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LISTA DE SÍMBOLOS

CONCLUSÕES E SUGESTÕES

5.1 – Conclusões

As 07 variáveis estudadas mostraram ter grande influência na distribuição granulométrica de partículas e características dos grânulos formados, como resistência física e mecanismo de crescimento.

Altas fases líquidas geraram grânulos com baixa resistência física. No caso de formulações altamente solúveis, o aumento da fase líquida solubilizará cada vez mais sais, que, quando se cristalizam, formam pontes rígidas unindo as partículas promovendo a elas, maior dureza. No caso do SSP granulado, a solubilidade é limitada e a secagem passa a ser uma operação muito relevante no que diz respeito a resistência física dos grânulos. Altas umidades residuais levarão à granulados com menores resistência física. No quesito eficiência de granulação, dentro das faixas de fase líquida estudadas, FL muito baixas, geraram excesso de formação de finos, enquanto que, FL muito altas, levaram a excesso de grossos ou até mesmo a formação de pastas. O que indica que, a FL facilita a granulação e é uma das principais variáveis para o controle do processo de granulação e características dos produtos granulados.

A carga do tambor granulador teve uma grande influência na formação das partículas, na dureza e eficiência de granulação. Observou-se que altos enchimentos propiciam maior e melhor conectividade entre partículas, gerando aglomerados mais densos e com maior cimentação. Enquanto que, baixos enchimentos levaram à formação de partículas mais porosas, com sulcos internos. Considerando os baixos enchimentos avaliados, o aumento do tempo de granulação e a velocidade de rotação reduzem o número e dimensão dos poros internos, pois geram maior compactação. Enchimentos mais altos resultaram em partículas muito semelhantes, independente da rotação do tambor e do tempo de granulação, porém, o aumento destas variáveis tendeu a reduzir ainda mais os poros e melhorar ainda mais a compactação dos grânulos.

O enchimento do tambor granulador também determinou a quantidade de água absorvida pelo sistema, ou seja, interferiu na fase líquida realmente absorvida pelo processo

de granulação. Enchimentos baixos reduziram significativamente a quantidade de umidade durante a granulação. Outro fator que interferiu na quantidade de Fase Líquida absorvida pelo sistema foi a rotação do tambor. Altas rotações promovem agitação constante da massa do tambor, deixando escapar vapor e arrastando água adicionada ao sistema, reduzindo, portanto, a FL do sistema. A influência da rotação do tambor na quantidade de fase líquida absorvida pela granulação, porém, foi muito menos significativa do que a interferência da quantidade de enchimento.

O tempo de granulação aumenta a consolidação dos grânulos, muitas das vezes, se existe sobra de fase líquida, ou se ocorre a consolidação em presença de finos, o crescimento da partícula pode continuar a acontecer, podendo levar à melhora da sua resistência física, ou a aglomerações subseqüentes e crescimentos em camadas que comprometam a eficiência de granulação, devido ao excesso de formação de grossos.

Como a fase líquida é calculada em função apenas da alimentação, baixas taxas de reciclo levaram a uma grande formação de grossos, enquanto que, altas taxas de reciclo, também geraram baixa eficiência, mas devido à grande quantidade de finos. Taxas intermediárias levaram às melhores eficiências de granulação. Quanto à resistência física, a tendência é que o aumento do reciclo aumente a dureza dos grânulos, visto que, os grãos de reciclo já foram pré-formados e secos e, quando passam novamente pelo circuito, já estão mais consolidados. Dependendo do seu tamanho irá crescer por camada, ou aglomeração e, durante a secagem, terá maiores condições de resultar em partículas com baixa umidade, visto que a etapa da difusão não será tão dominante na secagem. Porém, taxas de reciclo muito altas levaram à redução na dureza, provavelmente devido às aglomerações de grânulos terem resultados em tamanhos maiores que os avaliados na malha de dureza. Outra suposição é que, com taxas de reciclo maiores, menores serão as possibilidades de interconexões de preenchimento de partículas menores ocupando os espaços internos e reduzindo os poros. Existe, portanto, uma taxa de reciclo ótima que confere melhores eficiências e durezas.

A velocidade de rotação do tambor granulador não apresentou comportamento linear e diretamente proporcional ao aumento da resistência física dos grânulos, diferentemente do esperado. Observou-se nos experimentos que baixas e altas rotações do tambor (dentro do intervalo estudado) levaram aos melhores resultados de dureza dos grãos, enquanto que as rotações intermediárias resultaram em durezas mais baixas. Sugere-se que, em baixas rotações, o contato entre as partículas é pequeno e o movimento predominante dentro do tambor seja o deslizamento ou rolamento. Assim sendo, o crescimento dos grãos seria mais restrito e as partículas advindas do reciclo, já pré-formadas, cresceriam em camadas, levando

movimento entre as partículas melhoraria, passando do rolamento e um leve cascateamento, com cada vez mais condições de formar novas sementes que crescem, formando novas partículas. Estas novas partículas formadas não teriam tempo nem forças mecânicas suficientes para serem consolidadas e também para mecanismos como o atrito e quebra agissem de forma a homogeneizar a granulação e melhorar a dureza destes grânulos, então, cada vez mais, a resistência física reduz. Acima de determinados valores de rotação, o movimento entre as partículas no leito se enriquece, de forma a aumentar sua resistência física com o aumento da rotação, conforme esperado, chegando a valores autos para as máximas velocidades de rotação estudadas. Para altos enchimentos do tambor granulador, pode-se perceber que as diferenças entre altas, intermediárias e baixas rotações ainda existe, porém são suavizadas. Conforme já mencionado anteriormente, maiores cargas do tambor por si só, já enriquecem o movimento e favorecem o encaixe entre partículas. Portanto, estas variáveis se compensam.

O SSP pó tem comportamento tixotrópico, ou seja, o aumento da tensão aplicada, resulta em menores viscosidades da massa. A acidez do SSP pó interfere diretamente nesta característica, maximizando-a. Quanto maior a acidez (dentro da faixa estudada), maior a taxa de formação, com isto, a taxa de compactação do grânulo aumenta, resultando em menores espaços intra-partícula e durezas maiores.

5.2 – Sugestões para Trabalhos Futuros

Com as melhores condições experimentais encontradas neste trabalho, sugere-se:  Avaliar a influência da temperatura na granulação em tambor;

 Encontrar correlação entre dureza e tempo de liberação dos nutrientes pelo solo em função da porosidade dos grânulos;

 Utilizar Balanço Populacional para prever os resultados das granulações em tambor;

 Simular a trajetória e interação entre as partículas dentro do tambor granulador de acordo com o seu enchimento e velocidade de rotação crítica;

 Testar aditivos que neutralizem a ação do alumínio típico dos solos do cerrado, para favorecer a absorção do fósforo pelas plantas.

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