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Conclusões e recomendações

No documento Comunicação, cultura e linguagem (páginas 162-172)

Este artigo revisou teorias e conceitos das ciências sociais e sociais aplicadas, como comunicação pública, participação po- lítica, capital social e transparência, a fim de indicar, do ponto de vista teórico, uma justificativa para se obter a maximização do potencial das realizações de comunicação pública para a afir- mação da cidadania. Como conclusão do percurso teoricamente construído, são postas recomendações para a produção de por- tais eletrônicos de governo que atendam o contexto atual de exigências para a consolidação da democracia digital.

No Brasil, os manuais do Programa de Governo Eletrônico do Governo Federal que indicam padrões de produção web se caracterizam por sua generalidade, e não avançam na definição de requisitos claros de qualidade da informação (Brasil, 2010a; 2010b; 2009). Encontram-se ali trivialidades que repetem cli- chês do jornalismo comercial:

tão comuns em peças impressas, os conteúdos que apresentam órgãos e entidades, assim como suas atividades, têm apresentação diversa no meio on-line. A informação na web chega a um público muito mais amplo, e merece um tratamento mais direto e objetivo. (Brasil, 2010a, p.32)

As indicações chegam a ser contraproducentes: “torne inte- ressante, útil e prático o que muitas vezes poderia ser extenso e detalhado em excesso” (Brasil, 2010a, p.32). Não se trata, obvia- mente, de recusar uma orientação que reivindica objetividade e praticidade, mas sim de perceber que existe ali uma simplifica- ção que revela ignorância sobre a especificidade da comunicação pública, que não exige meramente tornar útil a informação, mas sim aprofundá-la de acordo com os diferentes usos esperados na dimensão da cidadania.

Eventualmente, confunde-se comunicação de interesse pú- blico com propaganda de governo, como neste trecho:

aspectos de redação web como persuasão e objetividade precisam ser ressaltados em páginas com conteúdos institucionais, já que elas devem funcionar como “cartões de visitas” de um sítio gover- namental – estes itens são, normalmente, os primeiros a serem acessados pelo cidadão. (Brasil, 2010a, p.32)

Em relação à usabilidade, também notam-se observações irre- levantes: “é também importante lembrar que, quando as pessoas

acessam um sítio da administração pública, elas estão com pressa e um objetivo definido. Não estão no sítio por diversão, mas com uma meta a cumprir” (Brasil, 2010b, p.10). Novamente, as orientações chegam a ser contraproducentes: “em resumo deve- -se: reduzir a carga de informação; focar a atenção do cidadão ao objetivo (tarefa) da página ou serviço” (Brasil, 2010b, p.16).

E mesmo os conjuntos de orientações densas e abrangentes proveniente do World Wide Web Consortium (W3C, 2009) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, 2003), apesar de salientarem a relevância do governo eletrônico como fonte de subsídios à participação e ao engaja- mento, não se referem especificamente à qualidade da informa- ção considerada para tal missão.

Evidencia-se, assim, uma escassez de orientações para a pro- dução, pelos governos, de páginas web de comunicação pública pensada com a finalidade de subsidiar a avaliação de políticas públicas pelos cidadãos em geral. Diante desta lacuna, sugeri- mos, com a contribuição da literatura sobre avaliação de políti- cas públicas, especialmente Trevisan e van Bellen (2008), Faria (2005), Costa e Castanhar (2003), Carvalho (2003), Souza (2003) e Arretche (1998), uma lista de 12 categorias de informações que poderão ser observadas na gestão de comunicação pública digital se o objetivo for fundamentar a produção de opiniões informa- das sobre a formulação e a execução de políticas públicas.2 São

campos de informações adequadas à tomada fundamentada de decisões públicas compartilhadas:

1. Antecedentes – São relevantes as informações sobre as condições sociais, econômicas, políticas e ambientais que antecederam e, portanto, motivaram a criação e a imple- mentação de uma política.

2 Essas categorias foram inicialmente formuladas para análise empírica em Rothberg (2010).

2. Diagnósticos – Uma política pública é decorrente de determinada compreensão dos problemas a serem enfrentados, que envolve planejamento específico em função dos recursos materiais, financeiros e humanos disponíveis. É necessária a oferta de informações relacio- nadas ao possível diagnóstico que motivou a execução de uma política.

3. Objetivos – Os propósitos de uma política pública podem ser apresentados de forma a idealizar abstrata- mente um cenário genérico a ser atingido, não caracte- rizado necessariamente em termos quantitativos. Ainda assim, são ligados a motivações que tendem a representar aspirações sociais legítimas, daí a relevância de figura- rem explicitamente.

4. Metas – Além de objetivos genéricos, uma política tam- bém deve possuir metas objetivas, possíveis de serem visualizadas em termos quantitativos e em escalona- mento temporal. A presença de números, estatísticas e projeções é fundamental.

5. Recursos atuais e planejados – Sejam materiais, financei- ros ou humanos, os recursos disponíveis para a execução de uma política pública devem ter sido dimensionados, e sua aplicação, programada. Em muitos casos, as políticas dependem de uma complexa mecânica de interação entre níveis de governo (municipal, estadual e federal) e, even- tualmente, de alianças com setores sociais e empresas. 6. Ações atuais e planejadas – A partir dos recursos dispo-

níveis, as políticas dependem de ações objetivas para sua implementação, muitas vezes distribuídas por diferen- tes instâncias de governo, como secretarias, fundações e autarquias, além de empresas licitadas e concessionárias. Informações sobre as ações que somente se tornaram possíveis com a adequada coordenação dos diversos

componentes permitem a visualização de significados mais gerais atribuídos como um todo à própria política. 7. Eficiência – A relação entre o esforço empregado na

implementação de uma dada política e os resultados por ela alcançados deve estar clara ao público. Esta catego- ria envolve informações sobre, por exemplo, mecanis- mos destinados a coibir desperdícios e malversação de recursos.

8. Eficácia – A relação entre objetivos e instrumentos de um dado programa e seus resultados concretos deve estar clara ao público, na forma de informações sobre os reais impactos imediatos obtidos.

9. Impacto (efetividade) – São necessários dados que escla- reçam a relação entre a implementação de um dado pro- grama e seus resultados de longo prazo, nos termos de uma mudança consolidada nas condições sociais dos públicos-alvo.

10. Custo-efetividade – Informações sob esta categoria provêm de comparações hipotéticas entre políticas que poderiam ser alternativamente executadas com a mesma finalidade, permitindo um contraste entre a linha de ação efetivamente adotada e outras possibilidades rejeitadas, destacando-se as vantagens da política adotada.

11. Satisfação do usuário – Os dados abrangidos sob esta categoria provêm de avaliações da atitude dos públicos- -alvo de uma dada política em relação à qualidade do atendimento oferecido, através de pesquisas sistemáticas de opinião ou de aferições do retorno espontâneo dos usuários.

12. Equidade – Sob esta categoria, torna-se relevante escla- recer a medida com que os benefícios de um programa foram ou serão distribuídas de maneira justa e compatível com as demandas sociais dos diferentes públicos-alvo.

Esta lista, embora não obviamente exaustiva nem definitiva, pode auxiliar a gestão da comunicação realizada na construção de páginas de web de governos que maximizem seus resultados, no sentido de ampliar as possibilidades trazidas pelas tecnologias de informação para a expansão da cidadania enquanto exercício do direito à informação sobre gestão pública.

A disponibilidade de dados relacionados a estas 12 categorias pode contribuir para o atendimento de aspectos normativos da comunicação pública nas democracias contemporâneas, que trazem exigências para a informação cumprir o papel de funda- mentar o engajamento cívico e a participação política, além de favorecer a criação de capital social.

Obviamente, apenas oferecer informações não implica seu aproveitamento efetivo, dadas as limitações cognitivas de mui- tos usuários e o próprio cenário possível de escassez de motiva- ções e interesse para se debruçar de maneira detida sobre um portal de governo, com a preocupação de buscar dados para construir posicionamentos. No entanto, a existência destes obs- táculos não elimina a necessidade de portais confiáveis, capazes de proporcionar transparência de gestão pública e de promover a responsabilização de mandatários pelas políticas que execu- tam. Ao contrário: as barreiras tornam mais urgentes os devidos aperfeiçoamentos, que ainda enfrentarão o complexo desafio de disponibilizar informação abrangente, de acordo com a lista acima, e inteligível e atraente o suficiente para fazer diferença na formação da cidadania.

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contextos sociais e tecnológicos

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