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2. AVALIAÇÃO DE DANOS QUÍMICOS EM MEMBRANAS DE COMPENSAÇÃO

2.3 Conclusões

Os resultados obtidos na condução do ensaio permitiram chegar às seguintes conclusões:

a. Existem diferenças significativas entre os modelos de gotejadores avaliados, com relação à suscetibilidade da membrana de compensação ao dano químico por cloro, para a dose extrema de 100 mg L-1, podendo classificar os emissores quanto à sensibilidade a ação do cloro como: modelos muito sensíveis (E e I), medianamente sensíveis (D e G), sensíveis (F, J, K e L) e pouco sensíveis (A, B, C, H, M e N);

b. A diminuição da vazão relativa nem sempre reduz a uniformidade de emissão dos gotejadores;

c. Para emissores novos verificou-se que com o aumento da temperatura da água ocorreu aumento da vazão do emissor (relação linear);

d. A ação do cloro em dosagem extrema afetou a regulagem da membrana de compensação, alterando o comportamento linear dos emissores em função da temperatura da água na faixa operacional recomendada pelo fabricante;

e. A hipótese adotada de efeito linear da dosagem de cloro sobre as membranas dos emissores, evidencia uma elevada segurança na aplicação de dosagens de cloro livre entre 1 e 10 mg L-1 para todos os modelos de gotejadores avaliados, uma vez que o dano do produto químico nas membranas, altera a vazão dos emissores dentro de limites bastante reduzidos, aceitáveis do ponto de vista prático no campo. Caso a hipótese de linearidade venha a ser rejeitada (existência de concentração limiar de dano) o efeito ocasionado será menor ainda, pois em geral a taxa de ataque aumenta com a concentração, mas em muitos casos há níveis limiares no qual nenhum efeito químico significante é observado;

f. De acordo com os resultados obtidos, observa-se que as recomendações das empresas de irrigação para uso de cloro no campo precisam ser revistas, pois estão bem abaixo do nível de dano aos emissores, o que dificulta a limpeza dos mesmos sob condição de tratamento de choque para dosagens máximas recomendadas de 10 mg L-1 de cloro livre.

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