitzgerald (Eds.), Handbook of writing research (pp. 115–130). The Guilford Press.

Olive, T., & Kellogg, R.T. (2002). Concurrent activation of high- and low-level production processes in written composition. Memory & Cognition, 30(4), pp. 594-600

Pajares, F. (2003). Self-Efficacy Beliefs, Motivation, and Achievement in Writing: A Review of the Literature. Reading and Writing Quarterly, 19, pp. 139-158.

Pajares, F., Valiante, G. e Cheong, YF (2007). Autoeficácia na escrita e sua relação com gênero, escrita motivação e competência para escrever: uma perspetiva de desenvolvimento. Em S. Hidi e P. Boscolo (Eds.), Escrita e motivação (pp. 141–159). Amsterdão: Elsevier.

Pereira, L. A. (2005). O Ensino da escrita na escola: Um objecto Plural. In J. A. Carvalho, L. Barbeiro, A. Silva & J. Pimenta (Eds.), A escrita na escola, hoje: Problemas e desafios. Actas do II encontro de reflexão sobre o ensino da escrita (pp. 55-67). Braga: Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho

Peverly, S. T. (2006). The importance of handwriting speed in adult writing. Developmental Neuropsychology, 29, 197-216.

Rocha, R., Filipe, M., Magalhães, S., Graham, S., & Limpo, T. (2019). Reasons to write in grade 6 and their association with writing quality. Frontiers in Psychology.

Santangelo, T., & Graham, S. (2016). A comprehensive meta-analysis of handwriting instruction. Educational Psychological Review, 28, 225-265.

Schiefele, U., & Schaffner, E. (2016). Factorial and construct validity of a new instrument for the assessment of reading motivation. Reading Research Quarterly, 51, 221-237. doi:10.1002/rrq.134

36 Schiefele, U., Schaffner, E., Möller, J., & Wigfield, A. (2012). Dimensions of Reading motivation and their relation to reading behavior and competence. Reading Research Quarterly, 47, 427-463. doi:10.1002/RRQ.030

Schunk, D. H., & Ertmer, P. A. (2000). Self-regulation and academic learning: Self-efficacy enhancing interventions. In M. Boekaerts, P. R. Pintrich, & M. Zeidner (Eds.), Handbook of self-regulation (pp. 631–649). Academic Press.

Zimmerman, B. J., & Risemberg, R. (1997). Becoming a self-regulated writer: A social cognitive perspective. Contemporary Educational Psychology, 22(1), pp. 73–101

37

ANEXOS

38 2. Caderno de atividades: Escrita

49 3. Caderno de atividades: Desenho

Promoção da Transcrição: Efeitos nas

Competências de Escrita, Ortografia e

Motivação em alunos do 3°ano de

escolaridade

Vanessa Sofia Silva Vigário

2020

Documentos relacionados