• Nenhum resultado encontrado

O objectivo primordial proposto para a presente dissertação é a definição de um “projecto urbano cria- tivo”, mediante o estudo da criatividade, dos exemplos em outros países, e da realidade do conceito de criatividade na cidade de Lisboa, através da exploração histórica dos seus modelos económicos de gestão e de certos projectos que nasceram ao longo do tempo analisado.

Numa primeira fase explicou-se a definição de criatividade no seio da temática da regeneração urba- na. As políticas que definem este processo privilegiam novos usos a um edificado obsoleto e desin- vestido, dando oportunidades a que a reabilitação urbana se faça sem uma preocupação com os pro- pósitos a que tais edificações surgiram. A mutação da cidade na procura de espaços para a instala- ção das actividades humanas, põe em andamento a arte urbanística, e que formal ou informalmente, se traduz num uso criativo e inovador. É um objectivo garantir a salvaguarda dos centros históricos e do património, e desta forma, a criatividade é factor essencial à inevitabilidade do tempo e da pressão humana.

Explorou-se igualmente as três abordagens à criatividade, nomeadamente as indústrias criativas (DCMS, 1998), o milieu criativo (Landry e Biachini, 1995) e a classe criativa (Florida, 2012). As três são formas de abordar um projecto, sem nunca ser necessário uma atitude castradora de classifica- ção. Um projecto pode incidir em uma, duas, ou conseguir assegurar um carácter criativo nas três abordagens. Da mesma forma, Selada e Cunha (2010), usa o termo “ecossistema criativo” como for- ma de aglomerar uma economia, um lugar e talentos de base criativa.

A distinção entre cidade criativa e projecto urbano criativo faz-se sobretudo pela escala. A teoria das cidades criativas é facilmente replicada em meios urbanos mais pequenos, como os explorados na rede de cidades criativas em Portugal, com maior capacidade de integração da população, e, no pressuposto de uma forte identidade cultural, um retorno económico que sustenta estes pequenos territórios. Lisboa tem agora um plano de cidade criativa (CML, 2018) que define objectivos práticos para a posição de Lisboa como urbe mundial na questão da criatividade.

A exploração dos exemplos internacionais pretendeu responder ao objectivo de definir a cidade de Lisboa como criativa, mediante comparações dos maiores aos menores projectos. Por outro lado, respondeu também a que as melhores formas de reabilitação urbana surgem nas parceiras entre ad- ministração local (a gestora-mor do território) e os investidores privados, detentores da inovação e ambição.

Na caracterização da criatividade enquanto modelo económico, e sabendo os projectos de cariz cria- tivo estiveram sempre presentes na sociedade, embora não fosse esse o principal intuito, é perceptí- vel que os períodos onde sem põem em causa a solidez de um sistema económica, são também aqueles que dão a oportunidade das pessoas e das actividades de adaptarem à nova conjuntura im- posta. No caso da crise económica, um bom número dos projectos urbanos criativos considerados nasceram no seio deste aperto financeiro e provaram que a criatividade é um meio de contornar pe- ríodos social e economicamente regressivos. É também provado, que a cultura, apesar de ser um dos primeiros alvos na contenção de custos, é também resiliente, tendo como prova os pequenos projec- tos que nasceram antes da crise e que perduram até hoje.

Mateus (2009) definiu uma cidade criativa como uma “cidade urbana, na sua verdadeira essência, isto é, em que a urbanidade é determinante, o colectivo predominando o privado”, “onde o verdadeiro centro é o espaço público, permitindo e apoiando a colocação de actividades que não têm uma tradu- ção económica directa, mas sim indirecta”, e “uma cidade que enfatiza todos os seus mecanismos e redes culturais” (Mateus, 2009:60). É uma definição relativamente abstracta, relativa à cidade criativa e não ao projecto urbano criativo, mas que comprova o facto dos mesmos assentarem em diversos espaços, redes e actividades, de forma a que todos tenham acesso e contribuam para a criação de uma cidade onde predomina o espaço público e de redefina as comunicações entre agentes. Desta forma, podemos concluir que um projecto urbano criativo é:

- um território circunscrito e economicamente diverso, mas baseado numa economia de talento e pro- dução artística e cultural;

- um lugar de livre pensamento, cultura urbana e fonte de conhecimento;

- uma re-exploração da identidade cultural dos lugares, pela sua reabilitação e regeneração, dando novos usos ao edificado e recriando novas vivências culturais;

- uma forma de planeamento de cidade onde se intensifica a vida pública, dentro dos parâmetros da identidade cultural, heterogeneidade do população e flexibilidade de usos da malha urbana.

Faz-se notar que um projecto pode deixar de ser criativo, se replica o núcleo de identidade de outro projecto, o que acontece muitas vezes com a administração local, que tende a adaptar projectos exis- tentes às suas necessidades locais. Um dos resultados das entrevistas foi esta mesma observação, de que os mercados, por exemplo, destituem-se de qualquer criatividade, pelo facto de que a raiz do empreendimento, da reabilitação ou da renovação foi clonada, tornando-se produtos embalados e ocos de identidade.

A importância da realização das entrevistas foi perceptível a fim de garantir uma tabela-matriz final a mais próxima da realidade. Os sete inquiridos deram a oportunidade de caracterizar um projecto cria- tivo mediante a sua proximidade ou relação, e desta forma, opinarem com maior certeza acerca de indicadores que a um utilizador comum poderão passar despercebidas. Há, contudo, o revés da me- dalha, em que, obviamente, cada um favorecerá o seu projecto, como que publicitando-o, e nesta medida terá de ser analisado cuidadosamente cada caso, a fim de garantir uma caracterização livre de um marketing desmedido.

A imagem que se retira da catalogação dos projectos criativos é que Lisboa é uma cidade fecunda à criatividade, independentemente do modelo económico e social que segue. Tem-se também em conta que este tipo de projectos surge, ora de uma forma disruptiva com o que era até então seguido como política, como também numa via de fuga as pressões externas e internas quando essas políticas são postas em causa. Desta forma, e adicionando uma série de factores ao nível da cidade como reces- são económica, despovoamento dos centros urbanos, vetustez do edificado e falta de manutenção no mesmo, cria-se uma receita que modificará em vários campos da sociedade, diversas zonas da cida- de. Mesmo que queiramos justificar com a nova expansão interna das urbes através da gentrificação, melhoria da economia ou novas políticas de conservação do património, percebe-se contudo que es- tes projectos urbanos criativos têm verdadeiros impactes, a eles somente atribuídos, de regeneração

ao nível da envolvente de cada um, como é o exemplo do Príncipe Real, da Rua Cor-de-Rosa ou do Lx Factory.

Explorar estes impactes seria o ideal para tentar entender que efeitos directos e indirectos tem na população residente, nos turistas, nos trabalhadores e no tecido económico local. Com uma análise aprimorada às consequências de cada projecto, era mais facilmente concebível a criação de políticas que visem o sua monitorização. Poder-se-á achar que a revisão teórica e bibliográfica conduziria a uma explicação concisa e objectiva. Mas pelo contrário, apresenta-se dispersa, com falta de clareza, e acima de tudo, direcionada para o conceito de cidade criativa e não de projecto urbano criativo. A abrangência do conceito de criatividade e a sua utilização pela administração local, leva a crer que existe uma apropriação do termo, não possibilitando a sua caracterização ao nível do tipo de iniciati- va. Ao explorar-se o tema especificamente na cidade de Lisboa, surgem questões sobre como pode- rão ser analisados os impactes na envolvente a projectos criativos como a Fábrica do Braço de Prata ou o Príncipe Real, se eles diferem ao nível do público-alvo, escala e objectivos.

Com esta dissertação pretendeu-se definir um projecto urbano criativo, que comportará diversas famí- lias de criatividade, cada uma com as suas particularidades. Através dos projectos urbanos identifica- dos em Lisboa, foi possível criar um clarificar as componentes de um projecto, o que não implica a introdução de novas variáveis, na tentativa de individualizá-lo ainda mais. A definição deste termo é contributiva na medida em que as políticas públicas e a própria avaliação dos impactos do projecto na envolvente terão, inevitavelmente, de ter o seu objecto de estudo definido, caracterizado e classificá- vel, a fim de que os resultados sejam os mais esclarecedores e mais proveitosos para as futuras polí- ticas a serem tomadas nos territórios, para as pessoas e para as suas actividades.

Um dos desafios à elaboração desta tese foi percepção de que os espaços sofrem mutações, para pior ou melhor, e muitas vezes evoluem para concepções que não as originais, num paralelismo ao descrito por Stern e Seifert (2008), de que estes projectos associam-se a outros investimentos, públi- cos ou privados, e segmentam a população, preferindo certo estratos sociais ou grupos de activida- des, e destruindo a heterogeneidade que é uma característica inicial aquando a formalização dos pro- jectos. A questão do modelo de gestão é também um obstáculo à classificação de um projecto criati- vo, no sentido da multiplicidade de paradigmas actualmente existentes, e que apesar de teoricamente abordados há algum tempo, forma agora postos em prática, mediante conjunturas económicas e fi- nanceiras desfavoráveis, e que obrigaram a redesenhar o modelo económico das cidades, bem como diversificar a fonte de rendimento das mesmas. Desta forma, torna-se difícil entre distinguir um pro- jecto criativo (na perspectiva de conceito de cidade criativa) de um projecto tecnológico ou sustentá- vel. Os projectos, no futuro, tendem exactamente a perder esta sua classificação e a tornarem-se me- ramente projetos inovadores, mais abrangentes e com valores sociais, económicos e ambientais que englobam diversas temáticas, actividades e grupos de trabalhadores.

De forma a adicionar conhecimento sobre a temática da criatividade e dos projectos urbanos criati- vos, será interessante estudar cada projecto do ponto de vista da influência que ele tem no meio en- volvente, em particular as noções de espaço, dinâmicas populacionais e evolução económica. Além disso, a redefinição, através da inclusão ou exclusão, dos projectos urbanos criativos poderá ser ana- lisada numa consideração mais segregada, ao nível de cada uma das temáticas utilizadas na matriz. Poder-se-á também estudar como criar um projecto urbano criativo numa perspetiva urbanística. Será

retirado desta forma a espontaneidade usual em alguns projectos. Mas como foi definido, um projecto é criativo na génese, na sua manutenção ou no seu propósito, e desta forma é possível assegurar um guia de como criar um projecto urbano criativo. Assim a criação deste guião será facilmente transpos- to a qualquer indivíduo com capacidade de materializar uma ideia e pô-la ao serviço da população, tendo o apoio da administração local na via do planeamento estratégico.

REFERÊNCIAS

AA.VV. (2012). A Cidade entre Bairros. Lisboa: Caleidoscópio. ISBN: 978-989-658-163-3

Agência INOVA (2008). Dossier de Economia Criativa [acedido a 10 de Janeiro de 2018]. Disponível em: http://www.esar.edu.pt/be/ficheiros/Recursos/Economia/Dossier_Economia_Criativa.pdf Agência Lusa (2012). Capital Europeia da Cultura mudou o rosto e a alma da cidade, in Guima-

rães2012 [acedido a 12 de Junho de 2018]. Disponível em: https://guimaraes2012.blogs.sapo.pt Ajuntament de Barcelona (2012). 22@ Barcelona Plan - A programme of urban, economic and social

transformation [acedido a 20 de Agosto de 2018]. Disponível em: http://www.22barcelona.com/do- cumentacio/Dossier22@/Dossier22@English_p.pdf

Alcântara, A. (2013). Uma geografia da Lisboa operária em 1890, in Atas do I Congresso de História do Movimento Operário e dos Movimentos Sociais em Portugal. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa [acedido a 20 de Fevereiro de 2018]. Disponível em: https://novaresearch.unl.pt/en/publica- tions/uma-geografia-da-lisboa-operária-em-1890

Alemão, S. (2017). Transformação do Hospital do Desterro em pólo cultural parada há quase quatro anos, in O Corvo - Sítio de Lisboa. [acedido em 22 de Setembro de 2018]. Disponível em: https:// ocorvo.pt/transformacao-do-hospital-do-desterro-em-polo-cultural-parada-ha-quase-quatro-anos/ André, I. e Vale, M. (2011). A Criatividade Urbana na Região de Lisboa. Lisboa: Instituto de Geografia

e Ordenamento do Território [acedido a 20 de Outubro de 2018]. Disponível em: http://www.ccdr- lvt.pt/pt/a-criatividade-urbana-na-regiao-de-lisboa/1927.htm

Anjos70 (2018). Sobre [acedido a 15 de Outubro de 2018]. Disponível em: https://anjos70.org/sobre- nos/

Anttiroiko, A. (2014). Creative city policy in the context of urban asymmetry, in Local Economy: The Journal of the Local Economy Policy Unit [acedido a 14 de Novembro de 2017]. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/pdf/10.1177/0269094214557926

Ascher, F. (2012). Novos Princípios do Urbanismo, seguido de Novos Compromissos Urbanos - Um léxico (3.ª ed.). Lisboa: Livros Horizonte. ISBN: 978-972-24-1670-2

Banha, I. (2015). Rua Nova do Carvalho é a Rua Rosa. E está na moda, in Diário de Notícias [acedi- do a 13 de Outubro de 2018]. Disponível em: https://www.dn.pt/portugal/rua-nova-do-carvalho-e-a- rua-rosa-e-esta-na-moda-4530997.html

Battaglia, A., e Tremblay, D. (2011). 22@ and the Innovation District in Barcelona and Montreal: a pro- cess of clustering development between urban regeneration and economic competitiveness. Mon- treal: Télé-université/Université du Québec à Montréal [acedido a 15 de Março de 2018]. Disponí- vel em: https://www.researchgate.net/publication/258380021_22_and_the_Innovation_District_in_- Barcelona_and_Montreal_A_Process_of_Clustering_Development_between_Urban_Regenerati- on_and_Economic_Competitiveness

Beaujeu-Garnier, J. (2010). Geografia Urbana (3.ª ed.). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. ISBN: 978-972-31-0768-5

Boaventura, I. (2008). Santos Design District comemora três anos com muitos projectos mas poucos apoios, in Público, de 7 de Dezembro de 2008 [acedido a 5 de Novembro de 2018]. Disponível em: https://www.publico.pt/2008/12/07/jornal/santos-design-district-comemora-tres-anos-com-muitos- projectos-mas-poucos-apoios-287024

Cardiff University (2016). Cardiff: Creative City - Mapping Cardiff’s Creative Economy. Cardiff: British Council / Wales Cymru [acedido a 30 de Julho de 2018]. Disponível em: Cardiff: Creative City - Mapping Cardiff’s Creative Economy

Carta, M. (2007). Creative City. Dynamics, Innovations, Actions. Trento-Barcelona: LISt Laboratorio editoriale Barcelona. ISBN: 978-88-95623-03-0 [acedido a 22 de Agosto de 2018]. Disponível em: https://www.academia.edu/1639648/Creative_City._Dynamics_Innovations_Actions

Carvalho, N. (2006). Cultura Urbana e Globalização. Biblioteca on-line de Ciência da Comunicação. Covilhã: Universidade da Beira Interior [acedido a 8 de Janeiro de 2018]. Disponível em: http:// www.bocc.ubi.pt/_esp/autor.php?codautor=928

Casa Independente (2018). Quem somos [acedido a 14 de Outubro de 2018]. Disponível em: http:// casaindependente.com/quemsomos/

Choay, F. (2000). A Alegoria do Património. Lisboa: Edições 70. ISBN: 972-44-1037-4

City os Helsinki (2009). Wlaking in Arabianranta [acedido a 12 de Agosto de 2018]. Disponível em: https://www.hel.fi/hel2/ksv/julkaisut/esitteet/Arabianranta_EN.pdf

CML (2011). Estratégia de Reabilitação Urbana de Lisboa - 2011 / 2024 [acedido a 5 de Julho de 2019]. Disponível em: http://www.cm-lisboa.pt/fileadmin/VIVER/Urbanismo/urbanismo/Reabilitacao/ estrat.pdf

CML (2012). Plano Director Municipal. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa [acedido a 15 de Junho de 2019]. Disponível em: http://www.cm-lisboa.pt/viver/urbanismo/planeamento-urbano/plano-dire- tor-municipal

CML (2013). Lisbon Creative Economy. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa [acedido a 8 de Novem- bro de 2018]. Disponível em: http://www.cm-lisboa.pt/investir/todas-as-publicacoes?eID=dam_fron- tend_push&docID=18288

CML (2016). O primeiro dia do novo Hub Criativo de Lisboa [acedido a 15 de Janeiro de 2017]. Dis- ponível em: http://www.cm-lisboa.pt/noticias/detalhe/article/o-primeiro-dia-do-novo-hub-criativo-de- lisboa

CML (2016b). Plano Municipal dos Mercados de Lisboa 2016-2020 [acedido a 10 de Setembro de 2018]. Disponível em: http://www.cm-lisboa.pt/viver/comercio/mercados

CML (2018a). Largo do Martim Moniz [acedido a 20 de Setembro de 2018]. Disponível em: http:// www.cm-lisboa.pt/equipamentos/equipamento/info/lago-do-martim-moniz

CML (2018b). Mercado do Forno do Tijolo [acedido a 29 de Setembro de 2018]. Disponível em: http:// www.cm-lisboa.pt/en/equipments/equipment/info/mercado-do-forno-do-tijolo

CML (2018c). Centro de Inovação da Mouraria / Mouraria Creative Hub [acedido a 5 de Outubro de 2018]. Disponível em: http://www.cm-lisboa.pt/centro-de-inovacao-da-mouraria-mouraria-creative- hub

CML (2018d). Grandes Opções do Plano 2019-2022 para a cidade de Lisboa. Lisboa: Câmara Muni- cipal de Lisboa [acedido a 16 de Setembro de 2019]. Disponível em: https://www.am-lisboa.pt/ 451200/1/010650,000570/index.htm

CM Seixal (2013). Documentos - Câmara [acedido a 12 de Abril de 2017]. Disponível em: http:// www.cm-seixal.pt/documentos/camara

CM Serpa (2010). Revisão do Plano Estratégico de Serpa - 2.ª Fase. Relatório Final. [20 de Agosto de 2017]. Disponível em: http://62.48.199.130/artigos.asp?id=1230

CM Serpa (s/d). enRede. [acedido a 20 de Agosto de 2017]. https://www.cm-serpa.pt/artigos.asp? id=1587

Coelho, S. (2017). Cinco anos depois da Capital Europeia da Cultura, "Guimarães está vivíssima”, in Observador [acedido a 18 de Maio de 2017]. Disponível em: https://observador.pt/especiais/cinco- anos-depois-da-capital-europeia-da-cultura-guimaraes-esta-vivissima/

Culture for Regions and Cities (2015). Temple Bar District – large-scale renewal of a touristic and cul- tural hot spot [acedido a 18 de Junho de 2018]. Disponível em: http://www.cultureforcitiesandregi- ons.eu/culture/resources/Case-study-Dublin-Temple-Bar-WSWE-A3QLJQ

Cunha, I., e Selada, C. (2009). Creative urban regeneration: the case of innovation hubs, in Int. J. In- novation and Regional Development, Vol. 1, 4: 371–386 [acedido a 6 de Março de 2018]. Disponí- vel em: http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.453.2653&rep=rep1&type=pdf DCMS (1998) Creative Industries Mapping Document 1998. Londres: Departent of Culture, Media and

Sport [acedido a 22 de Março de 2018]. Disponível em: https://web.archive.org/web/ 20080727020349/http://www.culture.gov.uk/reference_library/publications/4740.aspx

De fil en Deco (2019). Le 50Cinq [acedido a 15 de Agosto de 2019]. Disponível em: http://www.defi- lendeco.com/le-50cinq/

DGAE (2018). Indústrias Culturais e Criativas - Sinopse 2018. Lisboa: Direcção Geral das Actividades Económicas [acedido a 15 de Outubro de 2018]. Disponível em: https://www.dgae.gov.pt/gestao- de-ficheiros-externos-dgae-ano-2019/sinopse-industrias-culturais-e-criativas_2018-pdf.aspx DGPC (s/d). Cartas e Convenções Internacionais sobre Património [acedido em 20 de Março de

2017]. Disponivel em: http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/cartas-e-convencoes-in- ternacionais-sobre-patrimonio/

Discovering Barcelona 22@ (2018). History of Poblenou. [acedido a 25 de Março de 2018]. Disponível em: https://discoveringbcn22.wordpress.com/history-of-poblenou-2/

Duailibi, R., Simonsen, H. (1971). Criatividade: a Formulação de Alternativas em Marketing. São Pau- lo: Editora McGraw-Hill do Brasil

Dublin.Info (2013). Temple Bar, Dublin [acedido a 15 de Março de 2018]. Disponível em: https://www.- dublin.info/temple-bar/

EUR-Lex (2017). Glossary of summaries - Green Paper [acedido a 15 de Março de 2017]. Disponível em: https://eur-lex.europa.eu/summary/glossary/green_paper.html

Eysenck, H. (1999). As formas de medir a criatividade, in Dimensões da criatividade pp. 203-244. Por- to Alegre: Artes Médicas

Fábrica do Braço de Prata (2019). A Fábrica [acedido a 20 de Outubro de 2019]. Disponível em: https://www.bracodeprata.com/a-fabrica/

Fainstein, S. (2012) Globalization, local politics, and, planning for sustainability, in ustainable Urba- nism and Beyond - Rethinking cities for the future. Nova Iorque: izzoli International Publications, Inc. ISBN: 978-0-8478-3836-3

FCG (2019a). Apresentação. [acedido a 15 de Setembro de 2018]. Disponível em: https://gulbenki- an.pt/fundacao/apresentacao/

FCG (2019b). História do Jardim. [acedido a 15 de Setembro de 2018]. Disponível em: https://gulben- kian.pt/jardim/visitar/historia-do-jardim/

Featherstone, M. (1995). Cultura de Consumo e Pós-Modernismo. São Paulo: Livros Studio Nobel. Florida, R., Gulden, T., Mellander, C. (2008). The Rise of the Mega-Region. Cambridge: Cambridge

Journal of Regions, Economy and Society [acedido a 12 de Setembro de 2018]. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/5094449_The_Rise_of_the_Mega-Region

Florida, R. (2012). The Rise of the Creative Class. And How It’s Transforming Work, Leisure and Everyday Life (edição revista). Nova Iorque: Basic Books. ISBN: 978-0-465-02993-8.

Folgado, D. e Custódio, J. (1999). Caminho do Oriente - Guia do Património Industruial. Lisboa: Livros Horizonte. ISBN: 972-24-1056-3

Folgado, D. (2013). A indústria na organização da cidade moderna. O caso de Lisboa, in Actas do Co- lóquio - Lisboa 1850 até ao futuro. Lisboa: Grupo Amigos de Lisboa. ISBN: 978-972-638-070-2 Freire, A. (2009) in Jornal de Letras, Artes e Ideias, Ano XXIX, n.º 1012, de 15 a 28 de Julho de 2009,

p. 10, Lisboa.

Garnham, A; Oakhill, J. (1994). Thinking and Reasoning. Oxford: Blackwell Publishers.

Glaeser, E. (2004). Book Review of Richard Florida’s “The Rise of the Creative Class” [acedido a 24 de Novembro de 2017]. Disponível em: https://scholar.harvard.edu/glaeser/publications/book-revi- ew-richard-floridas-rise-creative-class

Goldmann, L. (1976). A Criação Cultural na Sociedade Moderna - Para uma sociologia da totalidade, (2.ª ed.). Lisboa: Editorial Presença.

Gonçalves, A. (2010). Re-inventing Cardiff through Cultural Distinctiveness and Consumption, apre- sentada na 5th EURODIV Conference sobre “Dynamics of Diversity in the Globalisation Era”, na Fondazione Eni Enrico Mattei (FEEM), Milão, Itália. EURODIV Working Paper No. 73.2010 [acedi- do a 8 de Novembro de 2018]. Disponível em: https://www.ebos.com.cy/susdiv/uploadfiles/ ED2009-073.pdf

Gonçalves, C. (2014). Resiliência, Sustentabilidade e Qualidade de Vida em Sistemas Urbanos - Efei- tos da Crise (pós-2008) em Portugal e no Sistema Urbano do Oeste. Lisboa: Tese de doutoramen- to do Instituto de Geografia e Ordenamento do Territorio da Universidade de Lisboa [acedido a 12 de Setembro de 2018]. Disponível em: http://www.mopt.org.pt/uploads/1/8/5/5/1855409/cgoncal- ves.pdf

Gordo, A. (2018). O novo espaço de cowork de Lisboa tem um rooftop e gelados da Santini, in New in