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Anexo XVII – Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis do Exercício de 2016

8. CONFORMIDADE DA GESTÃO E DEMANDAS DE ÓRGÃOS DE CONTROLE

O conteúdo desta seção atende as orientações dispostas no sistema e-Contas e tem como finalidade explanar os encaminhamentos dados às determinações e recomendações do TCU e do órgão de controle interno (OCI) ao Confea, bem como às ocorrências de dano ao erário. A seção foi organizada em três subseções: 8.1) Tratamento de determinações e recomendações do TCU; 8.2) Tratamento de recomendações do órgão de controle interno; e 8.3) Medidas administrativas para apuração de responsabilidade por dano ao Erário.

8.1. Tratamento de determinações e recomendações do TCU

A Procuradoria Jurídica – PROJ do Confea dispõe de empresa contratada, chamada Ultimatum, que presta serviços de acompanhamento de publicações, as quais são encaminhadas diariamente a essa unidade para as providências pertinentes. Dentre tais publicações, as relativas aos processos em curso no TCU são submetidas ao exame prévio da PROJ e tratadas pela sua Subprocuradoria Consultiva – SUCON. Os prazos para resposta e atendimento das deliberações exaradas pelo Tribunal, bem como identificação do analista/advogado responsável são apostos em planilha de controle interno, para o efetivo monitoramento das providências tomadas.

Esclarece-se ainda que, após a ciência da PROJ/SUCON sobre as determinações e recomendações proferidas pela Corte de Contas, a decisão é encaminhada ao Gabinete da Presidência para conhecimento e deliberação, porventura necessária, e para atendimento das providências pertinentes, buscando zelar pela eficiência e celeridade dos atos processuais, no âmbito interno.

Cumpre registrar que no ano de 2016 o Confea recebeu quatro Acórdãos do TCU, sendo dois do tipo determinação (AC 908/2016 e AC 96/2016) e dois do tipo recomendação (AC 2513/16 e AC 506/2017), os quais foram prontamente atendidos. Não há, portanto, deliberações pendentes de cumprimento, inclusive decorrentes de julgamento de contas anuais de exercícios anteriores ou que remetam a obrigação de informar sobre o andamento das providências para o relatório de gestão anual.

Insta salientar que existem outros processos em que o Confea é Unidade Jurisdicionada, entretanto não há, até o presente momento, acórdãos (determinações ou recomendações) sobre tais processos, que se encontram pendentes de análise pelo órgão de controle externo ora requisitante. Também foram proferidas decisões cautelares no ano de 2016, as quais, igualmente, foram atendidas.

8.2. Tratamento de recomendações do órgão de controle interno

Tendo em vista que o Confea compôs o rol das unidades prestadoras de contas cujos responsáveis terão suas contas de 2015 julgadas pelo TCU, conforme Decisão Normativa – TCU nº 147, de 11 de novembro de 2015, no período de 13 a 24 de junho de 2016, recebeu-se visita in loco de auditores da Controladoria Geral da União – CGU, a qual atuou como o órgão de controle interno (OCI) de que trata a citada DN-TCU. Foram examinados os seguintes itens: a) atuação dos controles externo (TCU) e interno (CGU); b) conformidade das peças integrantes do Relatório de Gestão 2015; c) resultados quantitativos e qualitativos; d) gestão de recursos humanos; e) gestão de transferência concedidas; f) gestão de compras e contratações; g) gestão de patrimônio imobiliário; e h) controles internos relacionados à elaboração das demonstrações contábeis e de relatórios financeiros.

Assim, em setembro de 2016, a CGU emitiu e apensou ao sistema e-Contas o Relatório de Auditoria nº 201601849, que continha vinte recomendações. Já em 2017, após tratativas do Confea com os auditores da CGU, definiu-se que seis recomendações deixariam de ser monitoradas

e outras sete seriam canceladas. Dentre as demais, uma foi atendida completamente em 2017 e as outras ainda estão dentro do prazo de conclusão estabelecido. Adicionalmente, cumpre ressaltar que também estão sendo monitoradas outras seis recomendações da CGU, as quais, por sua vez, são oriundas do Relatório de Auditoria nº 201700097, enviado ao Confea em 27 de março de 2017. Por esse motivo, não fazem parte do presente Relatório de Gestão, embora todas estejam sendo tratadas de modo conjunto internamente e junto ao OCI.

No que tange à estrutura do Confea para o tratamento das recomendações exaradas pela CGU, informa-se que foram escolhidos para o acompanhamento das entregas representantes de unidades distintas, sendo um da Auditoria – AUDI, outro da Gerência de Conhecimento Institucional - GCI e outro da Gerência de Planejamento e Gestão – GPG. Esses são responsáveis pelo monitoramento interno e pela comunicação da execução das ações ao órgão de controle por meio do Sistema Monitor da CGU.

Desse modo, a equipe se reúne semanalmente com o vice-presidente para alinhar as medidas necessárias a fim de que o atendimento das próximas ações seja realizado dentro do prazo estipulado entre as partes. Como forma de auxiliar esse trabalho, a equipe esmiuçou as entregas em planos de ação específicos, cujo controle é realizado por meio de planilha.

Por fim, as principais recomendações provenientes do Relatório de Auditoria da CGU de 2016 estão discriminadas a seguir, juntamente com as providências adotadas pelo Confea:

1) Descumprimento da Lei nº 12.527/11 - Acesso à Informação.

Desde dezembro de 2016, o Confea vem trabalhando em ação conjunta com os Creas na elaboração de manual específico e plano de ação para o atendimento da LAI. Tais documentos já estão concluídos e aprovados pela Decisão Plenária nº 187/2017. Os Creas têm participado de cada etapa dessas ações, inclusive tendo representantes em um grupo técnico que trabalhou na modelagem de dados a ser observada pelos portais da transparência de todo o Sistema Confea/Crea.

2) Implementar a Decisão Plenária PL nº 77/2014 e normalizar o julgamento das prestações de contas pendentes do Confea, dos Creas e da Mútua.

O Confea encaminhou à CGU a Decisão Plenária nº 1894, de 22 de novembro de 2016, que aprovou o Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna do Sistema Confea/Crea e Mútua – PAINT 2017, que conta com cronograma de auditorias sobre os exercícios de 2015 e 2016 em todos os Creas e Mútua. Inclusive, o PAINT 2017 já prevê a priorização, por parte do Confea, das auditorias dos Creas GO e TO, cujos responsáveis terão as contas de 2016 julgadas pelo TCU, conforme Decisão Normativa – TCU nº 156, de 30 de novembro de 2016.

3) Recomenda-se alteração dos prazos fixados nos parágrafos primeiro e segundo do art. 18 da Portaria AD-Nº 160, de 30 de abril de 2014, para sessenta dias.

O Confea já procedeu com a alteração sugerida, por meio da aprovação da Portaria AD nº 104/2017, na qual consta no item 7.1.1 a obrigatoriedade de solicitar o aditivo de convênio com a antecedência de 60 dias do fim da vigência do convênio. O referido instrumento revoga a Portaria AD nº 160/2014.

4) Gastos excessivos com viagens no CONFEA em 2015.

Em sua defesa, o Confea informou que para desempenhar suas funções realiza inúmeras reuniões e eventos em todo o país no interesse da valorização profissional e prestação de serviço à sociedade, que são imprescindíveis para atendimento de suas atividades finalísticas. Salientou que tais reuniões estão previstas em seu planejamento orçamentário. Por sua vez, a CGU solicitou a apresentação de novos elementos comprobatórios, estando ainda vigente o prazo para atendimento dessas novas solicitações. Ainda há outra recomendação, dentro dessa constatação, a qual trata da elaboração de normativo que discipline a concessão de diárias para pessoas externas ao Sistema, o que já está em elaboração.

8.3. Medidas administrativas para apuração de responsabilidade por dano ao Erário

O Quadro 32 demonstra a adoção de medidas administrativas por parte do controle interno do Confea para apurar responsabilidade por ocorrência de dano ao Erário, incluindo as demandas relacionadas à abertura de Tomada de Contas Especial – TCE.

QUADRO 32 – MEDIDAS ADOTADAS PARA APURAÇÃO E RESSARCIMENTO DE DANOS AO ERÁRIO

Casos de dano objeto de

medidas administrativas

internas1

Tomadas de Contas Especiais

Não Instauradas Instauradas

Não Remetidas ao TCU

Remetidas ao TCU Dispensadas

Outros Casos

Arquivamento Não enviadas > 180 dias do exercício de instauração Débito < R$ 75.000 Prazo > 10 anos Recebimento do Débito Não Comprovação Débito < R$ 75.000 1 0 0 0 0 0 0 0 1

Nota 1: o caso que foi objeto de medida administrativa interna apontado é o mesmo indicado na coluna “remetidas ao TCU”.

Fonte: Relatório de controle operacional da Controladoria, 2016.

Como pode ser observado do Quadro 32, no exercício de 2016 foi adotada medida administrativa para caracterização ou elisão de dano ao Erário, cujo resultado foi encaminhado ao TCU para a devida instauração de TCE.

De acordo com a Portaria AD n° 364/2015, a Controladoria é responsável por disciplinar o sistema de controle interno e de correição do Confea. Dessa forma, com base em exame documental e análise técnica, a Controladoria busca sempre minimizar as possíveis ocorrências de falhas procedimentais e de controles internos.

Adicionalmente, conforme definido no Regulamento de Procedimentos Disciplinares do Confea, aprovado pela Decisão CD 122/2012, a Controladoria é responsável pela abertura de processos apuratórios e disciplinares, bem como pela abertura de Tomada de Contas Especial – TCE. Cabe ressaltar que tal unidade organizacional está com seu quadro de funcionários reduzido, o que dificulta a centralização das sindicâncias e das TCEs. Não obstante, para que a análise dos processos não seja comprometida, funcionários de outros setores participam das comissões de sindicâncias, devidamente acompanhados pela Controladoria.