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Considerando a magnitude da Estratégia Saúde da Família hoje, entendemos que o Agente Comunitário de Saúde poderia ser o sujeito que, dentro do sistema de saúde, enquanto profissional, e não enquanto movimento social em si, cumpriria bemo papel de organizar sua comunidade, organizar a população, para uma lógica de saúde dentro do sistema que partisse de uma construção política: seja nas mobilizações e ações educativas, sejam nas práticas de cuidado.

O papel dele passa a ser importante justamente para se contrapor dentro do sistema aomodelo hegemônico de saúde, e implantar um novo modelo a partir das bases comunitárias, a partir das lutas sociais que ele está inserido, ou que possa vir a se inserir.

Desta forma, reconhecer o Agente Comunitário de Saúde é um reconhecimento de que saúde em comunidade não pode ser pensada sob a ótica médica. O ACS trás uma diferença para dentro do serviço de saúde que não poderia ser reconhecida a partir do profissional médico, enfermeiro, dentista como são formados hoje. Esta alteridade, porém, carrega suas contradições, assim como todo trabalhador, todo sujeito político, que podem ser problematizadas em formações de caráter permanente.

Sendo o ACS um profissional de atuação exclusiva no SUS, e que adentra o sistema de saúde sem uma formação específica para esta intervenção, cabe ao Estado proporcioná-la, assim como deve fazê-la numa lógica de carreira, que garanta ao trabalhador seus direitos de cidadania.

O Município do Recife apresentou-se como um importante caso para estudo sobre a formação dos ACS, revelando que o contexto político,permeado de sujeitos afinados com as demandas dos trabalhadores, e com a clareza da importância da estruturação da atenção primária à saúde como ordenadora do sistema de saúde foi relevante na decisão desta aposta de formação.

Os espaços instituídos de negociação com os trabalhadores, como a Mesa de Negociação Setorial, e os interesses conjugados com as pautas relativas aos direitos trabalhistas por parte da categoria,também favoreceram a pactuaçãoda agenda do curso.

Assim, na primeira etapa de formação dos ACS em Recife, a pauta teve vinculação com a efetivação dos trabalhadores como servidores públicos; e, na segunda etapa, com a discussão e inclusão dos ACS no plano de cargos e carreiras dos servidores da secretaria municipal de saúde.

O contexto nacional também teve importância, em especial na definição da primeira etapa da formação (2006), visto que o Ministério da Saúde definiu o Referencial Curricular Nacional para os Cursos de Formação Técnica dos Agentes Comunitários de Saúde, além de ter garantido repasses de recurso federal para os entes estaduais através das Escolas de Saúde Pública. Porém, a instância federal foi omissa na garantia da segunda etapa formativa, não destinando recurso nem proporcionando o debate, o que demonstrou o não-compromisso de elevar a formação dos ACS para o nível técnico como orienta o próprio Referencial Curricular.

A Escola de Saúde Pública de Pernambuco revelou-se frágil para cumprir seu papel de formador dos trabalhadores do SUS, tendo a Secretaria de Saúde do Recife,através dos seus técnicos/militantes, assumido o que a cabia de formulação político-pedagógica e de condução organizacional e acadêmica.

A organização Sindical dos ACS cumpriu papel preponderante no processo visto que esteve presente nas instâncias decisórias com a pauta da formação, assim como compôs os espaços colegiados de construção do curso conjuntamente com outros ACS.

A seleção de profissionais da própria rede municipal de saúde para atuarem como docentes, e sua formação pedagógica com os referenciais críticos utilizados no curso, se tornaram uma investida do município, visto que estes potencializarão suas práticas profissionais onde estiverem.

O Projeto Político Pedagógico do curso, tanto na I etapa (2006) quanto nas II e III etapas (2012), forambaseadas em referenciais teóricos e metodológicos críticos, promotores de autonomia, iniciativa, criatividade eauto-planejamento, necessários para atuação em problemas complexos com os quais os ACS se deparam.

Houve ênfase na formação do ACS enquanto educador em saúde e no seu papel de mobilização social ao mesmo tempo em que foram desenvolvidas habilidades para o cuidado com destaque para as práticas integrativas e complementares.

A Educação Popular foi apresentada como ferramenta político-metodológica para o trabalho dos ACS, em especial na primeira etapa formativa, estando naquele momento em consonância com as políticas de saúde do município. Ressaltamos o papel de docentes, assumido pelos ACS na temática educação popular em saúde, tanto na primeira etapa do curso quanto na segunda, fruto dos trabalhos de educação permanente realizados nos projetos AESA, IESA e ESAM em 2005-2006.

A instrumentalização dos ACS para o cuidado com as práticas integrativas e complementares, se mostrou criativa e contra hegemônica, em contraponto às práticas

medicamentosas e centradas em procedimentos, historicamente norteadoras da formação das demais profissões na saúde. A impossibilidade de desenvolver outras oficinas temáticas, inicialmente planejadas, reduziu a potencialidade que estas teriam, ao proporcionarem o aprofundamento dos trabalhos, o que poderia ter explorado melhor as afinidades e singularidades dos vários e diversos Agentes Comunitários de Saúde da cidade.

Foi possível observar a crescente escolarização dos ACS, fruto das políticas de educação profissional ofertadas no trabalho, que certamente foram indutoras desta busca pelos trabalhadores.

Em momentos de privatização do sistema público de saúde através das OSS, OSCIPS e fundações estatais de direito privado, cabe questionar o interesse destes em garantir a qualificação profissional dos ACS, assim como o compromisso com a elevação da escolaridade, vinculados ao aumento de autonomia intelectual dos trabalhadores.

Desta forma, esperamos que este estudo possa contribuir com as reflexões a respeito da formação profissional em saúde, sua relação com o trabalho e a importância do caráter público e estatal do SUS, que aposta na formação dos trabalhadores, na perspectiva da efetivação dos direitos, como foi a proposta do município do Recife neste caso.

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