–- A cooperação inter-regional, tal como as outras vertentes de INTERREG III, será objecto de programação e gestão descentralizada sob a supervisão das autoridades responsáveis dos Estados-membros.
–- A cooperação inter-regional concerne acções de cooperação no conjunto do território da União e dos países vizinhos. A fim de garantir condições de concorrência semelhantes a todas as regiões europeias, os termos de referência dos convites à apresentação de propostas de projectos serão os mesmos para toda a União. Esses termos de referência padrão serão acordados por todos os Estados-membros no âmbito do comité de gestão referido no nº 2, alínea c), do artigo 48º do regulamento geral, e, em seguida, objecto de aprovação pela Comissão.
–- Com base nos espaços de cooperação estabelecidos para a vertente B, os Estados-membros em causa elaboram conjuntamente um programa de cooperação inter-regional por espaço geográfico (evitando sobreposições entre espaços). São dois os métodos de programação possíveis:
. estabelecimento de um programa específico com um eixo prioritário único, ou . integração da cooperação inter-regional, sob a forma de um eixo prioritário, no
programa da vertente B do espaço de cooperação.
Em ambos os casos, o Comité de Direcção (que selecciona os projectos) e a autoridade de gestão (que efectua a concessão formal da subvenção comunitária a cada projecto) podem ser os mesmos do programa da vertente B ou outros específicamente designados para o efeito.
–- As autoridades de gestão lançam simultaneamente o convite à apresentação de propostas de projectos tendo por base os mesmos termos de referência mencionados no segundo parágrafo supra. A fim de facilitar a sua divulgação ao nível comunitário, a Comissão também poderá publicar o convite à apresentação de propostas no Jornal Oficial. Os projectos de cooperação inter-regional são apresentados pelos chefes de projecto às autoridades de gestão responsáveis pelas zonas geográficas em que se encontram sediados.
–- Como em todos os programas dos Fundos estruturais, as autoridades de gestão asseguram a selecção, aprovação e concessão de subvenções aos projectos. Além disso, são responsáveis pelo acompanhamento da execução dos projectos e pelo controlo financeiro.
–- A Comissão assiste as autoridades de gestão no intuito de facilitar a coordenação entre as mesmas e, assim, garantir uma abordagem homogénea de todo o processo.
36 Declarações gerais
Declaração da Comissão sobre os compromissos específicos assumidos no Conselho Europeu de Berlim
A Comissão confirma que todos os compromissos específicos relacionados com as iniciativas comunitárias, assumidos no Conselho Europeu de Berlim em favor da Áustria e dos Países Baixos, serão respeitados, nomeadamente, no âmbito de INTERREG III.
Declaração da Comissão sobre a cooperação entre INTERREG e os Balcãs
Quando se encontrem reunidas as condições políticas necessárias para estimular a cooperação no âmbito de INTERREG III entre as regiões dos Estados-membros em causa, nomeadamente a Áustria, a Grécia e a Itália, e as regiões dos países terceiros dos Balcãs, a Comissão analisará as formas mais adequadas de fomentar a mesma em conjunto com os outros instrumentos de cooperação.
37
Declarações relativas à vertente A Declaração da Comissão relativa a Belfast
A Comissão congratula-se pelos resultados positivos obtidos no contexto do programa especial de apoio à paz e à reconciliação na Irlanda do Norte e nos counties fronteiriços da Irlanda e com o programa «Irlanda do Norte-Irlanda» de INTERREG II A.
A fim de garantir que os êxitos alcançados por estes dois programas possam gerar frutos, a Comissão considera que Belfast (Outer Belfast e Belfast ao nível NUTS III) deverá participar no novo programa INTERREG III−vertente A para 2000-2006, no quadro da regra de flexibilidade dos 20 % para as zonas adjacentes – ponto 10 das orientações relativas a INTERREG III.
Declaração da Comissão sobre a aplicação de INTERREG - vertente A na Bélgica No sentido de garantir a utilização frutífera dos programas de cooperação transfronteiriça com os Países Baixos, a República Federal da Alemanha, o Grão-Ducado do Luxemburgo e a França, a Comissão considera que os arrondissements de Hasselt, Huy, Waremme e Marche-en-Famenne deverão participar, a título prioritário, no novo programa INTERREG III−vertente A para 2000-2006, no quadro da regra de flexibilidade dos 20 % para as zonas adjacentes (ponto 10 das orientações relativas a INTERREG III), tendo especialmente em conta a necessária coerência dos projectos apresentados no contexto dos programas em causa.
38
Declarações relativas à vertente B
Declaração da Comissão sobre a cooperação na região do mar de Barents
No âmbito do futuro programa INTERREG III B, relativo à cooperação transnacional na região do mar Báltico, a Comissão toma nota do pedido formulado pela Suécia e Finlândia de poderem desenvolver um eixo prioritário para intensificar a cooperação destes dois Estados-membros com os respectivos países vizinhos (Noruega e Rússia) na região do mar de Barents.
Declaração da Comissão sobre a cooperação na região do Báltico meridional
A Comissão considera que a cooperação actualmente apoiada no âmbito do projecto SWEBALTCOP a título do artigo 10º do FEDER deverá prosseguir ao abrigo da nova iniciativa INTERREG III. Dada a natureza da cooperação em causa, as futuras actividades deverão ser organizadas no contexto do programa «Mar Báltico», da vertente B. Em caso de dificuldades relativamente à coordenação entre INTERREG III e PHARE, a Comissão está disposta a examinar outras possibilidades de incentivar esta cooperação.
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Declarações relativas ao capítulo VII
Declaração da Comissão sobre a aplicação do Capítulo VII
Os prazos de anulação automática estabelecidos no nº 2, segundo parágrafo, do artigo 31º do regulamento geral poderão ser prorrogados com base num exame caso a caso, a fim de ter em conta os atrasos devidos aos procedimentos de tomada de decisão dos instrumentos financeiros externos.
Declaração da Comissão sobre INTERREG III e TACIS
Ciente da importância da dimensão nórdica e das actuais dificuldades que não permitem considerar a mesma no âmbito da cooperação entre a iniciativa comunitária INTERREG III e o instrumento TACIS, a Comissão declara estar disposta a velar pela coordenação efectiva e coerência entre os programas INTERREG III e a assistência a título de TACIS, nomeadamente através de directrizes operacionais, no intuito de melhorar as condições necessárias a esta coordenação, sem prejuízo das condições políticas que poderão eventualmente estar ligadas à execução de TACIS.
Declaração da Comissão sobre INTERREG III e MEDA
Ciente da importância da dimensão mediterrânica e das actuais dificuldades que não permitem considerar a mesma no âmbito da cooperação entre a iniciativa comunitária INTERREG III e o instrumento MEDA, a Comissão declara estar disposta a velar pela coordenação efectiva e coerência entre os programas INTERREG III e a assistência a título de MEDA, nomeadamente através de directrizes operacionais, no intuito de melhorar as condições necessárias a esta coordenação.
40
Declaração da Comissão sobre o Observatório em Rede do Ordenamento do Território Europeu (OROTE)
Se os 15 Estados-membros estiverem dispostos a apresentar conjuntamente uma proposta relativa à criação de uma rede de cooperação entre institutos de ordenamento do território consagrada à observação e análise das tendências registadas na Europa em matéria de ordenamento territorial, bem como do mecanismo financeiro correspondente, a Comissão está disponível, por sua parte, a cofinanciar esta cooperação através da rubrica orçamental «redes»
prevista no ponto 53 das orientações relativas a INTERREG III.