A implementação de geradores distribuídos têm sido uma alternativa para diversificação da matriz energética, e os painéis fotovoltaicos são uma alternativa de fonte para o gerador. Os inversores têm um papel fundamental em um sistema fotovoltaico conectado à rede, pois além de converterem uma corrente contínua para corrente alternada, são responsáveis pelo controle do sistema.
O controle na entrada do inversor permite que a tensão no barramento CC se mantenha constante quando o regime permanente é obtido. A ondulação na tensão do barramento influencia diretamente a corrente do indutor. Dessa forma, projetou-se o capacitor de barramento de forma a reduzir a ondulação de tensão. Já o controle de corrente de saída regular tanto a fase quanto a amplitude dessa grandeza.
As capacitâncias parasitas em inversores sem isolação galvânica são um grande problema, pois variam de acordo com as características dos PVs e do ambiente. Através das simulações, observou-se que quanto maior for essa capacitância maior será a corrente de fuga. Apesar do inversor ponte completa com modulação unipolar possuir três níveis de tensão na saída, o que o torna mais atraente por apresentar filtros de saída reduzidos e melhor rendimento, quando aplicado em sistemas fotovoltaicos a tensão de modo comum não se mantém constante e varia de zero até o valor de 𝑣!!. Portanto, neste trabalho essa modulação não se mostrou adequada para geração distribuída com PV.
Quando o inversor ponte completa é utilizado com PV o filtro de saída deve ser dividido em dois, um conectado ao ponto A e outro ao ponto B do inversor. Se o filtro não é dividido, as correntes de fuga atingem valores elevados, principalmente quando a capacitância parasita aumenta. Além disso, quando utilizada a modulação bipolar, o filtro de saída deve ter o dobro do tamanho do que na modulação unipolar para que os limites de THD na corrente injetada e o limite de injeção de corrente continua na rede sejam cumpridos, para qualquer valor de capacitância parasita.
A tensão de modo comum, que surge pelo chaveamento dos interruptores e da capacitância parasita, gera as correntes de fuga e essas distorcem a corrente injetada na rede. Dessa forma, é necessário utilizar modulação de tensão ou topologias de inversores que mantenham essa tensão de modo comum constante. Assim, mesmo que ocorra variação do valor da capacitância parasita (que está intrínseca no painel), a corrente de fuga não deve aumentar de modo a comprometer a corrente injetada na rede.
6.1 PROPOSTAS DE TRABALHOS FUTUROS
A partir deste trabalho ficam como propostas para trabalhos futuros as seguintes ideias:
- Fazer a implementação experimental do inversor ponte completa com as modulações bipolar e unipolar para comprovar os resultados obtidos em simulação. Sendo possível verificar outros fatores que influenciam o funcionamento do inversor.
- Implementar um controlador ressonante para a malha de corrente por se tratar de uma variável em corrente alternada, pois o controlador PI não garante o erro zero para variáveis CA.
- Para minimizar os efeitos da capacitância parasita em sistemas fotovoltaicos: o Estudar novas topologias empregadas em sistemas fotovoltaicos;
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