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O trabalho analisou a influência da governança corporativa e da estrutura de propriedade sobre a reputação da empresa brasileira. Sob a argumentação de que um sistema de governança corporativa bem estruturado é relevante para a empresa ao revelar um interesse da mesma com a boa gestão, respeito aos acionistas e demais stakeholders, sugeriu-se que a boa qualidade da governança corporativa possa transmitir sinal positivo a respeito da empresa e, assim, refletir-se positivamente sobre a reputação da mesma. Já a estrutura de propriedade, considerando-se distintos aspectos desta, sugeriu-se que ela tem influência em políticas corporativas ao moldar a estrutura de controle e decisão da empresa. Esta influência também pode ser capaz de emitir sinais a respeito da empresa que podem ter reflexo na reputação corporativa.

Para medir a governança corporativa utilizou-se um índice de governança corporativa já sugerido pela literatura. O Índice de Governança Corporativa (CGIndex) conta com 28 práticas voluntárias de governança adotadas pela empresa. Para a estrutura de propriedade das empresas brasileiras foram analisados dois aspectos: a concentração de votos e a configuração do controle acionário. A concentração de votos foi medida pelo percentual de ações com direito de voto dos cinco principais acionistas. Para a configuração do controle acionário foi utilizada uma metodologia, sugerida pela literatura, que categoriza o controle acionário em três tipos: controle acionário compartilhado, controle acionário majoritário e controle acionário disperso. A respeito da reputação corporativa, foram utilizados dois rankings de reputação elaborados com o mercado brasileiro: Merco e o Reptrak.

Os resultados permitem observar a baixa presença das empresas brasileiras nos

rankings Merco e Reptrak. Por serem índices internacionais, a tendência é de redução de

número de empresas avaliadas por país. Verificou-se que não há correlação entre os valores de reputação obtidos pelos dois rankings de reputação, Merco e Reptrak. Uma possível explicação pode ser a diferença de metodologia entre as duas métricas que têm diferentes públicos avaliadores da reputação das empresas, por exemplo. Esta distinção entre os dois indicadores explica resultados não convergentes obtidos na pesquisa.

Os resultados sinalizam um crescente aumento da qualidade da governança corporativa da empresa brasileira, o que é um sinal positivo sobre a preocupação deste coletivo de empresas com a gestão da empresa e compliance com boas regras de conduta.

Contrariamente ao esperado, o nível de governança corporativa não é capaz de ter influência sobre a reputação da empresas brasileira.

Sobre a estrutura de propriedade, merece menção o fato de observar-se alta concentração de propriedade da empresa, o que está em concordância com trabalhos anteriores no Brasil. Além disso, foi observada elevada proporção de empresas com presença de acionista controlador majoritário (49%), seguida pela também alta proporção de empresas com controle acionário compartilhado através da celebração de acordo de acionistas (34,5%), e uma inferior proporção de empresas com controle acionário disperso (16,5%). Como comentado anteriormente, distintos públicos são considerados na avaliação da reputação corporativa por cada métrica. Desta forma, é possível que aspectos da estrutura de propriedade sejam menos considerados pelos consumidores, público do indicador Reptrak, do que por gerentes e especialistas que são o público alvo do índice Merco. De fato, a percepção da estrutura de propriedade como determinante da reputação da empresa, exceto para a indiferença observada para o controle disperso, é distinta entre os indicadores Merco e Reptrak. A concentração de propriedade nas mãos dos principais acionistas, como sugerido, apresentou influencia negativa sobre a reputação da empresa brasileira medida pelo indicador Reptrak.

O controle acionário em mãos de um acionista majoritário, como sugerido, foi observado como desfavorável à reputação da empresa. Portanto, há indícios para dizer que o excesso de poder nas mãos de um só acionista não parece ser bem visto, indicando que, apesar da existência de um controlador majoritário poder reduzir os conflitos de agência entre gestores e acionistas, ele aumenta a probabilidade de expropriação e de conflitos de agência do tipo principal-principal. Entretanto, este resultado só é obtido com a mensuração de reputação pelo índice Merco. Resultado também de acordo com o hipotetizado é aquele relativo ao controle acionário compartilhado que sinaliza ter efeito positivo sobre a reputação da empresa, indicando que a retirada de excessivo poder nas mãos de um só acionista controlador é positivo para a reputação da empresa. O compartilhamento do controle sinaliza mais equilíbrio no processo de tomada de decisão. No entanto, este resultado só é observado com a métrica de reputação Merco. Por fim, a reputação da empresa parece ser insensível as empresas com controle acionário disperso.

A busca por fatores capazes de influenciar a reputação da empresa apresentam um norte para as empresas a respeito de quais atributos sinalizam mais fortemente para a formação desse elemento, que é também considerado por alguns como um relevante ativo intangível. Dessa forma, esse trabalho traz algumas contribuições. Foi verificado que a

presença da governança não é capaz de influenciar a reputação corporativa das empresas brasileiras, esse achado é divergente à estudos em outros países (GARCÍA-MECA; PALACIO, 2018; PÉREZ-CORNEJO; QUEVEDO-PUENTE; DELGADO-GARCÍA, 2019). A pesquisa também trouxe evidência do impacto da estrutura de propriedade para a reputação corporativa, apresentando que as características da estrutura de propriedade de uma empresa enviam sinais que se traduzem em respostas das partes interessadas às empresas, a Teoria da Sinalização trata deste feedback entre receptor e sinalizador.

O trabalho também fornece evidência sobre o ambiente de países de direito civil. Em contraste aos países de direito comum, os países de direito civil, como o Brasil, têm menor proteção ao investidor, estrutura de propriedade muito concentrada e a presença de acionistas controladores. Essas diferenças podem ter efeitos diferentes sobre a percepção das partes interessadas (DELGADO-GARCÍA; QUEVEDO-PUENTE; FUENTE-SABATÉ, 2010).

Além disso, o estudo contribuiu para apresentar as diferenças existentes entre os

rankings Merco e Reptrak. Este fato mostra a dificuldade para a determinação do que é a

reputação corporativa e de como ela pode ser mensurada. Nesse sentido, o estudo contribuiu para o enriquecimento de estudos sobre a reputação corporativa, aspectos que a influenciam e também as controvérsias existentes entre rankings.

Como limitação do estudo, destaca-se a dificuldade de obtenção de informações sobre a estrutura de propriedade e governança corporativa de todas as empresas que estão nos dois

rankings de reputação utilizados no estudo, Merco e Reptrak. Observou-se que a maioria das

empresas que compõem esses rankings estão em mercados estrangeiros, dificultando a análise de um conjunto maior de empresas que são de outros mercados. Dessa forma, para pesquisas futuras, se possível, seria interessante analisar todas as empresas que formam esses rankings. Tal análise permite fazer um comparativo entre países, possibilitando a identificação também de aspectos do entorno legal e institucional que podem contribuir para a reputação da empresa. Esses aspectos podem ser o sistema legal do país de origem da empresa, a existência de leis que protejam o investidor, o nível desenvolvimento desses países de origem, dentre outros aspectos.

Para pesquisas futuras, sugere-se ainda a análise dos consequentes da reputação. O estudo concentrou-se em antecedentes, dessa forma, verifica-se a necessidade também de encontrar quais os aspectos da empresa que podem ser influenciados pela reputação corporativa. Entre esses aspectos, sugere-se a análise da contribuição da reputação corporativa para o valor de mercado da empresa, por exemplo.

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