Existem diferenças entre genótipos de milho no que se refere ao crescimento inicial da plúmula em relação ao coleóptilo, principalmente na ausência de luz, no teste de germinação. Essas diferenças não são observadas aos sete dias após semeadura.
A disponibilidade hídrica, a temperatura na faixa ideal e o tratamento químico com inseticida Deltametrina não afetam a resposta dos híbridos em relação ao crescimento diferencial da plúmula.
A espessura do pericarpo, a presença de lignina ou diferenças na atividade das enzimas de diferentes genótipos não estão relacionadas às variações de comprimento plúmula/coleóptilo, durante o teste de germinação de sementes de milho.
REFERÊNCIAS
ACEVEDO, E. et al. Immediate and subsequent growth response of maize leaves to changes in water status. Plant Physiology, Washington, v. 48, n. 5, p. 631-636, 1971.
ALFENAS, A. C. et al. Eletroforese de isoenzimas e proteínas afins: fundamentos e aplicações em plantas e microorganismos. Viçosa, MG: UFV, 2006. 574 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SEMENTES E MUDAS. Semente é tecnologia. 2014. Disponível em:
<http://www.abrasem.com.br/wpcontent/uploads/2014/04/Mat%C3%A9ria- Semente-%C3%A9-Tecnologia>. Acesso em: 12 ago. 2014.
ÁVILA, M. R. et al. Teste de comprimento de plântulas sob estresse hídrico na avaliação do potencial fisiológico das sementes de milho. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 29, n. 2, p. 117-124, 2007.
BEWLEY, J. D.; BLACK, M. Seeds: physiology of development and germination. New York: Plenum, 1985. 367 p.
BITTENCOURT, S. R. M. et al. Desempenho de sementes de milho tratadas com inseticidas sistêmicos. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 22, n. 2, p. 86-93, 2000.
BOX, G. E. P.; COX, D. R. An analysis of transformation. Journal of the Royal Statistical Society, London, v. 26, n. 2, p. 211-252, 1964.
BRANCALION, P. H. S. et al. Efeito da luz e de diferentes temperaturas na germinação de sementes de Heliocarpus popayanensis L. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 32, n. 2, p. 225-232, 2008.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília, 2009. 399 p.
BURTON, R. A.; FINCHER, G. B. Evolution and development of cell walls in cereal grains. Frontiers in Plant Science, Lausanne, v. 5, n. 1, p. 1-15, 2014.
CARDOSO, E. T. Genética de caracteres agronômicos e de qualidade em milho doce. 2001. 68 f. Tese (Doutorado em Plantas de Lavoura) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2001.
CARPITA, N. C.; GIBEAUT, D. M. Structural models of primary cell walls in flowering plants: consistency of molecular structure with the physical properties of the walls during growth. Plant Journal, Oxford, v. 3, p. 1-30, 1993.
CARVALHO, L. F. et al. Influência da temperatura de embebição da semente de soja no teste de condutividade elétrica para avaliação da qualidade fisiológica. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 31, n. 1, p. 9-17, 2009.
CASTRO, R. D.; HILHORST, H. W. M. Embebição e reativação do
metabolismo. In: FERREIRA, A. G.; BORGHETTI, F. (Org.). Germinação: do básico ao aplicado. Porto Alegre: Artmed, 2004. p. 149-162.
CHESSON, A. et al. Characterisation of lignin from parenchyma and
sclerenchyma cell walls of the maize internode. Journal of the Science of Food and Agriculture, London, v. 73, n. 1, p. 10-16, 1997.
COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. Acompanhamento da safra brasileira de grãos: primeiro levantamento da safra 2015/2016. Brasília, 2015. 104 p.
CONCEIÇÃO, P. M. et al. Estimativa do vigor de sementes de milho através da avaliação do sistema radicular de plântulas. Ciência Rural, Santa Maria, v. 42, n. 4, p. 600-606, abr. 2012.
COSTA, C. J.; MARCHI, E. C. S. Germinação de sementes de palmeiras com potencial para produção de agroenergia. Informativo ABRATES, Londrina, v. 18, n. 1/3, p. 39-50, 2008.
DENG, B. et al. The effects of temperature on the germination behavior of white, yellow, red and purple maize plant seeds. Acta Phisiologiae Plantarum, Copenhagen, v. 37, n. 174, p. 1-11, Aug. 2015.
DEUNER, C. et al. Physiological performance during storage of corn seed treated with insecticides and funcicide. Journal of Seed Science, Londrina, v. 36, n. 2, p. 204-212, 2014.
DOUSSEAU, S. et al. Germinação de sementes de tanchagem (Plantago
tomentosa Lam.): influência da temperatura, luz e substrato. Ciência e
Agrotecnologia, Lavras, v. 32, n. 2, p. 438-443, mar./abr. 2008.
FERREIRA, D. F. Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 35, n. 6, p. 1039-1042, nov./dez. 2011.
FERREIRA, G. D. G. et al. Caracterização morfo-anatômica do colmo de genótipos de milho. Archivos de Zootecnia, Cordoba, v. 60, n. 230, p. 237-246, 2011.
FERREIRA, T. F. et al. Isoenzyme activity in maize hybrid seeds harvested with different moisture contentes and treated. Journal of Seed Science, Londrina, v. 37, n. 2, p. 139-146, 2015.
FESSEL, S. A. et al. Efeito do tratamento químico sobre a conservação de sementes de milho durante o armazenamento. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 25, n. 1, p. 25-28, 2003.
GOMES, M. S. et al. Efeito da heterose na qualidade fisiológica de sementes de milho. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 22, n. 1, p. 7-17, 2000.
GRZYBOWSKI, C. R. S. et al. Teste de estresse na avaliação do vigor de sementes de milho. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 46, n. 3, p. 590- 596, 2015.
GUAN, Y. et al. Seed priming with chitosan improves maize germination and seedling growth in relation to physiological changes under low temperature stress. Seed Science Center, Ames, v. 10, n. 6, p. 427-433, 2009.
GURGEL, M. M. et al. Rachis lignification of Couroupita guianensis Aubl. Floresta e Ambiente, Seropédica, v. 18, n. 3, p. 259-265, 2011.
HENNING, F. A. et al. Composição química e mobilização de reservas em sementes de soja de alto e baixo vigor. Bragantia, Campinas, v. 69, n. 3, p. 727-734, 2010.
HOECKER, N. et al. Manifestation of heterosis during early maize (Zea mays L.) root development. Theoretical and Applied Genetics, Berlin, v. 112, n. 3, p. 421-429, 2006.
HOHL, M. et al. The cryptic-growth response of maize coleoptiles and its relationship to H202- dependent cell wall stiffening. Physiology Plant, Washington, v. 94, p. 491-498, 1995.
JOSÉ, S. C. B. R. et al. Características físicas do pericarpo de sementes de milho associadas com tolerância à alta temperatura de secagem. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 27, n. 1, p. 125-131, 2005.
JULIATTI, F. C. Avanços no tratamento químico de sementes. Informativo ABRATES, Londrina, v. 20, n. 3, p. 54-55, 2010.
KAPPES, C. et al. Germinação, vigor de sementes e crescimento de plântulas de milho sob condições de déficit hídrico. Scientia Agraria, Piracicaba, v. 11, n. 2, p. 125-134, 2010.
KARCZ, W.; BURDACH, Z. Effect of temperature on growth, proton extrusion and membrane potencial in maize (Zea mays L.) coleoptile segments. Plant Growth Regulation, Dordrecht, v. 52, n. 2, p. 141-150, 2007.
KRAMER, P. J.; KOZLOWSKI, T. Fisiologia das árvores. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1972. 745 p.
KURTYKA, R. et al. Temperature dependence of growth in maize seedlings and excised coleoptile segments. Polish Journal of Environmental Studies,
London, v. 20, n. 5, p. 1221-1225, 2011.
LABORIAL, L. G. A germinação das sementes. Washington: OEA, 1983. 179 p.
LEWIS, N. G.; YAMAMOTO, E. Lignin: occurrence, biogenesis and biodegradation. Annual Review of Plant Physiology and Plant Molecular Biology, Palo Alto, v. 41, p. 455-496, 1990.
LI, L. et al. Physicochemical properties of endosperm and pericarp starches during maize development. Carbohydrate Polymers, Barking, v. 67, n. 4, p. 630-639, 2007.
LIMA, O. R. F. et al. Influência da luz na germinação do milho. Arte e Ciência, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 1-8, jul. 2010.
LIPCHINSKY, A. et al. Elastic properties of the growth-controlling outer cell walls of maize coleoptile epidermis. Acta Physiologiae Plantarum,
Copenhagen, v. 35, n. 7, p. 2183-2191, 2013.
LISBOA, C. G. S. et al. Endo-β-mannanase from the endosperm of seeds of
Sesbania virgate (Cav.) Pers. (Leguminosae): purification, characterization and
its dual role in germination and early seedling growth. Brazilian Journal of Plant Physiology, Piracicaba, v. 18, n. 2, p. 269-280, 2006.
LÚCIO, A. D. et al. Transformação box-cox em experimentos com pimentão em ambiente protegido. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 29, n. 1, p. 38-42, jan./mar. 2011.
LUDWIG, M. P. et al. Desempenho de sementes e plantas de milho híbrido originadas de lotes de sementes com alta e baixa qualidade fisiológica. Revista Brasileira de Milho e Sorgo, Sete Lagoas, v. 8, n. 1, p. 83-92, 2009.
MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba: FEALQ, 2005. 445 p.
MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba: FEALQ, 2015. 660 p.
MERTZ, L. M. et al. Diferenças estruturais entre tegumentos de sementes de soja com permeabilidade contrastante. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 31, n. 1, p. 23-29, 2009.
MOLINA-CANO, J. L. et al. Relationships between barley hordeins and malting quality in a mutant of cv. Triumph I. Genotype by environment interaction of hordein content. Journal of Cereal Science, London, v. 34, n. 3, p. 285-294, Nov. 2001.
MORAES, J. V. Morfologia e germinação de sementes de Poecilanthe parviflora Benthan (FABACEAE – FABOIDEAE). 2007. 88 p. Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal) - Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2007.
MOTERLE, L. M. et al. Germinação de sementes e crescimento de plântulas de cultivares de milho-pipoca submetidas ao estresse hídrico e salino. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 28, n. 3, p. 169-176, 2006.
MOZAMBANI, A. E.; BICUDO, S. J. Efeito da temperatura e da luz no desenvolvimento de plântulas de milho. Nucleus, Ituverava, v. 6, n. 1, p. 211- 222, 2009.
MUSEL, G. et al. Structure and distribution of lignin in primary and secondary cell walls of maize coleoptiles analyzed by chemical and immunological probes. Planta, Berlin, v. 201, n. 2, p. 146-156, June 1997.
NASSIF, S. M. L. et al. Fatores externos (ambientais) que influenciam na germinação de sementes. Piracicaba: IPEF, 1998. Disponível em:
<http://www.ipef.br/tecsementes/germinacao.asp>. Acesso em: 10 mar. 2016.
NERLING, D. et al. Genetic diversity for physiological quality of seeds from corn (Zea mays L.) interverietal crossbreeds. Journal of Seed Science, Londrina, v. 35, n. 4, p. 449-456, 2013.
OLIVEIRA, G. E. et al. Physiological quality and amylase enzyme expression in maize seeds. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 37, n. 1, p. 40-48, jan./fev. 2013.
PAES, M. C. D. Aspectos físicos, químicos e tecnológicos do grão de milho. Sete Lagoas: EMBRAPA/CNPMS, 2006. 14 p. (Circular Técnica, 75).
PARVEZ, M. N. et al. White light promotes the formation of diferulic acid in maize coleoptile cell walls by enhancing PAL activity. Physiologia Plantarum, Copenhagen, v. 99, n. 1, p. 39-48, 1997.
SALGADO, F. H. M.; XIMENES, P. A. Germinação de sementes de milho tratadas com inseticidas. Journal of Biotechnology and Biodiversity, Gurupi, v. 4, n. 1, p. 49-54, 2013.
SANTOS, I. J. et al. Expressão da alfa e beta amilase durante a germinação de cevada. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v. 12, n. 1, p. 67-73, 2010.
SBRUSSI, C. A. G.; ZUCARELLI, C. Germinação de sementes de milho com diferentes níveis de vigor em resposta à diferentes temperaturas. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 35, n. 1, p. 215-226, 2014.
SILVA, E. A. A. et al. Abscisic acid controls embryo growth potencial and endosperm cap weakening during coffee (Coffea Arabica cv. Rubi) seed germination. Planta, Berlin, v. 220, n. 2, p. 251-261, 2004.
SILVA-NETA, I. C. et al. Expression of genes related to tolerance to low temperature for maize seed germination. Genetics and Molecular Research, Ribeirão Preto, v. 14, n. 1, p. 2674-2690, 2015.
SOPANEN, T.; LAURIÈRE, C. Release and activity of bound β-amylase in a germinating barley grain. Plant Physiology, Washington, v. 89, n. 1, p. 244- 249, 1989.
SPIER, M. R. Produção de enzimas amilolíticas fúngicas α-amilase e
amiloglucosidase por fermentação no estado sólido. 2005. 157 p. Dissertação (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2005.
TIMÓTEO, T. S. et al. Condicionamento, qualidade de sementes e sincronismo do florescimento em campo de produção de sementes híbridas do milho híbrido GNZ 2004. Bragantia, Campinas, v. 69, n. 3, p. 719-726, 2010.
TRACY, W. F.; GALINAT, W. C. Thickness and cell layer number of the pericarp of sweet corn and some of its relatives. Horticultural Science, London, v. 22, n. 4, p. 645-647, 1987.
VAZ-DE-MELO, A. et al. Germinação e vigor de sementes de milho-pipoca submetidas ao estresse térmico e hídrico. Bioscience Journal, Uberlândia, v. 28, n. 5, p. 687-695, 2012.
VAZQUEZ, G. H. et al. Tratamento químico de sementes de milho e o teste de condutividade elétrica. Bioscience Journal, Uberlândia, v. 30, n. 3, p. 773-781, 2014.
WALTER, M. H. Regulation of lignification in defense. In: BOLLER, T.; MEINS, F. (Ed.). Genes involved in plant defense. Wien: Springer, 1992. p. 327-352.
WANG, X.; LINO, M. Blue-light-induced shrinking of protoplasts from maize coleoptiles and its relationship to coleoptile growth. Plant Physiology,
Washington, v. 114, p. 1009-1020, 1997.
WANG, Y. et al. Biochemical characterization of the novel endo-β-mannanase AtMan5-2 from Arabidopsis thaliana. Plant Science, Shannon, v. 241, p. 151- 163, Oct. 2015.
WESTGATE, M. E.; BOYER, J. S. Osmotic adjustment and the inhibition of leaf, root, stem and silk growth at low water potentials in maize. Planta, Berlin, v. 164, n. 4, p. 540-549, 1985.
WILKINS, R. J. The potential digestibility of cellulose in grasses and its
relationship with chemical and anatomical parameters. Journal of Agricultural Science, Cambridge, v. 78, p. 457-464, 1972.
YAKAMURA, K. Transformation using (x + 0,5) to stabilize the variance of populations. Journal Researches on Population Ecology, New York, v. 42, p. 229-234, 1999.
YAP, S. K. Collection, germination and storage of dipterocarp seeds. Malasyan Forester, Selangor, v. 44, n. 2/3, p. 281-300, 1981.
ZUCARELLI, C. et al. Métodos e temperaturas de hidratação na qualidade fisiológica de sementes de milho. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 42, n. 3, p. 684-692, 2011.
ZUCARELLI, C. et al. Potencial fisiológico de sementes de milho hidratadas pelo método do substrato de papel toalha. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 30, n. 3, p. 122-129, 2008.