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Tendo em conta tudo o que foi apresentado acerca da gramática indutiva e dedutiva, verificadas as teorias que dão como os métodos indutivos aqueles que são mais eficazes, na medida em que o aluno é o centro do processo educativo e constrói o seu próprio conhecimento, e dados alguns exemplos que validam a pertinência deste método, consideramos que as estratégias indutivas para o ensino da gramática envolvem mais ativamente o aprendente no processo de ensino/aprendizagem, tornando-o mais autónomo e fazendo com que a aplicação dos conhecimentos adquiridos seja mais fluente, na medida em que o mesmo não tem de pensar na regra como se fosse uma fórmula para conseguir produzir um texto correto quer oralmente, quer por escrito.

O enfoque dedutivo é mais tradicional e prevalecente e, nesta perspetiva, é típico que depois da apresentação gramatical se passe à prática de exercícios (preenchimento de espaços ou exercícios de transformação) com as estruturas específicas estudadas.

Na prática indutiva, pelo contrário, em vez de uma aprendizagem cega e mecânica, a ênfase dá-se ao processo de exploração que conduz a uma compreensão autêntica do conhecimento. Esta prática fundamenta-se na Teoria Geral da Aprendizagem, segundo a qual tudo aquilo que descobrimos por nós mesmos fica mais firmemente enraizado no nosso cérebro do que o que nos é dado.

O ensino indutivo tem utilidade por várias razões. O aluno terá uma maior participação na compreensão da língua à medida que vai deduzindo as diferentes regras gramaticais e de uso da língua que estuda. Este enfoque também servirá para que os alunos corrijam os conceitos errados que podem ter e para que o professor veja o que pensam os seus alunos acerca do modo como funciona a gramática.

O enfoque indutivo (ou uma mistura dos dois enfoques) pode ver-se com certa frequência nos manuais mais modernos. Na atualidade, podemos verificar que às vezes

50 aparecem espaços em branco nos quadros gramaticais, prática usada durante as aulas de estágio supervisionado, para os alunos preencherem as categorias que faltam, a partir dos exemplos que se proporcionam ou de discussão dos alunos acerca do funcionamento da língua.

Não podemos afirmar com certeza absoluta que o enfoque indutivo seja melhor do que o dedutivo, em todos os casos. Como verificámos, na prática nem sempre aparece a forma “pura”. É necessário pensar também na rentabilidade, ou seja, o tempo que um aluno pode demorar ou o esforço que pode ter necessidade de fazer até “descobrir” o funcionamento e as regras de certas categorias gramaticais, mas isso também não justifica um ensino gramatical tradicional. Novas e significativas formas de mostrar a gramática da língua devem ser experimentadas em cada contexto específico.

Devemos pensar que a gramática não se concebe como um fim em si mesma, mas como um importante elemento para conseguir alcançar a competência comunicativa.

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