Apesar do tardio desenvolvimento na Europa de sistemas de áreas protegidas hoje uma notável variedade de
espelha a diversidade ecológica, cultur foram identificados os modelos de gestã Espanha, França, Itália e Reino
mesmos e de se assinalarem as fragilidades e potencialidades Jurídico da Conservação da Natureza
Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de Julho A análise comparativa dos diferenças e similitudes entre reconhecer vários pontos comuns longo do tempo pelos países
das recomendações que emanam das que constam dos tratados, acordos
Verificou-se que os países analisados, à excepção de Portugal diferentes modelos de gestão de acordo com o
particularmente, mas também no
gestão descentralizada das áreas protegidas autónomos. Nestes países a
organismos tendo, portanto,
parcerias entre a administração responsável pela conservação da natureza e outros organismos. Em Espanha, não
particularmente flexível, a participaçã comunidades locais, está garantida
devidamente representados os vários interesses
Itália e Reino Unido é a atribuição de indemnizações e de ajudas e apoios de âmbito económico, financeiro ou social aos proprietários e residentes de áreas protegidas. Para além disso, a elaboração de planos de desenvolvimento económico
Itália, e em França e Reino Unido o desenvolvimento sustentável património natural, é uma prioridade da gestão das áreas protegidas.
O estudo realizado permit em Portugal difere dos adop
Apesar do tardio desenvolvimento na Europa de sistemas de áreas protegidas hoje uma notável variedade de categorias e modelos de gestão de espaços protegidos
a diversidade ecológica, cultural, social e económica deste território
foram identificados os modelos de gestão de áreas protegidas adoptados em Portugal, Espanha, França, Itália e Reino Unido com o intuito de se proceder à análise comparativa do mesmos e de se assinalarem as fragilidades e potencialidades nesta matéria
onservação da Natureza e da Biodiversidade recentemente aprovado pelo 8, de 24 de Julho.
A análise comparativa dos modelos de gestão permitiu identificar diferenças e similitudes entre os países objecto de estudo tendo-se verificado que
comuns que reflectem, por um lado, a experiência assimilada nesta matéria, e por outro, a incorporação, no contexto ções que emanam das instituições de conservação da natureza constam dos tratados, acordos e convenções de que todos são signatários.
os países analisados, à excepção de Portugal e Espanha de gestão de acordo com o tipo de área protegida. Em
particularmente, mas também no Reino Unido, foram adoptados modelos que promovem a gestão descentralizada das áreas protegidas nomeadamente através da criação de organismos Nestes países as reservas naturais podem ser geridas por diferentes tipos de tendo, portanto, escolhido um modelo flexível que promove a constituição de parcerias entre a administração responsável pela conservação da natureza e outros
não tendo sido eleito um modelo de gestão descentralizado a participação activa na gestão das áreas protegidas
está garantida através da criação de órgãos consultivos
representados os vários interesses. Outro aspecto comum em Espanha, França, atribuição de indemnizações e de ajudas e apoios de âmbito económico, financeiro ou social aos proprietários e residentes de áreas protegidas. Para além disso, a elaboração de planos de desenvolvimento económico-social é usual
ança e Reino Unido o desenvolvimento sustentável, a par da protecção do uma prioridade da gestão das áreas protegidas.
O estudo realizado permitiu, assim, concluir que o modelo de gestão de áreas protegidas dos adoptados nos restantes países na medida que é
Apesar do tardio desenvolvimento na Europa de sistemas de áreas protegidas existe de espaços protegidos que al, social e económica deste território. Neste trabalho de áreas protegidas adoptados em Portugal, Unido com o intuito de se proceder à análise comparativa dos nesta matéria do novo Regime recentemente aprovado pelo
permitiu identificar as principais se verificado que é possível a experiência assimilada ao no contexto nacional, instituições de conservação da natureza internacionais e
ões de que todos são signatários.
e Espanha, criaram m França e Itália, doptados modelos que promovem a ção de organismos podem ser geridas por diferentes tipos de que promove a constituição de parcerias entre a administração responsável pela conservação da natureza e outros de gestão descentralizado nem áreas protegidas, por parte das consultivos em que estão em Espanha, França, atribuição de indemnizações e de ajudas e apoios de âmbito económico, financeiro ou social aos proprietários e residentes de áreas protegidas. Para além usual em Espanha e a par da protecção do
que o modelo de gestão de áreas protegidas é o ICNB a única
entidade responsável pela gestão das áreas protegidas de âmbito nacional, a participação pública resume-se aos períodos de discussão pública aquando da classificação das áreas protegidas e elaboração dos planos de ordenamento
estratégicos não permite a representação adequado dos vários grupos de interesse nem a sua acção concertada, não estão previstas indemnizações aos proprietários
promoção do desenvolvimento sustentável das comunidades locais estratégias e programas concertados.
Apesar da situação actual não ser a mais desejável
Jurídico da Conservação da Natureza e da Biodiversidade abriu importantes janelas de oportunidade, nomeadamente,
serem contratualizadas com entidades públicas e privadas mas também da
Rede Fundamental da Conservação da Natureza e da classificação de áreas protegidas de âmbito regional e local depender da deliberação da associação de municípios ou município.
O modelo de gestão de áreas protegidas actualmente praticado em Portugal não é consentâneo com o que são consideradas as boas práticas de gestão de áreas protegidas. Esta situação contrasta com o pioneirismo encetado por
criou em 1756, por Lei, a primeira região demarcada do mundo, a Região Demarcada do Douro. Embora as motivações do futuro Marquês de Pombal
economicistas a demarcação Portugal num país precursor
valores naturais. Em tempo posterior, a
comissões dotadas de autonomia administrativa e financeira coadjuvadas por órgãos técnico consultivos e científicos para
proprietários participarem em sociedades de economia mista conceptual face à gestão das áreas protegidas da
Tendo em consideração a avaliação intercalar da implementação do plano de acção comunitário sobre biodiversidade considera
à melhoria do estado de conservação dos habitats
A adopção de um modelo descentralizado e flexível de gestão das áreas protegidas parece ser o mais adequado face ao crescente número de responsabilidades do Estado Portu
matéria de conservação da natureza. A criação de órgãos de gestão nas áreas
autonomia administrativa e financeira dos quais façam parte, para além do ICNB, outros representantes da administração central e
fomentar a acção concertada dos organismos públicos das áreas protegidas. O alargamento da composição
entidade responsável pela gestão das áreas protegidas de âmbito nacional, a participação se aos períodos de discussão pública aquando da classificação das áreas
dos planos de ordenamento das mesmas, a composição dos c
estratégicos não permite a representação adequado dos vários grupos de interesse nem a sua acção concertada, não estão previstas indemnizações aos proprietários e as acções
promoção do desenvolvimento sustentável das comunidades locais não estão integradas em estratégias e programas concertados.
Apesar da situação actual não ser a mais desejável concluiu-se que
Jurídico da Conservação da Natureza e da Biodiversidade abriu importantes janelas de damente, através da criação da possibilidade das tarefas de gestão serem contratualizadas com entidades públicas e privadas mas também da
Rede Fundamental da Conservação da Natureza e da classificação de áreas protegidas de pender da deliberação da associação de municípios ou município. O modelo de gestão de áreas protegidas actualmente praticado em Portugal não é consentâneo com o que são consideradas as boas práticas de gestão de áreas protegidas. Esta
m o pioneirismo encetado por Sebastião José de Carvalho e Melo criou em 1756, por Lei, a primeira região demarcada do mundo, a Região Demarcada do
as motivações do futuro Marquês de Pombal fossem
a demarcação desta região visou também a protecção das castas tornando na delimitação e protecção de áreas com vista à salvaguarda dos Em tempo posterior, a Lei n.º 9/70, de 19 de Junho, previa
otadas de autonomia administrativa e financeira coadjuvadas por órgãos técnico para a gestão dos parques nacionais, assim como a possibilidade dos proprietários participarem em sociedades de economia mista, reflectindo a mudança conceptual face à gestão das áreas protegidas da época.
Tendo em consideração a avaliação intercalar da implementação do plano de acção comunitário sobre biodiversidade considera-se imperativo a tomada de decisões conducentes
o estado de conservação dos habitats classificados numa condição
A adopção de um modelo descentralizado e flexível de gestão das áreas protegidas parece ser o mais adequado face ao crescente número de responsabilidades do Estado Portu
matéria de conservação da natureza. A criação de órgãos de gestão nas áreas
administrativa e financeira dos quais façam parte, para além do ICNB, outros representantes da administração central e representantes da administração local
fomentar a acção concertada dos organismos públicos irá contribuir para a sustentabilidade O alargamento da composição dos Conselhos Estratégicos das Áreas entidade responsável pela gestão das áreas protegidas de âmbito nacional, a participação se aos períodos de discussão pública aquando da classificação das áreas , a composição dos conselhos estratégicos não permite a representação adequado dos vários grupos de interesse nem a sua acções de apoio à não estão integradas em
que o novo Regime Jurídico da Conservação da Natureza e da Biodiversidade abriu importantes janelas de criação da possibilidade das tarefas de gestão serem contratualizadas com entidades públicas e privadas mas também da consagração da Rede Fundamental da Conservação da Natureza e da classificação de áreas protegidas de
pender da deliberação da associação de municípios ou município. O modelo de gestão de áreas protegidas actualmente praticado em Portugal não é consentâneo com o que são consideradas as boas práticas de gestão de áreas protegidas. Esta Sebastião José de Carvalho e Melo que criou em 1756, por Lei, a primeira região demarcada do mundo, a Região Demarcada do fossem essencialmente protecção das castas tornando na delimitação e protecção de áreas com vista à salvaguarda dos a constituição de otadas de autonomia administrativa e financeira coadjuvadas por órgãos técnico-
assim como a possibilidade dos , reflectindo a mudança
Tendo em consideração a avaliação intercalar da implementação do plano de acção se imperativo a tomada de decisões conducentes classificados numa condição não favorável. A adopção de um modelo descentralizado e flexível de gestão das áreas protegidas parece ser o mais adequado face ao crescente número de responsabilidades do Estado Português em matéria de conservação da natureza. A criação de órgãos de gestão nas áreas protegidas com administrativa e financeira dos quais façam parte, para além do ICNB, outros ção local para além de para a sustentabilidade dos Conselhos Estratégicos das Áreas
Protegidas de modo assegurar a representação adequada d
medida que se recomenda face aos já reconhecidos benefícios da participação pública realização de acções de sensibilização e capacitação dos grupos de inter
pode ser necessária para a sua mobilizaç um modelo flexível parece ser
de gestão das reservas naturais Universidades e Fundações.
A elaboração de planos de desenvolvimento económico
através de processos participativos, pode contribuir para a inversão do processo de desertificação das áreas protegidas e envelhecimento da população residente e para a sustentabilidade das áreas protegidas
protegida, nomeadamente, ao nível do das características culturais da região
sustentável, em especial, nos parques naturais pode proporcionar o envolvimento público e privado e a sua articulação, necessários à concretização de acções
Apesar da utilização de instrumentos de valorização económica da biodiversida nomeadamente o pagamento pelos serviços prestados pelos ecossistemas, ainda não constituir um mecanismo de captação de recursos financeiros
analisados, o seu potencial contributo para a sustentabilidade das áreas protegidas e particularmente, para a compensação dos residentes e proprietários pelas restrições impostas justifica a criação de mecanismos que criem as condições necessárias para a sua implementação.
Recomenda-se, por fim
áreas protegidas, integrada ou não numa entidade supranacional, como seja a EUROPARC, que constitua um espaço de divulgação de boas práticas, de intercâmbio de experiências conhecimento, de formação
académicas, associações que desempenhem funções na área da conservação da natureza, e todos cuja actividade esteja ligada às áreas protegidas.
Protegidas de modo assegurar a representação adequada dos vários interesses é também uma medida que se recomenda face aos já reconhecidos benefícios da participação pública realização de acções de sensibilização e capacitação dos grupos de interesse numa fase inicial
necessária para a sua mobilização e participação efectiva e actuante.
parece ser, particularmente, apropriado para encontrar múltiplas soluções reservas naturais por parte de Organizações Não Governamentais,
boração de planos de desenvolvimento económico-social nas áreas protegidas através de processos participativos, pode contribuir para a inversão do processo de desertificação das áreas protegidas e envelhecimento da população residente e para a sustentabilidade das áreas protegidas. Tendo em conta as potencialidades de cada área , nomeadamente, ao nível do turismo da Natureza, dos produtos regionais e locais e características culturais da região, a definição de estratégias de desenvo
nos parques naturais pode proporcionar o envolvimento público e sua articulação, necessários à concretização de acções concertadas.
Apesar da utilização de instrumentos de valorização económica da biodiversida nomeadamente o pagamento pelos serviços prestados pelos ecossistemas, ainda não constituir um mecanismo de captação de recursos financeiros vulgarizado
o seu potencial contributo para a sustentabilidade das áreas protegidas e ticularmente, para a compensação dos residentes e proprietários pelas restrições impostas justifica a criação de mecanismos que criem as condições necessárias para a sua
por fim, a criação de uma entidade nacional dedicada exc
, integrada ou não numa entidade supranacional, como seja a EUROPARC, que de divulgação de boas práticas, de intercâmbio de experiências conhecimento, de formação e de diálogo entre a administração central e
associações que desempenhem funções na área da conservação da natureza, e todos cuja actividade esteja ligada às áreas protegidas.
os vários interesses é também uma medida que se recomenda face aos já reconhecidos benefícios da participação pública. A esse numa fase inicial ão e participação efectiva e actuante. A adopção de múltiplas soluções Organizações Não Governamentais,
nas áreas protegidas, através de processos participativos, pode contribuir para a inversão do processo de desertificação das áreas protegidas e envelhecimento da população residente e para a alidades de cada área urismo da Natureza, dos produtos regionais e locais e de desenvolvimento nos parques naturais pode proporcionar o envolvimento público e
concertadas.
Apesar da utilização de instrumentos de valorização económica da biodiversidade, nomeadamente o pagamento pelos serviços prestados pelos ecossistemas, ainda não vulgarizado nos países o seu potencial contributo para a sustentabilidade das áreas protegidas e ticularmente, para a compensação dos residentes e proprietários pelas restrições impostas justifica a criação de mecanismos que criem as condições necessárias para a sua
dedicada exclusivamente às , integrada ou não numa entidade supranacional, como seja a EUROPARC, que de divulgação de boas práticas, de intercâmbio de experiências e de local, instituições associações que desempenhem funções na área da conservação da natureza, e