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Conclusões, limitações e linhas de investigação futura

Analogamente às questões de investigação que foram propostas inicialmente pode-se concluir que em relação à primeira questão e à importância que a cooperação tem nas empresas pode- se referir que as cooperações traduzem-se numa ferramenta muito poderosa nas empresas para a obtenção da vantagem competitiva e no desempenho das mesmas em termos financeiros e de notoriedade que estas podem trazer. Estes resultados vêm de encontro à revisão de literatura (Anderson & Weitz, 1992; Nalebuff & Branderburger, 1996; Chadwick et

al., 2001; Cravens & Piercy, 1994; Coral, 2009; Fritsch, 2004; Lajara et al., 2003 Nohria &

Eccles, 1992).

Relativamente à questão da cooperação ibérica ser um ponto chave nas empresas transfronteiriças, pode-se deduzir que as cooperações são muito importantes e que existem factores essenciais como a proximidade geográfica que pode favorecer a troca de Know How e facto de existir uma boa rede de infra-estruturas podem contribuir para a obtenção da vantagem competitiva, segundo Fritsch (2004) e Cooke (1998). No mesmo sentido, Ferreira et

al. (2013) salientam que o centro de Portugal e a região de Castilla e Léon estão

geograficamente unidos beneficiando de uma posição estratégica.

De acordo com Prahalad e Hamel (1990), as cooperações permitem às empresas a partilha de recursos, o aumento da vantagem competitiva sustentável, sendo os recursos humanos recursos estratégicos.

A primeira impressão que se tira é que apesar de zonas próximas, têm comercializações diferentes, o promotion difere. O Alentejo, nas suas sub 8 regiões DOC e o vinho regional alentejano, enquanto a Estremadura copia a França, na venda do vinho a granel, servido a copo nas tascas Ibéricas.

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Existe uma cooperação social destas regiões, tal como as que estudámos do Norte da Europa, que teve o seu auge, na guerra civil Espanhola, de Campo Maior a Badajoz, havia falangistas por todo lado, muitos eram aqueles que tentavam atravessar a fronteira a fugir á morte, (Borga, 2013).

Neste contexto e respondendo às questões colocadas inicialmente pode-se concluir que ambas as empresas beneficiam de cooperações e que estas são cruciais na obtenção da vantagem competitiva traduzindo-se em termos do desempenho financeiro e notoriedade.

Este estudo não esteve isento de limitações. Uma destas limitações foi a falta de triangulação da informação, considerando-se de todo o interesse no futuro a comparação com outras empresas e alargar o número de casos para uma melhor percepção e realidade do estudo. Uma outra limitação foi o facto de não se ter recorrido a um estudo quantitativo com várias empresas do setor de modo a retirar informações cruciais e uma análise comparativa mais pormenorizada.

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APÊNDICE:

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UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR

Ciências Sociais e Humanas

Questionário

1. Como está o mercado de produtos do sector do vinho?

2. Têm relações de cooperação com outras empresas ou organizações?

3. Qual A produção agrícola, e a comercialização do vinho, são a vossa grande missão. Têm em conta, a inovação e investigação e desenvolvimento, na definição da vossa estratégia de acção?

4. A vossa presença no sector agrícola, o crescimento, os mercados alvos?

5. A produção específica, a distribuição? O estado do nível de cooperação e as regiões alvo?

6. A grande região do Sul de Espanha e Alentejo, propõe hipóteses de cooperação entre as empresas agro-alimentares?

7. As redes ferrovias, estradas, e a natural proximidade, favorecem a cooperação, nestas duas regiões Ibéricas?

8. Em comparação com outras com outras zonas do globo, como considera o aspecto de cooperação nos vinhos do Alentejo?

9. Têm relações de cooperação, no que toca aos canais da cadeia de abastecimento?

10. Existe um relacionamento organizado nas cadeias de abastecimento, destas regiões e municípios e Pueblos?

11. Têm relações com as grandes áreas metropolitanas, da Península Ibérica? 12. Na sua opinião tem algum exemplo de cooperação, no globo, que gostasse de

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