• Nenhum resultado encontrado

A presente pesquisa visa colaborar com o posicionamento estratégico de Joinville como receptora turística preferencial do segmento de negócios do Estado de Santa Catarina, utilizando-se de estratégias logísticas para este fim.

Todos os objetivos propostos inicialmente pela pesquisa foram alcançados. Primeiramente, levantadas as ações estratégicas do turismo institucional público do segmento de negócios de Joinville, verifica-se que o município possui formalmente idealizado um plano estratégico e também, um plano estratégico do turismo. Foram identificadas e agrupadas as ações entre 1997 e 2003, no intuito de verificar o impacto destas, para os índices de desenvolvimento do turismo do segmento de negócios de Joinville. Percebeu-se que a partir da inauguração do Centreventos Cau Hansen, em 1998, o turismo do segmento de negócios vem impulsionando a economia local, como por exemplo: o aumento do número de empresas prestadoras de serviços, a instalação de novos hotéis de bandeiras nacional e internacional e, fundamentalmente, o reconhecimento do turismo de negócios como uma das vocações do município tanto pelos gestores públicos como pela comunidade, favorecendo e incentivando investimentos neste setor da economia.

Em seguida, para cumprir o segundo objetivo deste estudo, a pesquisa parte para o levantamento dos índices de desenvolvimento turístico do segmento de negócios de Joinville, identificando-a como receptora preferencial deste segmento. Com os índices levantados, foi possível verificar que a atividade econômica que mais cresce é prestação de serviços, com isto a geração de mais fontes de renda para a comunidade local. A rede hoteleira também vem se adaptando com a demanda de mercado existente e aumentou significativamente o número de leitos para receber o turista de negócios. Em relação aos dados estaduais, percebeu-se uma elevada preferência por Joinville como receptora de turistas do referido segmento. Contudo, constatou-se que Joinville veio ganhando evidência no cenário regional, estadual e nacional, ao longo do período analisado e se confirma como receptora turística preferencial do segmento de negócios do Estado de Santa Catarina.

O terceiro objetivo foi alcançado com o apoio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, o qual apresentou o modelo de cadeia produtiva para o turismo no Brasil. Com base no modelo referido, construiu-se a cadeia produtiva do turismo institucional público do segmento de negócios de Joinville. Os depoimentos levantados dos representantes da gestão pública, levaram em consideração a relevância das relações existentes entre os elos da cadeia produtiva no atendimento ao turismo do segmento de negócios.

Procurando-se observar os resultados nos mais diversos ângulos, verificou- se que as relações da cadeia produtiva em estudo, embora relevantes, ainda são incipientes. Joinville, apesar de ser receptora turística preferencial quanto ao turismo do segmento de negócios no Estado de Santa Catarina, de acordo com os

índices de desenvolvimento levantados, ainda tem muito a conhecer, a adaptar e a construir para este segmento, no intuito de atingir o nível de excelência.

Para cumprir com o quarto objetivo deste estudo, que sob o propósito de identificar os elos que compõem a cadeia produtiva do turismo institucional público do segmento de negócios de Joinville, e que possuem lideranças do poder público, apresentou-se suas principais características. Com as características levantadas, percebeu-se a capacidade que o município possui para receber eventos de diversas proporções e objetivos, em decorrência do número de espaços disponíveis tanto no Centreventos Cau Hansen como no Parque Expoville.

Atendendo ao quinto objetivo, abordou-se o levantamento de opiniões quanto ao desempenho logístico da cadeia produtiva do turismo do segmento de negócios de Joinville, sob a ótica de representantes da gestão pública e também de representantes da gestão privada. No que se refere aos objetivos de desempenho logístico de qualidade, velocidade, pontualidade, flexibilidade e custos, os representantes da gestão pública concordam que estes objetivos estão presentes nas relações existentes entre a cadeia produtiva em estudo. As opiniões do grupo de representantes da gestão privada são divergentes, e mesmo, contraditórias em alguns aspectos, quanto aos objetivos analisados. Quando é tema é voltado para o compromisso de qualidade, parte considera os serviços oferecidos pelos órgãos públicos suficientes e profissionais e, outra parte, considera a qualidade “fraca”. Quando o tema é voltado para o compromisso de velocidade, há insatisfação por parte de alguns representantes. Quando o tema é voltado para o compromisso de pontualidade, ocorre o mesmo, há insatisfação por parte de parte de alguns representantes, assim como os demais compromissos analisados. Comprova-se portanto, a incipiência das relações existentes entre os órgãos públicos voltados

para o atendimento do turismo do segmento de negócios quanto aos serviços que são oferecidos, e os representantes da gestão privada do segmento em estudo. Estes resultados demonstram a necessidade de revisão de determinados procedimentos, quanto aos objetivos de desempenho logístico, por parte da gestão pública do município para o atendimento de toda a cadeia produtiva do turismo do segmento de negócios, e não somente dos representantes da gestão privada que foram submetidos às entrevistas.

Para o último objetivo do estudo, que visa propor diretrizes ao posicionamento estratégico sustentado de Joinville como receptora preferencial do turismo do segmento de negócios do Estado de Santa Catarina, procurou-se saber dos representantes da gestão pública, participantes das entrevistas, vantagens que a diferenciam dos demais municípios no que tange ao turismo do segmento de negócios. As vantagens diagnosticas, juntamente com os resultados dos objetivos de desempenho logístico, deram margem a um posicionamento logístico para o turismo do segmento de negócios de Joinville. Estratégias logísticas foram propostas com o intuito de adaptá-las a realidade do turismo. Sabe-se que as estratégicas logísticas são mais visíveis ou adequadas quando se trata de fluxo de produtos, mas conforme Ballou (2001), as organizações que produzem serviços também sofrem com problemas logísticos e podem se beneficiar com a gestão logística.

Após todos os levantamentos e análises realizadas, acredita-se, cada vez mais, que a gestão da logística é o caminho mais coerente para o atendimento dos fluxos de serviços, de forma que o próximo elo da cadeia se satisfaça, ou seja, que receba o serviço com qualidade, velocidade, pontualidade, flexibilidade e custos adequados, neste caso estudado.