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Apesar de reconhecida a necessidade de se analisar as influências de escolhas feitas (incertezas de cenário) ao longo da realização de ACVs de edificações, ainda não existe consenso acerca da forma mais adequada de fazê-lo.

Apesar de muito se falar a respeito de uma avaliação mais estatística e profunda das incertezas de cenário, o uso de análise de sensibilidade é mais recorrente para agregar informações à ACVed. Apesar de seu uso ser interessante, com um alto número de materiais e de escolhas, os cenários se tornam mais constantes e interligados, dificultando uma avaliação mais adequada e precisa.

A análise de sensibilidade é estrategicamente interessante, pois detecta os materiais ou as etapas de vida que possuem maior influência na variabilidade total da edificação, contribuindo diretamente para apontar a direção para a melhoria do modelo. Já as avaliações estatísticas são destinadas à apresentação ou à visualização de resultados com informações adicionais, que indiquem o quão assertivo é aquele número – dado o cenário e realidade da ACV.

Existe uma tendência internacional ao uso de métodos de amostragem para propagação de incertezas, com ênfase na simulação Monte Carlo. Muitas vezes direcionada para incertezas de parâmetro, ela também é adequada para análise de escolhas inerentes à ACV.

No entanto, sua utilização é encontrada na literatura com uso conjunto de distribuição uniforme, ou seja, as alternativas possíveis para cada cenário têm igual probabilidade de ocorrência, o que tipicamente representa o máximo desconhecimento do analista sobre os dados de entrada inseridos no modelo. A incorporação de diferentes probabilidades aos valores de entrada numa simulação de Monte Carlo não é usual, porém é fundamental para fornecer uma descrição mais fiel de situações reais ou da preferência do tomador de decisão, como recomendado na literatura.

Esta dissertação se propôs a dar um passo adiante na avaliação de incertezas de cenário, fazendo uso de distribuição triangular para representar as variações dos cenários estudados. Assim, o resultado final aponta uma distribuição que reflete a incerteza considerando preferências realistas de analistas em relação às escolhas normativas envolvidas, embasadas pelas limitadas – porém disponíveis na literatura e/ou prática profissional quanto a valores plausíveis para os pontos mínimo, máximo

e de ocorrência mais provável em cada escolha. A ponderação de tais probabilidades refina a entrada de dados e apoia a propagação posterior das incertezas nos resultados da ACVed.

Após o reconhecimento das fontes mais frequentes e relevantes de incertezas de cenário, e da influência que exercem sobre os resultados de uma ACVed, construiu- se um encaminhamento metodológico aqui utilizado e recomendado para estudos futuros consiste em duas etapas principais: elaboração de cenários e a avaliação estatística de incertezas. Inicialmente são elaborados cenários plausíveis para escolhas normativas influentes. Depois, os caminhos probabilísticos possíveis são traçados, e procede-se à análise com uso de método estatístico. Em vez da simples apresentação de grupos de cenários com valores determinísticos – importante para apontar macrotendências e identificar hotspots, a utilização de simulação Monte Carlo acrescenta probabilidades de ocorrência em curvas de distribuição, fornecendo descrições mais refinadas.

Finalmente, propôs-se um protocolo para registro do procedimento de estimativa e comunicação da incerteza associada aos resultados da avaliação. Informar as incertezas dentro da ACVed – ao menos no estágio atual da indústria da construção – pode eventualmente até mesmo impactar negativamente na disseminação do uso da técnica. No entanto, grandes variações atreladas aos resultados apenas sinalizam a baixa qualidade dos dados e modelos utilizados e/ou disponibilizados para essa finalidade. Ao contrário, essa informação pode e deve ser utilizada para apontar direcionamentos e estratégias para avanço, assim como a sua urgência.

A análise de sensibilidade global evidenciou a contribuição de variação para cada dado de entrada para a incerteza total, e a correlação entre a dispersão dos pontos simulados para os inputs em relação ao output do impacto. Para os casos estudados, ficou clara a influência da modelagem do estágio operacional, que responde pela quase totalidade da variância final. Isso aponta – por hora – que concentrar esforços para o refinamento das estimativas da vida útil dos produtos para construção adequadas ao contexto brasileiro pode ser a estratégia mais relevante a ser implementada, uma vez que a padronização da vida útil de referência da edificação (em 50 anos) está fixada por abordagem legislativa da normalização europeia. Ainda assim, a análise de outras etapas continua sendo positiva e importante para o acréscimo de informações e consequente diminuição de incerteza total em ACVed.

A solução apresentada nesta dissertação aperfeiçoa a consideração de incertezas em ACVed, mas naturalmente ainda há espaço para melhorias. A metodologia apresentada foi aqui ilustrada por duas categorias de impacto, mas é replicável a qualquer outra, que poderão se alinhar aos padrões observados para GWP e EENRen, ou trazer novas informações para consideração pelo analista. Nesse sentido, providências para automatizar os cálculos dos cenários podem agilizar sobremaneira o processo.

A distribuição triangular, apesar de já configurar um avanço em relação à distribuição uniforme encontrada nos poucos estudos da literatura específica revisada, pode tornar-se excessivamente simplificada, e outras distribuições passarem a melhor representarem a realidade na modelagem de edificações. Tal escolha, porém, é dependente dos dados, parâmetros, escolhas e produtos analisados. Quanto mais se souber sobre a edificação estudada, mais aderente será a distribuição probabilística definida e mais precisos, os resultados.

A simulação Monte Carlo, apesar de não consumir tanto tempo, impõe grande demanda computacional. Recomenda-se investigar o método de amostragem Latin

Hypercube, que pode acelerar as simulações, aumentar o número de cenários-base

ou combinar as duas coisas. Finalmente, recomenda-se investigar o uso do teste de sensibilidade de amplitude Fourier para inclusão de maiores informações de correlações dos resultados.

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APÊNDICE A – PROTOCOLO DA REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA Para responder às questões de pesquisa desta dissertação, a revisão sistemática de literatura seguiu um protocolo com diversas etapas, detalhadas a seguir.

1. Corrente de busca

a. Palavras-chave: “Life Cycle Assessment”; “Buildin*”; “Uncertaint*” b. String: AND

2. Limite temporal: a busca foi restrita ao período de 2006 até os dias atuais, dado que a série de normas internacionais sobre ACV (ISO 14040) sofreu sua remodelação mais importante nesta data.

3. Idioma: inglês 4. Bases de dados

a. Scopus

i. Busca em “título, resumo e palavras-chave”

ii. Busca em artigos ou revisões publicadas em jornais iii. Total de trabalhos: 124

b. Web of Science

i. Busca em “tópicos”

ii. Busca em artigos ou revisões publicadas em jornais iii. Total de trabalhos: 114

c. Total de trabalhos: 238 5. Filtragens

a. Duplicados: os artigos que constavam igualmente nas duas bases de dados estudadas tiveram suas cópias excluídas.

i. Total de artigos excluídos: 78 ii. Total de artigos restantes: 160

b. Títulos: todos os trabalhos cujo título evidenciava claramente que o tema não era relacionado à questão de pesquisa foram excluídos da revisão.

i. Total de artigos excluídos: 44 ii. Total de artigos restantes: 116

c. Resumos: todos os trabalhos cujo resumo deixava explícita a abordagem diferente da procurada foram excluídos.

i. Total de artigos excluídos: 59 ii. Total de artigos restantes: 57

d. Leitura exploratória: todos os trabalhos que não abordavam por completo o tema de busca, ou seja, incertezas na avaliação de ciclo de vida em edificações, foram excluídos – mesmo se eram contemplados parcialmente.

i. Total de artigos excluídos: 21 ii. Total de artigos restantes: 36

e. Bola de neve: consiste no englobamento de artigos ou trabalhos que, por diferentes motivos, não foram incluídos no conjunto final de busca. Podem ser obtidos por meio de referências em artigos lidos ou por recomendações de terceiros (geralmente justificados pela experiência de quem recomenda).

i. Total de artigos: 4

ii. Total de artigos restantes: 40

A amostra final de artigos está detalhada na Tabela 10.

Ano Artigo Autor

1998

Application of uncertainty and variability in

LCA PART 1 Mark A. J. Huijbregts

Application of uncertainty and variability in

LCA PART 2 Mark A. J. Huijbregts

2001 Framework for modelling data uncertainty in life cycle inventories

Mark A. J. Huijbregts, Gregory Norris, Rolf Bretz, Andreas Ciroth, Benoit Maurice, Bo von Bahr, Bo Weidema and

Angeline S. H. de Beaufort 2002 Survey of approaches to improve reliability in

LCA Anna E. Bjorklund

2003

Evaluating uncertainty in environmental life cycle assessment: a case study comparing two

insulation options for a Dutch one-family dwelling

Mark A. J. Huijbregts, Wim Gilijamse, AD M. J. Ragas and Lucas Reijnders Life cycle assessment Part 1: framework, goal

and scope definition, inventory analysis, and