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PARTE II – TRABALHO DE CAMPO

5. CONCLUSÕES, LIMITAÇÕES E RECOMENDAÇÕES

Entende-se a dinamicidade da educação envolvendo na sociedade a concepção de ensino por competências, que é a palavra de ordem da educação moderna, mostrando a necessidade de aprender formas variadas de desenvolver a relação ensino/aprendizagem na prática, para formar pessoas preparadas para a nova realidade social e um novo mercado. Assim, o ambiente escolar deve ser usado com vista ao aprimoramento de valores e atitudes, além de criar condições para a capacitação do indivíduo na busca de informações, onde quer que elas estejam, afim de que possam ser usadas no seu cotidiano.

O avanço tecnológico que vem ocorrendo nas últimas décadas tem provocado grandes transformações na sociedade de um modo geral. No Brasil a incorporação de novas tecnologias vem se fazendo notar no dia-a-dia dos brasileiros, sobretudo na área da educação, aonde o uso de tecnologias vem se incorporando, possibilitando a captura, o tratamento, o monitoramento e análise de informações na pesquisa e no ensino.

Nesse contexto, o uso de alternativas tecnológicas e recursos multimídias estão presentes nas escolas e apesar de grandes aliadas no desenvolvimento e melhoria na qualidade do ensino, ainda permanecem pouco disseminadas. As tecnologias, enquanto uso pedagógico, além de suas mais variadas possibilidades no âmbito educacional, oferece inúmeros recursos didáticos, entre os quais destacamos oficinas, minicursos, seminários e interações com o campo de trabalho dos docentes e discentes envolvidos no processo de construção das temáticas multidisciplinares.

Diante da pesquisa realizada notou-se que o professor de Geografia deve mudar sua postura de transmissor do conhecimento para a postura de mediador no processo de ensino/aprendizagem, ajudando os alunos a gerirem a gama de informação que se tem disponível.

A pesquisa sobre o ensino da Geografia com o apoio das TICs está num contexto de mudanças tecnológicas tanto da sociedade, quanto da escola e das dificuldades do

sistema de ensino brasileiro, diante desse contexto percebe-se que a disciplina de Geografia tem a possibilidade de utilizar as TICs como ferramentas integradoras e facilitadoras de mudanças das práticas pedagógicas. A Geografia tem a seu favor inúmeros recursos tecnológicos que podem ser adequados para o desenvolvimento de atividades em sala de aula.

Com a pesquisa realizada verificou-se também que os professores utilizam recursos de mídias e estão dispostos a aprender novas ferramentas. Evidenciou-se que os professores de Geografia estão muito atrelados aos dispositivos móveis, principalmente telemóvel e o tablet e utilizam ferramentas como o google earth e o google maps, além de mapas digitais e aulas produzidas no power point.

Cruzando os dados coletados, o perfil do professor de Geografia do Maranhão tem os seguintes aspectos:

✓ Sabem utilizar a internet.

Utilizam principalmente o google earth, maps e youtube em sala de aula. ✓ Não tem maiores problemas em aprender novas tecnologias.

Utilizam mais o telemóvel e o tablet.

✓ Poucos passaram por algum curso de aperfeiçoamento em TICs. ✓ Possuem pouco tempo para planejar suas aulas com o apoio das TICs. ✓ Tem dificuldades técnicas no manuseio de alguns equipamentos.

De modo geral a limitação na pesquisa fica por conta do acesso aos professores de Geografia, pois estão espalhados por todo o Estado e a busca para se ter o primeiro contato com esses profissionais foi difícil. Outra limitação relevante foi a colaboração para responder os questionários, muitos demoraram e outros nem o fizeram. Quero comentar também que o Brasil passa por crise econômica e política, tal crise manifestou- se diretamente no ensino público com cortes de verbas destinadas a educação, portanto cortes nos investimentos destinados para infraestrutura e equipamentos e a falta de incentivo ao processo contínuo de formação dos professores.

Com os estudos realizados apresentam-se algumas recomendações em referência ao ensino da Geografia com o apoio das TICs. De forma geral é interessante promover dentro do sistema educativo competências e habilidades para os professores de Geografia atenderem a necessidade da inserção das TICs no ambiente escolar.

A nível institucional os gestores e professores podem incluir o uso das TICs no projeto político pedagógico da escola, além de cobrar da secretaria de educação a formação continuada em TICs de acordo com as necessidades dos educadores.

Os professores de Geografia por sua vez devem discutir estratégias de como integrar as TICs em suas práticas pedagógicas, devem sempre cobrar dos órgãos competentes melhorias de infraestrutura, acesso à internet e formações continuadas.

Com o que fora exposto o uso das tecnologias na contemporaneidade só vem somar com a educação. As tecnologias de comunicação e informação podem ser usadas como ferramentas que fomentam a pesquisa e divulga de assuntos relacionados a Geografia, onde o professor pode direcionar os alunos a registrar os percalços de seu processo de aprendizagem.

Ofertando infinitas possibilidades de aplicabilidade no ensino da Geografia as TICs são ferramentas a serem usadas pelos professores e pelos alunos, podendo ser um elo de comunicação e inovação no processo de ensino/aprendizagem. As aulas podem ficar mais interessantes com vídeos, entrevistas, fotos, links, além de ser uma linguagem mais flexível. E vale dizer também que os alunos se mostram mais atraídos pelas aulas quando se usa as TICs e pelas possibilidades que estas fomentam. Em consonância com o advento tecnológico o professor não deve deixar de lado o direcionamento e o bom planejamento do uso dessas ferramentas.

Diante da realidade estudada reitero a necessidade de olhares direcionados para o ensino da Geografia com o apoio das TICs, que essas ferramentas não sejam utilizadas somente como forma de (re) qualificação de docentes, mas também como forma de apropriação de tecnologias como instrumentos que facilitem a melhoria da qualidade no

ensino básico, tornando possível a implementação de metas e por consequência a obtenção de resultados estabelecidos.

Na era da informação, o conhecimento é o grande capital da humanidade e as novas tecnologias criam novos espaços para esse conhecimento. Cabe à escola organizar um movimento de renovação cultural, aproveitando as informações e orientando criticamente as crianças e jovens, se configurando numa ferramenta de mediação com uma prática intencionalizada, onde a escola seja gestora do conhecimento, preparando o aluno para essa nova realidade. Nessa configuração o professor mostra-se como incentivador do conhecimento de maneira a aproveitar o potencial dos alunos como recurso instrumental nas aulas, conhecendo as possibilidades e limitações, usando a favor do processo de ensino.

Nesse sentido a escola deve se apropriar do uso das TIC’s para enfrentar os desafios da contemporaneidade ajudando o aluno a desenvolver uma consciência crítica com vista a construção do conhecimento com autonomia.

Não podemos esquecer que a tecnologia pouco contribuirá para a emancipação dos incluídos precariamente se for não for a serviço da cidadania, devemos lembrar que o primeiro princípio da educação é a formação humana.

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