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Esta pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética conforme resolução 196/96, que estabelece as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. A anuência dos sujeitos foi através do termo de consentimento livre e esclarecido que foi impresso em duas vias uma para o comitê de ética uma para o sujeito. Vale ressaltar que esta pesquisa não ofereceu riscos aos sujeitos participantes e os benefícios desta foram somente científicos e sociais como orientação e informação que os participantes receberam a respeito dos benefícios que a atividade física proporciona no controle da pressão arterial e prevenção de complicações.

PARTE lll

3.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) caracteriza-se como uma doença multifatorial, com diversos fatores envolvidos interferindo em sua gravidade, de grande prevalência na população adulta e principalmente nos idosos. Está associada ao aumento da morbidade-mortalidade por todas as causas cardiovasculares. Na abordagem ao tratamento, além dos medicamentos anti-hipertensivos, deve incluir as formas não medicamentosas, o que muitas vezes requer a mudança em hábitos e estilos de vida. A não adesão a essas mudanças contribui para o insuficiente controle da doença e caracteriza-se, como um desafio para os profissionais de saúde que atuam na assistência às pessoas hipertensas (KUMAR, ABBAS & FAUSTO, 2005; NOBRE et at, 2001).

A proposta deste estudo foi avaliar o conhecimento que os hipertensos possuem sobre os benefícios da atividade física e identificar quais são os motivos que levam a baixa adesão.

A coleta de dados para realização desta pesquisa foi feita em uma micro área no Bairro Jardim dos Ipês no município de Tangará da Serra-MT. A Unidade de Saúde da Família deste bairro presta serviços diversificados à população que faz parte de sua área de abrangência, alguns dos serviços fazem parte de programas criados pelo Governo Federal como atenção a saúde da criança, saúde da mulher, hipertensão/diabetes, hanseníase, tuberculose e educação em saúde.

Dentro do atendimento aos hipertensos são realizados: consulta médica, cadastramento do hiperdia para manter um melhor acompanhamento e prestar uma assistência qualificada, toda quarta-feira um grupo de hipertensos juntamente com a equipe de agente de saúde participam da caminhada da hipertensão, sendo que antes e depois da caminhada é realizada aferição de pressão arterial por técnicos de enfermagem devidamente capacitados, as agentes de saúde realizam busca ativa quando há alguma programação com os hipertensos e educação em saúde.

A coleta de dados foi realizada no mês de Setembro de 2011, os mesmos foram obtidos através de questionário estruturado, os participantes responderam ao questionário após a orientação e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, os dados foram analisados através de planilha eletrônica Microsoft Excel e análise descritiva por meio da planilha eletrônica Microsoft Word e apresentados em forma de tabelas e gráficos.

A amostra foi constituída por 50 indivíduos hipertensos, na faixa etária de 40-80 anos, cadastrados no programa de saúde da família, do bairro Jardim dos Ipês.

Foi realizada uma descrição detalhada da amostra através das variáveis demográficas e socioeconômicas (Tabela 1). Ao analisar o perfil da população estudada, observou–se que entre os hipertensos questionados (50%), tinham idade maior ou igual há 50 anos, condição essa compatível com a literatura que demonstra que a hipertensão arterial é mais freqüente em idosos. Porth (2004), Saldanha e Caldas (2004), Smeltzer e Bare (2005), afirmam em seus estudos, que a prevalência da hipertensão arterial aumenta com a idade devido às próprias alterações que ocorrem no organismo com o envelhecimento. É um dos problemas mais comum de saúde em idosos, sendo o principal fator de risco de distúrbios cardiovasculares.

Em relação à etnia, percebeu-se, que (50%) dos indivíduos da pesquisa se consideravam não brancos, este resultado também foram evidenciados nos estudos de Timby & Smith (2005) e VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO (2010), que apontam que a hipertensão é duas vezes mais prevalente em indivíduos de cor não branca e eles têm maior incidência de apresentar complicações cardíacas, cerebrovasculares e renais do que indivíduos brancos.

Houve uma predominância do sexo feminino (70%), fez-se por relevante abordar a relação entre climatério e HAS onde Filho (2000), afirma que os homens apresentam pressão arterial mais alta do que as mulheres até a faixa etária de 60 anos. Sugere-se que os hormônios ovarianos são responsáveis pela manutenção da pressão arterial controlada nas mulheres (durante o climatério) e com a chegada da menopausa a prevalência da hipertensão entre homens e mulheres tende a se aproximar. Araújo et al (2009), ainda destaca em seu estudo

que no Brasil, as mulheres são mais cientes da sua condição de portadores de hipertensão arterial do que os homens, devido elas terem maior preocupação com a saúde e também procurarem mais do que os homens atendimento de serviços de saúde.

Os níveis baixos de atividade física, identificados neste estudo, podem ter sido influenciados pelas condições socioeconômicas, tendo em vista que grande parte dos indivíduos questionados apresentaram uma renda entre 1 a 3 salários mínimos (56%), e a maioria convivem com cônjuge e filhos (72%) e são aposentados e responsável pelas despesas que geralmente são maiores que a renda, isso gera uma dificuldade de ter uma boa adesão no que diz respeito às mudanças nos hábitos de vida, muitos não podem aderir a uma alimentação saudável e a maioria levam uma vida estressante devido aos problemas financeiros. Nos estudos realizados pela V DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL (2006) e Porth (2004), ambos evidenciaram que o nível socioeconômico mais baixo, esta associado à maior prevalência de hipertensão arterial.

Araújo et al (2009), ainda destaca em seu estudo que, freqüentemente as pessoas com baixo nível socioeconômico não tem o tempo livre para o desenvolvimento de atividades físicas, pela necessidade de preencher o tempo disponível com atividades laborais. Além disso, há grande probabilidade desses indivíduos serem relativamente desinformados quanto aos benefícios para a saúde sobrevinda da atividade física.

Um dado relevante em relação à população estudada se refere à baixa escolaridade da mesma, sendo que (48%) dos indivíduos questionados tinham o ensino fundamental incompleto e (46%) eram analfabetos, tornando-se mais difícil o processo da adesão, principalmente em pacientes idosos que apresentam maior dificuldade para conhecer o tratamento adequado e se dedicarem a mudar os hábitos adquiridos em toda a vida.

Nunes & Oliveira (2009), teve resultado semelhante em seu estudo e afirma que o grau de escolaridade influência na adesão ao tratamento da hipertensão, supondo que quanto maior o grau de escolaridade mais conhecimento o portador pode ter acerca da hipertensão e das formas de prevenção e tratamento.

Variáveis N % Idade (anos) 40-50 12 24 50-60 25 50 60-70 5 10 70-80 8 16 Etnia Branca 15 30 Negra 10 20 Parda 25 50 Sexo Masculino 15 30 Feminino 35 70 Estado civil Casado 36 72 Viúvo 6 12 Solteiro 3 6 Separado 5 10 Nível econômico

Renda menor que salário mínimo 22 44 Renda entre 1 a 3 salários mínimos 28 56 Escolaridade

Analfabeto 23 46 Ensino fundamental completo 3 6

Ensino fundamental incompleto 24 48 Fonte: Autores desta pesquisa (2011)

São vários os fatores de risco e comportamentais predisponentes para o desenvolvimento da Hipertensão Arterial (Tabela 2). Observou-se que (70%) dos indivíduos entrevistados tinham parentes próximos que eram hipertensos, pessoas que tem pai ou mãe hipertenso tem maior probabilidade de serem hipertenso também. Pois a hipertensão está relacionada com a genética. Filho (2000) e Nettina (2003) apontam em seus estudos que quando os pais são hipertensos, os filhos correm alto risco de também desenvolver hipertensão, em até 75% dos casos de hipertensão há história familiar.

Em relação ao aspecto alimentar (84%) dos entrevistados, afirmaram que não realizavam uma alimentação saudável, situação essa preocupante, responsável pelo índice elevado de pessoas hipertensas. Brasil (2006), afirma em seu estudo que a alimentação desempenha um papel importante no controle da Hipertensão Arterial, uma dieta com conteúdo reduzido de sódio, baseada em frutas, verduras, derivados de leite desnatado, quantidade reduzida de gorduras saturadas e colesterol mostrou ser capaz de reduzir a pressão arterial em indivíduos hipertensos.

Outro aspecto importante a ser considerado na adoção de um estilo de vida saudável é a abstinência ao fumo e redução de ingestão de bebidas alcoólicas. No presente estudo, a ingestão de bebida alcoólica e o uso de tabagismo não foram predominantes, pois apenas 6% referiram uso atual de bebida alcoólica e 10% afirmaram serem tabagistas. A VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO (2010), aponta em seu estudo que a ingestão de álcool por períodos prolongados de tempo, pode aumentar a PA e a mortalidade cardiovascular em geral, e Serafim et al (2011), afirma que pessoas hipertensas, tabagistas apresentam maior dificuldade de obter níveis estáveis de pressão arterial.

Quanto aos motivos pelos quais são impedidos de realizarem atividade física regularmente (30%) responderam que não conseguiam devido às incapacidades físicas, (18%) disseram não terem tempo suficiente para realização de atividade física e (24%) falaram que não gostavam, este resultado também foram evidenciados nos estudos de Pinto e Daudt (2009) e Nascimento et al (2010), ambos afirmam que, os pacientes relatam que se sentem adoentados e procuram freqüentemente o repouso e acabam limitando a capacidade física,

relatam que a impossibilidade de praticar exercícios é principalmente, devido ao medo de lesões, reduzida autoconfiança, falta de energia e falta de tempo.

Nascimento et al (2010) e Saba (2001), afirmam que a falta de tempo disponível é uma das explicações mais citadas para o abandono de um programa de exercícios físicos, mas ainda não se sabe se a falta de tempo é um verdadeiro determinante ou se a pessoa possui baixa habilidade comportamental, como não saber administrar seu tempo, ou ainda, simplesmente pode ser uma desculpa racional pela falta de motivação.

Tabela 2 Fatores de Risco e comportamentais

Variável N % Tem alguém na família hipertenso

Sim 35 70 Não 15 30 Tem o hábito de fumar

Sim 5 10 Não 45 90 Tem o hábito beber bebida alcoólica

Sim 3 6 Não 47 94 Faz uma alimentação saudável

Sim 8 16 Não 42 84 Motivos que impedem a realização de atividade física regular.

Não tenho tempo 9 18 Não consigo devido às

Incapacidades física 15 30 Não gosto 12 24 fonte: Autores desta pesquisa

A prática de atividade física regular tem sido considerada uma das alternativas fundamentais na modificação de risco em indivíduos acometidos por co-morbidades decorrentes ou associadas à inatividade. Essa é uma estratégia importante utilizada tanto na prevenção, como no tratamento das doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes mellitus, acidente vascular cerebral, alguns tipos de câncer, osteoporose, depressão e desequilíbrio no perfil lipídico, devido sua alta efetividade (PINTO & DAUDT, 2009; HOFFMAN,2002)

Ao serem questionados quanto ao hábito de realizar alguma atividade física regularmente (72%) responderam que não realizam atividades físicas e (28%) disseram que realizam (Figura 1). Embora haja evidências de inúmeros benefícios relacionados à atividade física contínua e regular, ainda se observa uma elevada prevalência de sedentarismo, os dados levantados no presente estudo foram evidenciados nos estudos de Lopes e Guedes (2010), que afirma que grande parte da humanidade ainda assume um estilo de vida sedentário, no Brasil, a população exibe um alto nível de sedentarismo, mais de 80% dos indivíduos adultos são totalmente sedentários.

Figura 2: índice de hipertensos que realizam atividades físicas regularmente.

Investigou-se o conhecimento dos hipertensos sobre os benefícios da atividade física no controle da pressão arterial (Tabela 3). Observou–se que (76%) dos questionados disseram que sabiam mais ou menos dos benefícios que a atividade física proporciona no controle da pressão arterial. Saba (2001) destaca em seu estudo que o nível de informação é fundamental, pois a relação entre atividade física e saúde quase sempre depende do conhecimento da importância e necessidade da exercitação física para a qualidade de vida. Nobre (2001) concorda com essa afirmação e sugere que os praticantes recebam conhecimentos básicos acerca dos exercícios físicos.

Há um senso comum de que o conhecimento dos benefícios da prática de atividade aumenta os índices de aderência, então, é fundamental desenvolver educação continuada para este público visando melhor compreensão sobre o assunto e subseqüente maior adesão.

Guedes e Lopes (2010), afirmam que é importante que haja um programa de enfermagem direcionado aos hipertensos envolvendo o cuidado estruturado, principalmente, no tratamento não farmacológico que inclui aconselhamento e educação para mudança de estilo de vida, esses programas são eficazes na redução de doenças cardiovasculares, bem como diminuem o número de admissões hospitalares por essas doenças.

Sobre o tempo suficiente de atividade física (76%) dos entrevistados responderam 30 a 60 minutos. Percebe-se que os hipertensos entrevistados apresentaram uma boa percepção quanto aos minutos indicados de atividade física. Colberg (2003) e Nieman (1999) citam em seus estudos que para obter melhora em vários componentes da aptidão física devem ser sugeridas sessões de atividades físicas contínua entre trinta e sessenta minutos.

Tabela 3 Conhecimento dos hipertensos sobre os benefícios da atividade física no controle da pressão arterial

Variável N % Conhecimento dos benefícios que a atividade física proporciona no controle da pressão arterial.

Tenho 4 8 Não tenho 8 16 Sei mais ou menos 38 76 Tempo suficiente de atividade física para obter controle da pressão arterial. 10 minutos 10 20 2 horas 2 4 30 minutos a 60 minutos 38 76 Fonte: Autores desta pesquisa (2011)

Segundo Thompsom, (2004) há forte relação entre atividade física e condicionamento físicos e níveis de pressão arterial entre crianças e adolescentes, sugerindo que devemos ter uma vida ativa precoce desde a infância com objetivo de reduzir o risco de hipertensão no futuro e conseqüentemente envelhecer de forma saudável.

Os hipertensos ao serem questionados sobre Importância da prática de atividade física para o envelhecimento saudável (90%) citaram muito importante e (10%) pouco importante (Figura 2), achado este semelhante a um estudo realizado em Pelotas por Azevedo et al (2009), aonde a prevalência de conhecimento do papel da atividade física na prevenção de hipertensão foi de 86,5%. É importante a realização de atividade física nesta fase da vida, pois as próprias modificações fisiológicas do envelhecimento alteram o funcionamento do organismo, pessoas que são fisicamente ativas tendem a amenizar estas alterações.

Figura 3: avaliação do conhecimento sobre a prática de atividade física para o envelhecimento saudável.

Fonte: Autores desta pesquisa.

Para se obter um resultado satisfatório de condicionamento e aptidão física e objetivar benefícios a saúde, a freqüência sugerida de atividades física e de no mínimo três vezes por semana podendo ser realizadas em dias alternados (HOFFMAAN & HARRIS, 2002).

Quanto a freqüência semanal de atividade física necessária para obter saúde, o valor mais citado pelos entrevistados, foi de 3 vezes na semana (50%), ficando em segundo lugar todos os dias (34%) e em terceiro (16%) que disseram 1 vez na semana. Pode-se observar um bom conhecimento sobre a freqüência semanal de atividade física pela maioria dos indivíduos entrevistados, conhecimento este compatível com que diz os estudos de Thompsom (2004) e Saba (2001), afirmando que redução efetiva da pressão arterial pode ser atingida com exercícios realizados no mínimo três vezes por semana em dias alternados.

Figura 4: nível de conhecimento sobre freqüência necessária de atividade física.

Fonte: Autores desta pesquisa.

Segundo Nieman (1999) e Hoffman (2002), o objetivo da indicação de atividade física não é de sobrecarregar o individuo com freqüência e duração de exercícios muitos intensos, visto que um estilo de vida ativo não requer um programa vigoroso de atividades, a princípio pode realizar apenas pequenas alterações que aumentam a atividade física diária. O importante é que as pessoas que levam um estilo de vida sedentária tornem-se ativas, com isso, haverá um grande benefício para a saúde pública e para o bem estar individual e subseqüente prevenção de doenças crônicas e uma melhoria na qualidade de vida.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pudemos observar que diversos são os fatores que interferem no estilo de vida da

população fazendo com que adotem um modo de vida sedentário. Os profissionais da saúde enfrentam o desafio de convencer as pessoas a começarem a se exercitar e manter um compromisso com um estilo de vida fisicamente ativo. No contexto do estudo levantado pode- se identificar que a população estudada apresentou uma condição socioeconômica desfavorecida.

Verificou-se ainda que grande parte da amostra era de idosos e tinham baixa escolaridade, apresentaram muita dificuldade em responder o questionário, alguns confundiram o conceito de atividade física com as modalidades de atividades físicas ou exercícios físicos, enquanto outros confundiram atividade física com os resultados proporcionados pela atividade física.

Embora a maioria dos sujeitos participantes do estudo não tenha referido o atual hábito ou anterior de tabagismo e etilismo, foi significativa a quantidade de pessoas que não praticam exercícios físicos, comportamento este preocupante, pois aliado aos fatores de risco comprometem ainda mais a situação das pessoas com hipertensão arterial. Estimular a prática regular da atividade física e a adoção de um padrão alimentar adequado influencia beneficamente o tratamento anti-hipertensivo e conseqüente controle dos níveis da pressão arterial.

O presente estudo evidenciou que o conhecimento, por parte dos hipertensos não foi satisfatório, pois a maioria declarou que gostaria de aprender mais sobre o assunto. Apesar das pessoas hipertensas indicarem conhecer alguns aspectos importantes sobre tratamento não medicamentoso, a grande maioria não realiza em seus hábitos de vida, mudanças suficientes para alcançar o controle da pressão arterial.

Os resultados encontrados demonstram que a conseqüência da falta de adesão na realização continua de atividade física está relacionada ao conhecimento incoerente sobre os

benefícios da atividade física e sobre formas alternativas de realizar esta atividade e um acompanhamento rigoroso de um profissional que oriente e sensibilize este público.

Então, conhecer o estilo de vida das pessoas hipertensas, saber suas rotinas e hábitos são de extrema importância para prestarmos uma assistência individualizada e propormos uma intervenção em saúde, levando em consideração as necessidades e as peculiaridades dessa população específica.

Promover maior adesão ao tratamento e enfatizar a necessidade de mudanças de comportamento é um processo difícil e um desafio ao paciente e aos profissionais, sendo então inegável a importância da atuação eficaz de uma equipe multidisciplinar de saúde com o objetivo de realizar intervenções constantes, incentivando as pessoas a buscarem um estilo de vida saudável.

Nesse aspecto o enfermeiro como membro de uma equipe de saúde é o principal responsável por orientar o paciente sobre a sua doença além de realizar ações que melhore a adesão do sujeito ao tratamento. A assistência da enfermagem deve ser direcionada ao tratamento não medicamentoso, identificando as principais causas da resistência às mudanças de hábitos e utilizando medidas diferenciadas que promovam a adesão.

Por fim, diante da abrangência e a complexidade do problema sedentarismo, precisamos realizar estratégias que visem alcançar um público maior de pessoas ativas fisicamente, devemos ser inovadores orientando os hipertensos para realização de exercícios de intensidade moderada para minimizar lesões e complicações visando melhor adesão, sempre defender a prática de exercícios com outras pessoas, oferecer uma variedade de exercícios leves, recrutar apoio ao programa por parte de familiares e amigos do cliente, estabelecer um sistema de recompensa às realizações dos participantes com intuito de diminuir a prevalência da hipertensão arterial, assim como prevenir complicações no estado de saúde em decorrência desse agravo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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