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Nesta dissertação analisou-se a repercussão de duas intensidades de treinamento resistido sobre a pressão arterial de repouso, além do efeito do treinamento resistido na capacidade funcional de idosas portadoras da HAS controladas por medicação.

Observou-se que o treinamento resistido moderado ocasionou reduções da PAD e PAM, assim como o treinamento resistido leve ocasionou redução da PAM e uma tendência a redução da PAD após oito semanas de treinamento resistido em idosas hipertensas controladas. Não foram observadas reduções na PAS ou FC em nenhum dos grupos estudados.

Quanto à magnitude de redução da PAS, PAD e PAM, em ambos os grupos, foram encontrados valores superiores aos relatados na literatura. Tanto o treinamento resistido moderado quanto o leve, mesmo quando iniciados na terceira idade, promoveram benefícios cardiovasculares às pacientes estudadas.

O treinamento resistido também mostrou-se eficaz na melhoria da capacidade funcional de idosas hipertensas, com relação ao ganho de força de membros superiores e inferiores, equilíbrio, agilidade e endurance aeróbica avaliados pelo Functional Fitness Test.

Com relação à segurança cardiovascular, nenhuma paciente apresentou complicações clínicas associadas à intervenção, ressaltando a segurança desse tipo de treinamento.

Gostaríamos de destacar que os resultados apresentados nesta dissertação, apresentam conteúdos que servem como referência na elaboração de políticas públicas relacionadas à promoção de saúde, assim como, de referencial para os profissionais da área da avaliação e prescrição de atividades físicas para a população idosa.

Sendo assim, concluímos que o treinamento resistido pode ser seguramente incorporado tanto no tratamento coadjuvante do controle da PA como na melhoria da capacidade funcional de idosas hipertensas controladas por medicação.

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