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Conclusões e Trabalhos Futuros

Conclusões

Hoje em dia a vertente humana assume um papel preponderante na atividade laboral, seja ela qual for. Outrora este era um papel insignificante, dando-se maior relevância à produtividade deixando as condições de trabalho para último plano. Continua a ser a produtividade uma das principais preocupações das organizações, no entanto, após se verificar que a produtividade também é afetada pela adequação do trabalho e sua envolvente ao Homem, começou a adotar-se outra visão em relação às condições de trabalho a que os trabalhadores estão sujeitos.

Desta forma, a Segurança e Higiene no Trabalho tem-se revelado cada vez mais fundamental para o sucesso empresarial, na medida em que contribui, não só, para uma redução de acidentes, doenças profissionais e consequente absentismo, como também proporciona uma melhor qualidade de trabalho dos colaboradores, aumentando assim a produtividade e competitividade da empresa.

Ao realizar todas as fases deste trabalho evolutivo, que posteriormente foram transmitidas para este relatório numa forma mais critica, estudada e refletida, e tendo em conta a formação base do autor como Engenheiro Civil e a sua função na entidade exetucante, obteve-se como análise, a dificuldade em distinguir e ter em atenção todos os critérios e o bom senso exigido nesta temática de SHT. Verificou-se que nem sempre assenta um bom ambiente ao redor desta temática, que salva muitas vidas e sela pelo bem-estar profissional, pessoal e pela segurança.

Assim, é um dever dos Técnicos de Higiene e Segurança no Trabalho desenvolver algumas capacidades mais críticas e analistas para verificar cada trabalho e situação de uma forma mais cuidadosa e minuciosa.

Quanto ao conteúdo, como se pôde constatar pela análise das tabelas de avaliação de risco de cada atividade, verificou-se que alguns dos perigos e riscos são constantes ao longo dos trabalhos, sendo que na maioria são considerados riscos especiais à luz da legislação.

Neste trabalho foram efetuadas duas avaliações às atividades observadas, sendo uma fase inicial sem acompanhamento técnico e posteriormente uma segunda fase de obra com acompanhamento. Em ambas podemos verificar a existência de vários riscos com uma relevância alta e com intervenção imediata.

Na fase de estudo e de acordo com a avaliação efetuada foi necessário a intervenção imediata e implementação de medidas corretivas em 17 riscos muito importantes e algumas medidas em 18 riscos importantes.

Os riscos que mais se destacam pela sua magnitude são:

Desidratação por exposição a temperaturas elevadas;

Lesões dorso-lombares devido a longos períodos sentados, postura inadequada

ou sobre esforços;

Perda de audição/perturbações fisiológicas devido ao ruído e vibrações;

Problemas respiratórios devido à emissão de poeiras e partículas;

Soterramento devido a desprendimento de terras, aluimento do terreno ou

instabilidade de taludes;

Esmagamento e/ou atropelamento devido à movimentação de máquinas e

equipamentos;

Queda em altura por falta de acesso à vala e/ou sinalização;

Queda ao nível por desorganização, falta de limpeza e arrumação das frentes de

trabalho;

Eletrocussão/eletrização por contacto com linhas elétricas (aéreas ou enterradas)

ou pela realização de trabalhos na presença de chuva ou humidade.

Pelos danos mais graves ou mesmo irreversíveis, destacam-se o contacto com as linhas elétricas, soterramento, queda em altura, ruído e vibrações e lesões dorso-lombares. Estas são as tarefas com maior vigilância de forma a garantir a prevenção do risco uma vez que a sua eliminação é difícil e, em muitos casos, impossível.

Enquanto na fase de obra nas mesmas atividades podemos analisar que de acordo com a avaliação efetuada foi necessário a intervenção imediata e implementação de medidas preventivas em cerca de 14 riscos com alto risco / inaceitável.

Nesta fase vimos a necessidade de efetuar mais duas avaliações de riscos às atividades de decapagem e escavação de valas, visto que foi uma atividade que se desenvolveu ao longo de toda a obra e não só para as tubagens.

Os altos riscos / inaceitáveis mais relevantes são:

Atropelamento Capotamento Queda em altura Soterramento Lesões Músculo-esqueléticas Queda da Carga Desabamentos/ soterramentos Lesões oculares Queimaduras Inalação de gases Projeção de Materiais

Atropelamento/ Capotamento/ Colisão

Como verificamos com a comparação dos riscos mais relevantes entre ambas as avaliações, verificou-se que as duas se complementam e são coincidentes, pelo que com a implementação das medidas corretivas relativamente ao ramal de rede elétrica deixou de ser um risco de relevância elevado.

Apesar de ambas serem coerentes e sincrónicas, a que foi elaborada na segunda fase, torna-se mais eficiente e completa devido à maior abragência que tem ao nível da obra e das medidas de prevenção periódicas que foram adoptadas e mantidas.

Foi notório ao longo do período de elaboração do trabalho e de acompanhamento em obra, que a experiência e a vivência com os acontecimentos, levam os Técnicos de Segurança a terem um papel proponderante na elaboração das atividades em segurança e sem colocar em causa a produção dos trabalhos. Isto deve-se à aplicação antecipadamente das medidas de prevenção, avaliações de risco “mais próximas da realidade” e formação e informação dos trabalhadores.

De forma a garantir a segurança contínua de todos os trabalhadores é necessário que seja efetuado o levantamento de perigos e a avaliação dos riscos periodicamente, controlando os riscos que não são eliminados e analisando novas situações que podem surgir das novas práticas e/ou alterações introduzidas na empresa.

Em suma, o facto de terem sido realizadas duas avaliações em tempos, métodos e com metodologias diferentes, foi preponderante se verificar que é uma mais-valia o facto de efetuarmos uma avaliação na fase de estudo e depois adapta-la à realidade e refaze-la na faze de obra, adaptando-a de uma forma mais explícita e prática.

Trabalhos Futuros

Esta prática de efetuar duas avaliações em tempos destintos e adaptar a última ao mais real e prático à obra só favorece e valoriza profissionalmente os Técnicos HST, proporcionando meios e estragégias que permitam alcançar o objetivo de não ter acidentes em obra.

Através da opinião que o autor recolheu ao longo do trabalho dos vários Técnicos de Segurança da obra, da Empresa e do Dono de Obra, verificou-se que nenhum destes tinha pensado no quanto vantajoso, prático, objetivo e assertivo pode ser este cruzamento de dados.

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