• Nenhum resultado encontrado

5.1. Identificação dos resultados principais

Em conclusão, e ao longo desta dissertação foi abordado o tema Vibration Energy Harvesting. Foram criados dois transdutores eletromagnéticos, o PCB da eletrónica de regulação, a programação do microprocessador para ser aplicado ao sensor de nível capacitivo que será responsável pela medição do nível de água presente nos reservatórios evitando assim perdas por extravasamento.

Foram implementados dois transdutores eletromagnéticos com características diferentes como descrito no capítulo 2.1 e realizada a sua validação individual. O transdutor eletromagnético Nº1 obteve no seu melhor desempenho a 31 Hz, a sua frequência de ressonância. Os valores estão ilustrados na tabela 15.

Tabela 15 - Desempenho do transdutor eletromagnético Nº1.

Transdutor Eletromagnético

Nº1

0.177 V 80.5 𝜇𝐴 2205 Ω 0,014 𝑚𝑊

No transdutor eletromagnético Nº2, a sua frequência de ressonância é de 19 Hz e obteve os seguintes valores representados na tabela 16.

Tabela 16 - Desempenho do transdutor eletromagnético Nº2.

Transdutor Eletromagnético

Nº2

6.4 V 7740 𝜇𝐴 826.8 Ω 49.536 𝑚𝑊

Em respeito ao microprocessador é importante salientar a escolha do microprocessador, e a verificação dos seus consumos e modos de energia, existem muitos microprocessadores que eventualmente satisfação a necessidade de se efectuar medições do nível de água, contudo acabam por ter altos consumos energéticos, o que os torna uma solução invalida para serem aplicados em sistemas VEH.

Ainda a respeito do microprocessador utilizado nesta dissertação, e como conclusão convém realçar que é de extrema importância uma programação energeticamente eficiente do microprocessador, só assim é possível que ocorra um rigoroso controlo da energia evitando o desperdício energético. Esta comparação encontra-se exemplificada no subcapítulo 4.6. Nesta situação prática e otimizando o código para o Energy Mode 2, obtivemos o melhor resultado

62

dos 3 modos de energia usados, com uma corrente média de 26.07 𝜇𝐴 e uma potência média de 86.17 𝜇𝑊.

Para o sensor capacitivo referenciado no subcapítulo 4.4, onde é possível visualizar na tabela nº13 e na figura 53, a sua linearidade e a relação entre o tempo de carregamento do sensor com o nível de água presente no reservatório. O seu tempo mínimo de carregamento é de

10.167

µ𝑠, e o nível de água presente no reservatório é equivale a 0% (totalmente vazio). Por sua vez, para um tempo máximo de carregamento

19.500

µ𝑠 temos o nível de água no reservatório de 100% (completamente cheio).

Em conclusão e para o transdutor nº1 este não iria satisfazer as necessidades energéticas perante a situação especifica do microprocessador e do sensor capacitivo. A energia produzida pelo transdutor nº1 é inferior à energia que o microprocessador necessita. Já em relação ao transdutor Nº2, a energia que o transdutor produz em função à energia que o microprocessador mais o sensor capacitivo consome torna o sistema energeticamente eficiente.

Também se permite concluir que para pequenas aplicações, nomeadamente e a título de exemplo, na vertente do IoT os VEH é uma solução a aplicar.

5.2. Evolução e trabalhos futuros

A evolução que mais se recomenda diz respeito ao transdutor eletromagnético. Como já foi referido as molas planares tem uma determinada frequência de ressonância, esta frequência de ressonância pode ser calculada passando por uma modelação matemática, de maneria a que se possa produzir uma mola em que sua frequência de ressonância seja a dominante no ambiente de aplicação.

Uma outra sugestão, para o sistema de recolha de energia seria a produção e implementação de um sistema não ressonante, aplicando ajustamentos mecânicos e ajustamentos elétricos de maneira que se pudesse aplicar em situações onde não existe linearidade de frequência.

Nesta dissertação todo o sistema foi aplicado para uma determinada função, nomeadamente efetuar medições autónomas do nível de água para um reservatório, contudo e para um trabalho futuro seria interessante aplicar o mesmo método de recolha de energia, mas por exemplo em maquinarias ou outras infraestruturas das redes de água aplicando outro tipo de sensores, fazendo uma relação entre a energia produzida com a energia consumida por esses sensores. Por exemplo no controlo de pressões, caudal, potencial hidrogeniónico (Ph) temperatura etc, automatizando assim o procedimento de gestão do recurso da água.

63

Referências Bibliográficas

[1] A. Harb, “Energy harvesting: State-of-the-art,” Renew. Energy, vol. 36, no. 10, pp. 2641–2654, 2011.

[2] S. Roundy, P. K. Wright, and J. Rabaey, “A Study of Low Level Vibrations As a Power Source for Wireless Sensor Nodes,” Comput. Commun., vol. 26, no. 11, pp. 1131–1144, 2003.

[3] Y. Wang, Q. Zhang, L. Zhao, and E. S. Kim, “Non-Resonant Electromagnetic Broad-Band Vibration-Energy Harvester Based on Self-Assembled Ferrofluid Liquid Bearing,” J. Microelectromechanical Syst., vol. 26, no. 4, pp. 809–819, 2017.

[4] B. Yang and C. Lee, “Non-resonant electromagnetic wideband energy harvesting mechanism for low frequency vibrations,” Microsyst. Technol., vol. 16, no. 6, pp. 961– 966, 2010.

[5] T. J. K. S. B. Editors, Energy Harvesting Systems. 2011.

[6] T. Galchev, H. Kim, and K. Najafi, “A Parametric Frequency Increased Power Generator for Scavenging Low Frequency Ambient Vibrations,” Procedia Chem., vol. 1, no. 1, pp. 1439–1442, 2009.

[7] A. Khaligh, P. Zeng, and C. Zheng, “Kinetic Energy Harvesting Using Piezoelectric and Electromagnetic Technologies #x2014;State of the Art,” Ind. Electron. IEEE Trans., vol. 57, no. 3, pp. 850–860, 2010.

[8] S. Boisseau, G. Despesse, and B. Ahmed, “Electrostatic Conversion for Vibration Energy Harvesting,” Small-Scale Energy Harvest., pp. 1–39, 2012.

[9] R. Panat, J. Wang, and E. Parks, “Effects of triboelectrostatic charging between polymer surfaces in manufacturing and test of integrated circuit packages,” IEEE Trans. Components, Packag. Manuf. Technol., vol. 4, no. 5, pp. 943–946, 2014.

[10] A. F. Diaz and R. M. Felix-Navarro, “A semi-quantitative tribo-electric series for polymeric materials: The influence of chemical structure and properties,” J. Electrostat., vol. 62, no. 4, pp. 277–290, 2004.

[11] A. L. Berry, “The Application of a Triboelectric Energy Harvester in the Packaged Product Vibration Environment,” 2016.

64

[12] C. B. Williams and R. B. Yates, “s S oRs ACTUATORS Analysis of a micro-electric generator for microsystems dF-1 z ( O ii,” Science (80-. )., vol. 52, pp. 8–11, 1996.

[13] D. R. Tobergte and S. Curtis, “Energy Scavenging for Wireless Sensor Nodes with a Focus on Vibration to Electricity Conversion,” Clim. Chang. 2013 - Phys. Sci. Basis, vol. 53, no. 9, pp. 1–30, 2010.

[14] D. Spreemann and Y. Manoli, Electromagnetic Vibration Energy Harvesting Devices. 2012.

[15] D. J. I. Priya, Shashank, Energy Harvesting Technologies. 2008.

[16] K. Chebrolu, B. Raman, and N. Mishra, “Brimon: a sensor network system for railway bridge monitoring,” Proc. 6th Int. Conf. Mob. Syst. Appl. Serv., pp. 2–14, 2008.

[17] J. J. Wang, G. P. Penamalli, and L. Zuo, “Electromagnetic energy harvesting from train induced railway track vibrations,” Proc. 2012 8th IEEE/ASME Int. Conf. Mechatron. Embed. Syst. Appl. MESA 2012, vol. 11787, pp. 29–34, 2012.

[18] Z. Li, L. Zuo, G. Luhrs, L. Lin, and Y. X. Qin, “Electromagnetic energy-harvesting shock absorbers: Design, modeling, and road tests,” IEEE Trans. Veh. Technol., vol. 62, no. 3, pp. 1065–1074, 2013.

[19] L. Zuo, B. Scully, J. Shestani, and Y. Zhou, “Design and characterization of an electromagnetic energy harvester for vehicle suspensions,” Smart Mater. Struct., vol. 19, no. 4, p. 045003, 2010.

[20] V. R. Challa, M. G. Prasad, and F. T. Fisher, “Towards an autonomous self-tuning vibration energy harvesting device for wireless sensor network applications,” Smart Mater. Struct., vol. 20, no. 2, p. 025004, 2011.

[21] S. P. Beeby et al., “A micro electromagnetic generator for vibration energy harvesting,” J. Micromechanics Microengineering, vol. 17, no. 7, pp. 1257–1265, 2007.

[22] P. Emanuel, “Energy Harvest  : Recolha de Energia em Vibrações,” p. 90, 2015.

[23] P. S. Errede, “American Wire Gauge ( AWG ) & Metric Gauge Wire Sizes AWG Wire Sizes ( see table below ) AWG  : In the American Wire Gauge ( AWG ), diameters can be calculated by applying the -1 , -2 , -3 , which makes more sense mathematically than ‘ double nought .’ Thi,” pp. 1–3, 2015.

Documentos relacionados