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4.Conclusões e Perspectivas

No documento O modelo RM1 para Boro e Selênio (páginas 77-82)

4.1- Conclusões

Com este trabalho, foi possível confirmar que a metodologia de amostragem para definir o conjunto de moléculas de parametrização empregando a análise de disjunção hierárquica DIANA atua de forma eficiente e que serviu para buscar e garantir que o método RM1 possuísse uma exatidão para geometria comparável, ou melhor, que a dos modelos AM1, PM3, PM6 para o átomo de selênio.

Observamos, mais uma vez, com a parametrização do boro que a utilização da alocação ótima para definir o menor número de estruturas foi a escolha mais eficiente. Ou seja, o mínimo de estruturas definidas pela alocação ótima representou bem o conjunto universo.

O modelo RM1 parametrizado para o átomo de boro neste trabalho conseguiu erros médios menores que o AM1 e PM3 para a maioria das propriedades. Apesar da complexidade de ligações exibida pelo boro obtivemos êxito na parametrização.

Verificamos também que, apesar de o erro médio absoluto da entalpia de formação em relação ao boro para o RM1 ser de 11.63 kcal.mol-1, este modelo, apresentou menos pontos atípicos, com menores desvios da reta: um comportamento diferente do que ocorre com os modelos AM1 e PM3. Então, podemos afirmar que conseguimos um modelo melhor parametrizado para o boro, com dezoito parâmetros unicamente atômicos - bastando apenas, para isso, ter aperfeiçoado as etapas da parametrização.

Em comparação, o PM6 é um modelo que possui 33 parâmetros para o átomo de boro, dos quais 22 são parâmetros diatômicos; já o PM7 possui 33 parâmetros para o átomo de boro, dos quais 18 são parâmetros diatômicos, o que inclusive explica seu menor erro no cálculo das propriedades envolvidas para os dois modelos.

Quanto à parametrização do selênio, enriquecemos o conjunto de estruturas de moléculas contendo selênio com mais 102 moléculas com dados de geometrias. Com isto, o conjunto de parametrização do selênio passou a ser de 784 estruturas, sendo 649 com dados geométricos.

A partir de agora, com estes dois novos átomos parametrizados, abre-se bastante a capacidade do RM1 de calcular moléculas - agora com parâmetros para 12 átomos do bloco p e para os 12 lantanídeos, do La ao Lu, para um total de 27 átomos.

4.2- Perspectivas

O sucesso na técnica de parametrização motiva a pesquisa por maneiras ainda mais eficazes de definir conjuntos de parametrização e também no sentido de desenvolver técnicas mais perfeitas do que as usadas no PARAM.

Com a conclusão desta dissertação, tendo obtido os parâmetros para o átomo de boro neste trabalho, assim como a confirmação dos parâmetros finais para o selênio, buscaremos garantir a implementação dos mesmos nos softwares Hyperchem, MOPAC, AMBER, etc, para ampla divulgação.

Prosseguir com a parametrização do RM1 para outros átomos, ampliando assim a capacidade do modelo para calcular moléculas.

A maior perspectiva é realmente a ampliação do uso do método RM1 pela comunidade científica internacional em seus problemas de interesse – o que definirá a real utilidade do mesmo.

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