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5 Condições de Funcionam ent o dos Equipam ent os de Raios X

Nest a et apa do est udo, part iciparam 23 est abelecim ent os de saúde, dist ribuídos em 18 cidades do Est ado, onde as condições de funcionam ent o de 37 equipam ent os foram avaliados at ravés de visit as in- loco ( Anexo 7) . Em relação ao t ipo de gerador e sist em a de ret ificação dos equipam ent os avaliados, é possível observar na Tabela I V- 15 a quant idade e a dist ribuição percent ual de cada t ipo.

Pela Tabela I V- 15 é possível observar que a grande m aioria de equipam ent os avaliados nest e et apa do est udo ( 68% ) possui gerador m onofásico com ret ificação de onda com plet a. Esse fat o t alvez explique o uso de valores de carga ( Tabela I V- 7) bem

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superiores aos em pregados em out ros est udos realizados na Europa, onde equipam ent os desse t ipo j á são pouco freqüent es: equipam ent os de 12 e 6 pulsos represent am 50% e 29% , respect ivam ent e, dos equipam ent os ut ilizados na realização dos exam es ( EUR, 1996a) . Do t ot al de equipam ent os m onofásicos ( 25) , 15 encont ravam - se em est abelecim ent os de saúde localizados no int erior do Est ado. Por out ro lado, dos 6 equipam ent os de alt a freqüência, 5 est avam em est abelecim ent os localizados na capit al. Tabela IV-15. Quantidade de equipamentos de raiosX avaliados nesta etapa do estudo, segundo o tipo de gerador e sistema de retificação.

Tipo de Gerador Sist em a de Ret ificação Quant idade de Equipam ent os ( % )

Monofásico onda com pleta 25 68

6 pulsos 5 13

Trifásico

12 pulsos 1 3

Alta Freqüência m ulti-pulsado 6 16

Os padrões de desem penho ou lim it es de t olerância sugeridos pela Port aria nº 453 ( SVS, 1998) foram ut ilizados com o referência na verificação das condições de funcionam ent o dos equipam ent os. Com exceção do lim it e de t olerância para o t est e ( ou ensaio) de rendim ent o, os dem ais valores são sem elhant es aos recom endados pelo Guia de Procedim ent os da ANVI SA - Resolução nº 64 ( ANVI SA, 2003) , diferindo em relação a form a de cálculo para os t est es de reprodut ibilidade de t ensão e de t em po de exposição ( Anexo 6) . Nos result ados dos t est es apresent ados na Figura I V- 4, foram considerados em conform idade os equipam ent os que apresent aram desem penho dent ro dos lim it es est abelecidos. Para alguns t est es, onde vários valores nom inais foram avaliados, foram considerados no lim it e de aceit ação, ou reprovação, os equipam ent os que apresent aram som ent e um valor fora do lim it e de t olerância. Equipam ent os com dois ou m ais valores fora dos lim it es foram considerados não- conform es.

De m odo geral, som ent e 5 equipam ent os ( 13% ) apresent aram conform idade em t odos os t est es realizados, desconsiderando- se o desem penho no t est e de rendim ent o. Nesse t est e observa- se grande percent ual de equipam ent os ( 68% ) fora dos lim it es de t olerância, devido ao baixo rendim ent o apresent ado. Nesse sent ido, o Guia de Procedim ent os da ANVI SA, ao cont rário da Port aria nº 453, sugere que o valor encont rado para o rendim ent o sej a considerado com o linha de base para os t est es seguint es. Os equipam ent os que apresent aram rendim ent o dent ro do int ervalo recom endado pela Port aria nº 453, em sua grande m aioria possuíam valores de cam ada sem i- redut ora inferiores ao m ínim o est abelecido, indicando um a filt ração t ot al inferior ao requerido. Por out ro lado, no t est e de reprodut ibilidade da t ensão aplicada ao t ubo de

IV- RESULTADOS E DISCUSSÃO

99 raiosX foi verificado grande percent ual de equipam ent os com desem penho dent ro dos lim it es de t olerância ( 95% ) . Esse fat o, t alvez indique que o percent ual de t olerância est abelecido pelas norm as sej a m aior do que o necessário para o bom desem penho do equipam ent o. No caso específico do t est e de reprodut ibilidade do t em po de exposição, um percent ual considerável de equipam ent os ( 20% ) est á “ no lim it e” , ou sej a, foram reprovados em um único valor de t em po, quase sem pre t em pos curt os de disparo, t alvez indicando novam ent e que os lim it es de t olerância podem ser reduzidos. Som ent e um equipam ent o não apresent ou conform idade em t odos os t est es realizados, com exceção da reprodut ibilidade da t ensão aplicada.

Rendim ento Cam ada Sem i- Redutora Reprodutibilidade-Tem po Exat idão-Tem po Linearidade- Exposição Reprodutibilid- Exposição Reprodutibilidade-Tensão Exat idão-Tensão 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Desem penho (% )

Conform e No Lim ite Não Conform e

Figura IV-4. Desempenho (%) dos equipamentos nos diversos testes realizados, conforme os padrões ou limites de tolerância estabelecidos pela Portaria nº453 (SVS, 1998).

Est udo sem elhant e realizado em 7 hospit ais públicos e universit ários do Rio de Janeiro, t ot alizando 29 equipam ent os de raiosX, encont rou result ados sem elhant es, com exceção dos t est es de desem penho de exat idão e reprodut ibilidade da t ensão aplicada ( Silva et al., 2004) . Nesses t est es, o percent ual de equipam ent os fora do padrão de conform idade foi superior ao dest e est udo, 55 e 15% , respect ivam ent e. Nos dem ais t est es os percent uais relat ivos a não- conform idade foram de 40, 53, 31 e 30% , respect ivam ent e para os t est es de linearidade de exposição, exat idão e reprodut ibilidade do t em po de exposição e cam ada sem i- redut ora.

Durant e as visit as foi possível verificar que, m esm o em sit uações onde havia grandes desvios em relação aos valores nom inais, ou sej a, não conform idade no t est e de exat idão, a “ fam iliaridade” ou experiência do t écnico com o equipam ent o levava em

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m uit os casos ao em prego de um a t écnica que “ corrigia” event uais diferenças ent re os valores nom inais e os valores reais. Ou sej a, o prot ocolo do exam e ou t écnica a ser em pregada era baseado na sua experiência profissional com aquele det erm inado equipam ent o. Em est abelecim ent os de grande port e, onde a rot at ividade de t écnicos é m aior, foi observado inclusive que alguns t écnicos eram responsáveis pela operação de det erm inados equipam ent os. A const at ação dessa prát ica, t alvez apont e para a falt a de execução de program as de cont role e garant ia da qualidade na área com a periodicidade necessária, um a vez que, idealm ent e, a realização de um exam e radiológico em um det erm inado equipam ent o não deveria depender do conhecim ent o do t écnico a respeit o das condições de funcionam ent o desse equipam ent o. Além disso, é fundam ent al que haj a envolvim ent o dos t écnicos do local, a fim de que qualquer alt eração ou correção nas condições de funcionam ent o do equipam ent o sej a do conhecim ent o de t odos, principalm ent e se os program as de cont role de qualidade não são m uit o freqüent es.

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