• Nenhum resultado encontrado

CONCLUSÕES DAS ENTREVISTAS

No documento INF 401 Carlos Almeida (páginas 46-48)

PARTE I – TEÓRICA

CAPÍTULO 6 – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

6.3 CONCLUSÕES DAS ENTREVISTAS

Encontram-se de seguida descritas as principais conclusões das entrevistas, relevando os pontos principais que foram abordados, agora de uma perspetiva global.

Percebeu-se que as novas tecnologias são diariamente utilizadas na atividade da GNR, não só ao nível burocrático, mas também ao nível tático e estratégico. Todos os entrevistados utilizam no seu dia a dia instrumentos de informação fornecidos pela GNR, que lhes permite tomar decisões ou no mínimo influenciá-las.

Capitulo 6 – Análise e Discussão dos Resultados

AS NOVAS TECNOLOGIAS E O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO 31

Estas ferramentas têm já um valor considerável, contudo são frequentemente referidos problemas que as tornam menos operacionais. Fala-se particularmente da velocidade de acesso, das falhas de disponibilidade e da interface que poderá ser pouco intuitiva.

Quanto ao SGO, verificou-se que está a ser adotado e utilizado efetivamente na atividade operacional, e que é considerado um verdadeiro sistema de apoio ao comando. Contudo, devido aos dados que são introduzidos, não é sempre consultado, pelo que nos destacamentos territoriais ainda não exploram as suas capacidades.

No tocante à idealização do SGO, recolheram-se variadas opiniões, sendo que regra geral, todos os entrevistados referiram que é essencial que este sistema seja rápido e de fácil utilização. É essencial que simplifique o processo de transmissão de informação, e que esta seja introduzida com pormenores que permitam de facto analisar a realidade criminal. Este sistema permite que a um nível superior, nomeadamente no CCCO, se verifique um controlo daquilo que acontece em todo o território nacional.

No tocante à formação que é ministrada na área das novas tecnologias, verificou-se que é diminuta e parece estar desprovida de avaliação prática da sua utilidade. Efetivamente importa dotar os militares que introduzem dados nos vários sistemas de conhecimentos quanto aos mesmos. Porém, não se deve deixar cair em esquecimento quem está diretamente ligado à gestão desses sistemas aos vários níveis. Ou seja, considera-se fundamental que os comandantes tenham não só formação tecnológica, mas também ao nível da gestão dos SI. Entende-se que somente assim, estes serão encarados como uma mais valia, serão geridos estrategicamente, e explorados tendo em vista atingir uma maior e mais eficiente tomada de decisão policial. A formação terá de ser encarada como um ciclo, sendo que ao longo das várias etapas de formação é importante incluir estas temáticas, bem como avaliar a sua utilidade prática. Quando surge a necessidade de integrar novos sistemas, e dotar os militares de conhecimentos sobre os mesmos, a melhor opção de formação parece passar pela criação de cursos mais curtos em termos de tempo, mas voltados especialmente para esse sistema. A questão da introdução dos dados no SGO, é uma temática onde os vários entrevistados teceram considerações semelhantes. Todos consideraram que importa que o sistema espelhe a informação considerada essencial para a gestão dos incidentes, sendo que alguns consideram que deva ser introduzido o SITREP no SGO. As razões para esta introdução passam pela duplicação de dados que poderá estar a ocorrer atualmente, bem como, tornar possível uma análise dos dados que o SITREP poderá facultar. Percebeu-se também que a melhor forma de introduzir os dados é por campos fechados. Isto porque será mais fácil analisar a informação que esteja padronizada. Quanto ao nível da introdução da informação no sistema, as respostas foram um pouco díspares. Alguns entrevistados consideram que deva ser ao nível do Destacamento, devido a ser expetável desta forma uma melhor qualidade na introdução da informação, bem como uma melhor gestão desta informação. Contudo outros consideram que deva haver introdução ao nível dos Postos, uma vez que permitiria ter um intervalo de tempo mais curto entre a ocorrência dos factos e o seu aparecimento no sistema.

Quanto às funcionalidades de análise que o SGO permite, os entrevistados consideram que a representação cartográfica é importante. Isto poderá permitir uma melhor rentabilização dos meios à disposição, bem como uma análise da zona de ação envolvente. Contudo esta análise

Capitulo 6 – Análise e Discussão dos Resultados

poderá não ser totalmente eficaz devido a georreferenciação à zona que poderá estar a ser feita. Além disso, a base cartográfica utilizada é o Google Earth, pelo que não permite por exemplo associar um cálculo do que é esperado em termos criminais para determinadas zonas. Isto é, não alerta somente por si mesmo um comandante para uma alteração significativa da realidade criminal. Quanto à análise em função do tempo, os entrevistados consideraram que é uma mais valia que a atividade criminal esteja gráfica em função do tempo. Desta forma seria possibilitado um melhor direcionar do patrulhamento, bem como analisar e relacionar fenómenos no tempo. Quanto à informação que o SGO deve conter, os entrevistados referiram que quanto maior a sua quantidade, uma melhor análise será proporcionada. Ou seja, deverá haver um cruzamento entre os vários sistemas, de forma a que a introdução de dados num deles permita automaticamente correlacionar com os dados dos restantes.

No tocante às funcionalidades que poderiam ser agregadas, foi referida a possibilidade de acesso ao sistema a partir da internet e não só da intranet, permitindo assim uma maior flexibilidade de análise de informação. Foi também mencionado que após uma clara e precisa georreferenciação dos incidentes importa associar um mecanismo que permita calcular matematicamente as variações de criminalidade, permitindo alertar os comandantes para determinadas necessidades.

6.4 ANÁLISE DOS INQUÉRITOS

No documento INF 401 Carlos Almeida (páginas 46-48)

Documentos relacionados