Diante dos resultados obtidos, pode-se concluir que a técnica de Espectrometria de Emissão Óptica com Plasma Indutivamente Acoplado pode ser empregada com sucesso para a determinação de metais tanto em água quanto em material biológico, com boa linearidade e baixos limites de detecção e quantificação.
Os aquários onde foram realizados os experimentos simularam as zonas de misturas, onde a água produzida vai sendo diluída pela água do mar. Em relação aos parâmetros físico-químicos observou-se que há alterações mínimas quando comparado com água do mar, que corresponde a seu destino final.
Entretanto no que diz respeito aos metais, observou-se que a água produzida é uma das fontes de introdução desses elementos na natureza. Uma vez na natureza, tornam-se biodisponíveis para os organismos, sendo retido no tecido dos seres bioacumuladores. No caso das ostras observou-se que no decorrer dos dias, a concentração dos metais aumentava enquanto a da água diminuía, corroborando a hipótese inicial do trabalho e comprovando a capacidade de filtração e acumulação.
Por fim, foi comprovado que mesmo em concentrações pequenas sua disponibilidade requer atenção, pois na cadeia alimentar as ostras servem de alimento para outros seres e ocorre o fenômeno de magnificação trófica, isto é, ocorre o acúmulo progressivo de uma substância tóxica de um nível trófico para outro ao longo da cadeia alimentar, podendo chegar até o homem.
Com isso, há a necessidade de resoluções mais rígidas e órgãos de monitoramento eficazes, tanto para o descarte de água produzida, quanto para o reuso e para alimentos provenientes de áreas de descarte de efluentes, sejam eles industriais e domésticos.
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