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conclusão: um instantâneo da cena

No documento Jornalismo de revista em redes digitais (páginas 83-90)

na Web, o jornalismo de revista ganha novas e interessantes pos- sibilidades de interação. Mesmo se entendermos que as revistas já ti- nham comunidades de leitores mesmo antes da internet (Mira, 2001; sCalZo, 2004), iremos constatar que estas foram potencializadas, ficaram mais dinâmicas, robustas, ganharam visibilidade e importância acentuada para o jornalismo de revista.

ao que indicam as observações deste estudo, a presença das re- vistas nos sites de redes sociais potencializa a relação entre quem faz e

quem lê a revista, além da possibilidade de formarem-se comunidades de leitores, o que maximiza a experiência de leitura. esta passa a ser motivo de socialização, além de que a interação horizontal aproxima os leitores dos produtores. (natansohn; silva; Barros, 2009a) Por um lado, os leitores podem pautar as revistas, avaliar os conteúdos publicados e disputar interpretações. Por outro, o jornalismo pode son- dar as demandas dos leitores para a construção das pautas, bem como avaliar a repercussão dos conteúdos já publicados entre os leitores. estes momentos de avaliação poderiam ser muito úteis para a revista ajustar sua linha editorial às expectativas dos leitores.

no entanto, a ideia de Palacios (2009) de que, no caso dos jornais, uma motivação forte para o incentivo da participação dos leitores seja a fidelização também se aplica às revistas, mas não é só isso. Mesmo que as diferenças do poder de fala continuem, percebemos uma significativa participação dos leitores e, com isso, todo mundo ganha. a revista fide- liza, ajusta seu conteúdo editorial, solidifica seu negócio. enquanto os leitores têm um produto permeável.

não obstante, este resultado não pode ser ampliado ou projetado para o futuro com expectativas de grandes transformações. estamos em um momento de experimentações, no qual ainda não se tem noção do tamanho da influência das novas práticas de interação no fazer e nos valores do jornalismo, mas é certo que estamos diante de mudanças significativas nos modos de participação do público.

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O caSO da RevISTa MUITO,

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