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6.11 I NSTRUMENTOS DE P LANEAMENTO

6.11.2 Condicionantes, servidões e restrições de utilidade pública

No âmbito da análise de eventuais condicionantes, servidões e restrições de utilidade pública existentes na área prevista para instalação do Sobreequipamento do Parque Eólico da Arada/Montemuro (2.ª Fase) foram consultadas as entidades cuja actividade pode resultar na existência de servidões e restrições legalmente constituídas, nomeadamente, Direcção Geral do Ordenamento do Território (DGT), Ministério da Defesa Nacional (EMFA), Aeroportos de Portugal (ANA), Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) (Anexo 2 incluído no Volume 2 A – Anexos 1 a 3).

A DGT no parecer emitido refere “que verificou que a instalação destas infra-estruturas (aerogeradores)

não constitui impedimento para as actividades geodésicas desenvolvidas pela Direcção-Geral do Território, uma vez que respeita o estabelecido no Decreto-Lei n.º 143/82, de 26 de Abril, no que diz respeito às visibilidades dos vértices geodésicos, bem como às suas zonas de respeito.”

A Força Aérea informa no parecer emitido “que o projecto pretendido não se encontra abrangido por qualquer Servidão de Unidades afectas à Força Aérea, não se prevendo interferência com os sistemas da Força Aérea.” Informando ainda “que a sinalização diurna e nocturna deve ser de acordo com as normas expressas no documento “Circular de Informação Aeronáutica 10/2003, de 6 de Maio.”

A ANACON refere no parecer emitido “que não foram identificadas condicionantes decorrentes de

servidões radioeléctricas já constituídas ou em processo de constituição ao abrigo do Decreto-Lei n.º 597/73, de 7 de Novembro” na área de implantação do Sobreequipamento. Refere ainda “que o aerogerador AG19 (à semelhança do que já acontece com outros aerogeradores do Subparque de Carvalhosa) se irá situar numa zona que esta Autoridade pretende preservar através de um projecto de servidão radioeléctrica a associar à Estação Remota de Montemuro, propriedade do ICP-ANACOM”.

Recomendando que qualquer linha área a instalar associada ao projecto seja objecto de análise prévia por parte da ANACON. Finaliza relembrando que deve ser garantido que os novos aerogeradores não provoquem interferências/perturbações na recepção radioeléctrica em geral e, de modo particular, na recepção de emissões de radiodifusão televisiva.

A ANA refere no parecer emitido, entre outras recomendações, que: “a instalação do Sobreequipamento do Parque Eólico de Arada/Montemuro (2.ª Fase) é viável, condicionado a que sejam dotados com a correspondente balizagem aeronáutica os seguintes aerogeradores em cumprimento do disposto na Circular de Informação Aeronáutica n.º 10/03, de 06 de Maio: Subparque Eólico de Arada – AG30 e AG31; Subparque Eólico de Picão – AG12 e Subparque Eólico de Carvalhosa – AG18 e AG19.”

Para além das condicionantes impostas por instrumentos de planeamento, que na área de estudo correspondem aos Planos Directores Municipais dos concelhos de Cinfães, Castro Daire e São Pedro do

Identifica-se de seguida as condicionantes, servidões e restrições identificadas na área de implantação do projecto do Sobreequipamento do Parque Eólico da Arada/Montemuro (2.ª Fase).

6.11.2.1 Marcos Geodésicos

Nas áreas em estudo para o Sobreequipamento do Parque Eólico da Arada/Montemuro (2.ª Fase) e na sua envolvente mais próxima não existem marcos geodésicos. Essas áreas também não são atravessadas pelas miradas dos marcos geodésicos existentes na envolvente.

6.11.2.2 Perímetros Florestais

Conforme se pode verificar pelas figuras que se seguem, a Área A em estudo para a implantação do Sobreequipamento do Parque Eólico da Arada/Montemuro (2.ª Fase) insere-se no Perímetro Florestal de Montemuro. A Área C insere-se no Perímetro Florestal de São Pedro do Sul.

Figura 92 - Área afecta ao Perímetro Florestal de Montemuro onde se insere a área A em

estudo para a implantação do Sobreequipamento do Parque Eólico da Arada/Montemuro

Figura 93 – Área afecta ao perímetro Florestal de São Pedro do Sul onde se insere a Área

C em estudo para a implantação do Sobreequipamento do Parque Eólico da

Arada/Montemuro (2.ª Fase).

6.11.2.3 Postos de Vigia

Dentro das áreas previstas para implantação do Sobreequipamento do Parque Eólico da Arada/Montemuro (2.ª Fase) não existem postos de vigia florestal.

Os locais para implantação do Sobreequipamento do Parque Eólico da Arada/Montemuro (2.ª Fase) são visíveis a partir de mais do que um posto de vigia na envolvente, não se prevendo que haja perda significativa de visibilidade, tendo em conta a reduzida expressão das torres dos aerogeradores e uma vez que a visibilidade é assegurada a partir de outros postos de vigia existentes na região, conforme se pode verificar nas figuras seguintes.

Figura 94 – Mapa de visibilidade dos Postos de Vigia de S. Macário (46_08), Sta.

Helena (14_01) e Meadas (14_02) (http://scrif.igeo.pt) – Áreas A e B do

Figura 95 – Mapa de visibilidade dos Postos de Vigia de Gravia (46_07), S. Macário (46_08)

e Arestal (47_01) (http://scrif.igeo.pt) - Área C do Sobreequipamento do Parque Eólico da

Arada/Montemuro (2.ª Fase).

6.11.2.4 Domínio Hídrico

Segundo a Lei n.º 16/2003, de 4 de Junho que revê, actualiza e unifica o regime jurídico dos terrenos do domínio público hídrico, as linhas de água existentes na área de estudo estão sujeitas a uma faixa de servidão non aedificandi de 10 m de largura.

6.11.2.5 Áreas Sensíveis

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) é o responsável pela implementação da Directiva n.º 92/43/CEE, do Conselho, de 21 de Maio (Directiva Habitat) em Portugal. Esta Directiva tem por objectivo contribuir para assegurar a biodiversidade através da conservação dos habitats naturais e da fauna e flora selvagens do território da União Europeia, nomeadamente mediante a criação de uma

Esta Directiva prevê o estabelecimento de uma rede ecológica europeia de zonas especiais de conservação, a Rede Natura 2000, que englobará os SIC e as zonas de protecção especial (ZPE), correspondentes aos habitats cuja salvaguarda é prioritária para a conservação das populações de aves, estabelecidas pela Directiva n.º 79/409/CEE, do Conselho, de 2 de Abril (Directiva Aves), relativa à conservação das aves selvagens. O cumprimento deste objectivo passou pela elaboração de uma Lista Nacional de Sítios, para serem apresentados na Comunidade Europeia.

As Áreas A e B em estudo para a implementação do Sobreequipamento do Parque Eólico da Arada/Montemuro (2.ª Fase) estão incluídas num dos sítios considerados para protecção da natureza, que faz parte integrante da Lista Nacional de Sítios (1ª fase) aprovada na Resolução de Conselho de Ministros n.º 142/97, de 28 de Agosto. Trata-se do sítio Serra de Montemuro (PTCON0025) que engloba uma área total de 38 763 ha. A Área C em estudo para a implementação do Sobreequipamento do Parque Eólico da Arada/Montemuro (2.ª Fase) localiza-se no sítio Serras da Freita e Arada (PTCON0047) da Lista Nacional de Sítios (2ª fase) aprovado na Resolução de Conselho de Ministros n.º 76/2000, de 5 de Julho.

Estes sítios constituem uma importante zona para a população de lobo (espécie prioritária no Sítio Serra de Montemuro e Serras da Freita e Arada, classificada “em perigo” e em regressão) a sul do Douro. A existência de bosquetes naturais ainda bem conservados indicam a possibilidade de viabilizar populações de presas deste carnívoro, o que em conjunto com uma adequada gestão do efectivo pecuário, permite assegurar a manutenção da espécie na região.

No Desenho 2 incluído no Anexo 1 do Volume 2 A – Anexos 1 a 3 apresenta-se o enquadramento das Áreas em estudo para o Sobreequipamento do Parque Eólico da Arada/Montemuro (2.ª Fase) no sítio Serra de Montemuro e no sítio Serras da Freita e Arada.

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